Sporting em Famalicão e FC Porto em Pêro Pinheiro asseguraram aquilo que o Benfica já tinha conseguido na véspera: apuramento para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.
Havia alguma expectativa sobre o comportamento dos leões no Norte, a reviver tempos em que os famalicenses militavam no escalão principal. Agora subiram à II Divisão, escalão a seguir à Liga de Honra.
Domingo Paciência voltou não ficar satisfeito com a equipa, já que o adversário só na segunda parte consentiu dois golos, e foi necessário que o holandês Wolfswinkel demonstrasse mais uma vez o seu instinto goleador - um tento de penalty e outro e cabeça - no espaço de cinco minutos.
O FC Porto levou a festa da Taça ao concelho de Sintra, apersar dos oito golos marcados ao modesto clube da terra do mármore. Mais uma vez ficou patente a solidez dos campeões que, com uma equipa muito diferente do habitual, a partir do guarda-redes, mostrou capacidade realizadora, com destaque para Walter, autor de quatro remates certeiros.
O Sporting de Braga, por fim, impôs a sua força na segunda visita consecutiva ao 1.º de Dezembro, em jogo de Taça, e marcou desta vez mais um golo (3-1).
Em mais dois jogos, apenas uma surpresa. O Gil Vicente caiu na visita a Torres Vedras, enquanto o Marítimo não cedeu em a Aveiro. Amanhã se saberá a maioria dos apurados e, eventualmente, algum resultado menos previsível.
«Sabíamos que o tempo de jogo nos favorecia e, com circulação de bola intensa, na segunda parte os jogadores do Portimonense não iam ter capacidade para acompanhar os do Benfica. Foi isso que aconteceu, não apenas pelas entradas de Saviola e Witsel. Depois do primeiro golo tudo se alterou. O Portimonense não fez um futebol positivo, foi negativo, com muita gente preocupada em defender.»
Jorge Jesus in Maisfutebol
«Apraz-me saber que o início de intervenção do técnico do Benfica foi sobre a nossa equipa. É sinal que estivemos activos. Na primeira parte, a estratégia estava a resultar. O Benfica, salvo um lance do Nélson Oliveira, não teve uma oportunidade clara, e estamos a falar do Benfica, com um orçamento que não se compara. A grande oportunidade de golo é nossa, das poucas vezes que saímos em contra-ataque.»
João Bastos in Maisfutebol
O treinador da Luz esperava que o último classificado da Liga de Honra fizesse um «jogo positivo». João Bastos tomou cautelas porque teria pela frente um candidato ao título da I Liga. Afinal, onde está a surpresa? Apenas que o Benfica teve de recorrer a jogadores mais rodados para assegurar o apuramento na segunda parte, pelo que as críticas ao adversário e os elogios ao rendimento da sua equipa não parecem justificados.
Foi a selecção da Bósnia-Herzegovina que permitiu a Carlos Queirós a qualificação para o Mundial da África do Sul. Queriam a Bósnia, aí a têm!
Mas não embandeirem em arco, aliciados pela mente "perversa" do antigo seleccionador, que antes do sorteio do play-off garantia que defrontar este adversário era a garantia de apuramento para a fase final.
Afastado do Mundial 2010, o futebol bósnio seguiu novos caminhos. Trocou de treinador, mudou o sistema táctico, trabalhou os melhores jovens e já possui jogadores a brilhar no estrangeiro, caso do goleador Edin Dzeko, vedeta do Manchester City, e do médio Miralem Pjanic, a actuar na Roma.
Apesar deste panorama e de quase ter afastado a França da qualificação, a única excepção à euforia que graça entre os vários elementos da selecção portuguesa é Paulo Bento, que se limita a dizer: «Estou confiante que estaremos no Polónia-Ucrânia». Os outros já lá estão, tal como antes do jogo na Dinamarca...
Atentem nas palavras, cautelosas e ao mesmo tempo confiantes de Dzeko: «Qualquer equipa que tenha [Cristiano] Ronaldo nas suas fileiras é favorita, mas mostrámos neste apuramento que podemos ser uma dor de cabeça para as melhores equipas. Não tivemos sorte com os franceses, talvez os portugueses sejam o nosso bilhete para o Euro 2012.»
Nada é impossível.
