O sentido de humor imperou esta sexta-feira entre alguns dos principais protagonistas do nosso futebol. Multiplicaram-se declarações que divertem quem acompanha minimamente os assuntos. Será curioso destacar algumas dessas mensagens e agradecer aos respectivos autores estes momentos de boa disposição em tempo de crise.
PAULO SÉRGIO (novo treinador do Sporting): «Vim para ser campeão.»
JOSÉ EDUARDO BETTENCOURT (presidente): «Paulo Sérgio é uma aposta firme.»
CARLOS QUEIRÓS (seleccionador): «Quim (guarda-redes do Benfica) tem presente, mas menos futuro.»
CARLOS QUEIRÓS (lista de 50/51): «Na altura da transcrição para o site da FPF houve um lapso. O nome de Manuel Fernandes não foi transcrito. Mas logo que detectámos o lapso informámos o Valência, porque no fax só estava o nome do Miguel.»
LUÍS FILIPE VIEIRA (presidente: «Benfica tem raízes em Lisboa mas é do tamanho do mundo.»
BENFICA (comunicado): «... Pela nossa parte não queremos lamentar quaisquer tipo de incidentes, queremos - isso sim - que eles não se registem e que a final da Taça de Portugal se resuma a aquilo que deve ser um jogo de futebol.»
Não começa bem a época natalícia para o Sporting. No dia em que José Eduardo Bettencourt admitiu «oferecer umas prendinhas» ao plantel dirigido por Carlos Carvalhal, surgiu uma notícia pouco agradável sobre o protocolo assinado entre o clube de Alvalade e a Câmara Municipal de Lisboa.
A Assembleia Municipal decidiu adiar a ratificação do protocolo e entregou o caso para análise a uma comissão de urbanismo formada de imediato.
A decisão não surpreendeu alguns responsáveis leoninos. As alterações resultantes das eleições autárquicas justificam segundo as suas opiniões, que o assunto seja apreciado pelos novos responsáveis camarários.
Aquilo que parece lógico envolve, no entanto, diversos riscos, como atraso considerável na solução do problema ou mesmo a não aceitação do decisão do executivo.
Aliás, os portugueses detentores de poder, qualquer que seja o seu nível ou natureza, têm o hábito, quando discordam - por convicção, conveniência ou partidarismo -, de formarem uma comissão e assim colocam uma pedra sobre o assunto. Esta é a melhor solução para abortar qualquer iniciativa sem arcar com o ónus de eventual recusa.
Será de temer que o Pai Natal não seja muito farto para as bandas de Alvalade.
Autêntico vendaval assolou três equipas nos encontros antecipados da oitava jornada da Liga espanhola.
O Real Madrid monopolizou as atenções pelo empate (0-0) cedido em Gijon, e a estrutura dos merengues sofreu novo abalo. O técnico chileno Manuel Pellegrini depara-se com vários problemas devido a lesões, entre as quais a de Cristiano Ronaldo, mas o grande problema é a vantagem que o rival Barcelona poderá consolidar se vencer o Zaragoza.
O Sevilha, que nos habituou a ver entre os lugares europeus, também cedeu dois pontos
(0-0) ao visitante catalão Españyol.
Por fim, o Atlético de Madrid, no seu estádio, também não conseguiu melhor que a igualdade (1-1) com o Maiorca, este a marcar nos últimos minutos e a actuar com nove jogadores.
O nosso conhecido Quique Flores, já contratado pelo Enrique Cerezo, assistiu ao pobre espectáculo das bancadas e ao ambiente tenso que se viveu em Vicente Calderón, onde cerca de 500 adeptos se aproximaram da tribuna de honra e insultaram o presidente do clube, além de pedirem a sua demissão.
O técnico espanhol, cujo trabalho na Luz constituiu uma frustração, vai confrontar-se com uma situação bem pior em Madrid, pois o clube de Simão Sabrosa tem seis pontos no campeonato - a 13 do Barça - e está em último no grupo da Liga dos Campeões.
Curioso, no entanto, é o contrato que Quique Flores terá acertado com Atlético de Madrid: será prolongado em Maio se conseguir um lugar na Liga dos Campeões da próxima época.
Os homens do futebol estão loucos...
Na véspera do Sporting receber o Penafiel na Taça de Portugal, o treinador de Alvalade aproveitou a oportunidade de abordar as perspectivas sobre o confronto para ir mais além - melhor dizendo, analisar o passado recente.
O comportamento da equipa verde-branca na presente temporada tem primado pela irregularidade, a contestação aumenta, não apenas entre alguns «notáveis», mas nos adeptos e associados que, no final de alguns desafios, assobiam jogadores e técnico, e por vezes fazem esperas à saída do estádio para fazer ouvir a sua voz, incluindo ao presidente.
