Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»
Domingo, 31 de Outubro de 2010
FC Porto escapa ao dilúvio

Coimbra tem mais  encanto quando não chove. E a noite de ontem aconselhava a que o encontro entre a Académica e o FC Porto fosse adiado, embora os regulamentos estabeleçam determinadas condições - ou falta delas - para o árbitro assumir semelhante decisão.

Desde já importa realçar que num relvado novo, mas de tal maneira encharcado que mais parecia uma piscina, correram-se vários riscos e não se acautelaram aspectos relacionados com um espectáculo pago e, por vezes, nada barato.

Não parece admissível que em pleno século XXI não se atenda ao direito do espectador ver um jogo em condições aceitáveis, em termos de comodidade e de cenário propício ao bom desempenho dos intérpretes.

Poucos minutos passados do apito inicial do árbitro, ficou patente ser impossível observar a segunda condição, pois a bola tomava trajectórias inesperadas em função da quantidade de água encoberta pelo relvado. Nestas condições, a sua marcha era autêntica lotaria, já que tanto podia ficar a dois metros do autor do passe como desviar-se para o local mais inesperado.

Pior do que tudo isto foi o risco de lesões que os futebolistas correram, com quedas inesperadas, disputas de bola sem o mínimo controlo da integridade física, chegando-se ao caricato de ver três e quatro jogadores caídos na tentativa de ganhar um lance. Resta acrescentar que o autêntico dilúvio também dificultou o trabalho da arbitragem, com muita dificuldade em distinguir faltas de choques casuais.

Quanto ao desfecho do jogo, que permitiu ao FC Porto manter a vantagem sobre os adversários, baseou-se numa melhor adaptação ao estado do relvado e à inspiração de Varela ao aproveitar uma bola a meia altura para um remate liberto da influência negativa da água. 

 



publicado por António Castro às 01:54
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Sábado, 30 de Outubro de 2010
O despertar do Rio Ave

O Rio Ave já tinha mostrado em Alvalade, apesar da derrota tangencial, fruto de um golo inesperado do defesa leonino Abel, que não merecia ocupar a última posição do campeonato.

A prova aconteceu oito dias depois com os dois golos marcados ao Sporting de Braga e a consequente vitória. Carlos Brito pode lamentar-se de João Tomás ter falhado uma grande penalidade, mas também beneficiou, a partir do lance que a precedeu, da sua equipa ter pela frente apenas dez adversários, devido à expulsão de Moisés.

Se o Rio Ave deu um pequeno passo em frente, moralizador para confrontos futuros, o Sporting de Braga poderá ter dado um grande passo atrás

- tudo depende dos encontros ainda por disputar relativos à nona jornada - para repetir a excelente época passada, além de arriscar a presença numa das duas competições europeias e perder a embalagem dos últimos anos.

A procissão ainda vai no adro mas Domingos Paciência, a lutar com dificuldades em alguns sectores da defesa, necessita de renovar a ambição revelada pelos jogadores na época passada e, porventura, de alguns retoques no plantel na entrada do novo ano.

 



publicado por António Castro às 23:45
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Sexta-feira, 29 de Outubro de 2010
Aimar ilumina encarnados

Pablo Aimar marcou um golo do outro mundo. Kardec, depois do intervalo, converteu uma grande penalidade na sequência de eventual falta cometida sobre Fábio Coentrão. O guarda-redes benfiquista Roberto foi considerado pela maioria dos críticos o homem do jogo.
Conclusões: 1) O Benfica manterá a distância pontual para o líder FC Porto, caso André Villas-Boas não seja surpreendido pelo clube da sua estreia como treinador principal; 2) O treinador da Luz teve oportunidade de fazer gestão do plantel, desta vez sem o propósito de dosear esforços, mas para evitar que alguns jogadores vissem um cartão amarelo que os impediria de actuar no Dragão; 3) O Paços de Ferreira conseguiu neutralizar, durante tempo apreciável, a reconhecida superioridade benfiquista, pois a produção dos campeões em título continua distante da época passada, em espectáculo e em golos; 4) Os nortenhos mostraram qualidades, tanto técnica como tacticamente, para assegurar uma posição tranquila na tabela.

