O Chelsea está a viver uma época para esquecer. André Villas-Boas não deverá integrar - tal como aconteceu a diversos sucessores de José Mourinho - o clube de Londres na elite europeia, e internamente as coisas pioraram.
Roman Abramovich habituou os adeptos a decisões rápidas, por vezes precipitadas, em relação aos treinadores, mas parece ter aprendido que chicotadas pagas a peso de ouro não garantem soluções imediatas. Possível explicação para manter a confiança no português e, mais do que isso, disponibilizar 180 milhões de euros para aquisições.
O técnico não teve possibilidade de manter o nível de rendimento das últimas épocas nem agradou a algumas vedetas, mas os seus argumentos terão convencido o todo poderoso presidente que a chicotada impunha-se, ao contrário do habitual, a algumas figuras de plantel, com uma média de idades elevada para as exigências do futebol britânico.
Nada disto se previa há meses, quando o treinador sensação da época passada trocou o Dragão por Stamford Bridge.
Acontece a todos.
A saída de André Villas-Boas para o Chelsea está a causar uma onde de indignação entre os adeptos dos dragões. Compreende-se que perder um treinador que no primeiro ano de trabalho lhes deu sucessivas alegrias com a conquistas das provas mais importantes em que esteve envolvido, não é agradável. Não podem, no entanto, ser ingénuos ao ponto de pensar que o o jovem técnico não fosse tentado por uma proposta milionária, ainda há poucos meses impensável.
Já houve tempos em que "o sonho comandava a vida". Agora, o dinheiro determina os comportamentos.
Uma coisa, no entanto, seria dispensável. As promessas de amor ao clube proferidas ao longo dos tempos agora soam a falso. Relembremos uma delas (retirada de uma resenha do MaisFutebol) de André Villas-Boas : «É verdade que os jogadores têm ambições individuais, mas não podem sobrepô-las ao objectivo colectivo. Eu já vivi experiências fora, mas o meu sentimento por este clube é fortíssimo. Não quer dizer que outros o partilhem. Eu não abdico desta cadeira por nada.» (12/11/10)
Em contraponto, vejamos o que disse recentemente o presidente Pinto da Costa: «Primeiro, André Villas-Boas não quer sair. Se ele não tivesse a mesma paixão que eu tenho pelo FC Porto, estou convencido que era capaz de sair. Mas mesmo com uma cláusula de 15 milhões, que para determinados clubes não é significativo, tenho a certeza de que se vierem cá não vai sair.» (23/5/11)
Sejamos realistas. As regras do jogo foram cumpridas e já é altura de não valorizar conversa fiada...
Manchester United e Barcelona concitam as atenções das próximas horas. Falta pouco para se saber qual o campeão europeu de 2011. O favoritismo é concedido em maior percentagem à equipa espanhola, mas os ingleses estão confiantes em fazer a festa no seu novo Wembley.
Ao contrário do que aconteceu em Dublin, com a presença de duas equipas portuguesas e de milhares de compatriotas, Nani será o expoente da presença lusitana, já que não são ainda conhecidos os convocados da equipa britânica.
Fora do relvado estará Eusébio, convidado pela UEFA e ainda um ídolo entre os ingleses. Mas outros nomes portugueses pairam sobre Londres, conforme se constata pelas afirmações de Alex Ferguson e Pep Guardiola.
A élite do futebol mundial poderá nem sempre ser justa para Portugal, mas por vezes é obrigada a render-se aos seus melhores valores.
O Jamor não caiu, apesar do receio dos eternos adversários - em especial daqueles que se ufanam de terem pronúncia do Norte - da realização do derradeiro jogo da época, a considerada festa do futebol. naquele recinto, ainda chamado Estádio Nacional, ao qual que Pinto da Costa apelida ironicamente de Estádio de Oeiras - será que noutros países se situam todos nos centros das capitais? Necessita de remodelação profunda, como insistiu o presidente portista e devia ser incluído nos planos do Europeu 2004. Agora, importa encontrar uma solução digna, rentável e adaptada aos tempos de crise.
Sem problemas, foi cenário de mais uma conquista do FC Porto na temporada. A quarta foi a Taça de Portugal, e André Villas-Boas igualou um recorde de Tomislav Ivic, também ao serviço dos dragões (1987/88), ao conduzir a equipa à vitória em quatro competições.
O Guimarães não conseguiu melhor do que nas anteriores quatro presenças, embora o conjunto de Manuel Machado tivesse concedido alguma emoção ao confronto pouco passava da primeira vintena de minutos, quando Edgar estabeleceu a segunda igualdade do jogo.
A partir desse momento, os portistas impuseram a sua lei e até ao intervalo obtiveram cinco golos - pouco antes viram Edgar falhar um penalty. A defesa do guarda-redes Beto foi reconhecida como o momento determinante, dado que os dragões não foram obrigados a mais do que gerir a vantagem perante uma equipa já sem força anímica e física, e a inspiração de James Rodriguez, autor de três golos na ausência de Falcão.
Acrescente-se que tanto Manuel Machado como os seus jogadores não estiveram em tarde feliz, dadas as facilidades concedidas na defesa e o contributo inesperado do guarda-redes Nilson.
O confronto, importa reconhecer, era desfavorável pelas potencialidades de um campeão com 21 pontos de avanço sobre o segundo classificado (Benfica) e 41 em relação ao opositor, nas contas finais da Liga. Tudo normal.
