Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Quinta-feira, 17 de Outubro de 2013
Árbitro profissional abre guerra

Arbitragem profissional até ao final do ano anunciado por Fernando Gomes, presidente da FPF, está a originar mais uma guerrilha entre dirigentes. As recentes declarações do presidente da Liga, cujo organismo tinha sob a sua alçada o sector do futebol profissional, entendeu agora criticar a decisão.

Vítor Pereira, que passou da Liga para a FPF com as mesmas funções (presidente da arbitragem), considera que Mário Figueiredo é «uma pessoa que umas vezes diz uma coisa e outras vezes o seu contrário», e acrescenta: «O senhor presidente da Liga disse, várias vezes, que era a favor da profissionalização, defendendo, inclusivamente, um número de árbitros que devia ser profissional, repetiu-o várias vezes, e agora veio dizer que, afinal, não está de acordo.»

Na opinião de Mário Figueiredo, agora «as nomeações são feitas às escondidas, em cima dos jogos, além de incompreensíveis por não serem nomeados os melhores árbitros para os jogos mais importantes», e acusa a arbitragem  de «ser gerida com o poder centralizado nas mãos de duas pessoas.»

Como era durante o período em que esteve integrado na Liga? Não acontecia a mesma situação?

Dado que não se vislumbra qualquer alteração em relação aos últimos tempos, afigura-se que as palavras do responsável da Liga revelam despeito pelo centro de decisão ter apenas mudado de cidade.



publicado por António Castro às 23:00
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Sexta-feira, 13 de Abril de 2012
Wenger pede apoio da tecnologia

O treinador do Arsenal é mais uma voz favorável à introdução de novas tecnologias no futebol. Arsène Wenger faz esse pedido aos responsáveis da Premier League, «principalmente para diminuir os erros de arbitragem». E refere casos recentes: «O fim-de-semana passado foi muito, muito mau. As autoridades têm de se sentar e perceber como podemos melhorar.» O francês referiu-se concretamente aos «dois golos erradamente validados ao Chelsea frente ao Wigan e a uma grande penalidade não assinalada a favor do Manchester United contra o mesmo clube.»

Além disso, garante : «O vídeo vai ajudar os árbitros e não questiona a sua autoridade. Vai dar-lhes mais credibilidade, mais autoridade e menos erros. Precisamos de repetições vídeo imediatas a pedido do árbitro.»

Indirectamente, estas palavras correspondem a uma crítica aos responsáveis da FIFA: «O futebol é o desporto mais conservador do mundo. Não acho que os árbitros sejam maus. Mas o jogo é muito rápido e é impossível a um ser humano ver tudo, por muito competente que seja.»

Chegou a altura dos conservadores dirigentes da International Board estarem mais atentos à evolução dos tempos e aos apelos daqueles que vivem o futebol nos relvados.



publicado por António Castro às 22:00
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Sexta-feira, 6 de Abril de 2012
Uma voz no deserto

José Leonardo Nuno Alves Sousa Jardim, nascido na Venezuela (Barcelona) em 1 de Agosto e 1974 (37 anos), tem um passado pouco conhecido e, apesar de algumas revelações prematuras sobre o seu futuro, mantém-se alheio a polémicas.

Filho de emigrantes, com dupla nacionalidade (Portugal e Venezuela), passou a viver muito novo na Madeira com a família. O historial de treinador começa como adjunto no Câmara de Lobos (1999/2000) e no Camacha (2001/2003). Assume a responsabilidade total da equipa até 2008, altura em que aparece no Chaves e no Beira Mar durante época e meia, já que em 8 de Fevereiro de 2011 rescinde contrato e volta à Madeira.

Nessa altura surgiram notícias sempre desmentidas que o FC Porto tinha opção sobre o técnico e poderia proporcionar-lhe a transferência temporária para o Braga, em substituição de Domingos Paciência. Agora, especula-se que será o substituto de Vítor Pereira no Dragão, qualquer que seja o percurso da equipa no campeonato. Uma carreira cheia de "desmentidos-confirmações", pelo que é legítimo admitir que surja dentro de algum tempo caso idêntico.

