O sorteio da Liga dos Campeões ditou os espanhóis do Málaga para o FC Porto, enquanto os alemães do Bayer Leverkusen serão adversários do Benfica na Liga Europa.
Em Fevereiro e Março as respectivas eliminatórias ficarão decididas, meses em que se conhecerá quem tem razão: os portugueses optimistas ou os pessimistas quanto ao futuro de portistas e encarnados.
O Málaga apresenta-se como uma sensação da Liga espanhola e da prova europeia. O Bayer Leverkusen confirmou internacionalmente a boa posição na Bundesliga.
De salientar, entretanto, que os treinadores portugueses superam numericamente os clubes, esta temporada com uma presença discreta até ao momento.
Paulo Sérgio (Cluj) enfrenta o Inter, Leonardo Jardim (Olympiakos) defronta o Levante, e André Villas-Boas (Tottenham) terá pela frente o Lyon.
Vítor Pereira e Jorge Jesus completam o quinteto presente na elite europeia. Situação impensável há poucos anos.
A selecção de Espanha está na final do Mundial da África do Sul.
A vitória sobre a Alemanha enlouqueceu um país inteiro, consequência de uma exibição convincente na linha que, numa primeira fase, levou Luis Aragonés ao título europeu e, agora, Vicente Del Bosque refinou com o estilo que deu o triplete ao Barcelona há dois anos.
Se não foi fácil à Espanha abater os alemães de Joachim Lowe, estes não encontraram uma saída para desmontar a «teia» montada pelos latinos, sempre à espera que a sua presa cometa qualquer erro e a consiga neutralizar. Nunca puseram em prática aquele futebol directo que surpreendeu ingleses e argentinos e permitiu alcançar goleadas.
Curiosamente, foram vítimas de uma das suas melhores armas. Um golo de cabeça de Carles Puyol, expediente em que os germânicos alicerçaram muitas das suas vitórias.
A Espanha da actualidade, apesar de estar na final através de um golo ao estilo do seu antigo futebol, não se baseia na raça e força, mas na inteligência. É uma equipa que comanda o jogo, faz o adversário andar atrás da bola, e reuniu um naipe de jogadores que complementam a souplesse com a velocidade de execução e o instinto goleador.
Não admira, por isso, que a primeira página do diário madrileno Marca de amanhã, após a sua selecção afastar a Alemanha de mais uma final, opte por uma manchete que assume como uma realidade:
OS MELHORES DO MUNDO.
Maradona sofreu uma humilhação que não estava nos seus planos, mas muita gente admitia. Os resultados da Argentina foram aparecendo e criaram a ideia que ao futebolista de excepção sucederia um treinador de eleição. A experiência da África do Sul parece provar que Diego só tem lugar na história do futebol mundial como jogador fora-de-série. A Alemanha contribuiu para se extrair esta ilação com a maneira como soube controlar os argentinos e a expressão dos números da vitória (4-0).
A partir de agora, o treinador Joachim Low fica com a responsabilidade de dar razão ao célebre avançado inglês Gary Lineker, que proferiu a célebre frase: «O futebol são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha.»
A Espanha, depois de afastar Portugal, não se mostrou tão exuberante como é habitual e teve dificuldades em afastar os paraguaios de Oscar Cardozo. O jogador do Benfica, figura de destaque por ser o último marcador do penalty (grande descontracção) que eliminou os surpreendentes japoneses, esteve agora em destaque pela negativa.
Os espanhóis, fiéis ao actual estilo de jogo - nalguns períodos já começa a tornar-se monótono -, dominavam o jogo mas não ganhavam especial ascendente nas acções frente à baliza dos sul-americanos. Até que Cardozo (suplente utilizado nos anteriores jogos e agora titular) desperdiçou uma grande penalidade.
Três minutos depois, a equipa de Vicente del Bosque beneficiou de castigo idêntico e Alonso marcou, mas o árbitro mandou repetir por haver jogadores dentro da área antes do pontapé. E aconteceu o inacreditável: Alonso imitou Cardozo e ficou tudo na estaca zero.
David Villa, no entanto, não se esqueceu dos créditos que o levam ao Barcelona e da veia goleadora já revelada na África do Sul, e decidiu um impasse que durava há 83 minutos.
Assim vai repetir-se a final do Europeu 2008 com uma meia-final entre alemães e espanhóis.
Os árbitros Jorge Larrionda (Uruguai) e Roberto Rosseti (Itália) constituiram-se em figuras centrais de dois dos encontros dos oitavos-de-final: Alemanha-Inglaterra e Argentina-México. Quando assim acontece, o futebol não sai prestigiado, por existirem sempre argumentos - muitas vezes pouco consistentes - para colocar em causa a verdade desportiva.
Um golo inacreditavelmente anulado ao inglês Lampard, que permitia à equipa de Fabio Capello anular a desvantagem de dois golos consentida nos primeiros 32 minutos. Além disso permitia conjecturar sobre a hipótese da Inglaterra inverter a tendência do jogo e travar o espectáculo até então oferecido pelos alemães.
Deve reconhecer-se que esta possibilidade sempre se apresentou remota, pois a Alemanha, antes e depois daquele lance, provou ser superior em todos os aspectos. Se foi errado - insólito, até, dada a clareza do lance - o facto do árbitro e auxiliar terem feito vista grossa ao trajecto da bola, seria injusto qualquer resultado que não fosse o apuramento dos germânicos.
A discussão, no entanto, deve continuar, não apenas para os responsáveis do futebol abdicarem de conceitos velhos de mais de um século, e porque este caso trouxe à memória o que se passou na final do Mundial de Inglaterra (1996), nessa altura supostamente a favor dos britânicos.
