Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Terça-feira, 20 de Setembro de 2011
Facturas ocultas

Portugal é uma país de coisas ocultas, não propriamente de actos sobrenaturais, nem de fraudes, até certa altura desconhecidas praticadas por figuras mediáticas de vários sectores de actividade.

Há anos uma investigação, desencadeada em Aveiro, a supostos crimes fiscais, ficou conhecida pela Face Oculta.

Nos últimos dias surgiram a público notícias de facturas ocultas, cuja responsabilidade pertencerá ao Governo Regional da Madeira, ontem acrescida de mais elementos que acrescentaria ao crónico déficite da Região Autónoma quase três vezes mais do que os sete milhões de euros.

Agora, confirma-se que o Instituto de Desporto de Portugal I.P. pratica idênticos processos desde há anos e existem cerca de seis milhões de euros a juntar à crítica situação financeira.

Estes dois casos permitem pensar que mais casos ocorreram noutras entidades e pode desde já elaborar um megaprocesso conjunto a denominar por "Facturas Ocultas". 

 



publicado por António Castro às 23:06
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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009
A farsa de Andre Agassi

«Não se pode confiar em ninguém» é um ditado popular que  que conheço desde tenra idade. Sempre valorizamos estas palavras em termos genéricos, pelo que seriam uma excepção entre os seres humanos.

Afinal, nos termos modernos e em múltiplas actividades desportivas, o doping tornou-se «refeição» privilegiada dos atletas, na tentativa de conquistar louros e amealhar os respectivos dividendos.

Num ano fértil na detecção de irregularidades semelhantes, nas quais também incorreu um ciclista português, surge agora Andre Agassi a revelar, em livro de memórias, ter ingerida há anos uma droga, atitude causadora de problemas com as entidades americanas mas que acabou abafada pelo estatuto atingido pelo tenista.

Assistimos em várias provas do Grand Slam a portentosas exibições do norte-americano e ao carinho que o público de qualquer parte do mundo lhe dispensava, rendido às suas qualidades, empenho, simpatia e modéstia.

Decorridos cerca de dez anos, pode agora admitir-se que alguns da vida desportiva de Andre Agassi constituíram uma farsa. 



publicado por António Castro às 12:00
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Quinta-feira, 13 de Agosto de 2009
Secretário de Estado manda recados

As Federações de Futebol, Tiro e Vela arriscam-se a sanções por ainda não terem alterado os respectivos estatutos, em conformidade com o novo regime jurídico.

Laurentino Dias não escondeu o levantamento de inquéritos a tais procedimentos, e uma das consequências pode passar  pela retirada do estatuto de utilidade pública a essas instituições.

O secretario de Estado com o pelouro do desporto também abordou a progressiva utilização de futebolistas naturalizados na selecção, e lançou um aviso nas seguintes declarações: «Compete às federações fazerem opções e criar mecanismos que naturalmente não permitam que se transforme uma selecção nacional de Portugal numa selecção de portugueses não nascidos em Portugal».

Questões melindrosas que alguns responsáveis, tanto governamentais como desportivos, tentam ignorar, mas que Laurentino Dias entendeu, certamente com alguma intenção, trazer para a actualidade.

Nos dois casos está envolvido o futebol, e os seus responsáveis devem estar mais activos em encontrar uma solução do que o seu silêncio deixa transparecer.

Caso contrário será difícil classificar esta passividade.



publicado por António Castro às 23:56
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Sábado, 25 de Outubro de 2008
"A culpa é dos jornalistas"

Sem papas na língua, de dedo acusador apontado, Vicente de Moura não poupou os representantes dos órgãos sociais que estiveram na China. Explicou as razões: "Além de não poderem ir onde estavam os atletas, alguns nem sequer nos locais de competição podiam entrar, tinham de responder à exigência vinda de Portugal para arranjar notícias. O que fizeram? Pressionaram os atletas que não estão habituados a falar e procuraram o que de pior aconteceu em Pequim. Enxovalharam os atletas" (Extracto de A Bola do dia 18).

Brilhante. O presidente do COP deu uma lição de jornalismo na cerimónia da posse do reeleito presidente da Federação Portuguesa de Natação, Paulo Frishknecht, atleta que vimos actuar nos Jogos de Montreal 76. A propósito, relembramos que em 30 anos foram inúmeros os sucessos dos portugueses olímpicos na modalidade... Desculpem, repito: foram inúmeros os recordes nacionais obtidos em todas as edições até 2008. Por culpa de quem? Haja quem responda como membro do COP e enuncie aquilo que fez para inverter a situação.

