O FC Porto comeu um petisco em Sófia e o Sporting fez uma patuscada em Alvalade, curiosamente com equipas búlgaras. Nesta semana europeia jejuaram Sporting de Braga (ucranianos) e Benfica (alemães).
A equipa de André Villas Boas continuou na senda vitoriosa (11.ª vitória em jogos oficiais), graças a um golo de Falcão, mas nem sempre foi convincente. Encontrou um CSKA complicado a defender e com certa consistência na manobra de contra-ataque. No entanto, nunca causou grandes preocupações aos portugueses, mas estes também não alardearam a superioridade esperada. Apenas o suficiente para justificar os três pontos, pois os objectivos do técnico do Dragão estão bem definidos.
A história de Alvalade é outra. Havia descontentamento e dúvidas dos adeptos pelas irregulares prestações dos últimos tempos, bem patentes pela fraca assistência a um confronto da Liga Europa.
A primeira constatação foi que o Levski tinha como preocupação «impermeabilizar» a sua a área e, quando possível, criar lances de surpresa no ataque. Este panorama durou até ao golo de Carriço. Progressivamente, os búlgaros tornaram-se demasiado vulneráveis, como prova a goleada final, vista do banco de suplentes por Liedson e Yanick Djaló.
Quem diria que, além do tento de abertura, Hélder Postiga finalmente mostrava a sua raça e Diogo Salomão se estreava a marcar nos seniores numa prova europeia, «ramalhete» completado por Maniche e Matias Fernandez.
Paulo Sérgio explicou esta situação com o melhor aproveitamento das ocasiões de golo, em contraste com o passado recente, embora se mostrasse cauteloso sobre o compromisso com o Beira-Mar.
Este
resultado não garante uma melhoria sustentada, já que o Levski mostrou-se demasiado débil e o seu treinador pouco atento às virtudes e defeitos dos leões.Uma praticamente arrumou as botas. A outra desarrumou-as, isto é, lançou a confusão no apuramento na Liga dos Campeões.
Apesar das palavras de optimismo - algumas vezes fugindo ao tom - de Jorge Jesus, o Benfica ainda não conseguiu ganhar na Alemanha nas provas europeias, e agora tinha pela frente uma equipa em crise.
O Schalke 04, muito falado na pré-temporada pela contratação do ex-merengue Raúl por assegurar o concurso de Huntelaar, era notícia em especial pelos maus resultados internos e ocupar os últimos lugares da Bundesliga.
Afinal, foi esta equipa que contribuiu para que Portugal desperdiçasse mais três pontos no ranking europeu, no dia seguinte ao colapso do Braga, na visita do Shakhtar Donetsk.
Dois golos na fase final da partida permitiram uma vitória inesperada dos germânicos e causaram enorme desilusão aos portugueses. Jorge Jesus e alguns jogadores contestaram a justiça do resultado por considerarem o rendimento da equipa merecedor de um prémio, pelo menos o empate.
Por isso sucederam-se os lamentos, tal como aconteceu no Minho. E mais uma vez acções do guarda-redes Roberto, desta vez imitadas por outros companheiros, foram argumentos suplementares para justificar o desaire.
Felix Magath, técnico da equipa de Gelsenkirchen, não pensou exactamente assim, e talvez fosse conveniente Jorge Jesus guardar os «foguetes» para momento mais propício.
Se o domínio da primeira parte fosse transformado em golos... Se Salino tem marcado naquele lance... Se o árbitro considerasse a existência de duas grandes penalidades na área dos ucranianos... Se Felipe não tivesse deixado escapar aquela bola...
Se o Shakhtar não marcasse, o resultado seria, naturalmente, um empate...
Antes dos desafios não existem dúvidas de dirigentes, treinadores e jogadores - apadrinhadas por algum jornalismo -sobre a superioridade em relação a qualquer adversário; desprezam-se os seus eventuais argumentos e tem-se como certo que os tais detalhes que podem decidir um resultado estão sempre do lado dos portugueses.
Depois surgem as desculpas. Críticas a certas decisões dos árbitros, falta de sorte - raramente se assume a capacidade do adversário -, e sobressai o sentimento de frustração.
