Ambiente de loucura rodeou dois dos encontros dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Acabaram em goleadas quando se esperavam desfechos nivelados, e num dos casos aconteceu o imprevisível. Ganhou o visitante, facto de estranhar porque tratava-se do Schalke perdido no décimo lugar da Bundesliga e visitante do Inter, campeão europeu em título.
Um jogo de alta tensão devido à marcha do marcador, que será curioso relembrar (1-0, 1-1, 2-1 e 2-2 até ao intervalo; 2-3 pelo ex-merengue Raúl, 2-4 por Ranocchia na própria baliza, finalmente 2-5). Escândalo em Milão, certamente com repercussões na situação de Leonardo, substituto de José Mourinho.
O Real Madrid com quatro portugueses - técnico, Pepe, Ricardo Carvalho e Cristiano Ronaldo - teve um Adebayor inspirado ao marcar dois golos de cabeça, começou a jogar contra dez bem cedo, mas a máquina só mostrou bom rendimento depois do intervalo. Os espanhóis deram-se mal com as precauções defensivas do Tottenham e também oscilaram com os seus rápidos contra-ataques.
Só depois do intervalo, os comandados de José Mourinho imprimiram a velocidade indispensável para confundir os ingleses, entusiasmar os adeptos de Santiago Bernabéu e assegurar uma goleada expressa em quatro golos.
A prova promete com dois duelos bem mais palpitantes: Chelsea-Manchester United e Barcelona-Shakhtar Donetsk. De assinalar que Pep Guardiola proferiu declarações estranhas antes do confronto, já que a tranquilidade é o seu lema e não alinha muito em mind games. «Vejo-me mais fora do que dentro da eliminatória. Não tenho boas sensações!»
Se não é bluff, algo se passa no clube catalão.
Dois futebolistas de gerações diferentes foram figuras dominantes nos encontros decisivos dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, sendo os principais responsáveis pelo apuramento das respectivas equipas.
Javier Chicharito Hernandéz é um jovem mexicano da «cantera mundial» de Alex Fergusson e marcou os dois golos que garantiram a continuidade em prova do Manchester United frente ao Marselha, numa vitória tangencial em Old Trafford, depois do empate (0-0) consentido em França.
O veterano Eto'o marcou um golo e fez duas assistências que permitiram ao campeão em título - Inter - sair de Munique com um resultado favorável (2-3), quando perdera em Milão (0-1), pelo que valeram agora os dois golos marcados no terreno do Bayern.
O treinador Leonardo, responsável pela recuperação da equipa depois da saída do espanhol Rafael Benitez, quase não queria acreditar no apuramento, tal como o «pessimista» presidente Moratti, para quem José Mourinho não se dispensou de fazer um telefonema de felicitações.
Chegou a hora do treinador português inverter a história menos positiva do Real Madrid nos últimos anos ao receber o Lyon. O empate conseguido pelos merengues em França (1-1) é agradável, mas nada garante a qualquer das equipas.
O Chelsea está bem mais confortável como anfitrião do Copenhaga, face aos dois golos de vantagem. Uma ocasião para o técnico Carlo Ancelotti desanuviar o ambiente em Stamford Bridge.
«Sem ele [José Mourinho] não teríamos conquistado aqueles títulos [nter]. Embora tenha sido apenas uma época, adorei trabalhar com ele. Um ano com ele equivale a dez com qualquer outro... Era impossível ir com Mourinho para Madrid. Não volto a um clube que me tratou daquela maneira. Nunca mais jogo no Real Madrid.»
O holandês Wesley Schneijder em entrevista ao L'Equipe
Depoimento insuspeito, a juntar a tantos outros, a contrariar os detractores do treinador português.
Sete dias passaram sem ter possibilidade, por razões incontornáveis, de manter a presença neste blogue. As notícias multiplicaram-se e, como será lógico, não fizeram falta as minhas opiniões sobre os assuntos mais palpitantes.
De qualquer forma, a perspectiva de se verificar um hiato nestas crónicas não me agrada por uma questão de princípio, pelo que não deixarei de fazer um registo dos acontecimentos passados nesse período.
O dia 3, a nível interno, centrou-se na selecção nacional. Os futebolistas concentraram-se em Oeiras, depois de um dia de folga que se seguiu ao termo do estágio na Covilhã, e tiveram uma visita especial. O primeiro-ministro José Sócrates fez uma visita breve à selecção - não se confirmou o anunciado jantar com a comitiva - e desejou felicidades à representação portuguesa. Adiantou, entretanto, que não terá disponibilidade para se deslocar à África do Sul, devido à conjuntura mundial, pelas redobradas exigências da governação - e para não delapidar mais os cofres do Estado, acrescentamos nós como atitude de bom senso.