Apresentação sucinta de um treinador na ribalta, dado o Braga estar a discutir o título com FC Porto e Benfica, em vesperas de visita ao Dragão. E foi na conferência de apresentação deste encontro que mais uma vez o treinador dos minhotos mostrou uma visão dos acontecimento diferente do habitual ao explicar o facto de não  falar sobre arbitragens: «Primeiro, porque o treinador deve é treinar a sua equipa; segundo, porque tenho muito respeito pelos adeptos, acho que são muito inteligentes e não vale a pena ser hipócrita e quando se ganha dizer que foi uma excelente arbitragem e quando se perde dizer que o árbitro esteve muito mal. Se estou a falar sobre Jorge Jesus? Refiro-me a todos que falam sobre as arbitragens e têm dualidade de critérios quando se referem aos lances.»

Linguagem desta não é usual no mundo do futebol, seja em Portugal ou a nível internacional. Leonardo Jardim surge, neste momento, como uma avis rara.



publicado por António Castro às 22:26
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Quarta-feira, 28 de Março de 2012
Tempo volta para trás

Há anos, como vai acontecer em relação à 25.ª jornada das Ligas, os nomes dos árbitros designados para os diferentes encontros não eram divulgados, com o objectivo de evitar comentários menos agradáveis de amigos, de acordo com as suas tendências clubísticas. Tratava-se, no entanto, de um expediente sem efeitos práticos, pois o secretismo nunca era cumprido e sabia-se sempre com antecedência quem dirigia os principais encontros.

Voltar a tempos antigos não parece solução para atenuar a crispação actual, tal como os árbitros não podem considerar-se isentos de errar e impedir os agentes do futebol de se pronunciem sobre as suas decisões, agora mais fáceis de analisar graças às imagens televisivas.

O presidente da Liga Fernando Gomes, em recente missiva enviada a dirigentes de 32 clubes, colocou o problema de maneira correcta: «Não lhe peço que omita a sua opinião ou que prescinda do sagrado direito à livre expressão, mas apelo para que evite o uso de linguagem ofensiva ou que ponha em causa a honorabilidade, a dignidade, a honra e honestidade dos árbitros.»

Diferente é o sentido corporativista manifestado pela APAF ao pactuar com a indignação de alguns árbitros e seus auxiliares, nos últimos tempos com excessiva tendência para avaliar mal certos lances.

Vítor Pereira também não se pode eximir a uma acção pedagógica neste período conturbado, com ameaças de greve que, no actual momento do campeonato, em nada ajudarão ao respeito exigido pelos árbitros.

 



publicado por António Castro às 22:35
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Segunda-feira, 19 de Março de 2012
Do céu ao inferno

Barcelos.

Mais uma noite de festa do Gil Vicente.

Colapso dos jogadores do Sporting, ainda a saborearem o rebuçado de Manchester.

Do árbitro, todos estão desejosos de ouvir as explicações de Vítor Pereira.

Inesperada serenidade de Sá Pinto, durante e depois do jogo.

E está tudo dito.



publicado por António Castro às 23:12
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Terça-feira, 23 de Agosto de 2011
Da inocência às exigências

A "inocência" de Vítor Pereira - presidente da arbitragem na Liga e não o treinador do FC Porto - e as exigências de árbitros, apenas dispostos a arbitrar jogos do Sporting se Godinho Lopes pedir desculpa por afirmações sobre o comportamento de João Ferreira, só podem acontecer neste país.

O dirigente que supostamente coordena a acção dos elementos agora tão subitamente agitados, considerou que o «impasse poderia ser evitado.» Por quem? Logicamente pelo ex-árbitro Vítor Pereira, ou só tinha duas alternativas: demitir-se ou ser suspenso das funções.

Numa reunião de árbitros realizada ontem em Leiria, a maioria exigiu um pedido de desculpas ao Sporting. Excelente proposta desde que tivesse como contrapartida semelhante atitude dos homens do apito perante os clubes que foram prejudicados somente esta época por equívocos (?) de arbitragem.

Mais caricato ainda é o facto da Comissão Disciplinar da Liga apenas agora instaurar um inquérito ao árbitro faltoso - porque não a todos? - e ao presidente do Sporting, passados tantas horas sobre o conhecimento do boicote a Alvalade.

