Leonardo Jardim não terá desprezado o valor do Benfica e esperaria uma equipa motivada pela perspectiva de se isolar, com algum conforto, na frente do campeonato.
O técnico de Alvalade ficou amarrado às conhecidas opções tácticas e estratégicas, mormente perante o seu grupo de trabalho, conhecidas antes do início do encontro adiado de domingo. Depois, reconheceu que os seus jogadores deixaram «o Benfica dominar» e «tiveram péssima prestação».
O erro foi precisamente esse. Conhecidos os processos de Jorge de Jesus, era mais do que previsível pressão alta no início da contenda, e Leonardo Jardim em nada hipotecava o valor já demonstrado se optasse por uma toada mais cautelosa para manter o adversário em respeito durante a primeira parte e, eventualmente, afectar progressivamente o seu moral.
Louve-se a fidelidade a princípios de uma equipa que desde o início da época joga sempre a pensar na baliza adversária, mas lamente-se a falta de realismo na tentativa de não desfigurar um sistema de jogo defendido por quem retirou, com escassos meios, o Sporting da fossa em tão pouco tempo.
Infelizmente para os leões, a opção de manter o modelo de jogo implantado na equipa é que atraiçoou os objectivos, pois haveria outras unidades no plantel para travar a cavalgada benfiquista, sem recorrer à utilização da camioneta em zonas próximas de Rui Patrício.
Josep Blatter, de 77 anos, deseja mandar no futebol mais algum tempo. A um ano de distância já revelou essa disposição de maneira cativante: «Continuo de boa saúde e não vejo motivos para parar de trabalhar, sobretudo numa fase de consolidação da FIFA. Se as federações me pedirem para ser candidato de novo não direi que não.»
Presidente desde 1998, Blatter quer continuar a fazer tristes figuras que em nada abonam a favor da sua personalidade, como aconteceu com o caso de Cristiano Ronaldo.
Além de pedir desculpa pelo deplorável espectáculo dado na televisão, reconheceu implicitamente que a anterior votação foi viciada e optou por repeti-la na atribuição da Bola de Ouro 2003, que concedeu com mérito o segundo troféu a Cristiano Ronaldo, decisão porventura influenciada pelo exibição magistral frente à Suécia.
Imbróglio que contribuiu, no entanto, para legítima frustração de outros candidatos ao prémio.
Em 2005, Jerôme Champanhe, antigo secretário-geral da FIFA com candidatura já assumida, ou Michel Platini podem transferir para França a gestão do futebol mundial.
O apuramento do FC Porto na Taça de Portugal não foi muito diferente do conseguido na véspera pelo Benfica. O sofrimento dos vencedores foi quase idêntico, embora com diversas nuances.
O Estoril entrou no Dragão com aspirações e até inaugurou o marcador. Quase a terminar a primeira parte, Quaresma, regressado à Cidade Invicta em boa hora, restabeleceu a igualdade a dois minutos do intervalo.
Seguiu-se um longo penar para Paulo Fonseca, dada a insatisfação dos adeptos, pois a vitória apenas aconteceu quase no final. Ghilas, quatro minutos de substituir Quaresma, foi o obreiro da reviravolta.
Assim chegaram os portistas ao confronto com os encarnados antes da final do Jamor. Um deles ficará pelo caminho e não atingirá um dos objectivos traçados pelos responsáveis no princípio da época. Acontece...
O Benfica ficou a dever a Sulejmani não ter de se sujeitar, pelo menos a prolongamento, no encontro em Penafiel dos quartos-de-final da Taça de Portugal.
A arma secreta de Jorge Jesus desta vez surgiu como titular na equipa encarnada, que dominou os acontecimentos, mas sem resultados práticos, apesar dos nortenhos denotarem alguma desorganização.
O treinador Miguel Leal conseguiu ao intervalo acalmar os seus jogadores e, com o recuo de certas unidades, evitou o golo até o sérvio acertar com a baliza de Coelho.
A sete minutos do final estava decidido um jogo que se perspectivara de superior qualidade.
As duas equipas apareceram com menor inspiração, possivelmente a pensar em compromissos mais «importantes».
