Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Segunda-feira, 22 de Junho de 2015
José Mourinho dá lições em Portugal

«Os treinadores são os que melhoram os seus jogadores e a suas equipas, os "destreinadores" são os que pioram os seus jogadores e as suas equipas, mas será que os "destreinadores" não têm conhecimentos?»

A questão mais interessante que José Mourinho abordou na apresentação da Pós-Graduação em Treino de Alto Rendimento, na qual vai ser docente.

No auditório da Faculdade de Motricidade Humana, o técnico explicou a sua ideia: «Acho que têm e, às vezes, até têm demais, não sabem é gerir o seu próprio conhecimento. Uma coisa é o conhecimento que está ao alcance de todos, outra coisa é a capacidade de produzir o próprio conhecimento.»

O treinador do Chelsea explicou a sua presença: «A razão pela qual aceitei o convite para leccionar no curso é porque vos quero homenagear a vós, porque os formadores são merecedores desse respeito e por isso aqui estou.»

Por fim deu já uma ideia sobre as futuras intervenções ao revelar a sua ideia sobre o perfil de um treinador moderno ao afirmar que «antes de ser um gestor de recursos humanos é um gestor dos seus próprios conhecimentos».

O Special One de há anos apresenta-se agora com outra postura. «O futebol não me tirou a capacidade de ter os pés na terra e de ser mais que os outros», concluiu.



publicado por António Castro às 23:08
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Domingo, 12 de Outubro de 2014
Cristiano dá uma no cravo e outra na ferradura

O rescaldo do jogo entre Portugal e a França terá oferecido mais alguns motivos de análise sobre a personalidade de Cristiano Ronaldo. «A selecção nunca foi perfeita. Acho que ficou demonstrado que estamos no bom caminho e que é o sistema certo para os jogadores que temos. Gostei do que vi, com jogadores a um nível muito grande, a jogarem bem e com confiança. O futuro será risonho. Eu gostei. Perder nunca é bom, mas precisamos de testes e é melhor perder nos particulares do que nos jogos a valer».

Do velado elogio ao novo seleccionador, mais tarde bem explícito, passou a um desmentido sobre notícias vindas a público sobre a saída de Paulo Bento: «Que eu saibia, quem manda na selecção é o presidente da FPF, e já cá estou há 11 anos. Jamais um jogador ou um grupo de jogadores influenciaria numa decisão dessas. São situações que me deixam triste e desiludido».

Depois entrou em comparações, no mínimo prematuras: «Fez um trabalho excelente. Mudou a mentalidade dos jogadores e dos portugueses. Mas o ciclo dele acabou. Estamos muito contentes com Fernando Santos. Tem feito um trabalho extraordinário, com novos métodos e novos jogadores. Temos de respeitar».

Por fim: «Tento ficar com as coisas positivas de cada treinador. Desde mister Boloni até Ancelotti e, agora, Fernando Santos. Aprendo muito com eles e fico com as situações positivas. Com o Paulo Bento, foi igual».

E José Mourinho? Nem uma palavra. O futebolista não teve, certamente, apenas uma ligeira "branca" na memória.

 



publicado por António Castro às 23:54
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Segunda-feira, 17 de Setembro de 2012
Cotação de técnicos portugueses em alta

Começa a atingir números significativos a presença de treinadores portugueses em clubes a disputar provas europeias, sem esquecer aqueles que trabalham nos quatro cantos do mundo.

Nas fases de grupo da Liga dos Campeões e da Liga Europa, com início dentro de horas, surgem 11 nomes de Portugal, tanto na orientação das equipas nacionais presentes nas duas provas, como ao serviço de participantes estrangeiros.

Vítor Pereira, Jorge Jesus, José Peseiro, José Mourinho (Real Madrid ) e Leonardo Jardim (Olimpiakos) dirigem equipas na prova principal. Sá Pinto, Pedro Martins, Pedro Emanuel, André Villas-Boas (Tottenham), Jesualdo Ferreira (Panathinaikos) e Paulo Sousa (Videoton) disputam a segunda competição de clubes.

