Os trunfos que Godinho Lopes apresentou quando assumiu os destinos do Sporting e, segundo afirmou, levaria o clube de novo aos êxitos de tempos passados, foram todos despedidos.
O técnico Domingos Paciência foi demitido a meio da época passada, devido aos resultados do futebol não estarem a corresponder aos desejos do presidente.
A eliminação pelo Moreirense da Taça de Portugal ditou o afastamento de Luís Duque, administrador executivo da SAD, e Carlos Freitas, director-geral do futebol.
De bestial passar a besta estava o treinador habituado. Os dois responsáveis pelo futebol saíram de Alvalade, há anos, pela porta grande. Agora foram considerados ao nível qualificativo de Domingos Paciência.
Cremos que a actual crise do Sporting não fica restrita a estes nomes. Ou o presidente Godinho Lopes se enganou quando constituiu a equipa da SAD, ou começou a conduzir o Sporting para esta situação quando despediu o seu "messias" Domingos e esqueceu - ou nunca ouviu falar - uma frase do saudoso Otto Glória: «Não se fazem omeletas sem ovos.»
A vitória em Coimbra não acrescentou nada de positivo ao panorama do futebol de Alvalade nos últimos tempos. Tudo começa relativamente bem e acaba em sofrimento incompreensível. Há cerca de oito dias cedeu os três pontos ao Vitória de Guimarães depois de ter a vantagem de dois golos; ontem esteve quase - e não seria demasiado castigo - a dar um ponto aos estudantes.
Paulo Sérgio fala do retorno do fantasma com os minhotos. O «fantasma» é outro e não será apenas trabalho a resolver o problema.
José Eduardo Bettencourt tem de abrir os cordões ao bolso no mercado de Inverno e investir - se para isso tiver fundos ou crédito - em jogadores que transmitam outra consistência à acção desenvolvida pelo actual ou por qualquer outro treinador. A avaliação desta eventual necessidade pertence aos «competentes» responsáveis do respectivo departamento.
Caso contrário, o argumento do filme está definido. O histórico Sporting ficará este ano mais longe do topo e o seu campeonato limitar-se-à a despiques com adversários que procuram um lugar «positivo» na tabela. Regressar a posições que enriqueçam o palmarés do clube constitui pura ilusão.
Os elementos da FIFA com responsabilidade na arbitragem têm elogiado, diversas vezes, o trabalho dos seus escolhidos para a África do Sul, mas dois erros flagrantes, pelo menos, marcarão a história do torneio e, mais do que isso, podem levar à aceitação, tantas vezes recusada pela entidade máxima na matéria (International Board) a tomar consciência da necessidade de actualizações sem adulterar os princípios básicos do jogo.
Joseph Blatter, depois dos escândalos da anulação do golo de Lampard no Alemanha-Inglaterra e do flagrante fora-de-jogo num dos golos do argentino Tévez marcado ao México, anunciou receptividade para defender alterações, embora esteja ainda longe da imediata introdução de meios tecnológicos já utilizados com êxito noutras modalidades.
O presidente da FIFA prometeu que ainda este mês levará o caso à reunião da IB e admitiu que ser discutido em nova sessão a realizar em Agosto.
As suas palavras, no entanto, não permitem ter grandes ilusões e talvez continue a confiar na falibilidade humana, com o recurso ao exemplo da UEFA com juízes de baliza, apesar de muitas dúvidas subsistirem na plena eficácia deste expediente.
Desde que foi criada pelos britânicos, a International Board anda a passo de caracol, e manteve idêntico ritmo quando associou aos seus quadros sectores do futebol que prometiam erradicar conceitos bolorentos. Puro engano.
Ao contrário do que aconteceu por esse mundo fora, o futebol português ao mais alto nível fez uma pausa.
Excelente oportunidade para meditar nos excessos verificados nos últimos tempos, serenar os ânimos e reconhecer que neste ambiente nunca mais acaba a «guerrilha» entre os principais responsáveis da modalidade.
Por reflexo, os adeptos continuam a insultar-se, agora que tem as novas tecnologias para exprimir legítimas opiniões, mas, infelizmente, aproveitam-nas para destilar inadmissível ódio clubístico.
Deseja-se que todos os agentes e apaixonados do futebol façam deste dia um marco de viragem e passem a trilhar um rumo mais de acordo com a condição de seres racionais.
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