O nome do treinador Rafa Benitez saltou para a ribalta no estrangeiro. Depois de seis anos de trabalho e alguns títulos, o espanhol deixou o Liverpool e foi anunciado como substituto de José Mourinho no Inter.
O percurso dos dois técnicos que, quando se cruzaram no futebol inglês, fizeram alguma faísca verbal, proporcionou uma situação insólita, com o espanhol a suceder ao português no campeão italiano e da Europa.
José Mourinho, o treinador defensivo, calculista, indiferente ao espectáculo e voraz pelos resultados, segundo os seus detractores, recebeu agora os maiores elogios, oriundos de vários quadrantes, por ter conduzido o Inter a campeão europeu, 45 anos depois do último êxito conquistado pelo mago Helénio Herrera.
Mais importante de tudo quanto já vi escrito talvez sejam as palavras de um dos seus «mestres», - será que, embora nas funções de tradutor, nada aprendeu com o inglês Bobby Robson, no Sporting e no Barcelona? - o holandês Van Gaal, conceituado técnico do Bayern, ao afirmar: «Mourinho talvez tenha razão. A minha equipa não conseguiu superar a organização da equipa italiana e a defesa foi surpreendida nos lances de golo de Milito.»
Aliás, situações similares às verificadas nas eliminatórias com o Chelsea e o Barcelona e tão criticadas pelos experts, tanto nacionais como estrangeiros. Simplesmente, esqueceram-se que o mérito reside em aproveitar ao máximo, técnica e psicologicamente, as potencialidades dos jogadores para atingir as vitórias, e depois pensar no espectáculo.
Alguns italianos, entre dirigentes e treinadores, que desperdiçaram o seu talento (?) na tentativa de desgastar Mourinho ao longo de dois anos, estarão agora a avaliar os erros de estratégia, dada a resistência à pressão por parte daquele que elegeram como principal «inimigo».
A sua firmeza perante toda a espécie de desafios apenas ontem claudicou quando estava consumado a terceira vitória da época do Inter e a segunda pessoal na importante prova.
As fotografias de um Mourinho emotivo, incapaz de conter as lágrimas, reconhecido ao abraçar Van Gaal e exultante por ter concretizado o desejo do presidente Massimo Moratti, entre outras manifestações, acrescentam algo que muitos desconheciam na sua personalidade.
A concretizar-se a saída para Santiago Bernabéu, depois de uma noitada louca em Milão, talvez possa dizer que a Itália tem mais encanto na hora da despedida.
Uma «camioneta com atrelado» colocada à frente do guarda-redes brasileiro Júlio César e mais uma linha em que se incluíam os restantes jogadores, à excepção de Milito - mais tarde de Eto'o - chegaram ao Inter para apenas ceder um golo (fora-de-jogo) em Nou Camp e eliminar o Barcelona da Liga dos Campeões e ter como adversário o Bayern de Munique na final de Madrid.
Mesmo antes do conjunto italiano ficar reduzido a dez elementos, por expulsão do brasileiro Thiago Motta, era evidente que o treinador português optou por utilizar todos os expedientes legítimos para não deixar Messi e companheiros desenvolverem o seu habitual carrossel, qual sedativo, antes do ataque final às redes adversárias.
Simplesmente, foi o pouco atraente futebol dos transalpinos que anulou por completo o excelente futebol posto em prática na época passada por Pep Guardiola e impediu os catalães de tentarem a revalidação do título europeu.
Além disso, torna-se evidente que os jogadores do Barcelona estão a praticar um futebol de baixo andamento e só surgiram mais expeditos na fase final da partida, graças à moralização concedida pelo tento de Piqué.
Assim sendo, frente à solidez defensiva, permanente entreajuda dos interistas e atenta vigilância sobre Messi, era quase impossível aos campeões espanhóis impor a toada que já proporcionou a tantos êxitos.
Em Portugal, os treinadores das equipas mais apetrechadas desculpam-se quando os adversários se servem da «camioneta» e conseguem resultados inesperados. José Mourinho, que mais uma vez afirmou não gostar do futebol italiano, não teve esses pruridos para atingir o máximo objectivo.
