Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»
Sexta-feira, 30 de Setembro de 2011
Braga cede pontos de Birmingham...

Leonardo Jardim pensava fazer esta semana o pleno em termos de liderança. Tinha alcançado os dois comandantes da Liga portuguesa e admitia que poderia assegurar o primeiro lugar do seu grupo na Liga Europa depois do confronto com os belgas do Club Brugge.

O treinador do Sporting de Braga não esperava facilidades e alertara para o facto da equipa da Bélgica praticar um futebol ao estilo holandês, por influência do técnico Adrie Koster.

Não pode dizer-se, portanto que o adversário foi subestimado pelos minhotos, só que alguns dos finalistas da edição da prova do ano passado não estiveram em dia inspirado, facto reconhecido por Leonardo Jardim: «Tivemos pouca eficácia».

A equipa não carburou como se esperava e os belgas mostraram que, embora não figurem entre a elite europeia, tem jogadores capazes de estragar os planos dos favoritos.

Não admira, portanto, que Adrie Koster tenha confessado que o Brugge «acreditou e venceu justamente», através de Donk e no primeiro minuto dos descontos concedidos pelo árbitro. Recuperação tardia do tento inicial de Hélder Barbosa (53), anulado mais tarde por Akpala (71).

Nada está perdido para os bracarenses, mas reconheça-se que foi um resultado desanimador depois do convincente êxito em Birmingham (1-3).  

 

 



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Quinta-feira, 29 de Setembro de 2011
Leão prova ter melhores garras

A Lazio foi o primeiro grande teste ultrapassado pelo Sporting na fase de recuperação dos desastres iniciais da época. Neste jogo da Liga Europa, os leões tiveram pela frente uma equipa adulta, jogadores evoluídos técnica e tacticamente - exemplo regular da boa escola italiana, sem esquecer a ainda valiosa presença do alemão Close -, e nada meigos em lances divididos.

Os jogadores de Alvalade, embora tivessem dificuldade em atingir o nível de rendimento verificado nas últimas vitórias, foram capazes de dominar este menos domável adversário e, tendo Patrício mais trabalho do que o habitual, mostrou melhor segurança. Não evitaram, é certo, o tento de Close, a responder a uma "obra de arte" do holandês Wolfswingel a abrir o marcador, mas foram para o intervalo na situação de vantagem, graças a inesperado remate do defesa Insúa em período de descontos.

O argentino, no entanto, antes de entrar no túnel aumentou as preocupações de Domingos Paciência - «com tudo o que tem acontecido, ainda nos faltava jogar com dez» -, pois resolveu festejar o golo ainda não terminara a primeira parte por segundos, atirando a bola para a bancada, atitude punida pelo árbitro com um cartão amarelo (o segundo do jogo) e o consequente vermelho.

Não será difícil perceber que as perspectivas não eram nada agradáveis para os restantes 45 minutos, mas ficou provado que os jogadores leoninos já assimilaram certos conceitos do futebol actual. Empenho permanente, pressão sobre o adversário, posse de bola e mantê-lo em permanente alerta no sector defensivo. E, naturalmente, ter um pouco de sorte. E refira-se que os italianos criaram várias oportunidades junto à baliza leonina, em que o mérito da não concretização nem sempre pertenceu aos portugueses.

O Sporting prometeu dias melhores, mas não pode iludir-se com os justos elogios que ninguém deve contestar ao comportamento do conjunto. Nem sempre os factores favoráveis se conjugam no mesmo sentido.



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Quarta-feira, 28 de Setembro de 2011
Pesadelo do dragão na Rússia

Mais uma surpresa no sinuoso percurso do FC Porto esta temporada. Vítor Pereira não está a fazer esquecer André Villas-Boas. Dir-se-à que perdeu uma das armas mais letais dos últimos anos (Falcão) e a outra (Hulk) não atravessa o melhor  momento de forma. Reconheça-se que em Sampetersburgo teve o azar de perder o concurso de Klébler demasiado cedo e actuou depois do intervalo sem Fucile, por expulsão. Aliás, o próprio treinador reconhece que se tratou de um atitude que «não pode acontecer... não pode acontecer».

