Três expulsões – os benfiquistas Cardozo e Matic e o nacionalista Marçal –, um auto-golo de Mexer a anular o tento do madeirense Diego Barcelos, e um segundo empate, desta vez por Mateus, a responder a remate certeiro de Urreta, marcaram um jogo que o Benfica não podia perder para se manter a par do FC Porto.
Naquela altura ainda faltavam 37 minutos para o termo da partida e havia a expectativa dos lisboetas rectificarem processos e alterarem o rumo dos acontecimentos, dada a pressão atacante.
Os nervos, no entanto, afectaram a sua capacidade de reacção e o guarda-redes Bracali redimiu-se de um ou outro erro e deu valioso contributo para se manter o empate.
Jorge Jesus não se mostrou desanimado: «Perdemos dois pontos, mas este não é um passo atrás na luta pelo título.» E, como mais tarde se verificou, revelou qualidades de vidente: «O resultado não afecta a equipa. Já tinha dito que este campeonato não se iria resolver directamente entre o Benfica e o FC Porto. Na minha opinião, as equipas vão perder pontos pelo caminho. Infelizmente fomos os primeiros. Mas isso não nos tira a confiança e determinação.»
Impensável que alguém levasse a sério estas palavras, face ao compromisso do rival portista. Inesperadamente aconteceu.
O Chelsea está a viver uma época para esquecer. André Villas-Boas não deverá integrar - tal como aconteceu a diversos sucessores de José Mourinho - o clube de Londres na elite europeia, e internamente as coisas pioraram.
Roman Abramovich habituou os adeptos a decisões rápidas, por vezes precipitadas, em relação aos treinadores, mas parece ter aprendido que chicotadas pagas a peso de ouro não garantem soluções imediatas. Possível explicação para manter a confiança no português e, mais do que isso, disponibilizar 180 milhões de euros para aquisições.
O técnico não teve possibilidade de manter o nível de rendimento das últimas épocas nem agradou a algumas vedetas, mas os seus argumentos terão convencido o todo poderoso presidente que a chicotada impunha-se, ao contrário do habitual, a algumas figuras de plantel, com uma média de idades elevada para as exigências do futebol britânico.
Nada disto se previa há meses, quando o treinador sensação da época passada trocou o Dragão por Stamford Bridge.
Acontece a todos.
Então, a Islândia era uma "pêra doce". E depois de estar a ganhar por três golos no Dragão, gerir o resultado depois do intervalo era a melhor estratégia da selecção de Paulo Bento.
Puro engano. Não foi necessário passar muito tempo para se perceber duas coisas nunca antes admitidas pelos experts: o futebol da Islândia, embora não figure em lugares de honra, já tem jogadores com apreciável nível técnico e táctico, e naquelas frias paragens há anos deixou de se jogar com bola quadrada...
A outra falha residiu na inconpreensível descontracção dos portugueses. Não se preocuparam em evitar a reacção do adversário e tardaram a compreender que as linhas recuadas se mostravam progressivamente mais vulneráveís às iniciativas inteligentes dor nórdicos.
Sofrer golos em lances de bola parada não ajuda a compreender os equívocos sobre as características dos islandeses.
A contestada titularidade de Eliseu, os dois golos iniciais de Nani e o golpe de misericórdia - quarto golo de Moutinho - foram os trunfos que evitaram o fim antecipado da presença no Polónia-Ucrânia 2012.
A Dinamarca surge agora como o adversário que nos abrirá as portas da fase final do Europeu, seja com a conquista de três pontos ou de um. Nem importa ter grandes preocupações com as fífias da defesa escolhida por Paulo Bento, fruto dos imponderáveis da competição.
Quem ousa duvidar do apuramento directo? Ninguém. Em alternativa, Portugal pode apresentar-se como o segundo melhor classificado de todos os grupos - apesar de para fazer essas contas ser necessária sofisticada máquina de calcular - ou, por fim, vencedor dos jogos do play-off.
FC Porto fez o pleno à segunda jornada. A equipa, já sem Facão, continua à procura de uma toada mais consistente. Aquilo que produziu - com ou sem erros da arbitragem - foi suficiente para levar de vencida um Gil Vicente que tinha imposto um empate ao Benfica.
Agora, os barcelenses jogaram no Dragão, onde se esperava sentissem mais dificuldades do que no seu estádio, mas os jogadores treinados por Paulo Alves voltaram a deixar boa impressão.
Precisamente o contrário do vencedor. O ténico Vítor Pereira, além de evitar abordar a ausência do colombiano transferido para o Atlético de Madrid, confia que os resultados serão um tónico para os jogadores e, consequentemente, para a subida de rendimento da equipa.
Se chegará para levar de vencida o Barcelona na Supertaça Europeia, só mais tarde se saberá. Muitos outros tentam desesperadamente contraraiar a supremacia do conjunto de Pep Guardiola e só esporadicamente o conseguem, pelo que não se pode exigir o impossível ao estreante treinador dos dragões.
Nessa altura ficará a ter-se uma ideia se apenas poderá apostar na guerra do «umbigo» de Jorge Jesus, ou tem argumentos para as batalhas europeias, entre as quais sobressai a Liga dos Campeões.
A Vítor Pereira, responsável pela arbitragem da Liga espera uma semana de preocupações, face aos protestos em vários jogos e à sua aparente abertura para estar atento a eventuais erros e agir em conformidade.
Começou com a contestação dos portistas, continuou com o desagrado do técnico da Académica e concluiu-se com as palavras proferidas pelo responsável do Marítimo.
O facto de as pessoas citadas terem obtido resultados aquém das expectativas constitui o «pão nosso» de cada jornada. De salientar, no entanto, que comentários supostamente descomprometidos, como devem ser os proferidos ou escritos por elementos da comunicação social, apontaram, na maioria dos casos, no mesmo sentido.
Desta polémica jornada resulta que Braga e Benfica aumentaram o seu pecúlio em seis pontos e mantiveram a liderança no campeonato em igualdade pontual, enquanto o FC Porto aumentou de quatro para seis pontos o atraso para os encarnados do Minho e da Luz.
Domingos Paciência mantém o sonho; Jorge Jesus exulta com as goleadas; e Jesualdo Ferreira passa por problemas desconhecidos nos últimos anos.
O seu presidente está atento e tudo indica que colocará ao seu serviço valioso reforço, na tentativa de evitar futuros percalços, daqui para a frente mais comprometedores para atingir os previstos objectivos.
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