São 11 os portugueses esta temporada com influência no percurso europeu de seis equipas do país e cinco ao serviço de estrangeiras. Número que supera italianos (9), Holanda, Alemanha e França (6) e Espanha (4).

Imprevisível há meia dúzia de anos.



publicado por António Castro às 20:26
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Terça-feira, 20 de Março de 2012
FC Porto liberto de novo objectivo não prioritário

Durante os dias que antecederam o Benfica-FC Porto relativo à meia-final da Taça da Liga, tanto Jorge Jesus como Vítor Pereira confessaram não ser a presença no jogo decisivo desta prova um objectivo prioritário.

O técnico do Benfica apontou o título como a grande aposta da época e a Liga dos Campeões. Dispensado - pelos vistos com agrado - de comparecer no Jamor para discutir a Taça de  Portugal, lá terá de sujeitar-se à "chatice" de compareceu pela quarta vez consecutiva na prova menor do futebol português.

Jorge Jesus, aliás, não escondeu esse sentimento depois da primeira vitória da época sobre os Dragões: "É o preço do êxito, para quem anda como o Benfica a disputar todas as frentes. Só as grandes equipas conseguem fazer isto. Acontece que, muitas equipas deste valor, às vezes, estão próximas de ganhar tudo e podem não ganhar nada. A prioridade é o campeonato, depois a Champions e a seguir a Taça da Liga.»

Vítor Pereira, além de algumas directas à arbitragem, manteve o dircurso anterior, sem se importar em ser afastado da Liga dos Campeões, da Liga Europa (título conquistado na época passada, da Taça de Portugal e, agora, da Taça da Liga.

E repete: «O nosso grande objectivo é já o Paços de Ferreira. Esse sim é o grande objectivo da época e queremos ganhar.»

Tão pouca ambição em treinadores de equipas com tantos pergaminhos deve preocupar os respectivos dirigentes.

Com semelhantes mentalidades, nem Jorge Jesus nem Vítor Pereira merecem treinar o Benfica e o FC Porto. O seu lugar era orientar equipas quem apenas pretende não descer de escalão.

 



publicado por António Castro às 23:45
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Sexta-feira, 9 de Março de 2012
Traições de Terry

Este filme já se viu há anos.

Quando José Mourinho foi despedido do Chelsea, a comunicação social inglesa acusou o capitão da equipa John Terry de responsabilidades na decisão do presidente Abramovich, em conluio com o então director desportivo israelita Avram Grant, mais tarde treinador da equipa de Londres.

Antes e depois, o central, que ficou a dever alguns dos melhores momentos da sua carreira ao Special One, desfez-se em elogios ao português.

Nessa altura falou-se em traição do jogador, situação que se repete na saída de André Villas-Boas. O internacional a quem Fabio Capelo tirou a braçadeira de capitão da selecção, tem agora a ousadia de dizer: «É triste para André Villas-Boas, porque, infelizmente, caiu tudo sobre a sua cabeça, quando acho que os jogadores deveriam ter erguido as mãos e dito que não tinham sido suficientemente bons e assumido juntos os erros cometidos.»

Palavras de um capitão sem idoneidade para o desempenho de tal missão, além de destabilizador do balneário, desta feita com um aliado em Frank Lampard.

A partir de agora já não enganará ninguém.



publicado por António Castro às 18:49
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Segunda-feira, 5 de Março de 2012
Hora de pesadelo para Villas-Boas

À cadeira de sonho sucedeu um banco de pesadelo para André Villas-Boas. Uma derrota em Birmingham a seis minutos do termo do encontro com o West Bromwich e a posição desconfortável na eliminatória da Liga dos Campeões com o Nápoles foram o pretexto para a presidente do Chelsea o despedir.

