Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»
Sexta-feira, 31 de Agosto de 2012
Falcão devora Chelsea

A Europa do futebol ficou estarrecida. O inesperado campeão europeu Chelsea, que orientado pelo adjunto do português André Villas-Boas surpreendeu o Barcelona e o Bayern de Munique na final da principal prova europeia, foi goleado pelo Atlético de Madrid na Supertaça.

Não bastava este rotundo êxito dos colchoneros para tornar a noite inesquecível para os espanhóis. Também será para os colombianos, pois a sua estrela que dá pelo nome de Radamel Falcão - despontou para o futebol europeu nas fileiras do FC Porto - marcou os três primeiros golos do desafio na primeira parte e arrasou por completo a equipa orientada por Roberto di Matteo.

O instinto rematador de Falcão manifestou-se na plenitude no Mónaco, onde 24 horas antes se tinha finalmente consagrado Iniesta (Barcelona) como o melhor jogador a actuar na Europa na época passada, relegando para segundo plano Cristiano Ronaldo e o argentino Messi.

Falcão, por algumas horas, ofuscou aquelas vedetas mundiais ao igualar uma proeza do húngaro Puskas (Deal Madrid) na final da Taça dos Campeões de 1962 ganha pelo Benfica.

A continuar assim, não virá longe o tempo em que se tornará sério concorrente a prémios internacionais. Por agora, os adeptos do clube prestar-lhe-ão em delírio a merecida homenagem ao jogador e restantes companheiros na Fonte Neptuno, na capital de Espanha, ao cair da tarde de manhã.



publicado por António Castro às 22:54
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Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012
Goleada em Alvalade apenas moraliza

O Sporting conseguiu a qualificação para a fase de grupos da Liga Europa com uma goleada. O ciclo negativo do início da temporada foi apenas interrompido, pois a oposição oferecida pelo Horsens justifica mais a fraqueza do conjunto nórdico do que a consolidação de processos da equipa de Sá Pinto.

A satisfação do treinador, jogadores e adeptos mostra-se legítima, mas os leões têm de confirmar em testes mais difíceis que podem discutir em pé de igualdade com as melhores equipas portuguesas e, além disso, ultrapassar aquelas que se diz não serem do mesmo campeonato mas tem contribuído para épocas frustrantes dos sportinguistas.

O Marítimo demonstrou no terreno do Dila Gori que a vitória tangencial no Funchal não foi um acidente. Marcou dois golos na Geórgia e manteve-se em prova sem oscilações profundas de rendimento.

Seis equipas portuguesas nas competições europeias. É obra!



publicado por António Castro às 23:45
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Quarta-feira, 29 de Agosto de 2012
Madrid agora é supercampeão

O nome de José Mourinho está sempre na ribalta da comunicação social espanhola.

Num dia, o jornal El País conta a história de uma discussão, depois da derrota com o Getafe, entre o treinador português, o capitão Iker Casillas e o sempre opinioso Sérgio Ramos.

A serem verdadeiros os factos - a hipótese de invenção não deve ser descartada - prova-se que alguém no Real Madrid continua a trabalhar para ver Mourinho pelas costas.

Pelos vistos, o que se passa nos balneários dos merengues não é assunto interno, e o facto do treinador acusar a equipa de endeusamento e sobranceria ofendeu alguns jogadores, qual damas virgens do início do século passado.

A véspera da decisão da Supercopa com o Barcelona em Santiado Bernabéu foi o dia escolhido, e o golo de vantagem (3-2) dos catalães era apontado como sinal de que mais uma vez o troféu seguiria para a cidade condal.

Aconteceu o contrário. As manchetes fizeram do Madrid o supercampeão. Teceram os maiores elogios à exibição e cedo estar a ganhar por 2-0. Lamentaram que certo domínio do Barça na segunda parte não tivesse a devida correspondência em eficácia. Esqueceram o que acontecera ao madrilenos depois do tento de Cristiano Ronaldo.

Depois assistiu-se à festa de Casillas e companheiros em Santiago Bernabéu.

José Mourinho, ao substituir-se pelo adjunto na conferência de imprensa, não evitou nova exposição às críticas.



publicado por António Castro às 23:45
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Terça-feira, 28 de Agosto de 2012
Rúben Micael: mais um "salvador" em Braga

O presidente António Salvador é considerado o obreiro do aparecimento de Sporting de Braga na ribalta do futebol português. Com uma gestão realista em termos financeiros e perspicaz na escolha de treinadores e jogadores (estes contratados directamente ou por empréstimo), além de outros colaboradores, ficará para sempre na história do futebol minhoto.

