Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Sábado, 6 de Junho de 2015
Barcelona portentoso

Estava escrito! O Barcelona venceu a Juventus, em Berlim, graças às qualidades que o treinador Luis Enrique, que soube imitar épocas gloriosas do compatriota Pep Guardiola e, eventualmente, potenciar o tradicional futebol dos catalães. Posse de bola, partindo da defesa com certa lentidão, mas rápida mudança de velocidade no assalto à baliza do guarda-redes Buffon (único presente na distante final de 2003) estiveram na base da vitória no Olímpico de Berlim.

Os italianos saíram do relvado com uma exibição personalizada, ao estilo implementado pelo técnico Massimiliano Alegri. Notório, no entanto, que as suas principais vedetas (o guarda-redes, Pilro, Morata e Pogba, entre outros) foram inferiores ao trio maravilha (Messi, Luis Suarez e Neymar), imparável em termos de eficácia atacante.

Quinta vitória na Liga dosCampeões foi a cereja no bolo de uma época triunfante da equipa da Catalunha, devido aos êxitos na Liga de Espanha e na Taça do Rei. Portentoso!



publicado por António Castro às 23:45
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Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2012
Pelé elogia Messi mas recorda palmarés

De tempos a tempos salta uma pergunta sempre polémica: quem foi o melhor jogador do mundo? Habitualmente, o argentino Maradona recorre a um discurso agressivo em relação ao brasileiro Pelé, que responde em termos mais suaves, mas mostra os seus galões.

Associado a estes nomes surge agora o argentino formado desde tenra idade em Espanha, a vedeta do Barcelona chamada Messi.

O tema voltou à actualidade com afirmações de Pelé ao Le Monde, das quais se respigam as mais curiosas: »Quando Messi marcar 1.283 golos e ganhar três Mundiais, falamos»; «Os recordes são feitos para serem batidos, mas vai ser difícil bater os meus. Toda a gente me pergunta a toda a hora quando vai nascer outro Pelé. Nunca! O meu pai e a minha mãe já fecharam a fábrica.»

Desta feita, Maradona foi votado ao esquecimento, e o tricampeão do mundo considerou Messi «praticamente ao mesmo nível», pois receberam «um dom de Deus».  No entanto, acentuou: «Comigo, ninguém sabia com que perna ia rematar, jogava com as duas. Também marquei muitos golos de cabeça.»

Não somos defensores deste tipo de comparações, pois ficam no esquecimento jogadores que deslumbraram o mundo ao longo dos tempos. Prefiro ver uma lista desses génios futebolísticos sem propósitos de escolher os melhores, já que os métodos de trabalho e estratégias de jogo eram totalmente diferentes.

É impossível comparar o incomparável.


 



publicado por António Castro às 21:00
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Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2011
Inexplicável apoio a Messi

Lionel Messi é indiscutivelmente uma vedeta do futebol mundial. Venerado nos quatro cantos do Mundo, é merecedor de todas as homenagens, tal como se justificam os inúmeros e valiosos prémios que já coleccionou numa curta carreira.

O argentino formado nas escolas do Barcelona não necessita, porém, de certas atitudes que visam essencialmente "ofender" companheiros de profissão.

O facciosismo dos culés ao gritarem o nome de Messi quando Cristiano Ronaldo está na posse da bola ainda se pode compreender, pois reflecte a rivalidade entre o Barcelona e o Real Madrid. Contudo, já merece censura quando esta cena se repete noutros estádios de Espanha ou até em... Chipre.

Insólito foi o que aconteceu em São Paulo num encontro de beneficência promovido por ex-internacional Zico, no qual se defrontaram uma equipa do do clube do Morumbi e outra do Santos.

Neymar foi o alvo dos adeptos, não propriamente com aplausos, mas com o nome de Messi a soar permanentemente aos seus ouvidos. Uma manifestação da rivalidade entre o São Paulo e o Santos, onde actua a nova coqueluche brasileira, explicaram os comentadores locais.  Curiosamente, a "vítima" é precisamente um jogador cobiçado pelo Barça, e só não joga ao lado do argentino por vontade do próprio jogador e do clube brasileiro.

