O golo de Targino ao sétimo minuto foi encarado como um “acidente” normal. Estar em desvantagem nunca constituiu, esta época, especial problema, pois a maior capacidade dos portistas acabou por se impor.
Havia muito tempo, pensou-se no Dragão, desde as bancadas ao relvado, para aproveitar o colapso do Benfica na Madeira e, finalmente, ficar isolado no topo do campeonato.
A sobranceria nem sempre se apresenta como boa conselheira, e nem o empate de Jackson (55 m) alterou a toada da equipa, que ainda resistiu ao falhanço de um penalty marcado pelo jamaicano.
Manuel Cajuda, com o decorrer dos minutos, procurou que o Olhanense acautelasse as linhas recuadas com o objectivo de retirar capacidade ofensiva e serenidade ao adversário, embora tenha apresentado outra versão: «Não fomos nós que colocamos o autocarro em frente à baliza, fomos empurrados para lá. Gostaria que não tivesse sido assim. Quando é feito na perfeição, o método defensivo tem tanto mérito como o atacante. Foi uma primeira parte inteligente da nossa parte; a segunda parte premeia o nosso estatuto de sofredores.»
Vítor Pereira, sem esconder desalento, confessou: “O Olhanense apanhou-se em vantagem muito cedo e depois fechou-se. Fomos desperdiçando ocasiões e perdemos dois pontos numa altura em que não estávamos à espera. Esperava ficar isolado na liderança do campeonato.»
Aconteceu o impensável. A incerteza permanece quanto ao título.
O Olhanense, devido a lesões e castigos, viajou do Algarve apenas com 17 jogadores, mas o treinador assegurou que o autocarro ficava na garagem.
Se Sérgio Conceição tentou adormecer Jorge Jesus não alcançou o objectivo, pois o responsável da Luz tem a noção que ao menor deslize o
FC Porto pode ficar mais perto do título.
A equipa de Olhão limitou-se praticamente a resistir aos ataques encarnados e cedeu pela primeira vez devido a Vasco Fernandes ter cometido uma falta transformada num penalty aproveitado por Cardozo.
Aberto o marcador, na segunda parte ainda os algarvios tentaram apoquentar o guarda-redes Artur, mas bem cedo Jorge Jesus viu os seus jogadores insistirem no ataque, obrigarem Bracali a brilhar, e a questão ficou arrumada com um golo de Luisão, no regresso ao campeonato.
Agora resta esperar pela sorte – versão Jorge Jesus – do FC Porto em Braga.
«Teremos que rectificar, fundamentalmente os últimos dez minutos», comentou assim Vítor Pereira as incidências da partida em Olhão.
E os primeiros 36, até à substituição de Atsu por James Rodriguez? Os campeões em título tinham tinham sofrido um golo e a equipa não funcionava.
Coube ao colombiano, que o treinador prefere deixar a maior parte das vezes no banco, dar uma volta ao jogo, não apenas no capítulo da velocidade. Tão importante como dinamizar a equipa foi o tento da igualdade marcado quase no termo da primeira parte.
No regresso do intervalo apareceu outra "J" (Jackson Martinez) a colocar os dragões em vantagem e mais tarde Hulk deu um fugaz ar da sua graça.
Se tal não acontecesse, o Olhanense poderia eventualmente assegurar um ponto, pois nos tais últimos dez minutos Targino obteve o segundo remate certeiro do Olhanense.
Um resultado que não agradou a Sérgio Conceição. Quanto a Vítor Pereira, manteve o FC Porto na rota das vitórias, mas ainda não terá ficado convencido com a exibição na totalidade dos 90 minutos.
Será que ficou, finalmente, com James?
A recuperação dos estudantes quando visitaram o Beira-Mar, passando da desvantagem de três golos para um inesperado empate, prometeu que a equipa de Pedro Emanuel não desperdiçaria a oportunidade da visita do Olhanense para retomar as vitórias, depois da derrota na Supertaça.
