O Vitória de Setúbal, tal como se esperava, não teve andamento para aguentar o Benfica, apesar de Neca ser o primeiro marcador da Luz no último encontro da primeira volta da I Liga.
Os sadinos saíram vergados ao peso de uma derrota pesada, e para a reviravolta muito contribuiu a exibição de Rodrigo. Além da vivacidade que transmitiu à manobra benfiquista, com a consequente perturbação da defesa sadina, foi o responsável directo pelo início da viragem no marcador ao estabelecer o empate.
Cardozo fez o resto até ao intervalo com dois tentos, sem abdicar do seu estilo irritantemente lento, mas de grande eficácia rematadora.
Nada de surpreendente, portanto, no embate entre o líder e um equipa que luta para não descer de escalão e mostrou, a par de algumas falhas, certos argumentos para inverter a situação classificativa.
Jorge de Jesus deu novo alento às hostes benfiquistas, depois da desilusão da época passada, e os jogadores voltam a apresentar, por vezes, uma pressão atacante avassaladora.
Com este resultado, foi relegado para o esquecimento um facto pouco agradável: há 18 anos que o clube da Luz não liderava na viragem do campeonato.
Situação denominada na gíria como campeão de Inverno. Apenas a tranquilidade de ver os adversários a maior ou menor distância, mas sem direito a título.
José Mourinho está a ver a vida a andar para trás no Real Madrid. O ex-portista Falcão, pelo contrário, entusiasma os adeptos do Atlético da capital espanhola.
Depois da derrota frente ao Levante, o treinador português deixou mais dois pontos em Santander, onde o modesto Racing o "presenteou" com um empate a zero. Precisamente na jornada em que o provisório líder Valência, no recinto de Mestalla, apenas consentiu que o Barcelona empatasse (2-2).
As hostes merengues estão agitadas, e o próprio treinador considera que «a situação é preocupante», enquanto o "capitão" e guarda-redes Casillas confessa: «Não estamos ao melhor nível de um Real Madrid». Aliás, a visita aos balneários do presidente Florentino Peréz, supostamente para dar ânimo aos jogadores e um abraço a José Mourinho, é elucidativa do ambiente que se vive no clube.
E a situação não ficou mais complicada porque o Barça, ainda a referência da prova, apesar de estar atrás do Valência, Málaga e Bétis, continua apenas com um ponto de vantagem sobre o eterno rival de Madrid.
Radamel Falcão está a viver um momento de sonho. A vitória (4-0) do Atlético de Madrid sobre o Sporting Gijón foi construída com dois golos do colombiano, que contabiliza tantos na Liga como Messi e Soldado, e mais um tento do que Cristiano Ronaldo, desta vez sem a tradicional raça de goleador e ao nível do fraco rendimento do conjunto.
Mourinho tem quase sempre dado a volta por cima, mas surge sempre na vida uma hora menos boa.
A prova de que o futebol português continua a produzir novos valores, actuem no país - poucos, devido à invasão de imigrantes - ou no estrangeiro, foi um dos aspectos que só por si justifica o "sacrifício" dos clubes em ceder jogadores à selecção para encontros particulares.
Paulo Bento ganhou a aposta, não tanto pela vitória sobre a Finlândia, mas pela maneira como geriu a utilização dos jogadores nesta curta pausa em que teve também como adversário o Chile.
Em Aveiro ressurgiu um nome que andava fora da ribalta desde que trocou o Funchal pelo Porto, já que as opções de André Villas-Boas passaram mais vezes por outros elementos em detrimento de Rúben Micael. A sua estreia na selecção ficou marcada pelos dois golos da vitória e não propriamente pelas qualidades que seduziram os responsáveis do Dragão. De qualquer forma, o facto deve ser enaltecido e talvez contribua para elevar os patamares de confiança do madeirense.
O comportamento de Nélson, defesa a actuar no Osasuna, também demonstrou que o seleccionador está atento aos possíveis candidatos à selecção principal, no caso de impedimento dos habituais titulares.
Paulo Bento diz-se satisfeito com toda a campanha desde que iniciou funções. Vitórias nos jogos de qualificação do Euro 2012, e nos de preparação, nos quais ao êxito sobre a Espanha sucedeu a derrota com a Argentina na Suíça, o empate com o Chile em Leiria e o recente triunfo em Aveiro.
As perspectivas são animadoras, mas o importante acontecerá a partir de Junho, pois o confronto com a Noruega é o início de uma nova caminhada.
Tudo o que de bom aconteceu até agora já é passado, apenas útil para corrigir aquilo que esteve menos bem.
Carlos Mozer foi feliz na estreia como treinador da Naval, último classificado na Liga. O brasileiro, no dia do baptismo na condição de responsável principal, conseguiu levar os jogadores figueirenses à vitória em Guimarães. Não foi com um adversário qualquer e teve no outro banco um técnico experiente chamado Manuel Machado. É certo que os minhotos têm vacilado nos últimos encontros, mas o brasileiro mostrou-se realista quando sonhava na conquista de apenas um ponto. Afinal, fez o pleno.
A deslocação do Benfica a Leiria, no entanto, monopolizava as atenções da jornada, e a equipa de Jorge de Jesus alcançou um resultado mais amplo do que se esperava e não se atrasou mais em relação aos dragões.
Jorge Jesus
continua a son har com a renovação do título, enquanto Pinto da Costa repete elogios ao treinador da L uz. Porque gosta de «pessoas inteli gentes», reafirma o sagaz pres i dente port ista. Homem com tantas «virtudes», é pena não convencer muita gente com estes despropositados co mentários . Talvez seja altura de p a r a r .
Manuel Fernandes tinha muita esperança em se afastar dos últimos lugares da I Liga na segunda visita consecutiva do Sporting ao Bonfim. A espectativa não se confirmou porque o Vitória de Setúbal foi uma sombra da equipa que eliminou os leões da Taça de Portugal, e o conjunto orientado por Paulo Sérgio apresentou ligeira melhoria, mais eficaz no ataque do que se previa.
Aliás, terá residido na conjugação destes dois factores o «ar de graça» sportinguista, embora seja justo realçar que os jogadores de Alvalade pareceram mais motivados depois do propalado raspanete dos dirigentes.
De salientar, também, que algumas alterações introduzidas pelo técnico produziram resultados positivos, com realce para as actuações de Abel e consequente adiantamento de João Pereira, e a titularidade de Yanick Djaló.
O treinador espera que as férias de Natal sirvam para «limpar o disco rígido», mas continua a não haver garantias do computador funcionar em pleno nos tempos mais próximos.
PERGUNTA DO DIA
O Sporting conseguirá atingir melhor rendimento
no próximo ano?
BENFICA CAMPEÃO
CINCO ANOS DEPOIS
A festa na Luz teve um expressão proporcional aos anos de espera dos encarnados para festejar o 32.º título do seu longo historial.
Abre-se um novo ciclo na Luz e o treinador, sem abdicar da conquista de mais campeonatos, pensa agora mais longe.
A Liga dos Campeões é objectivo assumido, para que a equipa reviva os velhos tempos gloriosos.
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