Paulo Bento, se bem se percebe das suas palavras, achou adequado o momento de dizer que não está agarrado ao lugar e foi claro ao declarar: «Se sentisse que era o principal problema, já me tinha demitido.»
O responsável técnico, que saltou, há cerca de quatro anos, dos juniores para os seniores, deu mais um exemplo da sua peculiar personalidade: «Sou melhor treinador hoje do que quando cheguei.»
Alvalade está a viver um clima de grande tensão: ou se altera de imediato o rumo dos acontecimentos ou estala definitivamente a crise.
Um mau resultado com o Penafiel pode ser o detonador.
Jesualdo Ferreira persegue os primeiros pontos na segunda jornada da Liga dos Campeões, depois da derrota em Inglaterra, perante o Chelsea de Carlo Ancelotti.
O irregular Atlético de Madrid repetirá a presença do Dragão da época passada - eliminado nos oitavos-de-final -, desta feita na fase de grupos e com um ponto conquistado em Vicente Calderón no confronto com os cipriotas do Apoel.
Se este resultado deixou os colchoneros desiludidos, a participação na Liga espanhola revela-se tão ou mais desastrosa, com três pontos em cinco jogos (18.º lugar). O recente empate em Valência deu certo alento à equipa de Abel Resino, mas o FC Porto, apesar de ainda estar distante do rendimento da época transacta, apresenta argumentos que deverão mostrar-se difíceis de ultrapassar pelos visitantes da Cidade Invicta.
As surpresas no futebol são sempre de considerar, mas não se espera que aconteça nada de escandaloso no segundo dia da prova, semelhante ao empate do Inter em casa do Rubin Kasan ou da vitória da Fiorentina - apurada em jogo com o Sporting - sobre o Liverpool (2-0), clube em vias de ser vendido aos árabes.
DISCURSO DIRECTO
«Este é o melhor momento para jogar com o Atlético de Madrid, equipa histórica do futebol espanhol que participa na Champions por mérito... É um jogo importante, mas nada decisivo» Jesualdo Ferreira (29/09/09)
«Há uma coisa que está muito clara. Pode jogar-se muito bem, mas se não ganhar, as coisas ficarão pior. Vamos procurar a vitória com afinco. Reforçar-nos-ia a todos como equipa» Abel Resino (29/09/09)
«Pelas circunstâncias do jogo é um ponto ganho. Tínhamos traçado uma estratégia , mas dada a maneira como correu a partida podíamos ter perdido» José Mourinho (29/09/09)
O duelo verbal entre Soares Franco e Dias da Cunha nada esclareceu os adeptos do Sporting, e até os expert na matéria ficaram com dúvidas sobre os esclarecimentos do actual e ex-presidentes no que respeita à situação económica e financeira do clube e às soluções mais correctas para minorar o desequilíbrio das contas.
O Benfica também parece condicionado quanto ao futuro de Quique Flores, cuja rescisão contratual implicará pesados encargos, a juntar aos efectuados ao longo da época para reforçar o plantel e que não proporcionaram os resultados esperados.
Alguns responsáveis benfiquistas veriam com bons olhos o despedimento imediato do treinador espanhol, mas a "bolsa" impede a tomada de medidas precipitadas, além de que o acesso à Liga dos Campeões ainda não está fora de causa, embora dependa dos resultados do rival da Segunda Circular até ao final da I Liga.
Há quem defenda que em tempo de crise a melhor solução é não cortar nos investimentos produtivos, mas o futebol vive há muito o tempo de "vacas magras" e qualquer erro de cálculo pode levar ao desaparecimento do reduzido "leite".
Multiplicam-se as acusações que colocam em causa a honestidade de alguns agentes do desporto, nomeadamente do futebol.
Determinadas afirmações atingem tal gravidade que os próprios autores se decidem por solicitar a demissão de cargos importantes na hierarquia directiva, por manifesta incompatibilidade com a tomada de posições demasiado radicais. Outros, no entanto, "obviamente" ficam nos seus lugares...
Como se previa, a afluência ao estádios durante a primeira volta da I Liga desceu comparativamente com os números verificados na época passada.
Dir-se-à que a crise mundial tem reflexos em todos os sectores, mas não será de desprezar a agitação dos últimos tempos para justificar o alheamento dos adeptos.
Face a este panorama, estranha-se que não apareçam vozes autorizadas, naturalmente emergentes dos organismos do futebol, a apontar os erros e a implementar as estratégias indispensáveis para inverter o rumo quase catastrófico dos acontecimentos.
Ninguém desconhece a quem compete essa missão - obrigatória até para quem se dispôs a desempenhar certos cargos -, a menos que estejam à espera daquilo que a FIFA e a UEFA recusam: a intervenção dos governantes.
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