Mas os bracarenses tiveram no play-off da Liga dos Campeões outro "salvador": Rúben Micael. Em Itália, o jogador emprestado pelo FC Porto, depois de sair do banco marcou o golo que permitiu levar o jogo para prolongamento e, tal como os restantes companheiros escolhidos para marcar as cinco grandes penalidades, não falhou num momento decisivo, de maior intensidade emocional pelo incrível falhanço do brasileiro da equipa italiana.

Não são raras as vezes em que os portugueses se têm queixado da lotaria dos penalties. Agora coube aos italianos lamentar essa forma de desempate, um castigo por não terem conseguido aguentar a eliminatória depois de estarem em vantagem com as facilidades concedidas pelos minhotos ao colombiano Pablo Armero.

Os comandados de José Peseiro apareceram na segunda parte diferentes, conseguiram anular melhor o contra-ataque do adversário e acabaram por dominar o jogo. Toada, no entanto, que só deu frutos com o golo de Rúben Micael (72 m) e não evitou um prolongamento sem golos.

O Sporting de Braga, através de uma fórmula de desempate aleatória, acabou por concretizar os objectivos e voltar à fase de grupos da prova europeia, onde terá a companhia do FC Porto e Benfica.

Mais uma proeza das gentes da Pedreira.



publicado por António Castro às 12:46
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Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012
Sá Pinto ainda sem soluções

«Não estamos fortes. Estamos muito fortes», disse Sá Pinto depois do primeira derrota em Alvalade desde que assumiu o comando dos leões.

Pergunta-se: se mesmo assim perderam (0-1) com o Rio Ave, certamente sofreriam mais golos se a equipa estivesse "apenas forte".

Compreende-se que o treinador ficasse perturbado com a um resultado tão desanimador, na linha dos dois anteriores, mas já não se percebe que tenha deixado os jogadores sozinhos a ouvir os assobios dos adeptos.

Sá Pinto é o primeiro responsável pelo facto da equipa não saber atacar, apesar de ter o domínio do jogo. Alguns elementos podem não estar ainda a corresponder ao rendimento esperado, mas reconheça-se que compete ao treinador eliminar esses factores negativos e estruturar o conjunto para acabar com o jejum do golo.

Se não tem soluções, não pretenderá ser mais um da extensa lista com responsabilidades na ingrata situação de um clube a viver apenas do passado.

Seria ingrato não ter uma palavra de elogio para os vila-condenses e o jovem técnico Nuno Espírito Santo. Muita gente acusará os nortenhos de demasiadas cautelas defensivas, mas tiveram mérito na pressão que exerceram sempre que os sportinguistas detinham a posse da bola, qualquer que fosse a zona do terreno, e louve-se a sagacidade dos intérpretes dos raros contra-ataques, a explorar as fraquezas leoninas.



publicado por António Castro às 23:31
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Novas lições do Tonecas na Luz

Na minha infância tive uma fase em que me deliciava com os livros das "Lições do Menino Tonecas», alguns anos mais tarde recriados na rádio e posteriormente em episódios na televisão.

Agora foi proferida em conferência de imprensa uma lição do treinador Jorge Jesus aos jornalistas sobre as qualidades do "pretenso" defesa paraguaio Melgarejo, criticado pela exibição e pelo empate cedido pelo Benfica ao Braga. Uma lição e um repto, pois convidou-os a responder à questão: «Melgarejo não cometeu erros defensivos. Em que situação falhou? Táctica ou técnica? Vá lá, digam.» Não interessa transcrever o resto do diálogo, pois teria uma versão tão hilariante como a conversa entre o professor e o Tonecas.

Enttretanto, aconteceu o jogo de Setúbal. O Benfica começou praticamente a jogar com mais um jogador - expulsão de Amoreirinha - e passou a não ter preocupações pelo lado esquerdo da defesa. Melgarejo passou a mostrar mais qualidades a atacar, foi elogiado por colegas e treinador, mas a hipótese de Eliseu se transferir do Málaga para o Benfica continua em aberto. Porquê professor?