Descontados estes contratempos ainda sobram razões para os portistas se preocuparem, pois a coesão da equipa frente ao Zenit manteve-se na linha das modestas exibições dos últimos tempos e que já conduziram a dois empates na Liga portuguesa.

A Liga dos Campeões não é a mesma coisa e, por outro lado, deve reconhecer-se valor ao conjunto russo, que teve no português da Madeira Danny uma das princioais figuras, tanto a dinamizar a manobra do conjunto como a marcar.

Vítor Pereira continua a mostrar-se optimista - que remédio! - mas a análise à primeira derrota em solo russo («Foi só um jogo. Estamos em luta para seguir em frente. Temos de rectificar este resultado") não têm suporte nas últimas exibições.

Nem estarão a agradar a Pinto da Costa, dirigente nada condescendente com sucessivos fracassos. 



publicado por António Castro às 23:16
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Terça-feira, 27 de Setembro de 2011
Jesus aprendeu caminho da vitória

Quebrado o enguiço. Jorge Jesus já ganhou no campo do adversário um jogo da Liga dos Campeões. Bruno César foi o último protagonista do lance, mas tanto a assistência de Gaitán como o trabalho do brasileiro a preparar o remate apresentaram-se como dos raros pormenores de qualidade de um confronto de fraco nível. Acrescente-se a este lance a excelente defesa de Artur, a negar, nos últimos minutos, o golo aos romenos do Otelul Galati e está feito o retrato de um jogo cinzento, apenas positivo para os encarnados pelos três pontos.

Se o empate (3-3) "consentido" pelo Basileia no terreno do Manchester United foi bom ou mau para o Benfica só o futuro dirá.

Alex Fergusson considerou que este resultado «é uma aviso importante», em especial - diga-se - para o próprio técnico, que subestimou os suíços e decidiu-se pela chamada gestão do plantel. A vantagem de dois golos (bis de Welbeck) mostrou-se insuficiente e estava reservado ao português Nani, saído do banco, a fazer o passe para o golo  de Ashley Young e impedir uma posição mais cómoda do Basileia.

Suíços e ingleses, por razões diferentes, já causaram sensação num Grupo em que o Benfica ainda pouco mostrou. A próxima jornada, com a deslocação a terras helvéticas - o Manchester desloca-se à Roménia - tanto pode abrir horizontes como fechar portas a algum dos três candidatos ao apuramento na fase de grupos.

 



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Segunda-feira, 26 de Setembro de 2011
Mourinho sempre na crista da onda

Anda todos os dias nas bocas do mundo. Sujeito a críticas ou a elogios. José Mourinho assume-se como um dos principais protagonistas do futebol mundial. Durante dois anos, Claudio Ranieri, agora treinador do Inter, multiplicou-se em acusações ao português, quando este treinava a equipa de Milão e o italiano orientava a Roma. Há dias, depois de chegar a acordo com o presidente Moratti, reconheceu que o seu anterior rival era, apesar de tudo, o melhor treinador do mundo.

Na recente assembleia de sócios do Real Madrid, o presidente Florentino Pérez disse apenas isto: «Acreditamos nesta equipa e no melhor treinador do mundo: José Mourinho.» E, para acalmar os adeptos mais críticos, acrescentou: «Assumiu o que significa ser treinador do Real Madrid e tem um enorme grau de compromisso e empatia com o clube.»

Se a nível directivo tudo parece calmo no Madrid, o relacionamento com os jogadores pauta-se por uma empatia desmentida nos últimos tempos. Uma crónica no site de uma publicação desportiva espanhola relata o teor de uma reunião dos jogadores no dia seguinte à derrota dos merengues em Santander e revela serem boatos os problemas entre técnico e as vedetas de Santiago Bernabéu.