O técnico-revelação da época passada ao serviço do Dragão vive agora o reverso da medalha. Críticas são referidas pelos jornais ingleses, numa saída que não deixa saudades a jogadores e jornalistas.

«No final resumia-se a isto: ou Abramovich despedia os 25 jogadores da equipa ou optava pela solução mais barata e despedia o treinador. O balneário e o jovem técnico tornaram-se incompatíveis, por isso, o cálculo era simples de fazer», escreve Matt Lawton, correspondente do Daily Mail, Salientou: «Seria sempre difícil para um treinador mais novo que algumas das estrelas, sobretudo num balneário forte como o do Chelsea. Para um indivíduo inteligente e que domina várias línguas faltaram capacidades básicas de comunicação. Fracassou na gestão dos jogadores quando queria deixá-los de fora, em particular Lampard.»

Muitas das qualidades demonstradas ao serviço dos portitas são postas em causa, mas trabalhar com jogadores à procura de fama é diferente de treinar vedetas já na curva descendente. Richard Williams, do Guardian, considera que Villas-Boas «foi vítima dos seus jogadores, com o instinto de sobrevivência a impor-se ao da lealdade.» Além disso, «cometeu tantos erros que é difícil saber por onde começar».

Paul Hayward, do Daily Telegraph, põe em causa a gestão de Frank Lampard. «Villas-Boas foi hipócrita no apoio a John Terry (acusado de racismo) e depois queria fazer de Lampard o maior obstáculo ao progresso da equipa. Por outras palavras, criou inimigos sem os esmagar, um erro fatal, como José Mourinho lhe poderia ter explicado.»

O Special One nunca deixará de ser uma referência para os ingleses, e André também subestimou esta realidade.



publicado por António Castro às 20:51
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Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011
Jesus versus Fergusson

«Quando sobe ao relvado e ouve o hino da Champions League, um jogador sente logo a adrenalina elevada porque sente que está a actuar com os melhores, por isso não há muita diferença entre jogar com o Manchester United ou, por exemplo, com o Basileia. A motivação dos jogadores está sempre alta em ambos, porque estão a jogar na Champions League, que é o máximo.»

 

Jorge de Jesus in Público

 

«O jogo de abertura é o mais difícil para nós. O Benfica é sempre um problema e esperamos sempre um jogo difícil. Vi um par de jogos deles como visitantes na época passada e foram absolutamente brilhantes... Defrontar o Benfica fora de casa é o tipo de jogo que temos de respeitar. Penso que precisamos de mais experiência em Lisboa.»

 

Alex Fergusson in Público

 

 

O treinador do Benfica não encontra diferenças entre jogar com o Manchester United e o Basileia, em termos de motivação. A "velha raposa" do Manchester United preferiu elogiar o adversário e admitir a utilização de jogadores mais experientes na Luz. Discursos diferentes de antevisão ao mesmo jogo, dos quais se podem retirar curiosas ilações sobre a personalidade e experiência do português e do escocês.



publicado por António Castro às 22:21
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Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010
De Special One a «canalha»

«O problema que têm com Mourinho é que ele vence. Esse é o verdadeiro problema que ele está a provocar».

 

Di Stéfano em declarações à televisão Antena 3

 

 

«Não contratámos Mourinho para fazer amigos, mas para que faça uma equipa campeã».

 

Emilio Butragueño, director das Relações Intitucionais do Real Madrid, ao site da Marca

 

 

A League Managers Association vai homenagear o português, no Hall of Fame Dinner, pelos êxitos no Inter e a primeira vitória no novo Estádio de Wembley.

Manolo Preciado, treinador do Sporting Gijón, ficaria muito grato por um convite para assistir à cerimónia do seu «amigo».  



publicado por António Castro às 22:46
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Sábado, 6 de Novembro de 2010
Villa-Boas filósofo e Jesus pragmático

O duelo entre o FC Porto e o Benfica está «diagnosticado» pelos observadores, pelo que será curioso abordá-lo, algumas horas antes, em função das declarações dos respectivos técnicos.