Quanto ao resultado do Bonfim, de salientar o facto do treinador da Luz ter recorrido de início a Rodrigo, Savio e Enzo Pérez, autêntica revolução comparada com a formação apresentada na estreia na Liga, e responsável pela goleada. E o Melga estava lá e não foi picado...



publicado por António Castro às 15:58
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Domingo, 26 de Agosto de 2012
Dragões só adiaram goleada

O técnico dos portistas não escondeu o desagrado pela exibição no campo do Gil Vicente. E não esteve com paninhos quentes. Na visita do Guimarães substituiu quem esteve menos inspirado e estreou alguma das novas aquisições como titulares.

Um bom golo de Lucho Gonzalez (16 m) sugeria que os vimaranenses não resistiriam por muito tempo, mas a realidade tornou-se diferente. A equipa de Rui Vitória, que desiludira tanto como o Sporting na primeira jornada da Liga, fez das fraquezas forças e atingiu o intervalo apenas com um golo de desvantagem.

Um remate fulminante de Hulk na segunda parte fez claudicar o Vitória minhoto e a machadada final pertenceu de novo a Lucho. O golo de Jackson Martinez (grande penalidade) constituiu apenas a "cereja" na goleada e nas decisões tomadas pelo treinador Vítor Pereira.

A segunda amostra foi bem mais positiva, resta saber se questões financeiras não originam outras adaptações.



publicado por António Castro às 12:29
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Sábado, 25 de Agosto de 2012
Braga a gerir esforço

José Peseiro, depois da deslocação à Luz e da recepção à Udinese (Liga dos Campeões), resolveu entrar na gestão de esforço e não apresentar frente ao Beira-Mar algumas das unidades mais importantes do plantel.

Se o expediente não teve influência na conquista dos três pontos, os bracarenses não se mostraram tão eficazes, devido à mudança do esquema táctico e à teia defensiva utilizada por Ulisses Morais que, no entanto, apenas retardou o inevitável.

Rúben Micael foi peça determinante nos minhostos. Além da marcação de dois golos em seis minutos antes do intervalo, teve acção positiva a gerir a toada da equipa. Prova de que não conseguiu mostrar todas as qualidades ao serviço do Atlético de Madrid, razão por que surge em Braga emprestado pelos colchoneros.

José Peseiro continua a trilhar bom caminho no propósito de potenciar a herança dos antecessores. O desfecho da deslocação a Udinese será determinante no futuro imediato.



publicado por António Castro às 22:45
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Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012
Briosa marca passo

A recuperação dos estudantes quando visitaram o Beira-Mar, passando da desvantagem de três golos para um inesperado empate, prometeu que a equipa de Pedro Emanuel não desperdiçaria a oportunidade da visita do Olhanense para retomar as vitórias, depois da derrota na Supertaça.

Edinho, que na primeira jornada da Liga foi determinante na reviravolta (dois golos), agora estreou o marcador em Coimbra, na segunda parte, mas bastaram cinco minutos para os algarvios restabelecerem a igualdade (David Silva).

Sérgio Conceição, treinador que tal como o seu colega da Académica dirige a equipa mas não enverga a respectiva braçadeira, por ainda não estar habilitado com o curso do IV nível, encontram-se em idêntica situação no campeonato.

Se a procissão ainda vai no adro, convém não enveredar pelo desperdício e alterar o andamento.



publicado por António Castro às 23:16
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Quinta-feira, 23 de Agosto de 2012
Leões cada vez mais dóceis

Alguém está sem perceber o que deve fazer no futebol do Sporting. Dirigentes, treinador ou jogadores?

O presidente, preocupado com o aspecto financeiro, até parece Paulo Portas que não larga os chineses na tentativa de arranjar investimentos, o primeiro para salvar o clube de Alvalade, o governante na tentativa de mudar o rumo do país.

Os responsáveis mais directos pelo futebol, a quem não abunda o dinheiro para compras - nem sequer para segurar os melhores valores - enfrentam naturalmente grandes dificuldades para colocar à disposição de Sá Pinto um lote de jogadores que garanta, pelo menos, a luta por lugares acima do terceiro lugar.

Os jogadores, aliciados por propostas do estrangeiro ou mesmo nacionais, parecem ausentes da missão que lhes compete nos treinos e, no máximo, duas vezes por semana em jogos.

O treinador ainda não conseguiu incutir no espírito dos seus pupilos a necessidade de lutar do primeiro ao último minuto, qualquer que seja o adversário, e a maior parte limita-se em campo a pastar a vaca...

