O treinador David Moyes deu a titularidade a Nani, pela primeira vez esta época no dia 25 de Setembro, num encontro da Taça da Liga, e eliminou o Liverpool.
O substituto de Alex Fergusson tem enfrentado dificuldades neste início de temporada e fez uma revolução na equipa depois da estrondosa derrota (4-1) com o Manchester City no campeonato.
As razões para explicar as alterações são fáceis de perceber. Uma prova menos prestigeada era propícia a fazer descansar alguns elementos e, por outro lado, dar competição aos restantes elementos do plantel, umas vezes no banco e outras enviados para a a bancada.
Oportunidade do português para reocupar lugar de relevo na equipa - Fergusson por várias vezes admitiu a sua dispensa -, ainda à procura de nova identidade futebolística.
Agora ou nunca mais.
Alex Fergusson parecia disposto a dispensar Nani, que se transferiu do Sporting para o Manchester United em 2007. Lesões, baixo ritmo de trabalho nos treinos e rendimento inferior às expectativas nos jogos eram argumentos que apontavam para a saída.
A vida, no entanto, dá muitas voltas, e graças à reforma de Sir Alex e entrada em funções de David Moyes, o futuro do internacional português teve desfecho diferente.
O novo técnico analisou as suas capacidades e aceitou mantê-lo no clube inglês. Se tudo correr bem, será jogador em Old Trafford até 2018.
A melhor notícia que podiam dar ao jogador na véspera do encontro da selecção com a Irlanda do Norte e numa altura em que figura na lista dos eleitos de Paulo Bento.
Motivo extra de confiança como se depreende das suas palavras: «Quando cheguei ao clube, nunca pensei que ia ter tanto sucesso. Estou muito contente por o novo treinador ter fé em mim e ansioso por ajudar a equipa a ganhar mais troféus.»
Nem sempre o Diabo está atrás da porta, mas importa estar atento.
A maioria dos treinadores portugueses, mesmo que o rendimento da equipa seja inferior ao habitual, ou um jogador cometa lapsos que comprometam os resultados, tenta amenizar o desagrado com as contingências do jogo e o argumento do ser humano não ser infalível.
Talvez por isso se diga sermos um povo de brandos costumes, comportamento que nem sempre será vantajoso.
Alex Fergusson perfilha outros processos, como se constatou na recente derrota do Manchester United no campo do Chelsea (5-4), na Taça da Liga inglesa. O técnico escocês mostrou-se insatisfeito, atribuiu as culpas a Nani e argumentou: «Controlámos o jogo, mas oferecemos a bola no terceiro golo. Foi uma pena. Ele apenas tinha de guardar a bola, mas Nani quis sair a jogar. Depois disso, foi duro para os nossos jovens jogadores no prolongamento. Se estamos a vencer por 3-2 nos segundos finais, temos de vencer. Se Nani tivesse levado a bola para junto da bandeirinha de canto, tínhamos ganho o jogo.»
O português parece estar a desiludir Sir Alex, por estas afirmações e pelos rumores de que o clube de Manchester pretende dispensar os seus serviços. Estranho que depois de tantos elogios, o treinador alimente uma campanha a denegrir o valor de Nani.
Quem tem culpa?
«Estou próximo de atingir o máximo das minhas capacidades. Agora, posso dizer que sou um dos melhores jogadores do mundo... Jogo no melhor clube do mundo e tenho o papel de ser decisivo em todos os desafios, ou seja, tenho de marcar golos e fazer assistências... Não tenho medo dos grandes jogos, que são os mais espectaculares e onde apresentamos um futebol de alta qualidade.»
Nani à imprensa inglesa (in A Bola)
Um jogador precisa de estar confiante. Mas não é preciso exagerar nos auto-elogios.
Os assuntos mais mediáticos durante a minha ausência do bloque ficam agora em dia. Preferi, como acentuei há dias, a falta de actualidade em favor do registo dos acontecimentos.
O dia 8 ficou marcado, logo de início, pelo conhecimento da «novela» Nani, com três episódios importantes: lesão na clavícula em Massamá, na véspera da partida para África; viagem para Joanesburgo como se nada de grave tivesse acontecido; alguns dias depois o anúncio da sua exclusão da lista dos 23 seleccionados e a chamada urgente do benfiquista Rúben Amorim.
Carlos Queirós foi o porta-voz da comitiva sobre o assunto e fez uma declaração, apenas a seguir ao jogo com Moçambique, de difícil descodificação. «Foi das coisas mais exemplares e uma das maiores lições que tive no futebol», começou por dizer o seleccionador. Acrescentou: «Falhar o Mundial era uma possibilidade desde que Nani teve a queda. Isso estava em aberto. Era uma decisão que tinha de ser tomada. Teve de ser gerida sob o ponto de vista médico e humano».
Talvez fosse vantajoso ter maior cuidado em gerir a questão também em termos dos média, para evitar rumores desagradáveis, a colocar em dúvida a honorabilidade de certas pessoas envolvidas no processo.
Continua a haver muita dificuldade em conviver com os órgãos de comunicação social. Se fosse só no futebol....
Dois guarda-redes de selecções participantes no Grupo C andam com azar. O inglês Green ofereceu, ontem, o empate aos Estados Unidos e deixou furioso o italiano Fabio Capello. Uma noite passada, o argelino Chaouchi lançou-se tão devagar que viu a bola passar a centímetros e deu a prenda da vitória à Eslovénia.