Mourinho continua a ser o actor mais mediático do futebol espanhol e, a avaliar pelo que foi escrito, aberto ao diálogo com a equipa sem abdicar de ser o comandante.



publicado por António Castro às 23:49
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Domingo, 25 de Setembro de 2011
Braga de Nuno Gomes a par do Benfica

O Sporting de Braga aproveitou os pontos cedidos pelos intervenientes do encontro no Dragão e igualou os principais candidatos ao título. Aliás, o treinador Leonardo Jardim reconheceu que o empate entre o Benfica e o FC Porto transmitiu «uma motivação extra» aos jogadores.

Não foi fácil, no entanto, vencer a equipa-surpresa, pela negativa, deste campeonato. O Nacional, apesar de ter baixado de rendimento em relação ao ano passado, não deu liberdade ao sector atacante dos bracarenses, que desde o início contou com a presença de Nuno Gomes.

Pertenceu ao ex-benfiquista a abertura do marcador quando estava decorrida cerca de meia hora de jogo, mas tornaram-se necessários mais 50 minutos para Vinícius tranquilizar as hostes minhotas, tempo demasiado para a diferença de capacidade e as expectativas dos dois clubes.

Nuno Gomes, que divide a presença em campo com Salino, desta feita foi titular e mostrou-se optimista quanto ao futuro do Braga. Reconhece ser difícil a conquista do título, mas não descarta a possibilidade de assegurar um lugar na Liga dos Campeões, que na próxima temporada contará com três representantes portugueses.

Afirmação que agradará aos responsáveis do clube dirigido por António Salvador, mas se o jogador será participante assíduo na concretização desse objectivo estará dependente das opções de Leonardo Jardim, embora se reconheça que na Luz havia mais escolhas, mas para quem era considerado um símbolo do Benfica passou demasiado tempo nas bancadas e no banco.

 



publicado por António Castro às 22:46
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Sábado, 24 de Setembro de 2011
Tornado passa por Alvalade

Inesperado! Inacreditável! O Sporting entrou no relvado e em 15 minutos destroçou o Vitória de Setúbal.

Autêntico tornado centrado no meio-campo varreu toda a área a área dos sadinos e os estragos saldaram-se por três golos na baliza de um Diego atónito e uma defesa apanhada de surpresa com a velocidade e eficácia dos lisboetas.

Impressionante a disposição com que os leões entraram em campo. Velocidade, certeza de passe, desmarcações no momento exacto, facilidade de remate, tudo de excelente produziu a equipa de Domingos Paciência naquele período, para gáudio dos adeptos que há anos não viam coisa assim em Alvalade.

Acrescente-se que o núcleo deste tornado foi de origem holandesa, já que Schaars abriu o marcador logo aos 2 minutos e Wolfswinkel concluiu a devastação ente o oitavo e o 15.º minutos.

Vitória assegurada, o espectáculo continuou durante quase toda a primeira parte, embora com menos fulgor. A partir de certa altura os setubalenses mostraram as razões da sua agradável carreira na prova e nunca deixaram de pensar nas balizas de Patrício, este a demonstrar em certos lances ainda não ter debelado a instabilidade revelada nos últimos jogos.

Depois do intervalo esperava-se que o show continuasse, mas os sportinguistas mostraram-se demasiado perdulários e o conjunto pareceu entrar em poupança para a jornada europeia.

Domingos Paciência confessou: «Tem-nos acontecido tudo esta temporada.» Esta foi positiva, mas já começa a ter experiência para admitir que ao ciclo positivo pode suceder outro negativo. Não baixar a aguarda é imperioso para que o Sporting não continue não volte à senda das desilusões.

