Um dia depois da interrogação sobre a solução que Godinho Lopes encontraria para alterar o “afundanço” do futebol do Sporting, surgiu uma novidade que, pelos vistos, não foi definida no último momento.
Jesualdo Ferreira, depois de três títulos conquistados no FC Porto e de prolongada permanência no estrangeiro, passa a ser o “dono” do futebol leonino.
«Depois de um período de reorganização interna que era fundamental, entendemos que Jesualdo Ferreira era a pessoa certa pela experiência no futebol português e internacional», disse Godinho Lopes, e revelou que a «acção do manager será transversal a todas as equipas, com influência em todas as questões do futebol».
Segundo o dirigente leonino, a reestruturação do plantel acontecerá em Janeiro, na reabertura do mercado de transferências, e as mudanças na equipa ficam sujeitos a critérios desportivos e financeiros.
«Com a situação actual, não faz sentido o Sporting ter a equipa que tem hoje. Haverá retrocessos», prometeu Godinho Lopes.
Retrocessos? Os sportinguistas esperam progressos.
Sporting e Braga dão os primeiros passos para entrar na lista dos clássicos do futebol português.
Alvalade assistiu a mais um bom jogo entre equipas que demonstraram uma atitude positiva em termos atacantes, mas os leões resolveram a contenda até aos 22 minutos com um excelente golo de Capel e uma intervenção instintiva de Insúa.
Nas palavras dos técnicos, embora discordantes em alguns aspectos, está contido o filme do jogo.
Domingos Paciência, considerou: «Foi um jogo especial na medida em que nos permitiu passar numa competição em que o objectivo é chegar à final e ganhar. Foi especial porque defrontei uma ex-equipa, que tem estes grandes jogadores e que nos criou dificuldades. No início, o Braga sempre foi uma equipa muito forte na transição, e acabou por criar duas situações, depois fizemos os golos. Tivemos mais dificuldades a sair na primeira parte, por culpa do adversário, mas o resultado é justo, porque tivemos outras situações.»
Leonardo Jardim, seu sucessor no AXA, pensa que a sua equipa não obteve os pontos que merecia: «O resultado não traduz minimamente o que se passou em campo. O Braga foi dominante na primeira parte, em todas as variáveis do jogo, menos na finalização e eficácia. Na segunda, com menos um jogador, tivemos uma atitude dinâmica e sempre positiva, a discutir o resultado. Não existem vitórias morais, mas a equipa teve um empenho importante.»
Cada um com a sua verdade.
A ideia peregrina de uma Liga Ibérica em futebol - por enquanto ainda não se colocou eventual fusão política dos dois países - começa a ser falada com mais insistência e a ter alguns defensores.
Depois do que se passou com a candidatura aos Mundiais de 2018 e 2022 e a diferença de potencial do desporto em geral e, em especial do pontapé na bola, considero vergonhoso que haja portugueses a admitir sequer essa hipótese.
Os defensores dessa união nunca terão pensado nas consequências que adviriam para quase todos os clubes, numa primeira fase da I Liga, no cotejo com os poderosos de Espanha, que não se resumem ao Barcelona e ao Real Madrid.
Basta terem assistido ao encontro entre o FC Porto, expoente máximo neste momento no panorama nacional - o Benfica é apenas campeão em título - e o Vitória de Setúbal para se avaliar o que aconteceria à maioria das equipas portuguesas. Se, mesmo sem a concorrência directa dos espanhóis, estão a desaparecer em ritmo acelerado, a quase total extinção era inevitável.
Podem os responsáveis técnicos dos portistas e setubalenses - André Villas-Boas comandou a equipa de longe - ligado a Pedro Emanuel que, por vezes, dava enérgicas instruções para o campo como se fosse o treinador adjunto Vítor Pereira, e Manuel Fernandes queixarem-se de fadiga, da arbitragem, da chuva ou multiplicar-se em desculpas para o mau espectáculo que as duas equipas ofereceram, que em nada alteram o fosso existente entre o futebol de Portugal e Espanha. Nem a recente derrota dos campeões do mundo frente à selecção de Paulo Bento serve para disfarçar as diferenças.
É tempo de encarar as realidades e trabalhar para inverter a tendência suicida dos últimos anos. Se os dirigentes mais experientes já não dispõem de ideias e forças, tentem recuperar o atraso e preparar uma nova geração para proceder à indispensável mudança.
A vitória em Coimbra não acrescentou nada de positivo ao panorama do futebol de Alvalade nos últimos tempos. Tudo começa relativamente bem e acaba em sofrimento incompreensível. Há cerca de oito dias cedeu os três pontos ao Vitória de Guimarães depois de ter a vantagem de dois golos; ontem esteve quase - e não seria demasiado castigo - a dar um ponto aos estudantes.
Paulo Sérgio fala do retorno do fantasma com os minhotos. O «fantasma» é outro e não será apenas trabalho a resolver o problema.
José Eduardo Bettencourt tem de abrir os cordões ao bolso no mercado de Inverno e investir - se para isso tiver fundos ou crédito - em jogadores que transmitam outra consistência à acção desenvolvida pelo actual ou por qualquer outro treinador. A avaliação desta eventual necessidade pertence aos «competentes» responsáveis do respectivo departamento.
Caso contrário, o argumento do filme está definido. O histórico Sporting ficará este ano mais longe do topo e o seu campeonato limitar-se-à a despiques com adversários que procuram um lugar «positivo» na tabela. Regressar a posições que enriqueçam o palmarés do clube constitui pura ilusão.
O Sporting anda desde o princípio desta temporada a dizer e a fazer o contrário do que devia. Começou pelo presidente quando clamou aos quatro ventos, logo que tomou posse, que Paulo Bento era forever.
Depois desta afirmação, poucos meses depois contrariada pelo próprio treinador, foram inúmeros os equívocos, desde a escolha de determinados funcionários ao apoio concedido a outros.
Alvalade resolve imitar outros procedimentos condenáveis - pela forma, conteúdo e razões - e limita o contacto com o exterior a comunicados no site. Novamente uma decisão fora do tempo, pois deveria ser implementada antes do encontro com o Benfica.
Os responsáveis parecem finalmente rendidos ao antigo ditado popular, no qual se defende que o «calado é o melhor». Evitam assim declarações despropositadas e ficam com mais tempo para arranjar uma equipa a praticar bom futebol.
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