Johan Cruyff, um dos maiores inimigos de José Mourinho, tem andado muito calado sobre o português. Desde Fevereiro anda pelo México a tentar impor as suas teorias expressas na imprensa, no desempenho das funções de consultor técnico do Chivas de Guadalajara.
A avaliar pelo recente comunicado do popular clube mexicano conclui-se que a antiga vedeta holandesa, como futebolista e treinador, tem agora menos sucesso na prática do que nos aspectos teóricos.
Os dirigentes do Chivas explicaram em comunicado, sem rodeios, os motivos da sua dispensa: «O clube decidiu terminar o contrato de serviços e assessoria com Johan Cruyff, por não ter alcançado os resultados e objectivos definidos desde o início da relação contratual.»
Apenas se salvou o treinador John Vant Schip, antiga estrela do Ajax e do Barcelona, que tinha acompanhado o compatriota para a América Central.
No regresso a Espanha, continuarão as diatribes de Cruyff contra Mourinho, agora que o português surge mais vulnerável no Real Madrid.
Johan Cruyff foi um extraordinário jogador e também deu alguns títulos como treinador ao Barcelona, do qual é presidente honorário.
Qualquer ser humano tem defeitos, e o holandês, amante de Espanha e, em especial da Catalunha, tem uma língua viperina. Ataca, em artigos ou declarações públicas em todas as direcções, excepto em Pep Guardiola.
O alvo é agora Van Gaal, treinador de créditos firmados mas que não conseguiu repetir êxitos anteriores no Bayern de Munique e foi despedido em Abril.
O Ajax, a quem já ofereceu alguns títulos, contratou-o como director-geral, e Cruyff, elemento da direcção do prestigiado clube holandês, ao conhecer a decisão dos colegas, não teve papas na língua: «Eles enlouqueceram.»
Um descanso para José Mourinho durante algum tempo.
«Tratou-se de um ato de arrogância e impotência. Há quem diga que o fez de propósito, para desviar as atenções, para que se fale quase em exclusivamente daquilo e não de futebol. Sinceramente, não acredito nesta versão... Nunca tinha visto nada igual. Há milhões de crianças espalhadas pelo Mundo que assistiram a um exemplo horrível do que não deve acontecer no futebol. E o Real Madrid parece não se incomodar muito com isso.»
Johan Cruyff sobre o incidente de José Mourinho com o adjunto de Pep Guardiola in Público
O ex-jogador e treinador do Barcelona e presidente honorário do clube catalão encontrou no treinador português uma fonte de inspiração para os seus artigos publicados na imprensa local. Não há semana que as suas crónicas não apontem críticas a José Mourinho, seja o futebol praticado pelo Real Madrid ou pelo comportamento do treinador, com direito a repetição. Desta feita foi o incidente com o adjunto de Pep Guardiola.
As audiências devem ter aumentado muito, dado a "admiração" que os culés nutrem por Mou. E Cruyff aproveita.
«Antes de que arranque la próxima temporada ya sabes algunas cosas de lo que te espera (Pep Guardiola). De entrada, que los dos partidos de Supercopa serán mayúsculos. Contra el Madrid de Mourinho, nada que ver con la exigencia de los que jugaste con el Athletic o el Sevilla; que la Supercopa de Europa será ante el Oporto, mucho mejor que el Shakhtar Donetsk en su día; y que en diciembre te toca ir de excursión y añadir dos partidos del Mundial de Clubs. Y el resto de la temporada, igual que esta: un durísimo cara a cara con el Madrid en la Liga, en la semifinal o la final de la Copa y otro tanto en la Champions. Este es el planteamiento que debes hacerte.
Tú ya tienes el equipo, pero al Madrid le falta muy poco para dar con el equipo. Fuera del campo su conducta ha dejado mucho que desear, pero dentro ha subido como la espuma: semifinal de Champions, título de Copa y papel más que digno en la Liga excepto dos pájaras ante el Sporting y el Zaragoza y, sobre todo, el no haber ganado uno de los dos duelos directos al Barça. Solo hay dos en la Liga, pero el año que viene volverán a ser fundamentales.»
Extracto da crónica de Johan Cruyff no El Periódico
O presidente honorário do Barcelona parece estar a reconhecer o trabalho desenvolvido por José Mourinho no Real Madrid. Também Pep Guardiola para o FC Porto, mas parece ainda desconhecer André Villa-Boas, o treinador do campeão português e vencedor da Liga Europa. De qualquer forma, está a melhorar.
«A final da Taça serviu para que o Madrid tivesse a primeira recompensa numa temporada em que, agrade ou não o seu futebol, merece algum prémio. Se é o de menor valor? Não, é um grande prémio, pois a Taça é uma competição muito bela, muito vistosa e disputada. Agora, vem aí a meia-final da Liga dos Campeões, duelo que decidirá quem é, entre os dois grandes do futebol espanhol, o autêntico campeão. A Champions decidirá, por isso, o reinado espanhol», escreveu Cruyff, na habitual coluna de opinião no jornal El Periodico.
Antes, a antiga estrela holandesa passou em revista a final da Taça do Rei, elogiou o sistema táctico com que José Mourinho construiu a sua equipa e considerou que «no global da partida não se pode dizer que o Real Madrid não fez por ganhar».
Site de A Bola
Johan Cruyff elogiou, pela primeira vez, José Mourinho. Ainda recentemente considerou que o português «não era um treinador de futebol, mas um treinador de resultados».
Algo se passa com a ex-estrela do futebol holandês, um dos principais protagonistas da selecção denominada "Laranja Mecânica" - ao contrário do que se diz, o tão propalado tiki-taka do Barcelona apenas tem alguns fundamentos dessa verdadeira máquina de jogar futebol - para se mostrar tão condescendente com os processos do português.
Louve-se este momento de... bondade de Cruyff.
Johan Cruyff não escondeu, há dias, a sua irritação por uma atitude do actual presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e voltou a ser caústico para a «sua» selecção da Holanda.
O anterior responsável catalão, Juan Laporta, tinha atribuída, ao terminar o mandato, a medalha de presidente honorário do Barcelona a Cruyff, figura mítica do clube como futebolista e treinador.
O novo patrão, chegado ao poder, decidiu que semelhante decisão apenas seria válida após aprovação dos sócios em assembleia, por não estar prevista nos estatutos. O holandês deslocou-se no dia 1 deste mês aos serviços administrativos do clube e devolveu a medalha entregue por Laporta. Além disso, recusou atender diversos telefonemas do actual presidente, por desconhecer as razões e «considerar aquele assunto encerrado».
Agora, a ira de Crujff virou-se contra a selecção laranja, com duras críticas ao treinador e ao comportamento dos jogadores na final com a Espanha, e nos seus comentários não deixa de abordar a eliminação do Barcelona da Liga dos Campeões pelo Inter de José Mourinho.
Antes do início do Mundial, confessara que o coração estava com a Holanda e a razão do lado da Espanha. Na sequência destes incidentes, certamente o coração e a razão perderam os destinatários.
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