Depois disto, vejam se conseguem provar não haver decisões suspeitas de pouca transparência.



publicado por António Castro às 23:32
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Segunda-feira, 22 de Agosto de 2011
APAF mete a cabeça na areia

Exemplar! O presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), quando todos apelam ao diálogo para se reduzir o "ruído" sobre as arbitragens, faz precisamente o contrário ao afirmar: «Há clubes que pretendem ter privilégios que outros não têm.»

Luís Guilherme, entretanto, rejeita a atitude de João Ferreira, embora declare que o árbitro terá razões para tomar semelhante atitude, mas não emite uma opinião sobre todos os outros que resolveram solidarizar-se com o companheiro, mas apenas para o jogo de Alvalade. Não tiveram coragem de assumir uma greve de protesto legalizada, pois esta época já muitos dirigentes, treinadores e jogadores teceram críticas a certas decisões em diversos jogos.

Afinal, que pretende Luís Guilherme? Que continuem a analisar-se negativamente, se for caso disso, a acção dos dirigentes, os processos de trabalho e estratégias dos técnicos, as exibições dos jogadores, e os lapsos dos árbitros sejam silenciados?

Nem no tempo da outra senhora isso acontecia no futebol, quanto mais impor a lei da rolha no século XXI.

O corporativismo da APAF não é solução para o problema. Assemelha-se à atitude da avestruz... 

 



publicado por António Castro às 23:27
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Terça-feira, 28 de Junho de 2011
Fernando Gomes faz "mexer" a Liga

A Liga, agora sobre a direcção de Fernando Gomes, continua a mexer. Na última reunião da assembleia foram dados passos na tentativa de credibilização do futebol e, se pertence aos clubes a decisão final, importa salientar que o actual direcção tem imprimido a dinâmica indispensável para proceder a alterações esquecidas pelos anteriores dirigentes.

A penalização, entre um a três jogos à porta fechada, para clubes cujos adeptos provoquem interrupções de jogo superiores a cinco minutos; castigar declarações sobre as equipas de arbitragem desde a sua nomeação até à hora do jogo com agravamento da pena cinco vezes superior; e testar, na próxima época, um sistema de avaliação misto dos árbitros, com recurso a meios audiovisuais, foram decisões que, independentemente dos resultados, indiciam que os responsáveis da Liga não se limitam à mera gestão dos campeonatos.

Haja alguém neste país que assuma na plenitude as missões para que foi escolhido.

 



publicado por António Castro às 18:03
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Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
Maus exemplos de governantes

Os portugueses parecem sentir prazer em criar problemas. Exemplo flagrante é caso da tutela do desporto ter preparado um despacho com novas normas sobre o IRS e o regime contributivo da Segurança Social a aplicar aos árbitros, com o propósito de tentar harmonizar o sistema com outras actividades.

Infelizmente, os moldes de actuação da maioria dos governantes depois da Revolução - defensores intransigentes da democracia e do diálogo -pouco difere dos tempos da ditadura. Elaboram os projectos sem se documentaram devidamente sobre os assuntos, desprezam a opinião daqueles que convivem diariamente com os problemas e, de repente, apresentam a proposta de novo decreto, como se fossem os únicos detentores do saber na respectiva matéria.

Se, entretanto, surgem reclamações e posições mais radicais, como a recente ameaça de greve da arbitragem, tentam emendar a mão, argumentam que apenas se tratava de um estudo, o seu teor foi mal compreendido pelas «vítimas» e, perante a multiplicação de vozes discordantes, até de pessoas de outras áreas da mesma actividade, abrem-se ao diálogo e prometem rever as apressadas e pouco estudadas - por vezes levianas

- decisões.

Tantos são os casos que, mais tarde ou mais cedo, não será dado o benefício da dúvida a essas cabeças pensantes e terão de sofrer as consequências da sua falta de conhecimento dos dossiers e da inexplicável arrogância.

Cada um escolha qual será a melhor atitude para penalizar estes arautos da liberdade até ao momento em que exercem o poder.



publicado por António Castro às 23:48
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Terça-feira, 21 de Setembro de 2010
Balanço ou desculpas?