 



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Sexta-feira, 23 de Setembro de 2011
Benfica anestesia Dragão

O FC Porto não mostrou o que realmente era na época passada. O Benfica prometeu estar melhor do que no campeonato de 2010/11.

Isto disse o jogo do Dragão, antecipado com muita cortesia por parte dos treinadores e acabou com Vítor Pereira a reclamar de uma decisão do árbitro. Considera que antes do golo do primeiro empate, Óscar Cardozo já não devia estar em campo, devido a um lance com o "meigo" Fucile.

O treinador dos Dragões mandou este foguete para o ar, mas ninguém, nem sequer ele, apanhará a cana. Reconheceu ter a sua equipa perdido depois do intervalo o controlo do jogo e deixou um recado aos jogadores: estiveram duas vezes em vantagem no marcador e desaproveitaram-na sempre.

Jorge Jesus tem mais razões para estar satisfeito com o resultado. Um empate, nesta altura e obtido em casa do campeão, reconduz a prova ao princípio, a sua equipa soube aguentar, com maior ou menor dificuldade a pressão adversária e, principalmente, nunca foi afectada pelos golos do adversário. Até nas substituições, desta feita, o técnico da Luz não ficou exposto às críticas.

O Sporting de Braga, entretanto, pode transformar o duo da frente em trio ao conseguir a igualdade pontual. Embora seja cedo para extrair ilações, a acontecer uma vitória sobre o Nacional, Leonardo Jardim terá bons motivos de satisfação. 



publicado por António Castro às 23:21
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Quinta-feira, 22 de Setembro de 2011
Pereira e Jesus dão bom exemplo para "derby"

«Não posso estar a pensar nos jogos do Benfica por antecipação. Procurei fazer uma análise profunda do adversário. É uma equipa forte, com jogadores de qualidade, que tem os seus argumentos, tal como nós temos os nossos», declarou o treinador do Dragão Vítor Pereira em vésperas de receber a equipa da Luz, numa explicação às afirmações que proferira há tempos. Sobre a goleada (5-0) infligida aos lisboetas na época passada limitou-se a dizer: «Não se vive do passado. É preciso provar competência e mostrar que estamos preparados. Se quisermos fazer história, temos de a fazer na sexta-feira.»

Jorge de Jesus teve também um discurso calmo: «Estes jogos definem três pontos. Não definem nada em relação ao futuro, apenas quem vai ser líder. São dois rivais muito fortes. Independentemente de o jogo ser no Dragão, e de normalmente haver melhor capacidade emocional de quem joga em casa, não há favorito.»

Raramente um derby entre azuis do Norte e encarnados de Lisboa teve afirmações prévias tão serenas como as acima transcritas. Que este procedimento seja imitado pelos jogadores em campo, extensivo aos adeptos durante e depois do confronto, independentemente do desfecho da partida.

Pelo menos havia um vencedor: o futebol português.



publicado por António Castro às 23:05
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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011
Mourinho sofre e Falcão rejubila

José Mourinho está a ver a vida a andar para trás no Real Madrid. O ex-portista Falcão, pelo contrário, entusiasma os adeptos do Atlético da capital espanhola.

Depois da derrota frente ao Levante, o treinador português deixou mais dois pontos em Santander, onde o modesto Racing o "presenteou" com um empate a zero. Precisamente na jornada em que o provisório líder Valência, no recinto de Mestalla, apenas consentiu que o Barcelona empatasse (2-2).

As hostes merengues estão agitadas, e o próprio treinador considera que «a situação é preocupante», enquanto o "capitão" e guarda-redes Casillas confessa: «Não estamos ao melhor nível de um Real Madrid». Aliás, a visita aos balneários do presidente Florentino Peréz, supostamente para dar ânimo aos jogadores e um abraço a José Mourinho, é elucidativa do ambiente que se vive no clube.

E a situação não ficou mais complicada porque o Barça, ainda a referência da prova, apesar de estar atrás do Valência, Málaga e Bétis, continua apenas com um ponto de vantagem sobre o eterno rival de Madrid.