«Não sei se David Luiz irá jogar a lateral esquerdo. Se acontecer, mudam comportamentos e estaremos preparados. Referimos isso mesmo aos jogadores», conjecturou o portista que, entretanto recusou ser o «FC Porto-Benfica um Hulk-David Luiz. Não faz sentido falar em duelos individuais». Deu especial importância o discurso na preparação de um jogo. «Acredito na importância de uma palestra, por muito que o futebol actual se divirta com o táctico. Convém a muita gente destacar esse aspecto, para esconder as fraquezas. Ter qualidades humanas também é muito importante. Acredito nos valores da transcendência, da força do balneário. Houve um grito de revolta na Supertaça, e esse grito continua pelo que aconteceu na época passada.»

Jorge Jesus, por seu turno, lembrou os compromissos reccentes dos dois clubes: «O FC Porto vai lançar no jogo uma equipa que, penso eu, metade não jogou quinta-feira. Teve horas de recuperação para se apresentar nas melhores condições, tal como o Benfica.»
No entanto, ao lembrar o jogo da Luz com o Lyon (terça-feira, na Liga dos Campeões) e o FC Porto-Besiktas (quinta, na Liga Europa), menoriza os efeitos das horas de recuperação: «Temos mais dias, de terça para quinta, mas o Benfica jogou em intensidade muito alta e o FC Porto, com o apuramento quase garantido, geriu essa intensidade. Por isso vai estar na máxima força.»
Cada cabeça, sua sentença!



publicado por António Castro às 23:55
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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010
Jesualdo paga preço da honestidade

A saída de Jesualdo Ferreira do FC Porto constitui mais um exemplo do cinismo no comportamrnto de alguns dirigentes de clubes. Bastou uma época menos bem sucedida, muito por culpa da política de dispensas dos melhores activos para atenuar excessivos prejuízos e o aparecimento de um rival mais poderoso, com consequências na hierarquia do campeonato, para despedir um técnico elogiado ao longo de três anos.

Uma comunicação obrigatória à CMVM, como mandam as regras de funcionamento das SAD's e, que se saiba, nem um agradecimento público a quem tanto se dedicou e importantes vitórias porporcionou aos dragões.

Paulo Bento confessou, há pouco menos de um ano, ter abandonado o Sporting quatro meses mais tarde do que devia. Jesualdo Ferreira é capaz de chegar à conclusão que seria melhor libertar-se dos supostos «amigos» no final da época passada.

Os exemplos não ficam por aqui, e o espectáculo vergonhoso oferecido nas últimas semanas tendo como protagonistas José Mourinho e o Real Madrid confirmam que o futebol se rege pela lei da selva própria dos grandes negócios.

Florentino Perez só agora confirmou a a dispensa de Manuel Pellegrini, informação prestada com uma candura comovente, como se todo o mundo não soubesse há semanas que o treinador chileno estava condenado em Santiago  Bernabéu. O actual presidente dos merengues até prescindiu, no primeiro mandato, de Vicente del Bosque, actual seleccionador de Espanha, que lhe dera um título de campeão...

De regresso a Portugal, assinale-se o caso do guarda-redes Quim, titular do Benfica. Passados meses sem uma palavra, apareceu agora o «messias» da Luz que também dá pelo nome de Jorge Jesus a divulgar a sua dispensa, atitude que competia a Luís Filipe Vieira ou, pelo menos, a Rui Costa, progressivamente atirado para a sombra.

Costuma dizer-se que a vingança serve-se fria. Pode ser que aconteça mais cedo do que muitos esperam.

 



publicado por António Castro às 23:46
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Quarta-feira, 19 de Maio de 2010
Haja vergonha!