Edinho, que na primeira jornada da Liga foi determinante na reviravolta (dois golos), agora estreou o marcador em Coimbra, na segunda parte, mas bastaram cinco minutos para os algarvios restabelecerem a igualdade (David Silva).
Sérgio Conceição, treinador que tal como o seu colega da Académica dirige a equipa mas não enverga a respectiva braçadeira, por ainda não estar habilitado com o curso do IV nível, encontram-se em idêntica situação no campeonato.
Se a procissão ainda vai no adro, convém não enveredar pelo desperdício e alterar o andamento.
Beira-Mar e Académica de Coimbra pode considerar-se um dos encontros mais emotivos da abertura da Liga, não propriamente pelo nível do futebol praticado, mas pelo facto dos visitados terem chegado à vantagem de três golos no início da segunda parte e consentirem um empate em Aveiro.
Depois da derrota com o FC Porto, em que perderam a Supertaça, os estudantes pareciam condenados a novo e volumoso desaire.
Puro engano. A jogar mais de 80 minutos com dez unidades, por expulsão de João Real ao cometer uma falta que proporcionou o primeiro golo dos aveirenses, o técnico Pedro Emanuel viu avolumar-se negativamente o marcador.
Inesperadamente, em 21 minutos, aconteceu a reviravolta, com golos de Cissé e Edinho (2).
Desolação de Ulisses Morais e do avançado Camará, também marcador de dois tentos que acabaram por valer apenas um ponto.
Assim terminou uma jornada com seis empates, pois apenas Olhanense e Marítimo conseguiram somar os três pontos com vitórias tangenciais. Pouco vulgar, tanto mais que os clubes mais credenciados - FC Porto, Benfica, Sporting de Braga e Sporting - figuram entre os "empatas".
«Já considero uma tremenda injustiça não ter vencido o jogo. Perdê-lo, então, não sei o que seria. Respeito muito os meus adversários treinadores. Neste caso, é um treinador simpatiquíssimo. De qualquer forma, considerar este resultado justo, não sei. Estou satisfeito com a fé dos meus jogadores, acreditaram sempre. Se tivéssemos um pouco mais de cabeça, podíamos até ter vencido... O árbitro não teve uma noite feliz.»
Paulo Alves in Maisfutebol
«Olhando para os 90 minutos, na primeira parte houve momentos de maior caudal do Gil Vicente, mas foi o Olhanense a ter mais oportunidades. Na segunda, o Gil Vicente veio transfigurado para melhor. Custou-me um pouco o empate nos últimos minutos, mas reconheço que o resultado é justo. Se tivéssemos feito o segundo golo, podíamos ter matado o jogo, mas deixámos o jogo em aberto e acho que o empate se ajusta, num campo difícil.»
Daúto Faquirá in Maisfutebol
Gil Vicente e Olhanense começaram bem o campeonato, oscilaram na última jornada, e agora empataram. A opinião dos treinadores, no entanto, divergiu. O da equipa gilista considera o resultado uma injustiça, enquanto o algarvio ficou conformado com a divisão de pontos.
A "revolução" confirmada por Luís Duque, líder do futebol do Sporting, ainda não deu frutos. Segundo o responsável da SAD declarou, continuará em curso - a remodelação do departamento clínico não terá sido a derradeira acção -, mas o problema que se observou em Alvalade teve mais a ver com o rendimento dos inúmeros jogadores contratados do que com acertos eventualmente necessários na estrutura de certos departamentos.
Pode Domingos Paciência afirmar que o árbitro Carlos Xistra «esteve muito mal», referindo um golo mal anulado e que não permitiu derrotar o Olhanense.
O técnico tem obrigação de saber que esses lapsos fazem parte da história de muitos jogos e só devem ser apresentados como argumentos para um resultado pouco satisfatório caso se comprove serem cometidos intencionalmente.