Os dois treinadores não estiveram de acordo em certos aspectos. Jorge Jesus enalteceu o rendimento da equipa; Rui Vitória defendeu que o resultado não está de acorco com o que se passou em campo.

Cada um puxa a brasa à sua sardinha...  



publicado por António Castro às 23:52
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Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
Maus exemplos de governantes

Os portugueses parecem sentir prazer em criar problemas. Exemplo flagrante é caso da tutela do desporto ter preparado um despacho com novas normas sobre o IRS e o regime contributivo da Segurança Social a aplicar aos árbitros, com o propósito de tentar harmonizar o sistema com outras actividades.

Infelizmente, os moldes de actuação da maioria dos governantes depois da Revolução - defensores intransigentes da democracia e do diálogo -pouco difere dos tempos da ditadura. Elaboram os projectos sem se documentaram devidamente sobre os assuntos, desprezam a opinião daqueles que convivem diariamente com os problemas e, de repente, apresentam a proposta de novo decreto, como se fossem os únicos detentores do saber na respectiva matéria.

Se, entretanto, surgem reclamações e posições mais radicais, como a recente ameaça de greve da arbitragem, tentam emendar a mão, argumentam que apenas se tratava de um estudo, o seu teor foi mal compreendido pelas «vítimas» e, perante a multiplicação de vozes discordantes, até de pessoas de outras áreas da mesma actividade, abrem-se ao diálogo e prometem rever as apressadas e pouco estudadas - por vezes levianas

- decisões.

Tantos são os casos que, mais tarde ou mais cedo, não será dado o benefício da dúvida a essas cabeças pensantes e terão de sofrer as consequências da sua falta de conhecimento dos dossiers e da inexplicável arrogância.

Cada um escolha qual será a melhor atitude para penalizar estes arautos da liberdade até ao momento em que exercem o poder.



publicado por António Castro às 23:48
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Quarta-feira, 27 de Outubro de 2010
Mourinho «conquista» Zidane

Confirma-se o anunciado desejo de José Mourinho ter Zinedine Zidane como elemento da estrutura directiva do Real Madrid mais perto da equipa de futebol.

O presidente Florentino Peréz, o até agora seu consultor e o técnico estiveram reunidos e a imprensa espanhola adianta que o ex-futebolista francês já estará ao lado do português na próxima deslocação a Itália para a Liga dos Campeões.

Ainda não saltou dos bastidores a razão por que Jorge Valdano ficará mais afastado de José Mourinho. Há anos houve um desentendimento entre os dois, e o argentino apressou-se recentemente a considerar o caso sanado, mas esta alteração nas funções de Zidane - tem-se multiplicado nos últimos meses em elogios ao técnico português - não era previsível a curto prazo.

Resta saber se resultou de uma condição imposta por Mourinho ou a constatação do presidente que as personalidades deste e de Valdano se chocavam e podiam prejudicar o clube.

Os conhecedores dos meandros de Santiago Bernabéu, mais recentemente o ex-treinador Manuel Pellegrini, não escondem que o El Especial não terá vida fácil em Madrid.

A recente alteração das funções de Zidane, com o consequente  afastamento do braço direito do presidente de contacto mais institucional com José Mourinho poderá constituir o primeiro sinal de nova frente de batalha, embora de diferentes contornos da verificada durante a sua permanência em Itália.

 



publicado por António Castro às 23:48
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Terça-feira, 26 de Outubro de 2010
TV entre a solução e o problema

A questão das transmissões televisivas continua a fazer parte da actualidade, agora com a resposta do treinador de Alvalade às declarações do seu colega do Dragão. Paulo Sérgio recusa ter feito acusações dirigidas a qualquer clube, mas mantém que «as televisões é que mandam no futebol», embora reconheça constituirem uma fonte de receita que não se pode negligenciar.

Este problema, no entanto, não se resume apenas aos casos de clubes com compromissos internacionais a meio da semana. Ainda há dias, alguns participantes na Liga de Honra mostraram-se descontentes com as contrapartidas financeiras e as exigências dos operadores sobre os horários de transmissões, tendo o presidente de um dos clubes ironizado: «Qualquer dia temos jogos a partir da sete da manhã.»