Carlos Queirós parece ter intenções de continuar a falar da selecção nacional, pelo menos sempre que se regista um resultado negativo. Depois da desoladora exibição e "normal" derrota na Dinamarca, veio de novo a terreiro, não propriamente contra o seleccionador, mas repetindo acusações já conhecidas. «Se Laurentino Dias e Amândio de Carvalho não tivessem criado toda aquela turbulência à volta da selecção com falsas acusações e com questões que só serviram interesses privados e partidários, a nossa qualificação teria sido absolutamente normal», afirmou o actual seleccionador do Irão à Antena 1.
Recorde-se que Carlos Queirós quando saiu a segunda vez pela porta das traseiras da FPF, Portugal tinha obtido apenas um ponto em seis possíveis nesta fase de qualificação, sendo dois pontos cedidos escandalosamente em Guimarães no empate (4-4) com Chipre.
Se meditarmos nos conselhos que, entretanto, faz a Paulo Bento, conclui-se que o treinador responsável por os Sub-20 terem conquistado dois títulos de campeão do mundo (Riade e Lisboa), ficou traumatizado, para toda a vida, com as passagens pela Federação.
Um comportamento, realmente, «patético».
Há quatro dias, num post subordinado ao título "Selecção subestima islandeses", escrevemos com certa ponta de ironia:
A Dinamarca surge agora como o adversário que nos abrirá as portas da fase final do Europeu, seja com a conquista de três pontos ou de um. Nem importa ter grandes preocupações com as fífias da defesa escolhida por Paulo Bento, fruto dos imponderáveis da competição.
Quem ousa duvidar do apuramento directo? Ninguém. Em alternativa, Portugal pode ser o segundo melhor classificado de todos os grupos - apesar de fazer essas contas ser necessária sofisticada máquina de calcular - ou, por fim, vencedor dos jogos do play-off.
Não tínhamos como dado adquirido que Portugal assegurasse nesta altura a presença na fase final do Europeu do próximo ano. As razões são várias e em nada beliscam a capacidade de Paulo Bento.
Por muito que isto custe a alguns jogadores, pensamos que os ausentes forçados retiraram qualidade ao conjunto. Não considerámos positivo o rendimento no despique com a Islândia no Dragão, e pior ainda os três golos consentidos. Pensamos que os jogadores encararam os dinamarqueses como uma equipa banal e multiplicaram-se em declarações de excessiva confiança, a roçar a arrogância. E, porque já tivesse acontecido há anos, não sabem que os nórdicos já conquistaram um título europeu em condições inéditas: os jogadores estavam de férias e foram convocados à última hora para substituir a equipa representativa da Jugoslávia. Não entramos aqui em considerações com os valores individuais de gerações distintas, mas uma coisa é comum: o espírito de luta e a crença na vitória.
Contraste com os portugueses ao acreditarem que a vitória ou o empate lhes cairia do céu. Apenas foi só o tardio golo de livre de Cristiano Ronaldo, tão responsável - talvez mais - como os companheiros pela noite desoladora.
E registe-se que os números do marcador nem constituiram o pior da presença em Copenhaga. Mal, muito mal foi a imagem dada por uma selecção de tantas vedetas de pé de barro.
Após inesperada vitória sobre o Sporting de Braga no regresso de Manuel Cajuda à União de Leiria, sucedeu-se, ontem, uma derrota no campo do Santa Clara (3-1), nada conveniente para as aspirações do clube na Taça da Liga.
Após dois anos a treinar nos Emirados Árabes Unidos, o técnico, em entrevista publicada no site do Público, não poupa críticas ao que se passa no panorama futebolístico nacional : «Algumas coisas não me estão a cheirar bem. Continua a perder intensidade quando a deveria ganhar. E, acima de tudo, continuo sem saber quem manda: se os agentes, se os dirigentes, se os treinadores, se os jogadores. Hoje há jogadores que não jogam, fazem queixa ao empresário e o presidente do clube, porque fez um bom negócio, pressiona o treinador. Mais tarde, quem paga é o treinador.»
Não "esquece", entretanto, os companheiros de profissão: «Tenho a noção de que hoje não há treinadores modernos. Há treinadores baratos e caros. A sede de protagonismo, a vontade de aparecer, até faz com que se treine quase de borla, ganhando um prémio no final do ano. Há equipas que contratam treinadores baratos e pensam que, se correr mal, os mandam embora. Mas ficam a pagar a dois e três no mesmo ano. E não estou a falar da União de Leiria.»