Radamel Falcão está a viver um momento de sonho. A vitória (4-0) do Atlético de Madrid sobre o Sporting Gijón foi construída com dois golos do colombiano, que contabiliza tantos na Liga como Messi e Soldado, e mais um tento do que Cristiano Ronaldo, desta vez sem a tradicional raça de goleador e ao nível do fraco rendimento do conjunto.

Mourinho tem quase sempre dado a volta por cima, mas surge sempre na vida uma hora menos boa.



publicado por António Castro às 23:42
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Terça-feira, 20 de Setembro de 2011
Facturas ocultas

Portugal é uma país de coisas ocultas, não propriamente de actos sobrenaturais, nem de fraudes, até certa altura desconhecidas praticadas por figuras mediáticas de vários sectores de actividade.

Há anos uma investigação, desencadeada em Aveiro, a supostos crimes fiscais, ficou conhecida pela Face Oculta.

Nos últimos dias surgiram a público notícias de facturas ocultas, cuja responsabilidade pertencerá ao Governo Regional da Madeira, ontem acrescida de mais elementos que acrescentaria ao crónico déficite da Região Autónoma quase três vezes mais do que os sete milhões de euros.

Agora, confirma-se que o Instituto de Desporto de Portugal I.P. pratica idênticos processos desde há anos e existem cerca de seis milhões de euros a juntar à crítica situação financeira.

Estes dois casos permitem pensar que mais casos ocorreram noutras entidades e pode desde já elaborar um megaprocesso conjunto a denominar por "Facturas Ocultas". 

 



publicado por António Castro às 23:06
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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011
Sporting e Braga: do oitenta ao oito

Sporting de Braga perdeu a oportunidade de se incluir no duo de líderes do campeonato. O Sporting ganhou um jogo que ao quarto minuto prometia uma goleada e perto do final esteve em risco de empatar ou até de perder.

Dos quatro treinadores que dirigiram os últimos dois jogos da jornada do campeonato apenas Domingos Paciência estava satisfeito e teve oportunidade de afirmar - é duvidoso que tenha razão, excepto pelas três vitórias consecutivas - que «as coisas estão a correr melhor». O seu companheiro do Rio Ave, pelo contrário, estava pesaroso e revoltado com o destino. Carlos Brito viu a sua equipa recuperar os dois golos iniciais de desvantagem, desaproveitar oportunidades oferecidas pela defesa de Alvalade, e continuar sem obter pontos quando o alto norte-americano  de Alvalade, Onyeou, dirigiu a bola para a baliza na sequência de um canto apontado por Capel.

Rui Vitória (Guimarães) e Leonardo Jardim (Braga) devem ter ficado pouco satisfeitos com os jogadores, que raramente conseguiram ultrapassar um rendimento mediano, falho de talento, numa partida disputada em ritmo demasiado lento.

Enfim, há dias assim.



publicado por António Castro às 23:46
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Domingo, 18 de Setembro de 2011
Dragão dá "bónus"

E chegaram ao primeiro clássico da época em igualdade pontual. O FC Porto, através de uma exibição descolorida, que nem as ausências de Álvaro Pereira e Hulk explicam em pleno  cedeu os dois pontos que tinha na liderança. Os portistas andaram a «pastar a vaca» na primeira parte da partida de Aveiro com o Feirense. Espevitaram depois, mas os nervos apoderaram-se dos dragões, e quanto mais vibrava o coração menos funcionava a cabeça. Percalço inesperado que o treinador não deixou de realçar ao confessar: «Perdemos pontos que não estavam nas previsões.»

De acrescentar uma palavra de elogio à maneira como os homens da Feira se comportaram, tanto na defesa como em explorar com inteligência o contra-ataque. Deixaram uma impressão positiva, ocupam o oitavo lugar do campeonato e deram garantias ao técnico Quim Machado quanto ao futuro.