Vítor Pereira, em atitude inédita, esteve durante uma hora com os jornalistas a fazer o balanço das arbitragens nos encontros das cinco primeiras jornadas da I Liga.

Reconhece-se a utilidade em manter uma atitude dialogante dos dirigentes da arbitragem com os demais agentes do futebol, mas é de estranhar  que o presidente do Conselho de Arbitragem da Liga de Clubes se tenha apressado em explicações quando a procissão ainda vai no adro.

Se o pensamento foi acalmar os ânimos ao reconhecer os erros cometidos por Olegário Benquerença no jogo do Benfica em Guimarães - e admitir terem a maioria prejudicado o clube da Luz -, não parece que tenha sido muito feliz por duas razões: 1) Nunca teve semelhante procedimento em ocasiões idênticas; 2) Não contribuiu em nada para evitar futuros caos, pois as análises destes problemas devem ser exercidas directamente junto dos árbitros.

Concluir que o panorama das arbitragens neste reduzido período é comparável ao que se passou na época passada sugere também demasiada benevolência, atendendo à dimensão dos lapsos passados apenas num encontro.

Vítor Pereira, sempre cuidadoso em discutir os casos na praça pública, desta vez daria melhor contributo à causa se ficasse calado.



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Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010
Sombras pairam sobre a Luz

O campeão voltou a perder e não se cumpriram as promessas de Jorge Jesus. Guimarães, há dias palco do frustrante empate com a selecção de Chipre, vibrou agora com o êxito do seu Vitória, e a alegria, aliás mal contida, de Manuel Machado.

Segundo os benfiquistas, desde o treinador aos jogadores e presidente - este com ameaças veladas - a terceira derrota no campeonato ficou a dever-se ao trabalho do árbitro Olegário Benquerença que, na opinião do director desportivo Rui Costa, não assinalou dois penalties contra os vimaranenses e anulou dois golos ao Benfica por foras-de-jogo inexistentes.

Que o árbitro cometeu alguns erros é indiscutível, mas deve reconhecer-se que os jogadores da Luz não estão isentos desse «pecado», incluído de novo o «insubstituível» guarda-redes Roberto. E no capítulo disciplinar será melhor não falar.

Perder algum tempo a discutir os problemas internos seria aconselhável aos responsáveis encarnados, e não enveredar por desculpas de mau perdedor.

 

 



publicado por António Castro às 23:51
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Quarta-feira, 21 de Julho de 2010
Rebuçado da International Board

Uma luz tremulou ao fundo dos corredores da FIFA. A pedida de várias confederações, o presidente Sepp Blatter e os elementos da sub-comissão da International Board condescenderam em dar um rebuçado no que respeita a novos meios para auxiliar os árbitros.

Decisão só possível pelos escandalosos casos verificados no Mundial. Na fase de qualificação, com a mão de Thierry Henry a determinar um golo que apurou os franceses em detrimento da Irlanda. Na África do Sul, entre outros lapsos, pelo golo de Lampard anulado à Inglaterra e o fora-de jogo evidente do argentino Tevéz considerado legal.

A pressão de diferentes quadrantes acabou por abalar os «corações empedernidos» da International Board, e como principal consequência a UEFA poderá utilizar os dois árbitros de baliza nos jogos da Liga dos Campeões, na sequência do teste da época passada na Liga Europa. Reconheça-se não ter sido esta experiência totalmente bem sucedida, mas poderá melhorar com mais frequente utilização e foi, esencialmente, um passo no imobilismo verificado durante décadas

As novas tecnologias serão discutidas na reunião de Outubro, mas será melhor não criar muitas expectativas sobre o aumento de intensidade luminosa das sombrias mentes que dirigem o futebol mundial.  

 



publicado por António Castro às 23:52
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2010
Arbitragem na África do Sul espevita Blatter

Os elementos da FIFA com responsabilidade na arbitragem têm elogiado, diversas vezes, o trabalho dos seus escolhidos para a África do Sul, mas dois erros flagrantes, pelo menos, marcarão a história do torneio e, mais do que isso, podem levar à aceitação, tantas vezes recusada pela entidade máxima na matéria (International Board) a tomar consciência da necessidade de actualizações sem adulterar os princípios básicos do jogo.