A Argentina, próxima adversária da Alemanha, continua imparável e a vitória sobre o México não deve ser contestada. Um senão importante: a cavalgada dos comandados de Diego Maradona começou com um golo em fora-de-jogo de Tévez, lance que até se viu no ecrã gigante do estádio, exibição impedida pela própria FIFA. Facto que deixou em maus lençóis o árbitro italiano. A avaliar pelas imagens televisivas, ele e o auxiliar aperceberam-se do facto mas não podiam servir-se daquele meio para alterar a decisão.
Todos fazem votos para que esta triste jornada arbitral não se repita, e os desfechos dos jogos Holanda-Eslováquia (15.00) e Brasil-Chile (19,30) não sejam marcados por suspeições de qualquer espécie.
A calma regressou ao Mundial, após a agitação provocada pelos franceses. Situação que, aliás, promete continuar em terras gaulesas, para onde viajou Thiery Henry, convocado de urgência pelo Presidente Nicolas Sarkozy para analisar a situação inicialmente provocado por Anelka, a que se seguiram interessantes episódios. Como este, por exemplo, dos elementos da comitiva terem regressado ao local de estágio na África do Sul como simples figurantes. Uma «diabrura» presidencial feita a todos os responsáveis da FFF.
Em termos de resultados desportivos, a quarta-feira não ofereceu especiais supresas, apesar de certo suspense em alguns jogos e apuramentos quase em cima do apito final do árbitro.
Fabio Capello, há dias contestado por alguns jogadores - o «inefável» Terry, depois das críticas, colocou-se, como sempre, ao lado do mais forte -, não esteve sempre tranquilo apesar do golo da vitória aparecer cedo (23 m) por Defoel. O rendimento da equipa, no entanto, deixou-o mais satisfeito. O adversário da próxima eliminatória não terá sido o ideal para uma Inglaterra irregular, embora os alemães só graças a um golo de Ozil (60 m) conseguissem superiorizar-se ao Gana. Mesmo assim, é a única selecção africana já apurada para os oitavos-de- final e para quem o seu treinador sérvio Milovan Rajevic solicitou o apoio do continente.
Os Estados Unidos lideraram o grupo dos ingleses graças a um golo «fora de horas» da vedeta Donovan marcado à Argélia. As aspirações da Sérvia ficaram também comprometidas quando se deixaram surpreender pelos australianos (2-1).
As atenções viram-se agora para o duelo Dinamarca-Japão, a ditar quem acompanha a Holanda Grupo E), e para a até agora modesta Itália. Marcelo Lippi só contabilizou dois pontos e defronta a Eslováquia (1). À mesma hora jogam Paraguai (4)-Nova Zelândia (2). Um grupo (F) totalmente em aberto, embora haja selecções a quem se pode conceder superior dose de favoritismo.
Eu já não arrisco...
Enquanto os portugueses andam entretidos com o nome do futuro seleccionador, e alguns respeitáveis figuras do nosso futebol como António Oliveira, treinador da selecção de má memória presente no Mundial da Coreia do Sul/Japão, considera incompetente o presidente da FPF Gilberto Madaíl - agora ou quando o contratou? - sobe a tensão no que respeita à final do Europeu 2008, que ao final da tarde de amanhã se desenrolará em Viena entre a Espanha e a Alemanha.
Diversas sondagens, e não apenas as originárias de nuestros hermanos, apontam a selecção orientada por Luis Aragonés como francamente favorita, e os próprios elementos da comitiva germânica comungam das mesmas expectativas, mas penso que no íntimo já estão a ver-se desfilar pelo Estádio Ernst-Hapel com o troféu ao alto.
Joachim Lowe, treinador da Alemanha, não dá como definitiva a ausência do influente Ballack, mas caso aconteça o pior garante ter substitutos à altura do "capitão". E entre elogios ao adversário, estárá a congeminar a maneira de impedir que os espanhóis montem a "tenda" no meio-campo e a partir daí causem dores de cabeça a Lehmann, mesmo não podendo contar com o surpreendente Villa, ainda o melhor marcador desta edição da prova.
Os dados estão lançados, apenas resta saber se a fria e calculista Alemanha não resiste à quente e salerosa Espanha.
Como se previra, a selecção portuguesa encontrará nos quartos-de-final do Euro 2008 os alemães, apesar dos pupilos de Joachim Lowe continuarem longe de mostrar o potencial de outros tempos e do apuramento apenas ser conseguido por Ballack num dos seus habituais petardos na marcação de um livre.
Repete-se, assim, um jogo do Mundial de 2006, para apuramento do terceiro e quarto classificados, altura em que a selecção de Scolari se considerava favorita e acabou por nem sequer igualar a proeza dos Magriços no Mundial de 66.
Espera-se que Cristiano Ronaldo e companheiros não sejam tentados por idêntica sobranceria, que deitaria por terra, apesar das circunstâncias especiais da derrota com a Suíça, as expectativas de milhões de portugueses e, mais do que isso, colocaria em causa a propalada qualidade do futebol nacional, dando razão a alguns estrangeiros que continuam a duvidar que Portugal possa algum dia ganhar uma prova de selecções.
Este confronto terá de ser encarado com a humildade própria dos génios e ninguém pode embalar-se no canto de sereia de Ballack que, logo a seguir à qualificação, concedeu o favoritismo a Portugal. Nem ser influenciado por Beckenbauer, quando disse ser necessário jogar melhor para a Alemanha continuar em prova. Uma das características da sua selecção é precisamente essa: crescer exibicionalmente com o decorrer das competições.
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