Aos 60 anos e responsável por equipas desde 1984, Manuel Cajuda tem muitas histórias para contar e não considera tudo negativo: «Penso que todos evoluíram, embora não seja tudo perfeito. Dá gosto comparar a facilidade de aquisição de conhecimentos. Quando comecei a treinar, tive de ir a Huelva para comprar um livro sobre futebol, porque em Portugal não havia. Hoje não é preciso sair de casa.»
E lá surge uma alfinetada: «Só tenho pena por agora não vivermos na época do conhecimento, mas sim dos conhecimentos.»
Manuel Cajuda dixi!
«Eu jogava futebol, mas também era bate-chapas. Fiz parte da primeira e única selecção sub-11 do país. Houve vários castings, fui eleito no Montijo, depois no meu distrito, cheguei a capitão de equipa e, num torneio em França, fui o melhor jogador e o melhor marcador. Quando aterrei em Portugal, o Sporting estava à minha espera para me levar para lá. Mas esta foi uma oportunidade única naquele tempo. Não fosse isso e hoje era o melhor bate-chapas do Montijo.»
«Temos 90 treinadores, que lhes podem ensinar tudo. Mas eu sou a única pessoa no mundo que lhes pode ensinar uma coisa: os movimentos com as mãos. Vou equipar-me para lhes ensinar a jogar com as mãos, também.»
Paulo Futre, administrador-geral da Scuola Calcio Milan em Portugal
Depois da "contratação" do chinês na apresentação do programa de candidatura de Dias Ferreira à presidência do Sporting, não se poderia esperar melhor do Paulo Futre.
Então, a Islândia era uma "pêra doce". E depois de estar a ganhar por três golos no Dragão, gerir o resultado depois do intervalo era a melhor estratégia da selecção de Paulo Bento.
Puro engano. Não foi necessário passar muito tempo para se perceber duas coisas nunca antes admitidas pelos experts: o futebol da Islândia, embora não figure em lugares de honra, já tem jogadores com apreciável nível técnico e táctico, e naquelas frias paragens há anos deixou de se jogar com bola quadrada...
A outra falha residiu na inconpreensível descontracção dos portugueses. Não se preocuparam em evitar a reacção do adversário e tardaram a compreender que as linhas recuadas se mostravam progressivamente mais vulneráveís às iniciativas inteligentes dor nórdicos.
Sofrer golos em lances de bola parada não ajuda a compreender os equívocos sobre as características dos islandeses.
A contestada titularidade de Eliseu, os dois golos iniciais de Nani e o golpe de misericórdia - quarto golo de Moutinho - foram os trunfos que evitaram o fim antecipado da presença no Polónia-Ucrânia 2012.
A Dinamarca surge agora como o adversário que nos abrirá as portas da fase final do Europeu, seja com a conquista de três pontos ou de um. Nem importa ter grandes preocupações com as fífias da defesa escolhida por Paulo Bento, fruto dos imponderáveis da competição.
Quem ousa duvidar do apuramento directo? Ninguém. Em alternativa, Portugal pode apresentar-se como o segundo melhor classificado de todos os grupos - apesar de para fazer essas contas ser necessária sofisticada máquina de calcular - ou, por fim, vencedor dos jogos do play-off.
Os nomes de Humberto Coelho, Pedro Pauleta e Mónica Jorge surgiram como prováveis escolhas para vice-presidentes do candidato Fernando Gomes às próximas eleições da Federação Portuguesa de Futebol.
Autêntica bomba a escolha de ex-futebolistas e treinadores para ocupar lugares que praticamente desde sempre foram preenchidos por dirigentes associativos ou de clubes, sobretudo com experiência do futebol nos jogos de bastidores e de permanência em gabinetes.
Fernando Gomes, se conseguir o apoio necessário para suceder a Gilberto Madaíl, conseguirá impor finalmente em Portugal uma tendência que há anos se verifica na UEFA e na FIFA.
Autêntica revolução do ainda presidente da Liga que, embora se possa duvidar de imediata eficácia, será de elogiar pela ousadia em acabar com velhos conceitos.
Do passado reza a história e o futuro só pode construir-se com ideias sensatas de gente conhecedora do terreno que pisaram e sensíveis aos desafios dos novos tempos.