A vitória do Chelsea sobre o Manchester City foi uma surpresa no novo Ethiad Stadium, mas não foi a única. No dia seguinte chegou ao conhecimento público que a habitual conversa de balneário da equipa de Londres foi feita pelo massagista.
A notícia surgiu nestes termos: «Eu não falei antes do jogo, foi o Billy, o massagista, quem deu a palestra à equipa. Ele gritava no seu forte sotaque escocês - "grrr, grrr, grrr" -, que não consegui perceber nada. Estou a falar a sério! Mas os jogadores batiam palmas. Era palestra do Billy e ele foi fantástico. Não percebi nada, mas parece que os jogadores perceberam. A última vez que falei com os jogadores foi a meio do dia.»
Palavras proferidas por José Mourinho.
A imaginação do Happy One não tem limites para estimular os seus jogadores. A partir de agora tudo se pode admitir nos seus mind games.
O Manchester City, apontado como principal favorito, a par do Arsenal, à conquista do titulo inglês, não resistiu ao Chelsea e sofreu a primeira derrota no campeonato no seu novo estádio .
A equipa do antecessor do português no Real Madrid e mais tarde sério opositor do El Especial quando treinava o Málaga, o chileno Manuel Pellegrini, não ultrapassou a estratégia montada pelo agora Happy One, embora se deva salientar que o sector ofensivo dos Citizens não contou com os principais goleadores.
Um golo de Ivanovic, três bolas na barra - uma enviada pelo ex-benfiquista Matic - e a «batuta» empunhada pelo belga Hazard chegaram e sobraram para os raros momentos de perigo criados pela equipa de Manchester.
José Mourinho, contudo, transmite a ideia de não pensar no título neste primeiro ano de regresso a Londres, e apresenta o exemplo do seu rival Arsène Wenger, responsável pelo líder Arsenal.
«Podemos [vencer o título] se eles [Manchester City] o perderem. O Arsenal está a trabalhar há muitos, muitos anos na evolução da sua equipa. O que nós estamos a fazer esta época é aquilo que o Arsenal está a construir há muitos anos. Não significava nada para nós chegar aqui, estacionar o autocarro, e vencer por 1-0 com um lance de sorte. A evolução é mais importante», acentuou.
Discurso positivamente para inglês ouvir e manter a chama dos adeptos de Stamford Brigde.
O FC Porto deixou três pontos na Madeira. O Benfica cedeu dois na visita ao Gil Vicente. O Sporting também permitiu à Académica a saída de Alvalade com um ponto no bornal.
Que se passa entre a elite do campeonato? FC Porto e Benfica estão menos fortes ou Marítimo e Gil Vicente são exemplos que alguma coisa mudou nas equipas consideradas há anos incapazes de encontrar antídoto para anular o potencial dos «grandes»?
Creio que os resultados deste fim-de-demana resultam de diversos factores, independentemente das incidências das diferentes partidas.
Sem pretender estabelecer uma ordem nas razões que explicam a actual conjuntura, deixamos as nossas ideias.
Alguns dirigentes de clubes com menores recursos financeiros mostram-se mais realistas nas contratações, tanto a nível nacional como no estrangeiro, e prestam especial atenção ao trabalho desenvolvido nas camadas jovens.
Nos últimos anos surgiram treinadores com formação de nível mais elevado, substituindo aqueles que, embora com conhecimentos e bons palmarés, eram na maioria experientes ex-jogadores dirigidos por reconhecidos técnicos estrangeiros. Os cursos em Portugal não contribuíam para a necessária formação e muitos eram autodidactas. Os êxitos ficaram a dever-se a grande esforço e estudo individual.
O Sporting merece uma referência especial. Sob a orientação de Leonardo Jardim, por direito próprio incluído na nova geração de técnicos, constituiu em poucos meses uma equipa-surpresa, comparada com o comportamento dos últimos anos, mas ainda está a consolidar o plantel, devido à chegada de novos jogadores. De considerar ainda um calendário que tanto pode confirmar a inclusão imediata no lote dos «maiores», como adiar por mais algum tempo as ambições dos responsáveis de Alvalade.
Os próximos jogos serão decisivos para saber qual o seu verdadeiro patamar na hierarquia do presente campeonato.
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