Paulo Bento considerou, depois do colapso frente ao Equador, que a selecção fez coisas boas e menos boas.
O treinador viu um Cristiano Ronaldo a fazer poucas coisas ao seu nível, e o resto foi incrivelmente mau, a roçar o escandaloso.
Os equatorianos deram uma lição de como se aproveita um jogo-treino para aperfeiçoar a manobra da equipa e actuaram como se tratasse de uma partida oficial. Determinação, velocidade, clarividência e virilidade, – por vezes em demasia – contrastaram com o comportamento dos portugueses.
Os últimos quatro jogos, com uma derrota e três empates, não auguram nada de bom para os restantes compromissos na qualificação do Mundial de 2014 – Israel, Azerbaijão e Rússia.
Portugal arrisca-se, a manter-se esta passividade de treinador e da maioria dos jogadores, a ter o desgosto de não se apresentar em terras brasileiras.
Mais que desilusão para os emigrantes seria uma vergonha.
Pouco interessa, neste momento, que a versão de Paulo Bento sobre a fuga inesperada de Ricardo Carvalho da selecção contenha toda ou parte da verdade dos factos.
Ninguém ainda contestou as suas palavras, de salientar a convicção e extensão das declarações, mas o importante é que alguém ligado à Federação veio finalmente a público dar explicações e assumir uma posição, embora pessoal e sujeita a críticas por elementos da entidade patronal.
De lamentar que apenas o seleccionador tivesse essa coragem, já que muita gente no seu caso refugiava-se no silêncio com a fácil argumentação de que a conferência de imprensa se destinava a abordar apenas as perspectivas do encontro com os cipriotas.
Os dirigentes federativos mantiveram-se à margem e fizeram passar a notícia de que a atitude de Ricardo Carvalho será analisada depois do decisivo confronto de Nicósia. E, naturalmente, remetido para as instâncias disciplinares, que necessitarão de tempo para proferir o seu douto despacho, provavelmente depois de terminada a fase de qualificação do Europeu 2012.
Vai uma aposta?....
O cumprimento de determinadas preceitos - éticos e regulamentares - podem explicar certas situações, mas o tabu sobre o destino de Domingos Paciência, tanto do clube como do treinador, conhecido há meses, já não fazia sentido. Aliás, creio que todas as partes envolvidas no processo, incluindo o Sporting de Braga, ganharam com a oficialização imediata, prevista para dentro de horas, da nova equipa técnica de Alvalade, não esperando pelo final do mês de Junho.
Se não sobrar tempo para implementar um modelo de trabalho que liberte o Sporting desta angustiante temporada, tudo se fará com mais serenidade, desde a solução de aquisições e dispensas, além de permitir a "limpeza" da cabeça de um técnico com uma época trabalhosa e repleta de emoções fortes.
Paulo Bento também revelou as suas escolhas para o decisivo encontro com a Noruega e não se registaram grandes surpresas, embora as ausências de Quaresma e Veloso e as convocatórias de André Santos e Duda não figurassem em certas conjecturas.
O importante nesta convocatória de 23 jogadores foi o aviso de Paulo Bento, feito nos seguintes termos: «Se começarmos a pensar nas férias antes do jogo, aquilo que pode acontecer é entrarmos de férias em 2012. Penso que é extremamente fácil chegar aos jogadores, porque estar no Europeu é o maior objectivo de um futebolista. Estou certo que vamos jogar bem e teremos todas as capacidades para sermos o primeiro.»
A Argentina conta com alguns dos melhores jogadores do mundo. Portugal procura recuperar o tempo perdido na era de Carlos Queirós. Paulo Bento pretende testar os jogadores possíveis de assegurar a problemática qualificação para o Europeu da Polónia/Ucrânia.
Incompreensível a «amargura» da derrota portuguesa no último minuto do encontro com os sul-mericanos.
Injustificadas eventuais críticas pelas substituições numa altura em que o resultado era um empate, bem mais agradável que o marcador final.
Afirmar que a derrota foi injusta é voltar aos tempos de vitórias morais, porque, entre o bom e o menos bom, os portugueses desperdiçaram algumas oportunidades de golo, razão por que perderam à tangente com um penalty marcado nos momentos finais da partida de Genebra.
Paulo Bento apresentou argumentos suficientes para se manterem as expectativas anteriores face aos difíceis objectivos que o actual seleccionador aceitou assumir.
«Acho que isso ficou demonstrado nos últimos jogos. Desde que tomou posse da selecção nacional temos construído bons resultados e acho que isso é o mais importante.»
João Moutinho (in site Mais futebol)
«Isso é evidente, não é? Nos três jogos com o Paulo Bento demonstrámos aquilo que sabemos fazer, que é jogar futebol, um futebol alegre, que o povo português gosta de ver. É isso que estamos a procurar fazer.»