O Benfica entrou disposto a resolver o problema cedo com a Académica, mas chegou ao intervalo apenas com a vantagem de um golo, e só aos 82 minutos Aimar transmitiu tranquilidade aos adeptos. Apesar de tanto Jorge Jesus como os jogadores pretenderem disfarçar o "estímulo" do empate portista, tornou-se notório que a possibilidade de igualar os líderes reforçou o empenho.

Pedro Manuel prometeu não dar tréguas ao adversário, os estudantes cumpriram com os desejos do técnico e foram vários os momentos em que se estremeceu na Luz. Desta vez, no entanto, o técnico encarnado não facilitou nas gestão do plantel e, a certa altura, Aimar e Gaitán entraram, a pressão sobre a Académica intensificou-se e apareceram mais dois golos.

Não está fácil a vida para aqueles que ainda são grandes nos investimentos, pois os outros competidores, embora com menos recursos, entram em campo sem qualquer tipo de subserviência. Neste aspecto, o futebol português mudou muito nos últimos anos.

 



publicado por António Castro às 23:55
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Sábado, 17 de Setembro de 2011
Pedro Emanuel provoca Jesus

A visita da Académica à Luz é um dos dois encontros que concentram as atenções deste domingo. O ex-adjunto do FC Porto, Pedro Emanuel, um exemplo da escola vencedora e dos mind games perfilhados à perfeição no Dragão, não se atemoriza com a visita dos estudantes à Segunda Circular e afirma sem rodeios: «Qualquer equipa pode  ganhar na Luz.»

Teoricamente, nada a criticar ao jovem técnico em estreia como responsável principal em Coimbra, mas não se afigura que Jorge Jesus e os seus jogadores fiquem impressionados com estas palavras de confiança. Tanto mais que Pedro Emanuel não esquece a diferença de potencial das equipas em confronto: «Desde o início da época que dissemos que, em qualquer campo, e frente a qualquer adversário, iríamos tentar jogar o jogo pelo jogo, mantendo os nossos princípios e dando o melhor, mas é claro que são equipas com objectivos completamente diferentes e capacidades também distintas».

Para chegar a esta conclusão, talvez um discurso para o exterior modesto fosse mais eficaz e, caso as coisas não decorram à medida das ambições, a desilusão seria menor.

Há que respeitar, no entanto, os expedientes psicológicos dos responsáveis junto dos seus atletas.



publicado por António Castro às 22:36
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Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011
Cada cabeça, sua sentença

«Já considero uma tremenda injustiça não ter vencido o jogo. Perdê-lo, então, não sei o que seria. Respeito muito os meus adversários treinadores. Neste caso, é um treinador simpatiquíssimo. De qualquer forma, considerar este resultado justo, não sei. Estou satisfeito com a fé dos meus jogadores, acreditaram sempre. Se tivéssemos um pouco mais de cabeça, podíamos até ter vencido... O árbitro não teve uma noite feliz.»

 

Paulo Alves in Maisfutebol

 

«Olhando para os 90 minutos, na primeira parte houve momentos de maior caudal do Gil Vicente, mas foi o Olhanense a ter mais oportunidades. Na segunda, o Gil Vicente veio transfigurado para melhor. Custou-me um pouco o empate nos últimos minutos, mas reconheço que o resultado é justo. Se tivéssemos feito o segundo golo, podíamos ter matado o jogo, mas deixámos o jogo em aberto e acho que o empate se ajusta, num campo difícil.»

 

Daúto Faquirá in Maisfutebol

 

Gil Vicente e Olhanense começaram bem o campeonato, oscilaram na última jornada, e agora empataram. A opinião dos treinadores, no entanto, divergiu. O da equipa gilista considera o resultado uma injustiça, enquanto o algarvio ficou conformado com a divisão de pontos.    



publicado por António Castro às 23:25
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