Se as palavras de Vicente de Moura, dirigente por quem tinha grande admiração, são intoleráveis, o silêncio do Sindicato dos Jornalistas também é inexplicável.

Afinal, Portugal merece este presidente do COP, que até ameaça recandidatar-se... sem programa!!!!



publicado por António Castro às 08:00
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Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008
Benevolência e cinismo nas análises aos olímpicos

O fraco nível na participação dos portugueses nos Jogos Olímpicos de Pequim tem originado os mais diversos comentários, tanto de responsáveis directivos e de elementos que estão ou estiveram ligados ao fenómeno desportivo, como do adepto anónimo.

Daqueles surgem palavras de compreensão pelos resultados obtidos na China e o reconhecimento de que todos os atletas deram o máximo para a obtenção das melhores tempos ou marcas, e desculpam algumas desilusões pelas contingências próprias das competições desportivas.

Que poderiam dizer? Nada mais do que isso, caso contrário correriam riscos que podem ainda recair sobre Vanessa Fernandes ao colocar em causa a dignidade de alguns atletas.

Dos últimos ressaltam elogios aos participantes, realçam as deficientes condições de preparação, e dirigem ataques aos privilégios que dizem beneficiar o futebol, lembrando o número de estádios construídos para o Europeu 2004, alguns agora condenados a ter meia dúzia de espectadores cada fim-de-semana, e um deles utilizado uma vez por ano, sem possível aproveitamento para outras modalidades.

Se existe alguma razão para estes reparos, analisemos o problema noutra perspectiva - o número de espectadores que cada uma das modalidades atrai ao longo do ano. Estes críticos, a quantas provas de atletismo, natação, judo, triatlo, canoagem, remo, tiro, vela, ténis-de-mesa, ginástica, trampolins ou de outras modalidades ditas amadoras assistiram numa temporada. E quantos jogos de futebol, incluindo os que não abdicaram do conforto do sofá, viram de princípio ao fim. 

Deixem-se de apregoar princípios moralistas e reconheçam que a maioria dos portugueses gosta essencialmente de futebol, e só quando há Jogos Olímpicos dá uma espreitadela a outras actividades desportivas e arma-se em defensor dos "desprotegidos".



publicado por António Castro às 08:00
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Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008
Vitória de Nélson torna mais premente a reflexão

"O Deco do atletismo português", como escreveram com certa ironia os jornais chineses ao referirem-se a Nélson Évora, pelo facto de ser naturalizado, voltou a ser figura em destaque.

Desta feita, as suas imagens reportaram-se à cerimónia da entrega das medalhas que, naturalmente, foram antecedidas pelas do salto olímpico de ouro.

"Não há fome que não dê em fartura", diz-se na sabedoria popular, e o ego de alguns portugueses vibrou duplamente com a mesma proeza. Uma compensação para o fracasso de outras participações que se anteviam prometedoras.

Nélson Évora teve o condão de transformar a grande vitória no Ninho do Pássaro numa despropositada vaga de euforia entre alguns responsáveis da comitiva, que se servem de estatísticas ou de dados subjectivos para colocar a participação na China no topo das presenças olímpicas portuguesas.

Se assim é, porque preconizam, então, mudanças profundas de procedimentos?

Se foi a melhor representação de sempre, justificar-se-á alterar o rumo?

Por favor, tenham calma. A vitória pertence a Nélson Évora, um "animal de competição" como acentua o seu amigo e treinador. Fica registada na história olímpica de Portugal, mas deve-se em medida reduzida às estruturas desportivas do País.

Importa, portanto, meter mãos à obra com a mesma abnegação que se exige aos atletas.



publicado por António Castro às 19:35
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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008
Nélson de ouro, presidente "ressuscitado"

Portugal conquistou a quarta medalha de ouro do seu longo, embora modesto, historial olímpico. Nélson Évora, ao alcançar 17,67 metros no triplo salto, juntou-se a Carlos Lopes (84) e Rosa Mota (88), na maratona, e a Fernanda Ribeiro (96) nos 10.000 metros.