A substituição de treinadores, por despedimento ou renúncia, está a enveredar por caminhos menos éticos e transparentes do que no período das transferência de jogadores, no defeso e em Janeiro.

Os casos conhecidos nos últimos dias não prestigiam quem dirige os clubes e, os técnicos. Em Espanha, são várias as críticas à maneira deselegante como está a ser tratado no Real Madrid o caso do chileno Manuel Pellegrini, votado ao ostracismo nos últimos tempos e em especial depois do último jogo em Maiorca (empate). Depois da perda definitiva da Liga, no dia do primeiro treino dos merengues, já alguém não identificado decidira que a sessão fora cancelado e os jogadores permaneceram no relvado pouco tempo por conta própria. Esta tarde, Jorge Valdano fará perante os donos do clube um relatório da época, retirará conclusões e apontará para o despedimento de Pellegrini a troco de quatro milhões.

A Federação Francesa de Futebol anunciou há dias que o futuro seleccionador será Laurent Blanc, até agora treionador do Bordéus. Isto quando Raymond Domenech preparara a presença da selecção tricolor na África do Sul. Terminado o Mundial de 2006 seria a altura ideal para o despedir, mas os dirigentes da FPF acharam mais apropriado esperar quatro anos e fazê-lo numa altura em que o técnico, com razão, considera correr-se o risco de desconcentrar os jogadores. Acrescentamos: e minar a sua autoridade em vésperas da importante competição.

Por fim, o «nosso» José Mourinho. Há dias colocamos neste blogue a questão - «que faz correr Mourinho?» - sobre o seu comportamento ao longo da época. Depois disso o seu nome é notícia em quase todo o mundo. Protesto de estima e respeito por toda a «família» do Inter; insatisfação pela maneira como o tratam em Itália (desrespeito de dirigentes e treinadores); necessidade de viver a profissão com gosto - estes são argumentos apresentados, não para comunicar uma decisão, mas apenas temas para meditar durante dois ou três dias depois da final da Liga dos Campeões.

Entretanto, os jornais espanhóis garantem que tudo está acertado com o Madrid, indicam de nomes jogadores que interessam ao clube (alguns do Benfica) já com o aval do técnico português, e até se noticiou que o filho já não foi inscrito num colégio de Como para o próximo ano escolar.

Um espectáculo mediático sem precedentes.

 



publicado por António Castro às 08:30
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Sábado, 9 de Janeiro de 2010
Monotonia nos discursos dos treinadores

«É preciso esperar mais cinco ou sete jogos para ver se o Braga se mantém na luta pelo título», disse Domingos Paciência.

«O Benfica foi uma equipa inteligente», considerou Jorge Jesus.

«O Sporting fez a sua melhor exibição», opinião de Carlos Carvalhal.

O treinador do clube minhoto navega entre o sonho já assumido do título e o pesadelo do plantel não ser capaz de manter o ritmo da primeira volta.

O responsável da Luz encontra sempre um elogio para caracterizar o rendimento dos seus jogadores, qualquer que seja o resultado.

O sucessor de Paulo Bento repete a ideia em cada jornada cumprida, e corre-se o risco da equipa de Alvalade atingir em pouco tempo o título da melhor de Portugal, quiçá da Europa.

Que falta de imaginação!

 



publicado por António Castro às 23:55
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Sábado, 17 de Outubro de 2009
discurso dos vencidos

«Ninguém estaria à espera de outro resultado. Temos que ser conscientes sobre o valor que temos. Ganhou o melhor e penso que não havia dúvidas sobre isso. O Monsanto fez o seu papel e deve orgulhar-se disso» Vítor Alves (17/10/09)

 

A equipa do Sertanense fez o que pôde, mas queríamos o golo de honra. Não somos loucos, sabíamos a dimensão dos nossos oponentes e, apesar da derrota, é necessário realçar a atitude dos jogadores» Joaquim Mendes 817/10/09)

