Aconteceu quando menos se esperava. A descida de rendimento da equipa de Paulo Fonseca, com incidência mais preocupante na ineficácia atacante, reconhecida pelo próprio treinador, era evidente. Admitia-se, no entanto, não ser em Coimbra que os dragões perdessem o comando do campeonato.
Sabia-se que Sérgio Conceição recorreria a uma estratégia para controlar o mais possível o adversário, mas ninguém acreditava no colapso perante uma Briosa de menores recursos.
O treinador do Dragão voltou a fazer uma análise ao jogo que indicia encontrar-se numa encruzilhada: «Não fomos determinados, não fomos agressivos. Tentámos, nem sempre da melhor forma, mas a verdade é que fomos incapazes de ultrapassar a organização defensiva da Académica.»
E fez uma pergunta, para a qual parece não ter resposta aceitável. «Como se explica essa menor determinação? Fruto da situação, dos resultados que não foram conseguidos, é a única explicação que encontro», concluiu.
É pouco para os adeptos, pois, como acentua, «o FC Porto é um clube habituado a ganhar», e a última vez que sofreu uma derrota na Liga portuguesa foi a 29 de Janeiro de 2012, na visita ao Gil Vicente (3-1) na primeira época (2011/12) com Vítor Pereira como treinador.
Passaram-se 671 dias! Demasiado para que Pinto da Costa não tente travar este ciclo menos positivo. Como é habitual no Dragão, eventuais medidas só virão a público quando o presidente quiser.
Lenços brancos no Dragão e Paulo Fonseca a assumir a culpa pelo empate com o Áustria de Viena, que coloca em causa a continuidade do FC Porto na Liga dos Campeões.
«É um facto. Não vencemos os três jogos em casa e isso custa muito. Entrar para a última jornada desta forma não é fácil, mas se há um responsável, sou eu. Não fujo às responsabilidades e responderei por elas», disse o treinador.
Reacções a um encontro em os portitas foram completamente inoperantes durante 45 minutos, nunca se libertando da pressão exercida pelo adversário.
Melhoraram depois do intervalo, remeteram o Áustria para o seu meio-campo, mas os inúmeros lances desenvolvidos na área adversária foram concluídos atabalhoadamente.
Falta de inspiração que apenas permitiu o golo do empate de Jackson Martinez. Depois foram os nervos a sobrepor-se ao engenho individual e colectivo.
Situação verificada também na visita do Nacional, a obrigar Paulo Fonseca a seguir processos diferentes de trabalho para desanuviar o ambiente, cada vez mais tenso nas bancadas. E, logicamente, preocupante entre os elementos da direcção.
Assobios no Dragão. Uma primeira parte de grande intensidade do FC Porto que, praticamente nem deixou respirar o Atlético de Madrid. Uma das exibições mais conseguidas da equipa de Paulo Fonseca. Com poucos frutos: apenas um golo de Jackson na primeira quinzena de minutos.
Tudo se alterou depois do intervalo porque os colchoneros contiveram a avalancha portista e mostraram a razão porque tem tantas vitórias como os jogos disputados (7) na Liga espanhola.
Aconteceu o inesperado. Os comandados de Diego Simeone tomaram progressivamente conta das operações e saíram com uma vitória da Cidade Invicta.
O técnico portista viu assim o jogo: «É uma tremenda injustiça, pelo que fizemos na primeira parte e também pelo que fizemos na segunda parte. Sofremos dois golos de bola parada. Tivemos uma excelente primeira parte e na segunda o Atlético assumiu um bocadinho, mas penso que voltámos a estar em grande outra vez».
O responsável dos espanhóis considerou: «Custou-nos entrar no jogo, mas há um carácter, predisposição e estado de forma que permite aos jogadores enfrentar jogos complicados.»
As exigências da Liga dos Campeões não se comparam com as "facilidades" do campeonato português. Quem pretende esconder as realidades e entra em contradições (os três golos do desafio foram de bola parada) acabará por ter inesperados dissabores.
Domingo (dia 22) para esquecer. O azar do Guimarães na visita do Benfica; os incidentes no final deste encontro, nos quais desnecessariamente participou Jorge Jesus; as infelizes palavras do treinador Paulo Fonseca depois do FC Porto ceder um empate no Estoril; por fim, a polémica em torno da arbitragem dos dois jogos.
Um remate de Cardozo esteve na origem do golo da vitória da equipa da Luz. A bola bateu no peito de Marco Matias e traiu o seu colega da baliza Douglas. Nessa altura já Rui Vitória tinha em campo menos um jogador por expulsão de Addy. Mais um contributo para o mau espectáculo oferecido pelas duas equipas. Apenas os adeptos da Luz estavam satisfeitos, mas o excesso de entusiasmo acabou por originar comportamento incorrecto de Jorge Jesus.
O FC Porto, ao sétimo jogo, não ganhou na Amoreira e Paulo Fonseca digeriu mal a perda de dois pontos. Nos comentários à partida voltou as baterias para um colega de profissão.
«Quero dar os parabéns ao Jorge Jesus, que conseguiu jogar em três campos. Houve uma clara influência da equipa de arbitragem. Parabéns a quem condicionou, não apenas este, mas também o jogo do Sporting. Quem ganhou foi a estratégia de Jorge Jesus. Não tenho dúvidas que as preces de Jorge Jesus foram ouvidas.»