O atlteta de 24 anos, filho de cabo-verdianos, nascido na Costa do Marfim e que veio para o nosso País a partir dos cinco anos (naturalizou-se português em 2002), trouxe um raio de luz à comitiva portuguesa na tarde chuvosa de Pequim.

Os elogios não param, desde o seu treinador a todos os membros da delegação, e a disposição do dirigentes alterou-se radicalmente graças à mínima confirmação das suas exageradas expectativas.

As cores reluzentes da medalha de Nélson Évora parecem ter encadeado todos aqueles que já consideram brilhante uma participação nitidamente frustrante, tanto em resultados como, segundo se diz, em comportamento de certos atletas.

Até o presidente do COP, Vicente de Moura, está a participar nesta onda, e já admite que poderá recandidatar-se, mas na condição de haver "profundas alterações", afinal aquilo que não conseguiu implementar ao longo de 20 anos de mandato.

Portugal, não podes fugir à tua sina. Cantar o fado e chorar...

 



publicado por António Castro às 20:40
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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008
Criticar agora presença nos Jogos é só "fumaça"

Será que era necessário o percalço de Naide Gomes, semelhante a alguns que tem acontecido a muitos atletas em várias edições da prova, inclusive em Pequim, para se levantar um clamor sobre o rendimento da representação portuguesa nos Jogos Olímpicos?

Será que ninguém tinha notado que a maioria dos atletas escolhidos nem sequer apresentavam no seu palmarés tempos ou marcas que admitissem a obtenção de um diploma (oitavo lugar)?

Será que não eram públicas as verbas destinadas aos atletas que reunissem condições para se incluírem na lista de alta competição, recebendo compensações especiais?

Será que ninguém sabe que a prática de desporto nas escolas é uma "mentira" desde há muitos anos, e algum trabalho positivo ainda é feito por modestos clubes, que descobrem e moldam a matéria-prima mais tarde aproveitada apenas como marketing pelas colectividades de superior dimensão?

O azar de Naide Gomes foi apenas um episódio que nada tem a ver com os maus resultados na China, e as palavras de Vanessa Fernandes, ao criticar a falta de dedicação de alguns praticantes, também não constituirão novidade para dirigentes e treinadores.

Os vícios e políticas desportivas inadequadas já vêm de longe, pelo que este escândalo deverá ser entendido apenas como "fumaça".

  

 



publicado por António Castro às 21:20
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Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008
Vanessa Fernandes, finalmente

Portugal conquistou a primeira medalha em Pequim. Na sequência de várias desilusões da numerosa comitiva, a triatleta Vanessa Fernandes, apontada como uma das favoritas da prova, teve de render-se à superioridade da rival australiana e ficou com o bronze.

"Vale mais do que ouro", comentou. E revelou ter sempre, ao longo dos últimos dias, a "sensação de que não chegaria ao primeiro lugar. Mas, com esta idade (22 anos) foi bom. Sofri até ao fim e torna-se muito difícil estar no top. Portugal é um país pequeno, enquanto a modalidade está muito desenvolvida na Austrália".

Uma medalha que a jovem atleta dedica ao pai Venceslau Fernandes, ciclista e vencedor da Volta em 84, "pelas dificuldades que passou e por tudo aquilo que me deu".

Num momento em que o desporto português "lavou parte da face" nesta edição dos Jogos Olímpicos, Vanessa Fernandes criticou a falta de ambição de alguns atletas, que encaram a alta competição "com certa leviandade", desconhecendo o sofrimento necessário para atingir determinados patamares de rendimento. Apontou razões: "Não há uma estrutura fixa nalguns sectores, é tudo à balda".

Os responsáveis pela representação olímpica não gostam das críticas vindas do exterior, mas têm de confrontar-se com as proferidas por quem conhece, por dentro, as realidades. Aceitem os reparos e assumam uma mudança radical de pessoas e processos de trabalho.

 

 

 



publicado por António Castro às 21:10
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Sábado, 16 de Agosto de 2008
Dignidade de Obikwelu na hora da desilusão

"Peço desculpa aos portugueses porque estiveram a pagar para eu vir aos Jogos", não hesitou em confessar Francis Obikwelu depois de ter falhado a presença na final dos 100 metros, e anunciou que resolvera não participar na corrida dos 200 metros.