Sem atravessar a fronteira entre Portugal e Espanha, graças à televisão, podem ver-se dois clássicos com cerca de 24 horas de intervalo.
No Dragão, tal como aconteceu em Santiago Bernabéu, estarão duas equipas em situações diferentes. O F Porto já ganhou matematicamente o campeonato ao receber uma sombra do Sporting de anos passados. O Real Madrid tem mais uma vez perdido o campeonato espanhol, dado o empate cedido no confronto com o Barcelona e manteve a desvantagem em oito pontos.
Assistiu-se apenas a um aperitivo para a final da Taça do Rei e as meias-finais da Liga dos Campeões, as oportunidades que restam a José Mourinho para evitar um jejum de títulos em quase dez anos de carreira. Assinale-se, como curiosidade, o facto dos dois golos serem obtido de grande penalidade, marcados por... Messi e Cristiano Ronaldo.
O FC Porto apenas defende, nesta prova, a invencibilidade, mas André Villas-Boas parece ter atravessado na garganta os dois pontos "oferecidos" aos leões no encontro de Alvalade, e não gostaria de repetir a situação. Além de o afirmar explicitamente, acrescenta: «Os clássicos são para se ganhar.» José Couceiro alheia-se dos 32 pontos que separa as duas equipas e garante: «Temos muitas hipóteses de vencer.»
Quem diria?
FC Porto e Benfica não desarmam. Com maiores os menores dificuldades. Conclusões dos técnicos mais viradas para o humor, ou dirigidas ao ego dos respectivos adeptos e a preocupar os futuros adversários.
Os principais candidatos ao título, dado a vantagem pontual, apenas necessitaram de um remate certeiro de Varela para levarem de vencido um Rio Ave cujo treinador considerou ter a sua equipa «adormecido durante 45 minuros». André Villas-Boas ficou satisfeito com a vitória - contributo para afastar os fantasmas do jogo com o Benfica para a Taça de Portugal - como reflecte a afirmação: «Nem que fosse com um golo marcado com a mão...»
Conclusão: o espectáculo esteve novamente ausente do Dragão. Não será por acaso.
O campeão em título também só marcou mais um golo na deslocação a Setúbal, o segundo já no final da partida. Manuel Fernandes elogiou o comportamente dos seus pupilos com a frase: «Complicámos a vida ao Benfica.» Jorge Jesus tentou assustar quem estará, em futuro mais ou menos próximo, no ser caminho ao afirmar: «Somos a equipa que melhor joga em Portuga!»
A
e x i b ição no Bonfim não f o i a s s i m t ã o e s c l a r e c e d o r a .Na Académica, há um ano, a imagem do treinador André Villas-Boas era a de uma pessoa sensata, calma, de raciocínio lúcido. Agora no Dragão está a mostrar uma veia provocatória, à boa imagem do presidente. Fica a dúvida se cumpre ordens do patrão, tenta agradar-lhe ou o sucesso está a subir-lhe à cabeça.
Na recente abordagem à Liga Europa e à opinião de que se trata de uma «aberração», só se pode entender que pretende beliscar o Benfica e o Sporting de Braga pela carreira na primeira prova da UEFA. Será que a Liga dos Campeões não constitui outra aberração ao incluir equipas que não venceram o campeonato do respectivo país na época anterior, e algumas até nunca conquistaram esse título.
O treinador até devia agradecer a existência da prova nos termos actuais, pois assim o FC Porto poderá arrecadar uma verba apreciável, muito superior ao que acontecia quando a prova era designada por Taça UEFA, destinada a clubes com classificações secundárias, caso dos portistas no último campeonato.
Aliás, talvez tivesse vantagem em conhecer as razões, às quais o seu actual clube não esteve alheio, da origem destas «aberrações».
Na polémica com o Sporting sobre arbitragens tinha obrigação de não provocar o companheiro de profissão Paulo Sérgio, cuja resposta aconselha a ter alguma contenção verbal e não se aproveitar do facto de estar na ribalta.
Deve ter em atenção não haver bem que sempre dure....
«Amanhã não contem comigo para comprar jornais», disse ontem André Villas-Boas, quando confrontado com perguntas dos jornalistas que pretendiam ter explicações da exibição menos conseguida do FC Porto na visita do Portimonense.
Tornou-se evidente que o treinador dos Dragões tinha uma visão diferente do jogo. Salientou, por um lado, a excelente oposição dos algarvios, elogiou a estratégia do técnico Litos e lembrou que nem sempre se pode ganhar por cinco golos, números que abalaram há uma semana as estruturas benfiquistas.
O responsável pela equipa nortenha continua a defender que com dez pontos de avanço nada está definido e aconselha a esperar até ao final do ano para avaliação mais correcto do futuro do campeonato.
As suas palavras acima transcritas podem reflectir alguma incomodidade pelas observações dos representantes da Comunicação Social, mas deve reconhecer-se que André Villas-Boas sabe manifestar a discordância com srenedidade e até recorrer a falso sentido de humor para transmitir os seus sentimentos.
Uma coisa é certa: o chá que bebeu enquanto viveu em Inglaterra, antes e depois da era Mourinho, permitem-lhe evidenciar certo fair-play , mesmo quando discorda da opinião alheia.
Haja alguém no nosso futebol que não perca a cabeça por coisas menores.
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