Pepe (in site Maisfutebol)
São necessárias mais palavras?
«Não sei se os jogadores eram os mesmos, nem quero comparar. Há algumas alterações que foram feitas, porque somos pessoas diferentes e temos lideranças diferentes. Esta equipa jogou com um lateral-direito que nunca tinha estado na selecção. Moutinho e Carlos Martins não tinham estado nos últimos dois jogos, optámos por uma dupla de centrais diferente da que vinha a jogar e o Raul Meireles está a jogar como médio-defensivo, quando antes jogava como interior. O Postiga e o Ronaldo voltaram aos golos e há muitas coisas positivas. Agora, o mérito é inteiramente dos jogadores, pela capacidade que tiveram em dar a volta a uma situação que está mais simplificada, mas não decidida. Quem quiser dar mérito aos jogadores deve fazê-lo, quem quiser andar com histórias e fantasmas, comigo terá mais dificuldade.»
Paulo Bento in site Maisfutebol
É difícil saber os destinatários desta mensagem?
«Um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade», frase de Neil Amstrong ao pisar a Lua em 20 de Julho de 1969, num local denominado Mar da Tranquilidade, pode servir de mote para a vitória de Portugal sobre a Dinamarca.
Paulo Bento e os jogadores que pisaram o relvado do Dragão deram um pequeno passo no eventual salto para a fase final do Europeu da Polónia/Ucrânia. A primeira vitória na fase de qualificação e o quarto ponto conquistado em três jogos.
O ex-treinador do Sporting remete para o empenho dos seus eleitos os louros do êxito, face aos poucos dias de treino, insuficientes para mudanças radicais na forma de jogar. Teve, no entanto, o mérito de reparar alguns rombos de um barco completamente à deriva. No cais portista viu-se um conjunto desinibido, empenhado, sem complexos. Reflexo de um trabalho de recuperação psicológica e são convívio que não será de desprezar.
A selecção, reconheça-se, foi feliz em vários aspectos: pouca ambição dos nórdicos na primeira parte; grande inspiração de Nani; dois golos em curto período.
Uma união de vontades raramente vista nos últimos tempos deu para superar o «trauma» do golo sofrido na segunda parte e consequente agigantamento dos dinamarqueses, até que Cristiano Ronaldo - novamente a acção de Nani foi preponderante - colocou ponto final no jogo.
Tónico excelente para o futuro, mas a fasquia ainda está muito alta.
Paulo Bento tem pouco menos de duas horas para definir o rumo à onerosa herança deixada por Carlos Queirós. O rendimento dos jogadores que pisarem o relvado do Dragão e a estratégia delineada pelo ex-responsável do Sporting terão certamente influência no desfecho, mas importa contar com as armas ao dispor de Morten Olsen.
Ao técnico português compete juntar os «cacos», essencialmente psicológicos, deixados pelo antecessor, e contar com o factor sorte. Reconhece-se que não teve tempo para moldar a equipa às suas concepções - nem isso constituiria garantia de êxito -, pelo que se espera que os jogadores » chamados a esta prova de fogo mostrem o melhor futebol que sabem produzir, controlem a pressão de maneira esclarecida, sejam «onze em um» e correspondam ao renascer do entusiasmo dos adeptos, visível nos últimos dias.
Caso tudo isto se conjugue em favor de Portugal acender-se-à uma luz para a viagem à Islândia. Se os dinamarqueses não deixarem, que cada jogador sinta orgulho em ter vestido a camisola e a tranquilidade só proporcionada pela entrega total à causa da selecção. E aguardar por uma melhor onda.
Paulo Bento abriu o livro em longa entrevista, publicada no Record, concedida aos jornalistas António Magalhães e Bernardo Ribeiro. De acordo com a sua maneira de ser, que conhecemos melhor como jogador na desastrosa campanha da selecção no Mundial Coreia/Japão), confirmou uma personalidade forte, orientada por princípios de franqueza e lealdade.
Não estará em causa se disse toda a verdade ou omitiu factos que colocariam em causa o prestígio do clube que acabara de abandonar. Certamente que alguns dos visados nas suas palavras vão passar ao ataque e outros discordarão da sua análise aos quatro anos passados à frente da equipa profissional de Alvalade e, eventualmente, dos seus processos de trabalho.
O treinador teve a coragem, no entanto, de dar o peito às balas - quem se pode gabar disso no futebol deste país? - e não receou as consequências. Este é o aspecto essencial que pretendemos retirar das suas declarações, sem perder tempo com os pormenores.
Não faltará quem teceu os maiores elogios a Paulo Bento e agora o considere uma «besta».
É dos livros...