 



publicado por António Castro às 19:00
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Domingo, 4 de Setembro de 2011
"Inadaptados" na selecção argentina

Leonel Messi e Carlos Tevez não conseguem, ao serviço da selecção argentina, rendimento idêntico ao evidenciado nos respectivos clubes. O primeiro é a grande vedeta do Barça e considerado agora o melhor jogador do mundo; o segundo brilhou no Manchester United e apresenta-se como um dos trunfos de Roberto Mancini no Manchester City.

Aliás, os próprios jogadores são sensíveis ao problema. Messi reconhece: «No Barcelona faço golos de todas as maneiras, às vezes até sem querer, e pela Argentina procuro marcar de todos os modos e não consigo.» Acrescenta o agora capitão da selecção das pampas: «Tenho de ter tranquilidade, para não ter pressão em marcar quando aparecem as oportunidades.»

Carlos Tevez tem uma personalidade diferente e, embora reconhecendo não mostrar na selecção o valor reconhecido no clube inglês, recusa ser "réu". «Não sou a m... que dizem que sou. Todos queremos ganhar coisas com a selecção, mas não conseguimos se somos criticados.» Concluiu: «Jogar na selecção tira-te prestígio. Se não ganhas, matam-te. Não se pode chegar a esse nível de mau trato. Não ligo ao que dizem, mas tenho família, que ouve dizer que sou uma m....».

Casos que se repetiram ao longo dos tempos com outros jogadores. Em Portugal recordamos a polémica vivida  nos tempos em que o Sporting teve a famosa linha avançada conhecida pelos "cinco violinos" (Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano). Se no clube eram indiscutíveis, incluindo Vasques, apelidado de "Malhoa" pelo fino estilo do seu jogo, na selecção, pelo contrário, muitas vezes não conseguiu mostrar a classe que passeava semanalmente por Alvalade.

O futebol evoluiu muito, mas passadas quase seis décadas acontecem situações semelhantes.



publicado por António Castro às 23:25
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Sábado, 2 de Julho de 2011
Messi agastado com empate

A Argentina, candidata à vitória na Copa América, proporcionou a primeira surpresa da prova ao consentir um empate frente à selecção da Bolívia. Aliás, a equipa treinada por Sergio Batista consentiu um golo na segunda parte (Edivaldo, 47) e apenas Kun Aguera, que passara a maior parte do tempo no banco, conseguiu o golo de empate (75).

Um balde de àgua fria em La Plata, cidade onde se realizou o jogo, embora o seleccionador tivesse desvalorizado a fraca exibição da equipa das pampas e o desfecho inesperado ao afirmar: «Este resultado não vai alterar nada...»

 

Lionel Messi mais uma vez teve uma actuação apagada na selecção - facto assinalado pela ex-vedeta Mario Kempes e mesmo assim foi eleito o melhor jogador da partida! -, mostrou-se de tal forma desiludido que subestimou o trabalho dos adversários: «Surpreenderam-nos com um golo de merda, ainda pudemos empatar por Kun (Agüero), mas estamos tristes porque não conseguimos o objectivo. Fizemos coisas bem, mas temos de crescer e melhorar.»

Em primeiro lugar respeitar os adversários.



publicado por António Castro às 19:12
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Domingo, 24 de Abril de 2011
Messi e Puskas: comparação impossível

Atravessa-se uma fase de inflação de estatísticas. Por tudo e por nada surge a referência de que um clube, um jogador - pela positiva ou negativa -, atingiu números nunca antes conseguidos.

A última "façanha" foi atribuída a Messi, desde muito novo ao serviço do Barcelona e considerado pela FIFA o melhor jogador do

mundo pelo segundo ano consecutivo.

O argentino marcou 50 golos esta temporada e bateu o recorde de Puskas, um húngaro que representou o Real Madrid e, inclusive, a seleção de Espanha, e cujo máximo foi de 49, na época de 59/60.

Todos sabem como são falíveis as estatísticas quando estão separadas por anos de distância, portanto reportadas a tempos totalmente diferentes.