O resultado conseguido frente ao Horsens na Dinamarca pode chegar para o apuramento, mas a exibição não dá qualquer garantias que o Sporting não desça de nível em termos de resultados e exibições comparativamente com a época passada.

Há exemplos, tanto em Portugal como no estrangeiro, a comprovar que os velhos pergaminhos de nada servem para assegurar um presente digno e um futuro promissor.

Quanto ao Marítimo, também a disputar o play-off da Liga Europa, cumpriu os serviços mínimos perante uma equipa da Geórgia (Dila Gari) quase desconhecida na Europa. O treinador Pedro Martins terá como principal tarefa evitar o facilitismo dos jogadores, já que futebolisticamente a equipa madeirense parece em vantagem.

Só isso, no entanto, não chega.



publicado por António Castro às 23:45
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Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012
Italianos fiéis ao seu estilo

O futebol português continua sob o signo dos empates. O Sporting de Braga, agora na pré-eliminatória que permite o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, não conseguiu melhor na recepção à Udinese. Os italianos, baseados numa defesa sólida e na experiência e categoria de Di Natale, chegaram ao golo aos 23 minutos, e só 55 mais tarde o defesa Ismaily conseguiu a igualdade.

Resultado ingrato para quem jogou no seu terreno, pois corresponderá à eliminação se não houver golos na Itália.

José Peseiro nem quer pensar nisso, pois considera que a sua equipa tem argumentos para superar o adversário, atendendo às palavras proferidas no final do encontro na Pedreira: «Não era este o resultado que esperava e acho que fizemos tudo para não o merecer. Infelizmente, eles marcaram no primeiro remate que fizeram. Por aquilo que fizemos demonstrámos que podemos ir a Itália e passar esta eliminatória».

Na verdade, a exibição dos minhotos situou-se ao nível da conseguida dias antes na Luz, mas importa não esquecer que o empate ficou a dever-se em boa parte à exibição do guarda-redes Beto. Com menos remates e circulação de bola de inferior espectáculo, os italianos conseguiram ser mais perigosos que os bracarenses, na verdade com superior número de remates mas demasiado longe da baliza adversária.

Ser realista não impede, no entanto, ter esperança e lutar até ao final da eliminatória. Os jogadores do Braga já ultrapassaram situações bem mais difíceis.



publicado por António Castro às 23:35
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Terça-feira, 21 de Agosto de 2012
Seis empates na estreia

Beira-Mar e Académica de Coimbra pode considerar-se um dos encontros mais emotivos da abertura da Liga, não propriamente pelo nível do futebol praticado, mas pelo facto dos visitados terem chegado à vantagem de três golos no início da segunda parte e consentirem um empate em Aveiro.

Depois da derrota com o FC Porto, em que perderam a Supertaça, os estudantes pareciam condenados a novo e volumoso desaire.

Puro engano. A jogar  mais de 80 minutos com dez unidades, por expulsão de João Real ao cometer uma falta que proporcionou o primeiro golo dos aveirenses, o técnico Pedro Emanuel viu avolumar-se negativamente o marcador.

Inesperadamente, em 21 minutos, aconteceu a reviravolta, com golos de Cissé e Edinho (2).

Desolação de Ulisses Morais e do avançado Camará, também marcador de dois tentos que acabaram por valer apenas um ponto.

Assim terminou uma jornada com seis empates, pois apenas Olhanense e Marítimo conseguiram somar os três pontos com vitórias tangenciais. Pouco vulgar, tanto mais que os clubes mais credenciados - FC Porto, Benfica, Sporting de Braga e Sporting - figuram entre os "empatas".



publicado por António Castro às 22:19
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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012
Vimaranenses e leões ainda sem equipa

Mais um espectáculo pobre em Guimarães, novo empate na jornada e o Sporting a demonstrar no início da temporada as deficiências da época passada. Alvalade tem como garantia o sofrimento, e o Vitória de Guimarães, a passar por uma fase crítica, precisa de um Rui Vítória com disposição de formar com jovens uma equipa minimamente adulta. Trabalho exigente para um técnico que já demonstrou capacidade para superar dificuldades. Mas também precisa de alguma sorte.

O discurso e entusiasmo de Sá Pinto não se alteram com exibições menos conseguidas e resultados comprometedores, mas um dia isso não chegará para manter acesa a esperança dos adeptos de Alvalade, além do indispensável apoio.