Ainda revelou que o seu futuro passará pela Fundação que possui no Algarve, curiosamente a porta da sua entrada em Portugal quando, em 1994, desertou da selecção de juniores da Nigéria depois de disputar o Mundial de Juniores disputado no sul do País. Tinha então 15 e trabalhou clandestinamente nas obras até ser recrutado pelo clube de Alvalade.

Francis Obikwelu, de 29 anos, representou o seu país de origem nos Jogos de Atlanta 96 e Sydney 2000, mas já participou em Atenas 2004 com a camisola das quinas, tendo conquistado uma medalha de prata nos 200 metros.

Os portugueses confiavam nas suas potencialidades e em nova oportunidade de levar na China o nome de Portugal ao pódio olímpico. Tal não aconteceu, mas reconheça-se que este era um dos poucos atletas da comitiva portuguesa que poderia oferecer um contributo ao nosso pobre palmarés. 

E mostrou a dignidade e o reconhecimento que outros atletas portugueses deveriam manifestar só por os terem deixado deslocar-se a Pequim.



publicado por António Castro às 20:45
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Quinta-feira, 14 de Agosto de 2008
Português realista em Pequim

Finalmente aparece alguém ligado à comitiva portuguesa presente nos Jogos Olímpicos que não embarca no tradicional optimismo quanto à conquista de medalhas ou de lugares de honra.

Luís Nunes, chefe da comitiva de trampolins, resolveu, em conferência de imprensa, colocar o dedo na ferida e a certa altura referiu ter lido na imprensa que "a modalidade (trampolins) não se deve descartar em termos de atingir resultados de excelência". E comentou: "Quem escreveu, quem disse, quem inventou isso deveria ser responsabilizado". 

Ana Rente e Diogo Ganchinho são os representantes de Portugal na China, e Luís Nunes, apesar de reconhecer as suas qualidades, considerou que nenhum é Nuno Merino, que em Atenas 2004 obteve um sexto lugar.

Se os atletas devem ser moralizados para que estejam, no momento da competição, psicologicamente fortes, importa que os dirigentes sejam realistas e não alimentem um ambiente de euforia que cedo redunda em completa frustração.

De saudar, portanto, o alerta para as realidades de quem sabe as dificuldades enfrentadas pela maioria dos atletas de certas modalidades. Criar condições para as contornar é mais importante que convidar o público a viver no mundo da fantasia.



publicado por António Castro às 21:00
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Quarta-feira, 13 de Agosto de 2008
Phelps cumpre; IAPMEI volta atrás

Reconheço não haver nenhuma ligação entre o nadador americano Michael Phelps e o IAPMEI, instituto português destinada a apoiar, em determinadas circunstâncias, empresas em dificuldades.

Neste dia, no entanto, umas braçadas do fenomenal atleta e uma inexplicável "cambalhota"  de uma entidade que seria suposto decidir com segurança, constituíram os factos mais salientes e dignos de algumas considerações, no último caso por estar relacionado com um clube desportivo.

Phelps cumpriu a promessa de destronar os atletas mais medalhados a ouro de sempre dos Jogos Olímpicos ao conseguir mais duas vitórias na China. Dominou sem grande oposição nos 200 m mariposa e contribuiu para o êxito dos EUA na estafeta 4x200 m livres. Relegou para segundo plano aqueles que ao longo da carreira olímpica tinham conquistado nove medalhas de ouro, e ainda tem novas metas a atingir nos próximos dias.

Do elogio passamos à censura. O IAPMEI, depois de ter entregue ao Boavista um documento a aceitar pagamento faseado de dívidas ao fisco e à Segurança Social, legalizando neste capítulo a situação do clube perante a Liga, deu agora o dito por não dito. Entretanto, o Estádio do Bessa foi penhorado por não cumprimento de anteriores negociações conduzidas pelo mesmo - imagine-se! - IAPMEI. 

Façanhas inacreditáveis, mas esta certamente não passará sem penalização exemplar... 



publicado por António Castro às 20:45
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Terça-feira, 12 de Agosto de 2008
Phelps perto de um sonho na China

A natação confere tradicionalmente aos Jogos Olímpicos as primeiras emoções fortes, servindo de aperitivo às empolgantes provas de atletismo. Outras competições com interesse disputam-se nos primeiros dias, mas as atenções estão mais viradas para as proezas dos concorrentes que competem nas cada vez mais sofisticadas instalações.