Neste como noutros casos apenas se conseguem apresentar números, aliás de maneira falaciosa.

As notícias referem que Messi obteve 31 golos na Liga, 7 na Taça do Rei, 9 na Liga dos Campeões e 3 na Supertaça, na segunda mão frente ao Sevilha, num total de 49 jogos, 

E Puskas, quantos encontros disputou? Certamente menos, pois a sua carreira decorreu num tempo com menor número de competições e, por consequência, de jogos.

Razão pela qual estas comparações envolvem sempre algo de especulativo.

 



publicado por António Castro às 22:02
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Terça-feira, 8 de Março de 2011
Arsenal sem sorte e argumentos para Barça

Antes da entrada em competição das três equipas portugueses participantes na Liga Europa - FC Porto, Benfica e Sporting de Braga - , foi servido um «aperitivo» em Nou Camp, onde o Barcelona recebeu o Arsenal na Liga dos Campeões. O golo de desvantagem da primeira mão da eliminatória em Londres, tal como se previa, não constituiu obstáculo para os catalães, apesar da baixa dos dois centrais titulares, e garantiram a presença nos quartos-de-final.

Alguns acontecimentos, no entanto, apimentaram o despique, mormente a decisão do árbitro suíço Massimo Bussaca ao exagerar na expulsão do Van Pierse, numa altura (58 m) em que o resultado se mantinha empatado a um tento.

Messi foi o herói da noite ao marcar o primeiro golo no início da segunda parte (49 m) e o terceiro - decisivo - de penalty (72 m), antecedidos de um lance infeliz de Busquets (53) ao trair o seu guarda-redes e de remate vitorioso de Xavi (69), que deixou a eliminatória empatada até à marcação do castigo máximo.

O treinador Arsène Wenger, que cedo teve a contrariedade da lesão do guarda-redes titular - afinal apenas a contrariedade de «queimar» uma substituição, já que o substituto Almunia revelou grande segurança -, considerou a expulsão do avançado «uma vergonha» que «acabou com o jogo». A verdade, no entanto, é que os gunners estiveram longe da exibição em Londres e sobraram dedos de uma mão para contar os remates à baliza dos catalães.

O tiki-taka do Barça voltou a funcionar em pleno. Voltou desorientar os adversários e a constituir a rampa de lançamento para a eficácia ofensiva, considerava escassa a avaliar pelo técnico Pep Guardiola: «Merecíamos ter vencido por vantagem mais ampla.» 



publicado por António Castro às 23:02
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Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011
«Tiki-taka» até adormece Barça

O espectáculo do Emirates Stadium, em Londres, correspondeu às expectativas. O Barcelona foi quase igual a si própria até ao intervalo, com excepção da eficácia ofensiva. O Arsenal sentiu enormes dificuldades nesse período, embora nunca transmitisse a sensação de se entregar sem luta ao tão reclamado tiki-taka dos catalães.

A surpresa aconteceu na segunda parte. Os comandados de Pep Guardiola admitiram que as constantes trocas de bola em pequenos espaços fossem suficientes para manter em respeito a equipa de Arsène Wenger. Mas esta toada, por vezes provocar olés dos culés, mas também bocejos entre os espectadores descomprometidos, só funciona se terminar em acelerações repentinas a caminho da finalização e perante um adversário que não esteja disposto a correr o risco do fora-de-jogo.

Aconteceu que, desperdiçadas as oportunidades anteriores, os campeões de Espanha adormeceram com aquele ineficaz tiki-taka e deixaram que algumas vedetas dos gunners mostrassem o seu valor e, mais do que isso, alardeassem agressiva manobra atacante (2-1).

Estão criadas as condições de redobrada expectativa na visita dos ingleses ao Nou Camp. Quanto a prognósticos, nem pensar.

A Roma provou não se encontrar no melhor momento e permitiram uma vantagem tangencial, é certo, aos ucranianos, mas por números (2-3) pouco favoráveis para a visita a Donetsk.

 



publicado por António Castro às 23:41
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