 

Reflexão - Os técnicos dos adversários do Benfica e do FC Porto, respectivamente, deram um exemplo de noção das realidades e evitaram desculpas sem sentido. A festa consistia na visita de equipas do topo do futebol português, ver actuar ao vivo jogadores que fazem as manchetes da comunicação social, e não estava dependente dos resultados. Estes eram secundários face à diferença de forças em presença. Uma palavra de simpatia e de louvor para estes «desconhecidos» dos grandes palcos.



publicado por António Castro às 22:05
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
discursos cruzados

«Jogámos bem, marcámos golos e o público foi fantástico. Lutámos sempre por conseguir este objectivo. Como se costuma dizer nestas situações: venha o Diabo e escolha (sobre o possível adversário no play-off)... O importante é que estamos lá. Temos de nos preparar convenientemente e vamos conseguir seguir em frente» Carlos Queirós (14/10/09)

 

«Foi um jogo muito difícil para nós desde o primeiro minuto. Portugal é uma equipa forte, criou-nos muitos problemas, principalmente nos duelos individuais. Por isso mereceu ganhar por 4-0. Para mim é a melhor equipa do grupo. Já no princípio pensava isso. Tem excelentes jogadores» John Buttigieg (14/10/09)

 

Reflexão - Certamente que não seria agora, ultrapassada uma tempestade de longos e penosos meses, que o seleccionador português daria sinais se fraqueza. Contrariou sempre os mais cépticos e merece este prémio pelas suas fortes convicções.

O responsável técnico de Malta não poderia ser mais elogioso para os portugueses. Apenas não se confirmou, em termos pontuais, o favoritismo que desde sempre atribuiu à selecção das quinas. De salientar, no entanto, a coerência entre os seus pensamentos e as declarações públicas.

 

 



publicado por António Castro às 23:00
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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009
Treinador também vive entre o céu e o inferno

Nelo Vingada, depois de alguns anos no estrangeiro, decidiu-se por aceitar o convite do Vitória de Guimarães e estabilizar a sua vida em Portugal, até por questões familiares, segundo revelou quando deixou o clube egípcio dirigido durante vários anos por Manuel José. Perspectiva de estabilidade desenhava-se no clube minhoto, até pelo palmarés do técnico, mas a partir da primeira jornada da Liga tudo se complicou e à sétima contabiliza-se a quinta chicotada da época.

João Alves, o ex-futebolista internacional do Boavista e do Benfica, deixou de treinar os juniores da Luz no final da temporada (depois do malfadado jogo de Alcochete) e resolveu emigrar. Começou a treinar os suíços do Servette, clube de prestígio mas que se arrasta pela II Divisão, e já com bastantes pontos de atraso da frente. O «luvas-pretas», que passou parte da sua vida, como futebolista e, até, treinador, em Salamanca (Espanha), resolveu afastar-se mais do país.

A Diego Maradona, sem descanso enquanto o seu amigo Julio Grondona (presidente da federação argentina) não o nomeou seleccionador, tem-se deparado problemas para levar a equipa a níveis de rendimento compatíveis com o valor dos futebolistas, e o apuramento directo para a fase final do Mundial da África do Sul ainda é uma incógnita. E já admite prescindir do cargo, caso não sejam satisfeitas as suas condições.

Treinador tem vida de saltimbanco. Mas ganha muito mais. 

 

DISCURSO DIRECTO

«Não fujo nem me demito das minhas responsabilidades, mas este é um tempo propício (paragem da Liga) à reflexão e análise para que o Vitória possa, com esta minha decisão, encontrar o melhor caminho para o futuro» Nelo Vingada (07/10/09)

«Quando me ofereceram este cargo era o homem mais feliz do mundo, mas agora há certas coisas que me desagradam» Diego Maradona - seleccionador da Argentina (07/10/09)



publicado por António Castro às 02:48
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