Se o técnico italiano, apesar do golo prematuro de Gerrard, começou a ficar inquieto com a reacção dos americanos, nunca pensou na «traição» de um dos seus jogadores. E já tem um adversário com a vantagem de dois pontos, nada agradável neste tipo de competição.
Uma grande penalidade bastou aos ganeses para derrotar a Sérvia, enquanto a Alemanha deu uma lição de futebol aos australianos. Os comandados de Joachim Low, além de obterem a primeira goleada da prova, transmitiram uma imagem, mesmo atendendo às fragilidades do adversário, que estão na África como em todos as anteriores edições da prova: para vencer.
Os portugueses continuam no seu cantinho em Magaliesburg a preparar o embate com a Costa do Marfim, que continua a divulgar notícias contraditórias sobre a lesão do goleador Drogba. A última versão apontava para a possibilidade de jogar, caso o árbitro aceitasse a utilização de uma tala no braço.
A comitiva de Carlos Queirós ficou reduzida, já que Nani chegou a Lisboa, naturalmente abatido mas esperançado em recuperar dentro de uma semana, e confirmou as notícias sobre a maneira como contraiu a lesão no ombro. Facto que não impede uma pergunta: o departamento clínico da selecção não deveria ter-se pronunciado sobre o assunto, ainda em Portugal?
Silêncio estranho...
Horas agitadas para os seleccionados portugueses. Treino matutino em Massamá. Tarde disponível no hotel para convívio com os familiares. Passagem pelo Parque Eduardo VII, onde actuara horas antes Tony Carreira e a equipa nacional teve uma despedida apoteótica antes da viagem para a África do Sul, já perto das 23 horas, dado que a partida teve um atraso de cerca de duas horas.
Uma dia 5 muito especial para a selecção. Apesar das reticências que assaltam alguns espíritos sobre o comportamento da equipa na estreia do Mundial em terras africanas, todos os integrantes da comitiva sentiram o carinho dos adeptos, dos amigos, enfim da generalidade dos portugueses, mesmo dos mais cépticos, já que ninguém pode sentir-se satisfeito com os insucessos.
Apenas alguns não aderem, neste momento, à onda de euforia, desaconselhável em qualquer circunstância, muito menos quando está sujeita aos caprichos de uma bola.
Durante aquelas horas, uma leve referência sobre o facto de Nani se ter preparado no ginásio, devido a uma lesão traumática no ombro esquerdo, segundo Carlos Queirós «sem inspirar cuidados de maior».
Uma mentira piedosa, como mais tarde foi reconhecido.
Factos de um domingo sem grandes acontecimentos neste rectângulo junto ao Atlântico. Natural salientarem-se acontecimentos vividos no estrangeiro, alguns com ligações a Portugal.
O português Nani, a vitória do Egipto no CAN e o espanhol Quique Flores estiveram em evidência, por motivos diferentes, respectivamente em Inglaterra, Angola e Espanha.
O ex-sportinguista ao serviço do Manchester United voltou a merecer a confiança de Alex Ferrguson, mostrou-se determinante na vitória sobre o Arsenal e mereceu os maiores elogios até agora proferidos a seu respeito pelo treinador escocês.
O Egipto derrotou o Gana (1-0) na final do Campeonato das Nações Africanas e conquistou o terceiro título consecutivo e o sétimo desde o início da prova em 1957, ano em que os egípcios se estrearam no pódio.
Quique Flores está a sentir no Atlético de Madrid as mesmas dificuldades que vivei, na temporada passada, no Benfica e levaram à demissão. Como anfitrião do Málaga, a equipa de Tiago e Simão Sabrosa foi derrotada (2-1) e, por ironia do destino, o português Duda foi o marcador de um dos dois golos. O técnico espanhol considerou não haver «desculpas» para nova derrota e pediu desculpa aos adeptos. O futuro imediato de Quique Flores parece repetir-se em dois anos consecutivos.
Manchester United empatou com o Arsenal, o mínimo resultado que permitia a conquista antecipada do título inglês, o terceiro consecutivo de Alex Ferguson. Com direito a festa estavam incluídos dois portugueses: Cristiano Ronaldo e Nani.
O Inter esperava ansiosamente por domingo para, frente ao Siena, alcançar a quarta vitória consecutiva (uma obtida na secretaria). O Milan, no entanto, encarregou-se de antecipar as comemorações, pois perdeu na deslocação ao campo da Udinese e deixou o caminho livre ao rival de Milão. O presidente Massimo Moratti, em tom irónico, declarou que se tornava desnecessário tantas "prendas", que contemplaram mais três portugueses: o treinador José Mourinho e Figo em pleno, e Quaresma, que em Janeiro foi emprestado aos ingleses do Chelsea.
Em Espanha também há muito futebolistas de Portugal, mas as manifestações de alegria pela"dobradinha" do Barcelona (conquistara a meio da semana a Taça do Rei), também antecipada pela derrota do Real Madrid em casa do Villarreal, não contou com qualquer dos nossos compatriotas.
No somatório, contributo lusitano excelente em competitivas Ligas europeias. Pelo menos, que a selecção beneficie das experiências vividas em relvados estrangeiros.
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