«Se marcarmos um golo em Lisboa, acho que passaremos. Eles teriam de marcar dois. Está ainda tudo em aberto, por isso vai ser um grande jogo... Vamos fazer o nosso jogo, mostrar o nosso futebol. Já mostrámos em França (1-1) que o podemos fazer. Não temos medo», garante o futebolista bósnio Miralem Pjanic.
«Portugal é o grande favorito», considerou Safet Susic, salientando o facto da selecção portuguesa ter «bons jogadores» e constituir «uma boa equipa». O treinador, no entanto, não poupou elogios à sua selecção: «A Bósnia-Herzegovina é uma grande equipa, com jogadores que jogam em campeonatos europeus e habituados à pressão.»
Um aviso sobre a confiança dos bósnios - estiveram quase a afastar os franceses do Ucrânia-Polónia - no decisivo confronto de Lisboa para a conquista de um lugar na fase final do Europeu.
Uma sexta-feira transformado em dia especial para a maioria dos portugueses desde há séculos, por motivos da religião dominante no país.
Este ano da (des)graça de 2011 tem, pela força das circunstâncias - negativas para a maioria da população - um significado redobrado de sofrimento, dada uma crise sem contornos definidos quanto à extensão dos sacrifícios a exigir aos mais desfavorecidos.
Por isso, recusamos falar dos folclores do futebol. Haja uma dia na vida em que nos preocupemmos com as coisas importantes da vida.
O Sporting-FC Porto já foi um clássico importante do futebol indígena. Agora está banalizado, e esta temporada, para desgosto das gentes de Alvalade, apenas tem como interesse não ficar mais distante da equipa de André Villas-Boas e, pior do que isso, não deixar que Braga ou Guimarães se apropriem do antigo estatuto leonino de lutar pelo título.
Neste momento, e apesar das palavras de confiança de Paulo Sérgio - lógicas para galvanizar os jogadores - o interesse do confronto rivaliza com um Beira-Mar-Benfica, não pela expectativa de um um bom espectáculo de futebol, mas para avaliar até que ponto será Jorge Jesus capaz de unir os seus jogadores em torno do mesmo objectivo e evitar mais apoiantes do seu despedimento.
Na verdade, pouco se pode esperar de surpreendente na luta entre leões e dragões, quando o tema de todas as conversas incidem no regresso de João Moutinho com a camisola azul-e-branca e em novas manifestações de falta de civismo, a obrigar a reforço de forças policiais.
Sábias são as palavras de Paulo Sérgio quando se distancia desse fait-divers - «não faço parte de qualquer comissão de boas-vindas» -, e recusa-se a abordar assuntos que remontam a tempos em que trabalhava noutras paragens.
O Sporting há anos perdeu o contacto com as vitórias, e eventual resultado positivo sobre os portistas não compensa das penosas exibições dos últimos meses e que levaram à saída de Paulo Bento e não prolongamento do contrato com Carlos Carvalhal.
Paulo Sérgio não pode fazer muito mais e lembrou ser normal eventual chicotada, pois acontece a todos, até aos mais conceituados técnicos.
«O único erro do árbitro foi ter validado o golo do Braga», analisou Manuel Machado.
«Foi um espectáculo degradante», explodiu o presidente bracarense António Salvador.
«Não foi, de maneira nenhuma, uma boa arbitragem» lamentou-se Domingos Paciência.
Então e quanto ao comportamento das duas equipas?
Os jogadores estiveram sempre certos, não cometeram erros?
A movimentação dos dois conjuntos atingiu níveis de acordo com as características das respectivas individualidades?
A estratégia dos treinadores foi a adequada ao desenrolar dos acontecimentos?
Em termos disciplinares dentro do campo, e de comportamento dos adeptos nas bancadas e no exterior do estádio, nada houve a reprovar?
Qual o interesse. Estes aspectos são secundários para quem vive de e para o futebol.
Na falta de uma análise sobre a imagem que transmitiram as equipas, eis uma opinião: o Vitória de Guimarães foi superior; o Sporting de Braga desceu alguns degraus em relação à época passada. Assim, entende-se que os três pontos ficaram bem entregues.
Quanto às opiniões expressas a abrir, esperem pelas explicações de Vítor Pereira...
Se o poder de compra dos portugueses obriga a evitar certas despesas não prioritárias; o receio da pandemia em que se pode transformar «novamente» a Gripe A - para os laboratórios, a avaliar pelas notícias, ela já chegou em termos de euros -; se os clubes aproveitam a Taça da Liga para «dar trabalho» ao excesso de mão-de-obra (atitude de elogiar nos tempos que passam!), não se esperaria mais do que aconteceu numa noite de mais uma jornada para esquecer.
Relvados empapados, na maioria dos casos jogadores de segunda linha e espectadores ausentes das bancadas confirmaram o fracasso da competição nos termos em que está organizada.
Apenas os «pobres» ou os clubes com comportamentos frustrantes ao longo da época, estes na tentativa de salvar as aparências, proporcionam alguma dignidade a um torneio que mais tarde ou mais cedo tem o destino traçado: acabar.
A menos que os responsáveis da Liga se capacitem das realidades do tempo em que vivemos e atendam às necessidades de clubes profissionalizados, com a imposição de regras para melhorar o espectáculo e atrair os adeptos.
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