A UEFA está atenta à expansão da modalidade e consequentes resultados financeiros e pensa em introduzir alterações nos calendários das selecções.
O secretário-geral do organismo europeu anunciou que, a partir de 2004, os jogos de qualificação para fase finais de Europeus e Mundiais passarão a disputar-se de três em três dias, de quinta a terça-feira.
Os objectivos são maximizar as receitas provenientes das transmissões televisivas - cada vez mais os jogos subordinados aos desejos dos divulgadores do espectáculo - além de que, segundo acentua Gianni Infantino, não pode deixar-se espaço para outras modalidades aos fins-de-semana, sob pena de o futebol sofrer as consequências, a médio e longo prazo. A denominada "Semana do futebol" no continente arrancará com o apoio unânime das 53 federações.
A UEFA não pára, mas terá de pensar que um desafio visto num sofá pode levar gente com menor capacidade económica a trocar as bancadas pelo sofá.
O óptimo, por vezes, é inimigo do bom.
«Neste momento, a equipa que merece toda a atenção e todos os elogios, pelo inesperado da situação, é o Levante, porque é a equipa mais pequena. É digno que se diga que é o líder.» Palavras de José Mourinho depois da última jornada da Liga espanhola, na qual o Barcelona ocupa o primeiro lugar com o mesmo número de pontos da modesta equipa de Valência, mas com superior diferença de golos.
O treinador do Real Madrid não perde qualquer oportunidade para a "guerrilha" com o Barcelona.
Aliás, muito se tem escrito em Espanha sobre o comportamento de José Mourinho nos últimos tempos. Algumas notícias, consideradas simples rumores, sobre o relacionamento do técnico com os jogadores e o ambiente no balneário desde há semanas surge agora confirmado num artigo do El País, no qual se acrescenta que o ambiente ficou desanuviado no último encontro com o Espanhol, no qual actuaram pela terceira vez juntos e como titulares os cinco merengues campeões do mundo na África do Sul.
Esta versão dos bastidores do Real Madrid, a corresponder à realidade, explica aquilo que antes se apontava como reflexo da inveja dos detractores de José Mourinho. O El Especial terá aprendido que o ambiente do futebol de Inglaterra é muito diferente do que viveu em Itália e está a constatar em Espanha.
E adaptar-se às circunstâncias através do diálogo, sem perder o respeito dos jogadores e manter um clima de exigência, é uma da suas qualidades.
O pedido de escusa de Danny em se integrar na campanha da selecção nos decisivos jogos com a Islândia e Dinamarca deverá ter constituído surpresa para muita gente, que ainda há poucos dias o viu actuar frente ao FC Porto, com uma demonstração de boa forma física, classe e alegria de jogar, coroadas com a marcação do último golo.
Quem parece não terem ficado admirados foi o dirigente federativo Amândio de Carvalho e o treinador Paulo Bento, que aceitaram a ausência de imediato, procedimento pouco comum nos últimos tempos.
Estas reacções reflectem haver dois pesos e duas medidas - Hugo Almeida, por exemplo, deslocou-se da Alemanha, embora país menos distante do que a Rússia, para comprovar a impossibilidade de dar o concurso à equipa -, enquanto a Danny bastou invocar «problemas pessoais e impossibilidade de fazer a viagem».
Queremos acreditar que Paulo Bento não será tão ingénuo para abrir precedentes deste género, o que pressupõe saber por antecipação, tal como Amândio Carvalho, as verdadeiras razões da ausência. No entanto, também se poderá pensar que os dirigentes do Zenit encostaram o jogador à parede para aproveitar esta pausa no sentido de preservar a integridade física do jogador.
A confirmar-se, este procedimento seria mais grave e deveria ser comunicado às entidades internacionais que superintendem no futebol.
O tempo acabará por explicar esta inesperada situação.
O FC Porto jogou à Porto em Coimbra e mantém a liderança na Liga, fruto de uma vitória tranquila.
O Benfica actuou a pensar só no Benfica e não descolou dos dragões ao golear o Paços de Ferreira na Luz.
O Braga não conseguiu impor um ritmo alto e ficou a três pontos dos comandantes ao perder com a União de Leiria, na estreia de Manuel Cajuda, no encontro da Marinha Grande.