Estes protestos não podem ficar sem estudo e possível ajustamento dos responsáveis da Liga. Talvez ajudasse saberem o que se passa noutros países com características semelhantes ao nosso - nível das equipas, assistências aos jogos, audiências das transmissões, enfim todos os aspectos relacionados com o problema -, pois também começa a colocar-se a questão da distribuição das verbas pelos diversos clubes, cavando-se cada vez mais o fosso entre os grandes e os pequenos.



publicado por António Castro às 23:53
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Profetas só longe da sua terra

«Tienen [Real Madrid] el mejor entrenador del mundo. La trayectoria de Mourinho es impecable, siempre es difícil decir quién es el mejor, pero su trayectoria es inmaculada.»

 

Pep Guardiola, treinador do Barcelona, in A Marca

 

 

Palavras a merecer reflexão por parte dos que não se cansam de contestar o valor de José Mourinho



publicado por António Castro às 18:48
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Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010
FC Porto está ainda sem rival

Afinal, em que ficamos? Alguns comentadores enaltecem, de maneira arrebatada, a exibição e goleada do FC Porto. Outros, sem tirar mérito ao trabalho desenvolvido pela equipa de André Villas-Boas, salientam os erros cometidos pelo técnico Pedro Caixinha na estratégia delineada para a União de Leiria defrontar o líder no Dragão.

As goleadas do Benfica na época passada eram sempre apresentadas como mérito dos pupilos de Jorge Jesus e nunca demérito dos respectivos adversários. Mudam-se os intérpretes, mudam-se as explicações...

Um observador com o mínimo de bom senso, deverá reconhecer que o FC Porto, pouco tempo depois do início da época, tem demonstrado ser a equipa nacional mais consistente, a praticar melhor futebol, tal como aconteceu na época passada com o Benfica. Esta é a realidade do momento e, se o panorama se mantiver, será difícil impedir os nortenhos de voltarem ao título.

Deturpar as realidades ou recorrer a expedientes de duvidosa racionalidade é conversa para adormecer os adeptos cujas equipas estão a passar por momentos menos positivos.  

 



publicado por António Castro às 23:53
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Domingo, 24 de Outubro de 2010
Aniversário sofrido do presidente

No dia do 50.º aniversário do presidente, os jogadores do Sporting reservaram-lhe como prenda longos minutos de suspense, até que o defesa Abel, pouco dado a grandes raides pelo ataque adversário, rematou em lance com poucas probabilidades de êxito e alcançou o golo da vitória.

José Eduardo Bettencourt já nem esperaria por esta «amabilidade». Primeiro, decorria o minuto 89. Depois, a equipa têm primado pela modéstia

- talvez melhor, desilusão -, e tudo apontava para mais uma vez não ganhar em Alvalade em jogos do campeonato nacional, como acontecia desde 22 de Agosto.

Paulo Sérgio não terá ficado insensível a mais uma exibição medíocre, mas tal como acontece agora com outros treinadores, elogiou o espírito de luta dos seus pupilos, como se tal não seja obrigação comum a qualquer trabalhador.

Espera-se, no entanto, que no segredo do balneário o treinador manifeste perplexidade por em 11 remates, quatro sejam direccionados por cima da barra, três levem a bola ao travessão, um ao lado do poste e apenas três, no qual está incluído o do golo, tenham sido enquadrados com  baliza; alerte para o facto do meio-campo ter primado pela ineficácia no controlo da manobra dos vila-condenses e por demasiados erros nos passes; critique a desaceleração nos lances de ataque quando da aproximação à área contrária, com a consequente perda de espaço de manobra dado o aglomerado de adversários.

O presidente não pode ficar sensibilizado com «prendas» tão pobres e tardias, e o clube precisa de outro tipo de abordagem dos jogos, qualquer que seja o potencial do antagonista.

  



publicado por António Castro às 23:42
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Sábado, 23 de Outubro de 2010
Os «erros» do presidente de Alvalade

«Não houve qualquer pessoa muito importante no Sporting que me tivesse telefonado a pedir para vir. Mas houve colaboradores que manifestaram muito interesse e o meu compromisso inicial com foi eles, não foi com as pessoas mais conhecidas do Sporting. Noventa por cento do tempo que gastei foi com colaboradores, não foi com pessoas ditas importantes. E aí cometi um erro, porque acho que não seduzi minimamente as elites. Estabeleci muita simpatia com franjas populares e é daí que, nos momentos mais difíceis, a grande mensagem de apoio me tem chegado, mas reconheço que tenho de melhorar muito o trabalho na mobilização das elites sportinguistas, porque se não tivermos connosco as elites dificilmente se conseguirá fazer alguma coisa.»