Aliás, na análise aos dois encontros, o Inter fez uma grande exibição em Milão, enquanto o Barcelona claudicou tanto em Itália como em Espanha.
Uma parte está cumprida com distinção por José Mourinho. Em Camp Nou, dentro de oito dias, se verá qual será a reacção de Pep Guardiola e o desfecho desta meia-final da Liga dos Campeões.
Milão assistiu a um grande espectáculo e os campeões italianos cometeram uma proeza fora das previsões mais optimistas. Ninguém esperava que o «grande» Barcelona da época passada tivesse tantas dificuldades para impor o seu futebol, e o Inter conseguisse tal eficácia ofensiva - três golos marcados ao campeão europeu em título, facto que não acontecia desde a entrada do actual técnico.
Os espanhóis queixam-se da arbitragem de Olegário Benquerença; os italianos abordam pequenos casos; os portugueses nem disso falam.
Quem assistiu ao jogo através da televisão não pode dizer que todas as decisões foram acertadas, mas nem sempre prejudicaram os catalães.
Neste primeiro round torna-se indiscutível que José Mourinho deu a receita certa aos seus jogadores para contrariar a «teia» do adversário, e Schneider e companhia complementaram uma exibição quase impecável, através deum contra-ataque rápido e inteligente que entonteceu a defensiva catalã.
Os frutos estão à vista e não podem sofrer contestação. Se serão suficientes, resta esperar.
José Mourinho e Pep Guardiola estarão de novo frente-frente na Liga dos Campeões, esta temporada.
O português depois do Inter eliminar os russos do CSKA, com duas vitórias (um golo em cada jogo da eliminatória) e exibição de bom nível em Milão, embora com um ataque perdulário, e outra «económica » em Moscovo, em especial depois do tento de Schneider. A partir desse momento, aliado à expulsão de um jogador, o adversário perdeu todas as ilusões e os italianos limitaram-se a gerir a a vantagem.
O espanhol do Barcelona, na sequência do espectáculo de Messi, autor de quatro golos em Nou Camp que ficarão na história das provas europeias, adicionado ao empate (2-2) no campo do Arsenal. A eliminatória saldou-se por desfecho convincente (6-3) e mais uma demonstração da capacidade do catalães, na linha do que se viu na época passada.
José Mourinho entusiasmado com o facto de levar os italianos às meias-finais, aponta para a final em Santiago Bernabéu. Pep Guardiola parece ter mais argumentos para lá chegar, pois o Barcelona continua a demonstrar um futebol, além de espectacular, demolidor para qualquer adversário, em maior dose se não encontrar antídoto para segurar o argentino Leo Messi.
Neste confronto de tácticas e estratégias tão diferenciadas residirá o grande interesse do confronto entre italianos e espanhóis, ao qual está subjacente o tira-teimas Mourinho-Guardiola.
O português tem defendido que os detalhes são influentes em competições a eliminar, mas fica a dúvida se podem ser tão determinantes perante um «futebol global».
José Mourinho voltou ao seu lugar preferido - a ribalta.
Ausente do banco do Inter na Liga italiana em três jogos, por castigo; derrotado na visita ao Catania; reduzida a vantagem de sete para um ponto em relação ao segundo classificado, o Milan; obrigado ao silêncio, tal como os jogadores, por decisão do presidente Massimo Moratti, para travar a onda de protestos sobre as arbitragens e os consequentes castigos; o português estava a viver um momento nada tranquilo.
A vitória (2-1) sobre o Chelsea na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões mantinha aparente paz nas hostes interistas, mas a a imprensa já fazia eco - com fundamento ou intuitos especulativos - que as relações entre presidente e técnico começavam a degradar-se.
Chegou o dia da visita a Inglaterra para derimir o apuramento na prova europeia e José Mourinho mais uma vez deu a volta por cima, com uma exibição de tal modo convincente em Stamford Bridge que até Carlo Ancelotti reconheceu a superioridade do adversário.
Táctica adequada às características do Chelsea - com a surpresa de apresentar três avançados -, jogadores ambiciosos e empenhados em cumprir os desígnios de um técnico que em defesa dos seus princípios deixou o irreverente Balotelli em Itália, a inspiração de Schneider e o «faro» de Eto'o foram argumentos decisivos para a imprensa britânica reviver os tempos do Special One.
Com a insinuação de uma vingança do português em relação ao comportamento do todo poderoso dono dos blues, o russo Abramovich, que obcecado com a a conquista Liga dos Campeões despediu prematuramente aquele que agora lhe tirou mais uma hipótese de satisfazer esse capricho.