Os dirigentes e outros responsáveis dos leões e dos vimaranenses necessitam de muito engenho para atingirem os respectivos objectivos, que ninguém ignora serem diferentes.

O alarme pode disparar de um momento para o outro no D. Afonso Henriques e em Alvalade.  



publicado por António Castro às 20:26
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Domingo, 19 de Agosto de 2012
Paulo Alves alerta Vítor Pereira

O Gil Vicente tem certa propensão para complicar a vida ao FC Porto. Na sequência da única derrota sofrida pelos campeões em título na Liga do ano passado, não permitiram que Vítor Pereira ganhasse avanço sobre dois rivais. Repetiu o empate da véspera do Braga na Luz.

Aliás, rezam as crónicas que a equipa do Dragão demonstrou pouco talento para alcançar um resultado positivo, enquanto os comandados de Paulo Alves tiveram a grande arma na organização defensiva.

O treinador portista considerou a arbitragem como responsável pelo resultado - «duas grandes penalidades não assinaladas contra os barcelenses» -, mas acabou por reconhecer carências na actuação dos jogadores e na manobra ofensiva. Acabou por ter a noção de que domínio e mais remates não chega para vencer.

«Defrontámos um adversário que se fechou muito. Recordo-me apenas de um remate à baliza de Helton. Jogou com os seus argumentos, foi uma equipa fechada, numa relva lenta, que não permite circulação rápida», referiu Vítorr Pereira, mas reconheceu: «Na primeira parte não acelerámos, procurámos espaços, mas só uma ou outra vez o conseguimos, e em ritmo lento. Aliado a isto, acho que o jogo esteve demasiado tempo parado. Tínhamos que esperar não sei quanto tempo para o reatar, com muita quebra de ritmo de jogo. Nunca tivemos sequência para impor velocidade maior. Na segunda parte procurámos forçar o bloco gilista, que não saía lá de trás, com mais envolvimentos e cruzamentos. Mas houve ainda mais quebras e mais tempos mortos. Bem espremido, dá muito pouco tempo de jogo corrido e muito parado.»

"Bem espremido", o FC Porto jogou abaixo das expectativas.

Paulo Alves foi mais pragmático: »Não foi o nosso primeiro objectivo não deixar jogar. Levam sempre estes resultados mais para demérito do clube grande do que para o mérito do mais pequeno. Não podemos ombrear de igual para igual com FC Porto, Benfica ou Sporting. Tivemos algumas dificuldades para preparar a equipa.» Concluiu: «Isso do "pontapé para a frente e fé em deus" já acabou. Mal seria se os orçamentos ou as cores das camisolas decidissem jogos.

Para bom entendedor, estas palavras bastam!



publicado por António Castro às 23:35
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Sábado, 18 de Agosto de 2012
Peseiro com regresso animador na Luz

A apresentação do Benfica e do Sporting de Braga na I Liga ofereceu tudo aquilo que se esperava. Golos, alterações no marcador e dúvidas quanto à distribuição de pontos quase até final.

Os adeptos encarnados começaram a vibrar e acabaram a sofrer. Os minhotos regressaram a casa satisfeitos com o empate na estreia de José Peseiro, seis anos depois de trabalhar no estrangeiro, na sequência da passagem por Alvalade.

Jorge Jesus viveu o jogo com a habitual agitação, mas apareceu calmo no final. Considerou normal o resultado, atendendo ao valor do adversário;defendeu Melgarejo, apesar da exibição de sinal negativo; não teceu críticas ao trabalho da arbitragem.

José Peseiro elogiou os jogadores e o nível da equipa herdada - teve a gentileza de enaltecer o «trabalho desenvolvido pelos seus antecessores e a clarividência do presidente». Ao salientar a postura de ataque apresentada na Luz, e dadas as circunstâncias - sofrer uma grande penalidade e ter um jogador a menos durante os últimos minutos - aceitou como lógico o resultado.

Estas palavras contrastam com o clima de crispação que alguns dirigentes teimam em utilizar, mas pecam por alguma benevolência. Mais em relação à exibição do Benfica, de quem se esperava menos hesitações de alguns elementos e mais eficácia na manobra colectiva.

Ceder dois pontos nesta altura nada significa, mas o saldo do confronto foi, reconheça-se, de sinal positivo para os bracarenses.



publicado por António Castro às 23:48
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