«O campeonato parou. Jogámos para a Taça e vencemos, não de forma brilhante, mas justa. Agora queremos sair da Letónia com o apuramento garantido na Liga Europa... Passamos muito tempo a discutir se os adeptos estão ou não contentes. Isso não é o mais importante... Há quatro anos que não conseguimos acertar num relvado. Não é desculpa. Mas não treinar aqui e vir só nos jogos também não ajuda» Paulo Bento (18/10/09)
«Custa-me que o primeiro golo do Sporting tenha surgido de um erro individual. Depois, o senhor Paulo Baptista inventou um penalty e os números acabam por ser exagerados» Lázaro Oliveira (18/10/09)
Reflexões - Os treinadores do Sporting e do Penafiel apresentaram argumentos diferentes para explicar a exibição e o resultado.
Paulo Bento mais uma vez não gostou do rendimento dos seus jogadores e levantou a questão do mau estado do relvado de Alvalade, renovado desde há quatro anos. Considerou tratar-se de uma situação que não ajuda a equipa, impedida de efectuar qualquer treino semanal no recinto. Da arbitragem, silêncio total.
Lázaro Oliveira lamentou que a derrota começasse num erro defensivo, mas garantiu que o árbitro inventou uma falta e... o segundo golo leonino.
Na véspera do Sporting receber o Penafiel na Taça de Portugal, o treinador de Alvalade aproveitou a oportunidade de abordar as perspectivas sobre o confronto para ir mais além - melhor dizendo, analisar o passado recente.
O comportamento da equipa verde-branca na presente temporada tem primado pela irregularidade, a contestação aumenta, não apenas entre alguns «notáveis», mas nos adeptos e associados que, no final de alguns desafios, assobiam jogadores e técnico, e por vezes fazem esperas à saída do estádio para fazer ouvir a sua voz, incluindo ao presidente.
Paulo Bento, se bem se percebe das suas palavras, achou adequado o momento de dizer que não está agarrado ao lugar e foi claro ao declarar: «Se sentisse que era o principal problema, já me tinha demitido.»
O responsável técnico, que saltou, há cerca de quatro anos, dos juniores para os seniores, deu mais um exemplo da sua peculiar personalidade: «Sou melhor treinador hoje do que quando cheguei.»
Alvalade está a viver um clima de grande tensão: ou se altera de imediato o rumo dos acontecimentos ou estala definitivamente a crise.
Um mau resultado com o Penafiel pode ser o detonador.
Paulo Bento, um «veterano» á frente do Sporting, e Jorge Jesus, a viver experiência no Benfica que há muito ambicionava, estão a ter vivências diferentes na pré-época.
O leão, que há anos passou dos juniores a responsável pela equipa principal com um percurso positivo, embora esteja agora a contas com a pressão de ainda não ter quebrado a hegemonia do FC Porto, está passar por maiores dificuldades do que no passado recente. As vitórias não surgem, os jogadores mantêm um rendimento irregular e a política financeira do clube ainda não permitiu mais do que duas contratações.
Jorge de Jesus está a passar por um momento de euforia. De temperamento mais expansivo, com trabalho elogiado em Belém e em Braga, entrou no Benfica numa altura em que os dirigentes resolveram investir em jogadores e prescindir de algumas contratações que foram autênticos flops.
Mais do que os resultados, tudo isto terá oferecido aos benfiquistas nova alma, enquanto trouxe aos sportinguistas maiores preocupações.
O FC Porto continua com a política de vender caro e comprar barato, entregando a Jesualdo Ferreira a tarefa que completar, mais uma vez, um puzzle vencedor.
O tempo é de alguma incerteza e grande expectativa.
Haverá muitos casos idênticos, mas recentes alusões de dois técnicos portugueses sobre jogadores que se encontram na "prateleira" por suposta falta de profissionalismo leva a referir agora os nomes de Paulo Bento e José Mourinho.
O responsável do Sporting, na antevisão do jogo desta noite com o FC Porto, voltou a repetir a tecla de haver no plantel elementos que não se mostram empenhados, referência que todos pensam dirigir-se a Vukcevic, mas que Paulo Bento recusou individualizar.
O técnico do Inter foi confrontado com a terceira ausência consecutiva de Adriano nas convocatórias. José Mourinho revelou que o brasileiro cumpriu nos treinos da semana, e a continuar assim voltará à equipa. Aliás, dias antes, o português assinalara que dispunha de muitos e bons avançados, dando a entender não estar preocupado com o comportamento do "Imperador". Na época passada, o brasileiro primou pela ausência na equipa de Roberto Mancini e foi graças a José Mourinho que se manteve no clube e regressou à equipa no princípio da época. Mas as coisas voltaram a complicar-se.
Situações semelhantes quanto à atitude dos técnicos, que parecem não ter outras alternativas para resolver estes problemas. Será que não haverá forma dos dirigentes dos clubes salvaguardarem estes casos nos contratos, sob pena dos futebolistas terem privilégios, neste caso incompreensíveis, comparados com outros trabalhadores?
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