José Mourinho, no entanto, não pode descansar. Continuará a ter à perna os colegas de ofício de Itália, à espera de motivos para reatarem a guerra.
O FC Porto venceu (3-1) na Figueira da Foz uma Naval sem argumentos para os campeões em título.
O Real Madrid estreou-se na Liga com uma vitória difícil, em Santiago Bernabéu, frente ao Deportivo da Corunha. Cristiano Ronaldo contribuiu com um penalty para o resultado tangencial (3-2).
O Inter, após a estreia desoladora com o Bari (empate), cilindrou o Milan, na condição de visitante. Quatro golos sofreu a equipa orientada pelo brasileiro Leonardo, e viu-se que, na segunda parte, os jogadores de José Mourinho baixaram o ritmo e desaproveitaram a oportunidade de baterem um recorde de goleadas entre os dois clubes.
Cerca de 24 horas antes, o Barcelona conquistou, no Mónaco, a Supertaça Europeia em despique com o Shakhtar e assegurou o segundo troféu da época. Os pupilos de Pep Guardiola, embora dominadores das operações, sentiram alguma dificuldade para entrar na área dos ucranianos e só asseguraram a vitória quase a findar o prolongamento, na sequência de uma passe magistral de Messi e remate certeiro do jovem Pedro Rodriguez, produto da cantera.
Depois destes últimos dias competitivos, os portugueses estão suspensos das prestações do Braga, Benfica e Sporting.
José Mourinho fez ontem as delícias da imprensa italiana. Reacendeu a batalha com dois treinadores e transformou a conferência de imprensa a anteceder o jogo da Taça com a Sampdoria num monólogo.
"Fala melhor do que treina", disse há dias Ranieri (Juventus) sobre o português. Spaletti (Roma), por seu turno, insiste na inexistência de penalty sobre Balotelli no desafio que terminou com um empate (3-3) em Milão.
Lançadas as achas para a fogueira, José Mourinho reavivou as chamas e incendiou o panorama futebolístico transalpino.
Garantiu não estar habituado a prostituição intelectual, facto que considera existir na comunicação social do país. Criticou não se falar no Milan, clube de prestígio que este ano não vencerá qualquer título, nem na "poderosa" equipa da Roma a viver o mesmo pesadelo, e acusou os jornais de elegeram como alvo, durante dois dias, o lance polémico de Balotelli. Mais forte foi o ataque à Juve: sobre a possibilidade de Ranieri e Spaletti estarem unidos em atingi-lo, respondeu que também era aliado de todos os treinadores de equipas que este ano perderam com a Vechia Signora por decisões erradas dos árbitros.
Os juventinos protestaram, exigiram uma reparação por parte do Inter, mas tiveram como resposta dos seus dirigentes: "uma intervenção de Mourinho, segundo o seu estilo, e muito apreciada pelo clube".
O português justificou que só fala por obrigações contratuais do clube, enquanto os outros treinadores aparecem antes, durante e depois dos jogos na televisão e têm direito a horário nobre, e chegou ao ponto de dizer que faltam 91 dias para desejar a todos boas férias e deixar tranquilos os seus críticos.
José Mourinho já está em contagem decrescente. Resta saber se será em relação à época ou ao adeus ao Inter e à Itália.
Os comandantes das Ligas portuguesa, espanhola e italiana tiveram um fim-de-semana para esquecer, embora alguns casos não sejam ainda desesperantes.
Depois do empate cedido pelo FC Porto ao Sporting, que colocou três clubes à distância de dois pontos um dos outros - Benfica é o segundo - na vizinha Espanha também subiu a tensão nos ligares cimeiros.
O Real Madrid, com um percurso impecável desde que a orientação técnica foi assumida por Juande Ramos - refeito do fracasso do início de época nos ingleses do Tottenham - teve no seu rival da capital - o Atlético de Simão Sabrosa e Maniche - precioso aliado. Os colchoneros derrotaram o visitante Barcelona e a equipa de Pep Guardiola tem agora apenas quatros pontos de vantagem em relação aos merengues, dos 12 verificados há semanas.
O Inter de José Mourinho cedeu um empate ao Roma (3-3), confirmando-se que S. Siro não é recinto talismã para o português, que consegue melhores resultados a jogar no campo dos adversários. Com o Milan em indisfarçável crise, a tal ponto que já se fala em Donadoni para substituto de Ancelotti, o campeão tem a Juventus em sua perseguição, agora a sete pontos.
