As opções de André Villas-Boas não deram os resultados esperados na visita do Besiktas na Liga Europa. Ao contrário do Sporting, no entanto, não adiou o apuramento ao beneficiar da vitória do CSKA Sófia sobre o Rapid na deslocação a Viena. Falta decidir qual o lugar que ocupará na classificação, factor importante porque vencer o grupo evita, para já, defrontar uma equipa repescada da Liga dos Campeões.
O treinador do Dragão não escondeu que a produção dos jogadores não esteve ao nível dos últimos tempos, mas não entrou em dramatismo ao utilizar curiosa afirmação certamente dirigida à infantil expulsão de Christian Rodriguez: «O lado caótico acontece a qualquer jogador, não será por isso que o vamos penalizar.»
O problema não residiu unicamente neste incidente do jogo, pois tornou-se evidente que alguns dos elementos menos utilizados não fizeram esquecer os titulares, e quando estes entraram em campo já era tarde para inverter a tendência do jogo, nessa altura com sinal mais dos turcos graças a Guti, Nhiat e Bobô, armas que o treinador alemão Bernd Schuster apontou às balizas de Helton.
O segundo empate dos portistas em jogos oficiais, o primeiro em casa - o outro aconteceu em Guimarães - não coloca em causa tudo de bom que os dragões têm conseguido, embora possa criar mais expectativa para o duelo com o Benfica, a monopolizar agora todas as atenções e motivar diversas especulações.
Jorge Jesus, desta vez, entra em desvantagem em casa do seu «amigo» Pinto da Costa. Se a lógica prevalecer, André Villas-Boas abrirá a porta para se tornar em novo ídolo das gentes afectas ao clube nortenho.
No futebol não existe lógica e, portanto, será melhor esperar por domingo.
O Sporting perdeu pela primeira vez na Liga Europa, na Bélgica, depois de ganhar à União de Leiria para o campeonato. A equipa de Alvalade denota inexplicável alteração de rendimento em jogos consecutivos - raras são as excepções -, tal como o treinador gosta de fazer constantes mudanças de jogadores.
Paulo Sérgio já não perfilha a tese de que numa equipa vencedora não se mexe, seja porque considera esse tempo ultrapassado; por uma questão de dosear o esforço de cada elemento - a chamada «gestão», termo que recuso escrever porque lembro-me logo do Orçamento do Estado -, ou ainda com intenção de testar todo o plantel.
Se este é o caso, deverá escolher oportunidades - além dos treinos, os momentos dos jogos em que os resultados se afigurem definidos - que não comprometam eventuais apuramentos em provas de prestígio e as indispensáveis verbas com que se compram as vedetas.
Nesta altura, os «melões» ficam
c a r o s ...A segunda montra anual do futebol europeu foi assegurada com a segunda vitória do Sporting de Braga perante os sérvios do Partizan, agora em Belgrado.
Se a presença na Liga Europa permitirá a Domingos Paciência compensar algumas desilusões a nível interno, já se afigura mais difícil concretizar a proeza do apuramento na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Além das pesadas derrotas nas duas primeiras jornadas - no campo do Arsenal (6-0) e na visita do Shakhtar ao AXA (0-3) - aliou-se a vitória dos ucranianos na recepção a um Arsenal desfalcado das principais figuras por opção de Arsène Wenger. Experiência que os ingleses não vão repetir, certamente, na deslocação a Braga e poderá prejudicar os portugueses.
Naturalmente não terá existido nas opções do treinador francês a intenção de prejudicar os minhotos, necessitados de uma vitória para sonhar... mais alto. Agora será muito mais difícil ultrapassar um Arsenal com mais vedetas e, no último jogo, em Donetsk, ultrapassar os ucranianos.
A UEFA deveria estar atenta a estes problemas. Se é legítimo os clubes gerirem os avanços pontuais, corre-se o risco da verdade desportiva ser desvirtuada por estes expedientes. E há forma de os evitar.
Carlos Martins e Fábio Coentrão não mereciam que o encontro com o Lyon terminasse com um resultado tangencial. O primeiro fez cinco assistências para quatro golos; o segundo marcou dois, enquanto Kardec (o inaugural) e Javi Garcia (o terceiro) fizeram os restantes.
A goleada consumara-se depois do intervalo, graças ao regresso do Benfica às boas exibições da época passada e ao facto de os franceses estarem desatentos. Antes dos portugueses abrirem o «livro» meteram duas bolas na baliza de Roberto, anulados por foras-de-jogo flagrantes, por isso inacreditáveis em profissionais. Depois foram surpreendidos em contra-ataques fulminantes dos encarnados na sequência da marcação de cantos, pois deixaram o guarda-redes desguarnecido à frente dos postes.
De exibição quase fulgurante, mesmo com a ausência inesperada de Aimar, os jogadores da Luz abrandaram o andamento e Jorge Jesus começou a pensar na próxima visita ao Dragão.
Resultado: Claude Puel também fez substituições, mas com a intenção de transmitir maior agressividade ofensiva e, certamente, evitar o despedimento pelos dirigentes do Olympique.
Antes desta cartada deveria ter encontrado um antídoto para não sair da Luz com uma derrota humilhante. No entanto, virou a goleada numa derrota tangencial e deixou Jorge Jesus irritado com um resultado que teria significado especial para o clube e constituía merecido prémio, em especial para Carlos Martins e Fábio Coentrão.
Do mal o menos: a continuidade na Liga dos Campeões ainda é possível.
«Estou próximo de atingir o máximo das minhas capacidades. Agora, posso dizer que sou um dos melhores jogadores do mundo... Jogo no melhor clube do mundo e tenho o papel de ser decisivo em todos os desafios, ou seja, tenho de marcar golos e fazer assistências... Não tenho medo dos grandes jogos, que são os mais espectaculares e onde apresentamos um futebol de alta qualidade.»
Nani à imprensa inglesa (in A Bola)
Um jogador precisa de estar confiante. Mas não é preciso exagerar nos auto-elogios.
Jaime Valdés apareceu. Tardiamente, atendendo ao que se dizia das qualidades do chileno contratado pelo Sporting. Mas no momento certo e de maneira categórica.
Discute-se se Paulo Sérgio teria optado por colocar Hélder Postiga como municiador do chileno, caso não estivesse impedido de utilizar Liedson, facto que permitiu ao autor dos dois golos da vitória em Leiria de actuar numa posição considerada por certos experts como mais adequada às suas características.
Seja como for - sabe-se não ser o futebol uma ciência exacta - quem já se apresentava como mais um flop nas contratações do Sporting, deu um ar da sua graça. Mais: uma amena brisa deixou os leões moralizados pela subida na tabela classificativa, independentemente do resultado desta noite em Guimarães.
Paulo Sérgio continua a manter-se fiel a um discurso realista, caldeado de confiança e noção das dificuldades. Pedro Caixinha só pode lamentar-se da grave lesão de Marco Soares, pois os seus jogadores não desmereceram no confronto com uma equipa cujo historial ainda leva muita gente a integrá-la no lote dos candidatos ao título. Pelo contrário, deram sinais de maior estabilidade emocional e lucidez durante largos períodos do jogo, e a grande contrariedade foi mesmo a inspiração de Jaime Valdés.
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