Joseph Blatter, depois dos escândalos da anulação do golo de Lampard no Alemanha-Inglaterra e do flagrante fora-de-jogo num dos golos do argentino Tévez  marcado ao México, anunciou receptividade para defender alterações, embora esteja ainda longe da imediata introdução de meios tecnológicos já utilizados com êxito noutras modalidades.

O presidente da FIFA prometeu que ainda este mês levará o caso à reunião da IB e admitiu que ser discutido em nova sessão a realizar em Agosto.

As suas palavras, no entanto, não permitem ter grandes ilusões e talvez continue a confiar na falibilidade humana, com o recurso ao exemplo da UEFA com juízes de baliza, apesar de muitas dúvidas subsistirem na plena eficácia deste expediente.

Desde que foi criada pelos britânicos, a International Board anda a passo de caracol, e manteve idêntico ritmo quando associou aos seus quadros sectores do futebol que prometiam erradicar conceitos bolorentos. Puro engano.

 



publicado por António Castro às 23:56
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Terça-feira, 13 de Abril de 2010
... Não aconteceu

O Benfica não deu hipótese para que acontecesse uma surpresa no derby lisboeta, considerado como muito importante para a decisão do título.

É certo que a formação de Jorge de Jesus não se entendeu com o esquema montado por Carlos Carvalhal para travar o potencial de alguns dos seus jogadores, e até ao apito para o intervalo foi uma equipa manietada, sem chama e com algumas preocupações no sector recuado e deficitária nos lances de ataque.

A «conversa de balneário» e o recurso ao joker Aimar tudo alterou no conjunto da Luz. Os leões não mais demonstraram consistência e engenho suficientes para mater as balizas incólumes. Cardozo e o próprio Aimar foram os últimos intérpretes dos lances que mantiveram os encarnados na carreira do título e colocaram novamente o Sporting a ter de se preocupar com a manutenção do quarto lugar.

O chamado clássica perderia o seu perfume se não oferecesse algo de inédito. Os leões foram os protagonistas, primeiro pelo seu «competente» director desportivo, que monopolizou a conferência de imprensa com um monólogo - portanto sem direito a perguntas - com ataques ao trabalho da arbitragem, apontando entre outros lapsos a não amostragem de um cartão vermelho a Luisão. Disse e saiu da sala, situação que começa a ser frequente, não apenas entre gente ligada ao futebol, mas também por governantes e membros de partidos políticos.

Até ao dia em que os jornalistas recusem trabalhar em semelhantes condições e deixem o orador a falar para as paredes.

Voltando ao jogo, o capitão João Moutinho também ironizou que o relvado estava inclinado apenas para um lado, e até Carlos Carvalhal, limitado às declarações para a televisão devido à decisão do «patrão» do futebol, deixou críticas ao árbitro.

Conclusão: Liedson, companheiros e... João Ferreira não estiveram em noite de pontaria afinada!   



publicado por António Castro às 23:57
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Domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Braga começa a sofrer

Mais algumas decisões das arbitragens contestadas, algumas com excessiva veemência.

Nova vitória do Braga, cuja exibição, tal como aconteceu com o Benfica frente ao Belenenses, não correspondeu às expectativas.

Van der Gaag, treinador do Marítimo, mostrou-se desiludido com o desfecho do confronto do Minho e chamou a atenção para falha de um dos auxiliares em lance que esteve na origem do tento da derrota.

Domingos Paciência reconheceu que os bracarenses tiveram alguma felicidade e actuaram abaixo das suas possibilidades.

Aproxima-se a hora das grandes decisões, e tanto jogadores como árbitros demonstram superior tensão e, por consequência, têm mais probabilidades de falhar.

Cuidados são sempre exigíveis à arbitragem, mas em especial a partir de agora. Se as suspeições são o actual «pão nosso» em Portugal, importa agir de forma a reduzir esse risco ao mínimo, além de que eventuais falhas podem afectar terceiros.  



publicado por António Castro às 23:35
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