Nota final para a jornada gloriosa do Atlético do genro de Maradona, pois Aguero, e também Fórlan, foram heróis do jogo e dentro de pouco tempo estarão no Porto.
Das oito equipas que estiveram envolvidas na "meia" jornada da Liga dos Campeões, o FC Porto, tal como se previa, obteve o resultado mais animador, em termos teóricos, para a segunda mão.
Nos quatro primeiros embates dos oitavos-de-final registaram-se três empates (Atlético de Madrid-FC Porto, 2-2; Lyon-Barcelona, 1-1; e Inter-Manchester United, 0-0). Apenas o Arsenal venceu (1-0) na recepção à Roma.
Atendendo aos dois tentos marcados em Vicente Calderón, os portistas asseguraram o desfecho menos perigoso. Outros factos, contudo, reforçam a ideia: ultrapassada a entrada fulgurante dos colchoneros, culminada com o golo de Aguero, os portistas tomaram progressivamente conta dos acontecimentos, mesmo com o "frango" de Helton, sem esquecer as lesões de Fucile (aquecimento) e Sapuranu (segunda parte). Jesualdo Ferreira nem sempre faz análises frias, mas as de Madrid ajustam-se à realidade: "Devemos a nós próprios o facto de não estarmos já apurados".
José Mourinho teve uma noite de amuos, sofrimento e a sorte de contar com um guarda-redes com a categoria de Júlio César. Pelo que se viu em S. Siro, o embate com Alex Fergusson em Manchester não se mostra animador para o Il Speciale. O mesmo se pode pensar em relação ao Lyon (Barça), enquanto segurar um golo em Roma também não será fácil para o irregular Arsenal.
Adriano, avançado do Inter colocado na prateleira, na época passada, pelo treinador Roberto Mancini, e com um percurso atribulado na era de José Mourinho, que o tentou recuperar das noitadas e da bebida, começa agora a justificar a aposta feita pelo português.
Mais uma vez nos últimos jogos, o Inter ficou a dever ao brasileiro a permanência isolada na liderança do campeonato, também nos minutos de compensação, agora antes do intervalo.
Ausente o sueco Ibrahimovic por castigo, a Sampdoria colocou demasiados problemas ao campeão. José Mourinho foi expulso por protestar a amostragem de um cartão amarelo a um dos seus jogadores.
Novo contratempo para o treinador de Setúbal, cuja paixão por trabalhar em Itália está a mostrar-se mais amarga do que a experiência vivida em Inglaterra.
Ainda não acertou na composição de um ataque eficaz, e tal como qualquer outra equipa do país tem como ponto forte a defesa, ao contrário das intenções de impor uma nova imagem do futebol transalpino.
Mantém no banco dois jogadores que lutou por contratar - Mancini, do Roma, que já lhe manifestou desagrado pela situação, e Quaresma -, além de que Figo surge a espaços em campo para "serenar" os companheiros.
O presidente Moratti já demonstrou, no relacionamento com o antigo técnico quatro vezes campeão, ter uma capacidade de tolerância limitada. Mais um repto para Mourinho.
"Não merecíamos alcançar já a qualificação. A deslocação a Bremen (Alemanha) deveria ser feita com a pressão de ganhar para garantir o apuramento". Fácil de calcular o estado de espírito de José Mourinho ao pronunciar estas palavras em S. Siro, na sequência da derrota do Inter frente aos gregos do Panathinaikos.
Pisaram o relvado Figo, regressado de lesão, Quaresma, com dificuldades de adaptação para expressar a sua magia (os adversários italianos não dão tempo para jogar) e na fase final toda a artilharia pesada estava ao dispor do técnico português, como o salvador da última hora, o argentino Cruz.
Nada disto servia a José Mourinho, não fosse um compatriota, em Famagusta, dar preciosa "ajuda". O surpreendente Anorthosis marcou dois golos e esteve em vias de conseguir proeza inédita para Chipre. O conhecido Diego, ex-portista, e mais tarde Hugo Almeida, também oriundo do FC Porto, impuseram a igualdade que abriu as portas da qualificação ao Inter.
José Mourinho temia que "os seus jogadores não descessem à terra depois da vitória sobre a Juventus no campeonato". Nisso acertou, mas não encontrou o antídoto para obrigar os seus comandados a esquecer os momentos de alegria vividos dias antes.
Mais uma vez o treinador de Setúbal teve a sorte como aliado. Nem sempre acontece...
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