No famoso Cubo de Água de Pequim, que ficará para a história pela sua concepção, virou-se importante página da natação olímpica, e que poderá não ser a única dentro de horas. O americano Michael Phelps conquistou a terceira medalha de ouro em águas chinesas e igualou, com um total de nove, um lote restrito de predestinados: os seus compatriotas Mark Spitz (natação) e Carl Lewis (atletismo), o atleta finlandês Paavo Nurmi (Finlândia) e a ginasta da URSS - nascida na Ucrânia - Laryza Latynina.

O fenómeno americano, além da medalha, ainda bateu o recorde do mundo, que lhe pertencia desde os Mundiais de 2007, e prepara-se para, esta madrugada em Portugal, suplantar tudo e todos na final dos 200 metros mariposa (especialista na distância e estilo), assegurando uma vitória que deixou escapar em Atenas 2004, superado pelos agora ausentes Pieter Van de Hoogeband e o australiano Ian Thorpe. E seriam (ou serão) dez...

Nada está garantido em desporto, como se prova com a desoladora actuação dos portugueses, razão por que redobra a expectativa em torno de nova participação de Phelps.

 

 



publicado por António Castro às 19:50
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Segunda-feira, 11 de Agosto de 2008
Jogos esquecidos pelas fofoquices do futebol

Quique Flores está satisfeito com a evolução do Benfica e ainda espera mais reforços, segundo afirma em castelhano, porque não teve tempo para aprender algumas palavras em português. Rui Costa andou numa roda viva a conseguir contratações, mas agora tenta resolver os problemas pendentes através da via telefónica.

João Moutinho quer sair do Sporting, por razões pessoais; Paulo Bento diz que conta com ele, pois faz parte do plantel; os sócios assobiam o jogador quando aparece no banco em jogo de apresentação e, mais tarde, cada vez que toca na bola; finalmente, ao marcar uma grande penalidade no desafio seguinte, o "capitão" reconquista os adeptos de Alvalade, pródigos em aplausos.

Jesualdo Ferreira já tem a equipa delineada, a entrar em velocidade de cruzeiro para a Supertaça. O técnico do Dragão nem precisa de utilizar Quaresma, aquele que era a jóia da coroa do FC Porto na época passada e aparece agora como jogador proscrito, por razões que ninguém conhece, multiplicando-se as expeculações sobre o futuro.

O Boavista fez um acordo com o IAPMEI; o Estádio do Bessa foi penhorado por incumprimento de acordo estabelecido por João Loureiro; a equipa já pode, desde este fim de tarde, participar na Liga de Honra.

Assim vai o desporto português, já que os Jogos Olímpicos são uma coisa sem expressão que acontecem lá para a China. 



publicado por António Castro às 20:00
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Sábado, 9 de Agosto de 2008
Magia dá lugar a dura realidade

O Mundo ficou extasiado com a cerimónia inaugural dos Jogos Olímpicos. Um espectáculo deslumbrante com a duração de quatro horas num estádio por onde passaram 50 mil figurantes e desfilaram - na sequência da habitual intervenção solene de abertura dos Jogos proferida pelo Presidente da China Hu Jintao - a maioria dos 11128 atletas inscritos por 205 países, números nunca antes atingidos.

"Um Mundo, um Sonho", lema desta edição do certame escolhido por votação popular, tornava-se uma frase mágica para mais de cem mil espectadores presentes no estádio e milhões de pessoas espalhadas pelo Mundo.

Passadas algumas horas, começou a esfumar-se o sonho de alguns atletas  de várias nacionalidades, entre os quais portugueses. O primeiro dia de competições não foi especialmente feliz para os nadadores, judocas, ciclistas, praticantes de badminton e atiradores lusos, alguns já eliminados, outros ainda em prova mas com limitadas perspectivas de atingirem lugares de honra.

A participação nos Jogos Olímpicos tem uma dimensão muito diferente de qualquer outra prova, mesmo de nível mundial. Aliadas às qualidades técnicas, importa ter nervos de aço, tal a pressão suportada pelos atletas. E, naturalmente, alguma dose de sorte. Sem a conjugação favorável destes e outros factores, a aventura termina demasiado cedo.   



publicado por António Castro às 21:23
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