 

José Eduardo Bettencourt, presidente do Sporting em entrevista em A Bola

 

 

Desde sempre foi assim, e nos meus tempos de profissional do jornalismo confirmei a ideia do elitismo prevalecente no dirigismo de Alvalade. Talvez seja impossível a compatibilidade entre as duas sensibilidades, apesar dos tempos serem diferentes. No entanto, vale sempre a pena o esforço.

 

 



publicado por António Castro às 23:51
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Televisão manda nos clubes

Paulo Sérgio manifestou-se agastado com o facto de defrontar o Rio Ave um dia antes do FC Porto receber a União de Leiria, atendendo ao facto de tanto sportinguistas como portistas terem actuado na quinta-feira em jogos da Liga Europa. De salientar terem os lisboetas jogado em Alvalade e aos portuenses exigir-se uma sobrecarga de esforço com a deslocação à Turquia.

Acontece, no entanto, que a situação volta a repetir-se na próxima jornada da prova europeia - 4 de Novembro, a deslocação compete aos sportinguistas, embora em viagem teoricamente menos cansativa à Bélgica.

Que os canais com transmissões do futebol, devido às compensações financeiras indispensáveis ao clubes, mandam nos clubes e definem os dias e os horários dos jogos não é inédito. A surpresa é os dirigentes e os responsáveis técnicos não analisarem em tempo oportuno essas situações, sob pena de hipotecarem os objectivos desportivos, com posteriores reflexos negativos no valor dos respectivos cachets.

Com os clubes quase falidos, é compreensível que se recorra a todas as fontes de receita, mas corre-se o risco de, mais tarde ou mais cedo, nem a televisão nem a bilheteira chegar para aguentar os crescentes encargos.

Nessa altura, será que os dirigentes terão engenho para encontrar novas vias de sobrevivência?

 

 



publicado por António Castro às 23:45
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Sexta-feira, 22 de Outubro de 2010
É fartar, rapaziada!

Depois da tempestade vem a bonança, diz o povo. Ainda mal digerido o colapso do Benfica em Lyon, a jornada de ontem da Liga Europa só ofereceu alegrias - e golos - aos portugueses.

O FC Porto, em deslocação considerada difícil ao Besiktas, saiu do Estádio Inonu com os adeptos turcos rendidos à sua superioridade e a bater palmas a Hulk, autor de dois golos e responsável por muitos outros calafrios da defesa adversária.

André Villas-Boas já tem estruturada uma equipa coesa a defender, operária e criativa no meio-campo e eficaz na frente de ataque - o colombiano Falcão abriu o caminho do golo ao brasileiro. Tão ou mais importante do que isso, resistiu a duas expulsões - Maicon  e Fernando, este quase no termo da partida  -, a outro lance de Falcão que resultou em golo mal anulado, em suma, a uma arbitragem pelo menos pouco inspirada.

Em Portugal e no estrangeiro, o líder destacado do campeonato só dá alegrias a Pinto da Costa e oportunidade para quebrar estratégicos períodos de silêncio.

O Sporting, tal como confessa o «ressucitado» Hélder Postiga, não se compreende. A equipa não sabe ganhar nas provas portuguesas e goleia quando participa nos jogos da Liga Europa. Paulo Sérgio deve andar perplexo com a irregularidade do conjunto e sem explicações para tão insólita situação

Cinco golos marcados aos belgas do Gent e Liedson com o contributo de dois na noite em que bateu recordes, em termos estatísticos, quantos aos jogos disputados com a camisola do Sporting e aos tentos marcados na Taça UEFA/Liga Europa.

Esta vitória e o nível da exibição, embora perante adversário demasiado acessível, contrasta com as infantilidades cometidas quase de forma regular desde o início da temporada.