Há dias em que o melhor é estar calado.
Quem diria que o FC Porto, no relvado do Estádio Ernst Happel de Viena, teve uma exibição merecedora de elogios? Apenas o treinador dos Dragões.
«Estou contente acima de tudo, porque era importante vencer e somar estes primeiros três pontos. Conseguimos o nosso objectivo. Comprovámos que esta equipa tem qualidade. Penso que fizemos um jogo inteligente e pragmático». considerou Paulo Fonseca.
Satisfação por somar os três pontos é legítimo na estreia no campo de qualquer adversário, mesmo perante o Áustria. Que o treinador dispõe de bons jogadores e já montou um esquema táctico suficiente a nível interno também é uma realidade.
Quanto à equipa ter apresentado um futebol de qualidade perante aquele que todos diziam ser o conjunto mais fraco do grupo, só se pode discordar.
Na primeira parte nada se viu. Depois do intervalo, de realçar certos ajustamentos positivos à manobra anterior e, sobretudo, a tabela entre Lucho González e Danilo, superiormente concluído pelo primeiro.
De pragmático nada se viu de especial. Cautela foi aquilo que sobressaiu nos momentos finais da partida, que só não resultou em alteração do resultado pela falta de engenho dos anfitriões na concretização.
Tudo isto não invalida a justiça da vitória portista. Apenas a "narrativa" de Paulo Fonseca parece pouco realista.
O fraco, embora algo emotivo, espectáculo do Vitória de Setúbal-FC Porto (1-3) de há dias já foi analisado nos mais diversos tons, alguns de maneira pouco elegante.
Resumimos a nossa referência ao encontro apenas a dois aspectos. O colombiano Quintero merece uma palavra de elogio pela rápida integração no jogo - saiu do banco - e ser o artífice da viragem no marcador, dando a vantagem ao FC Porto, mais tarde consolidada por Jackson.
Desagradável foi a cena entre o guarda-redes polaco (Kieszek) e o portista Josué, a condenar os sadinos a uma luta desigual devido à expulsão. Excesso próprios do ambiente em torno de um jogo de futebol.
Mais condenável foi a troca de piropos entre os treinadores Paulo Fonseca e José Mota. O portista não chegou a um clube de primeiro plano por acaso, mas ainda tem muito caminho para andar, e a sobranceria não é boa companheira. O setubalense, já com longa carreira, deve deixar a terceiros o juízo sobre o seu valor.
Mudou o treinador. Saíram jogadores influentes. Entraram novas caras, este ano com alguns portugueses contemplados. E nada se alterou, pelo menos na estreia oficial.
Paulo Fonseca armou a equipa durante as últimas semanas e, em Aveiro, conquistou novo troféu para o FC Porto - a Supertaça. Três golos na primeira parte resolveram a questão com facilidade - Licá (estreia e golo logo aos cinco minutos), Jackson e Lucho.
Argumenta-se que o Vitória de Guimarães pouco mais poderia fazer. pois Rui Vitória está a trabalhar com uma equipa praticamente nova, mas os portistas presentes ficaram especialmente satisfeitos com a acerto na manobra e a ambição dos seus jogadores, afinal também influente nas debilidades reveladas pelos vimaranenses.
O treinador Paulo Fonseca teve uma boa estreia oficial ao serviço dos campeões, pelo que se justificam as declarações finais: «Realizámos um bom jogo. Não que o Vitória não tenha complicado a nossa tarefa, mas acabámos por conseguir um triunfo que se podia ter expressado com outros números».
Bom aperitivo, portanto, para os próximos compromissos da I Liga.
académica(19)
adeus(12)
alterações(8)
alvalade(25)
apuramento(17)
arbitragem(26)
arsenal(8)
barcelona(25)
belenenses(12)
benfica(196)
bento(13)
blatter(9)
braga(101)
brasil(12)
campeão(11)
campeões(36)
carvalhal(8)
castigo(8)
chelsea(11)
clubes(16)
costinha(11)
cr7(16)
crise(22)
cristiano(12)
demissão(8)
derrota(12)
desilusão(18)
desporto(16)
diferenças(8)
dirigentes(14)
dragão(29)
dragões(19)
eleições(12)
empate(15)
espanha(22)
espectáculo(11)
estoril(15)
estreia(9)
europa(39)
fc porto(116)
fcporto(17)
fifa(16)
final(9)
fpf(8)
futebol(840)
gil vicente(9)
goleada(20)
guimarães(30)
inglaterra(10)
inter(17)
itália(9)
jesualdo(15)
jesus(29)
jogadores(8)
jorge jesus(15)
jornalistas(8)
leixões(9)
leões(16)
liedson(10)
liga(43)
luz(15)
madrid(24)
manchester(11)
marítimo(14)
messi(8)
milhões(8)
mourinho(73)
mundial(17)
nacional(9)
nani(9)
olhanense(9)
pacenses(11)
paciência(12)
paulo bento(16)
pinto da costa(12)
platini(9)
portugal(25)
presidente(13)
queirós(20)
real madrid(10)
regresso(12)
salários(9)
salvador(14)
selecção(81)
setúbal(10)
sofrimento(16)
sporting(189)
surpresa(31)
surpresas(9)
taça(19)
taça da liga(10)
transferências(10)
treinador(25)
treinadores(17)
uefa(25)