O Sporting habituou-se a jogar com dez - aconteceu há dias na visita da Lazio para a Liga Europa -, foi ganhar a Guimarães e colou-se aos bracarenses.
O Marítimo esteve duas vezes em desvantagem em Aveiro, perante o Feirense, mas aceita o resultado (empate), apesar de agora ficar com os mesmos pontos de minhotos e lisboetas.
A Académica não teve argumentos para o campeão nacional em título, pois a estratégia delineada pelo técnico não funcionou, e uma carreira que prometia foi, pelo menos, adiada.
Assim é simples. Está explicado tudo o que de mais importante aconteceu numa prova que terá um interregno, devido aos compromissos da selecção e da Taça de Portugal, e será reatada dentro de três semanas.
De permeio, no entanto, surgirão algumas desculpas para justificar certos resultados, e não haverá pausa na crítica ao trabalho dos árbitros.
«Se nos basearmos em factos concretos, não há melhor equipa neste país que o FC Porto neste momento. Ganhámos uma Supertaça, estamos em primeiro no campeonato nacional e estamos a discutir o grupo na Liga dos Campeões... O FC Porto vai jogar com o sentido da vitória. Vai ser uma equipa que vai assentar o seu jogo no colectivo, na qualidade e no carácter, de modo a fazer um jogo que orgulhe os nossos adeptos», disse o treinador Vítor Pereira antes do jogo com a Académica em Coimbra.
«Jorge Jesus deverá pensar só no Benfica e não pensar nos outros. Essa é a linha de orientação que tem sido dada pelos responsáveis do Sport Lisboa e Benfica. Eu próprio também não compreendi porque é que ele falou de quem quer que seja, mas, foi no momento... Vítor Pereira é um treinador jovem e bastante ambicioso, que já deu provas mais do que suficientes que pode orientar qualquer clube em Portugal ou noutro lado qualquer», aviso e opinião de Luís Filipe Vieira na inauguração das novas instalações da Casa do Benfica em Proença-a-Nova.
Não precisamos de mais para esquecermos o brutal aumento do IVA na electricidade e no gás. As declarações do treinador dos Dragões, precisamente neste "momento", só podem provocar sorrisos.
O aviso de Luís Filipe Vieira a Jorge Jesus significa que foi retirada certa autonomia ao treinador, mormente em termos de resposta aos rivais. Terá que jogar a bola baixa... Sobre os elogios a Vítor Pereira, nunca vimos tal subtileza no discurso do presidente da Luz.
Paulo Bento, desde que assumiu o comando da selecção nacional, quase nunca teve problemas nas convocatórias - raras foram as ocasiões em que se viu obrigado a prescindir de jogadores por questões disciplinares ou lesões. Teve o condão - e a sorte - de transmitir coesão nos desígnios de um grupo que andava disperso, sem uma linha de orientação coerente, por vezes sem perceber os verdadeiros objectivos de certas decisões.
Quando já se pensava que Portugal interromperia um ciclo de presenças nas principais provas internacionais, apareceram as vitórias e no horizonte voltou a haver sol. Está agora a dois jogos - recepção à Islândia e visita à Dinamarca - e, pelo menos, a quatro pontos da presença no Europeu Polónia-Ucrânia 2012.
Precisamente nesta altura, o seleccionador, por várias razões, apresentou um lote de convocados com sete alterações em relação ao encontro com Chipre. Ausentes Fábio Coentrão, Pepe e Hugo Almeida (lesões), Ricardo Carvalho (castigo da FPF), Quim, André Santos e Silvestre Varela (opções técnicas). As alternativas são Sereno (cedido pelo FC Porto ao Colónia), Ricardo Costa, Nuno Gomes, Carlos Martins, Eliseu, Ruben Amorim e Ricardo Quaresma.
Os treinadores têm tendência a subestimar eventuais preocupações em casos semelhantes, para manifestar às "caras novas" total confiança, expediente que se compreende mas não corresponde totalmente à realidade. Será que Paulo Bento prescindiria daquele lote de todos os lesionados e do castigado?
Não existem motivos, no entanto, para não confiar numa equipa e num treinador neste momento mais limitado nas escolhas. A união tem sido a verdadeira força desta selecção nos últimos meses, e nada indica que não continuará no mesmo plano.
Esperar para ver.
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