Alguma coisa está errada se o comportamento na prova europeia não assenta em causas fortuitas.



publicado por António Castro às 08:00
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Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010
Passar a fronteira inibe Benfica

O Benfica apresenta duas faces. Uma positiva - menos do que no ano passado - para consumo interno. Quando Jorge Jesus e os jogadores ultrapassam a fronteira para as competições europeias, a equipa mostra-se inibida, desinspirada, os erros sucedem-se e, com mais frequência do que se esperaria, surgem as derrotas.

O confronto com o Lyon constituiu mais um exemplo, apesar das alegações do contatempo de uma expulsão. A Jorge Jesus parece acontecer como a muitos jogadores menos experientes: ficam afectados pela diferença de ambiente e perdem a capacidade de reacção.

O treinador da Luz saiu de Lisboa cheio de ilusões - «vencer em Lyon será normal», disse - tanto mais que o ex-campeão francês em sete anos consecutivos entrou em declínio e ocupa posição modesta na actual edição da prova.

Agora, Jorge de Jesus já foi buscar a calculadora, não apenas por causa dos pontos - seis cedidos com certa surpresa em duas deslocações, - mas até já fica satisfeito por sofrer apenas dois golos.

Só ele saberá porque não pode sair do país...



publicado por António Castro às 09:55
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Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010
Platini desperta para loucuras

Há muito deveria ter-se em atenção os milhões que envolvem o futebol e, pior do que isso, os desequilíbrios financeiros dos clubes europeus de elite e daqueles que começaram a ser comprados por milionários dos Estados Unidos e da Ásia.

A UEFA acabou por seu obrigada a intervir neste desvario - clubes perto da bancarrota -, e o presidente Michel Plartini, em conjugação com a Associação Europeia de Clubes, cujo presidente é Karl-Heinze Rummenigge - ex-futebolista de eleição a desempenhar idênticas funções no Bayern de Munique - delinearam um plano com o propósito de moralizar a situação, naturalmente com sanções aos clubes incumpridores de diversos preceitos.

Os denominados Regulamentos de Licenciamento de Clubes e Fair-play Financeira estabelece regras progressivas de molde a que, na temporada de 2013/20114, qualquer clube cujas receitas sejam inferiores aos encargos, não participará nas competições europeias, ou se não estiver qualificado desportivamente para as integrar, sofrerá pesadas multas.

Entre as várias medidas a implementar progressivamente, surge a limitação do número de jogadores em cada plantel.

Finalmente, as instâncias internacionais do futebol mostram disposição para acabar com os excessos, indiscutivelmente imorais numa sociedade em grave crise. Mais vale tarde do que nunca.



publicado por António Castro às 23:52
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Terça-feira, 19 de Outubro de 2010
Muito penoso e tão fácil

Tão difícil como se previa, por algumasconhecidas fragilidades das equipas, mais fácil do que se esperava a vitória do Braga sobre o Partizan. Os primeiros três pontos conquistados pelo minhotos na Liga dos Campeões devem ser especialmente festejados pelo tónico «ministrado à equipa, mas Domingos Paciência tem a noção das realidades, embora conjugada dose indispensável de sonho.

Nem portugueses nem sérvios atingiram alto nível de rendimento - desacerto nos passes, deficiente capacidade ofensiva, em suma, inconsequentes na manobra. O livre de Lima foi a «chicotada» que o jogo precisava, mas só teve sequência nos minutos finais com o lance vitorioso de Matheus.

Se o treinador bracarense ainda pode ter motivos de satisfação, Aleksander Stanojevic não escondeu o desalento. E o Arsenal continua na senda das goleadas, agora frente ao Shakhtar (5-1).

A atenção dos portugueses esteve também centrada no Santiago Bernabéu, onde os italianos do Milan prometeram humilhar os merengues, à semelhança da época passada com dois golos de Pato. Só que desta vez estava no banco José Mourinho, bom conhecedor do futebol transalpino; Cristiano Ronaldo de pazes feitas com o golo e atento aos colegas melhor colocados para visar com êxito as balizas do adversário, como aconteceu com o alemão Ozil; e um seguro duo defensivo composto por Pepe e Ricardo Carvalho.

Os adeptos do Madrid começam a acreditar na capacidade de adaptação do treinador e a alegria regressa gradualmente a Chamartin.

 



publicado por António Castro às 23:30
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