Aquilo que esteve verdadeiramente mal em Alvalade foi o conjunto leonino. Consentiu cedo um golo e apenas despertou nos minutos finais da partida, quando já não era a cabeça que comandava as acções dos jogadores. Um filme demasiado visto nos ultimos anos em Alvalade.
Todos compreendem que a tarefa de Domingos Paciência não é fácil, pelo que se dispensa o recurso a encontrar culpados fora do âmbito do grupo de trabalho. E o técnico já deu provas, nos últimos anos, das suas qualidades.
Agora é dar-lhe tempo para inverter a tendência dos últimos resultados, embora se saiba que os adeptos estão fartos de esperara por melhores dias.
Os leões, mesmo com rendimento abaixo do nível exigível, chega aos 62 minutos do jogo de Olhão a ganhar com dois golos de Hélder Postiga.
O clube algarvio não perde definitivamente o rumo e atinge a igualdade.
A arbitragem de Olegário Benquerença é contestada e Paulo Sérgio acaba por ser expulso a nove minutos de um mais um final de jogo frustante para aos adeptos sportinguistas.
Diz o técnico que o campo «parecia inclinado», em alusão velada ao trabalho do árbitro de elite, já em demasiadas ocasiões acusado de cometer falhas de principiante.
Para mim, e depois de vantagem de dois golos, o campo esteve na verdade «inclinado»... para os jogadores e responsável técnico de Alvalade. Tudo isto é lenga-lenga conhecida desde há muitos anos.
Mudem de desculpas, e já que saíram do lote dos grandes, pelo menos aprendam com os mais pequenos.
Os jogadores de Alvalade gostam de ganhar com sofrimento. Também podem estar convencidos que os opositores entram em campo dispostos a prestar vassalagem a um adversário vestido de verde e branco e que há anos andou na ribalta do futebol português.
Em qualquer dos casos estão muito enganados os comandados de Paulo Bento, e com esta mentalidade mais tarde ou mais cedo - porventura mais cedo - andam a carpir mágoas por estarem de novo a lutar por lugares piores dos que conseguiram nos últimos anos.
Além do mais, poupem Paulo Bento de, no início de todas as conferências de imprensa, repetir a mesma frase: "Entrámos mal no jogo..."
Depois dos holandeses do Heerenveen foi o Olhanense. Talvez pior no fecho da quinta jornada da Liga portuguesa do que na estreia da fase de grupos da prova europeia. Os algarvios de Jorge Costa chegaram cedo à vantagem de dois golos e os adeptos (?) do clube da casa iniciaram o coro de assobios. Os leões, no entanto, começam a ter experiência destas situações e, independentemente de eventual lapso do árbitro, deixaram parte do público mais tranquilo. Saíram para o (i)merecido descanso com o jogo empatado.
Seguiram-se quase outros tantos minutos de intranquilidade até que Vukcevic aproveitou a bola vinda de um toque de cabeça de Liedson para fuzilar as redes, em desespero de causa. E, ao contrário do que acontece habitualmente, a raiva não toldou o raciocínio e foi colocado ponto final no assunto.
Não se iludam Paulo Bento e os dirigentes leoninos. Passou este mau bocado, mas tudo aponta para que se repita, em breve, com resultados mais funestos. Chegou a hora de pensar na mudança de rumo ou torna-se dispensável a presença do técnico perante os jornalistas. Basta enviar uma gravação das suas palavras em CD...
DISCURSO DIRECTO
«Houve uma troca de penalties. Tivemos mais oportunidades do que o Olhanense na segunda parte. Valeu-nos a crença, o esforço dos jogadores, e acabamos por ter um prémio, na parte final, de forma justa» Paulo Bento (20/09/09)
«Não era penalty. Gostaria que no final dos jogos os árbitros pudessem falar. Os meus jogadores trabalham tanto ou mais que os outros. Somos uma equipa pequena mas com honra» Jorge Costa (21/09/09)
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