Domingos Paciência tinha estampado no rosto as consequências de nunca ter admitido o cenário verificado no AXA, convencido que Mircea Lucescu não tinha argumentos para contrariar os seus planos e a ambição bracarense, e nada aprendeu com tantos anos de carreira.
Santa ingenuidade!
O Sporting de Braga tem novo teste, agora em estreia no Axa da fase de grupos da Liga dos Campeões. Domingos Paciência e os jogadores necessitam de provar que a goleada do Arsenal (6-0) foi um acidente e não corresponde à verdadeira diferença de potencial dos restantes adversários na competição - o terceiro é o Partizan de Belgrado.
Os adeptos minhotos e os restantes portugueses que acompanham o fenómeno não podem esquecer, no entanto, que o Shakhtar Donetsk já entrou na elite das equipas a partir do momento em que foi comprado por um mecenas ucraniano de nome Rinat Akhmetov, pois conta com uma vitória na Taça UEFA (2008/2009).
Curioso neste embate será o frente-a-frente de treinadores de duas gerações. O português Domingos Paciência, de 41 anos, a prometer uma carreira tão bem sucedida como a de futebolista; o romeno Mircea Lucescu (65 anos), jogador de eleição (vestiu 70 vezes a camisola da Roménia) e um currículo de técnico invejável: vários títulos em diversos países europeus e bagagem intelectual pouco habitual na sua profissão.
Perante uma equipa que se baseia na solidez defensiva e na arte de vários futebolistas contratados no Brasil, os bracarenses são obrigados a superar as recentes exibições. Perder pontos em casa nesta prova é demasiado perigoso.
É altura de acabarem as ilusões. O Sporting não tem qualquer hipótese de lutar pelo título como diz o treinador e, claro, tem eco nos jogadores, pois evitam correr o risco de contrariarem a sua opinião.
O jogo com o Nacional, apesar de muita gente dizer aos microfones, na rádio e televisão, que o Sporting estava a fazer uma das melhores exibições da Liga, demonstrou que se trata de um conjunto banal, ao nível daqueles que andam por perto na classificação, e desses ninguém afirma que são candidatos ao título.
Uma equipa que alterna com tanta frequência o nível de rendimento não pode aspirar a mais do que o meio da tabela e, com um pouco de sorte, um lugar europeu na prova menor da UEFA.
Paulo Sérgio tentou, na sequência dos dez pontos perdidos em dezoito possíveis apenas com uma deslocação complicada à Luz, explicar o inexplicável, adiar aquilo que toda a gente já constatou, e certamente também ele próprio: a matéria-prima escasseia e não encontrou na pré-época e nos confrontos oficiais a maneira de dar a volta ao texto.
Será altura de deixar o presidente e o «competente» director desportivo viverem no reino da fantasia e encarar de frente a realidade.
O FC Porto é quase uma excepção nos principais campeonatos europeus. Apenas tem a companhia de um recém-promovido à Bundesliga: o quase desconhecido Mainz regista tantas vitórias como os jogos disputados (seis), o último dos quais frente ao consagrado Bayern de Munique.
Em Espanha, o Real Madrid de José Mourinho perdeu a liderança ao empatar - segunda vez - com o modesto Levante. O líder Chelsea sofreu a primeira derrota na Liga inglesa na deslocação ao campo do Manchester City. O Inter, agora treinado pelo espanhol Rafa Benitez, foi derrotado na capital italiana pela Roma, que andava nos últimos lugares.
A equipa de André Villas Boas domina os acontecimentos sem grandes dificuldades e dá-se ao luxo de rodar jogadores contratados na presente temporada. O Olhanense foi a última vítima, a décima nas três provas em que os portistas participam: Supertaça, I Liga e Liga Europa.
O campeão cumpriu, sem grande brilho no relvado e com algum sofrimento de Jorge Jesus, a «obrigação» de vencer no terreno do Marítimo. De novo casos polémicos relativos a eventuais penalties, desta feita, parece, um para cada lado. Os encarnados continuam à mesma distância do topo e apenas alguns jogadores - por exemplo Fábio Coentrão - revela o fulgor da época passada, enquanto os outros perderam a inspiração no momento da finalização.
Por estas e ainda por outras surpresas, apesar da jornada estar incompleta, atrás e longe dos portistas surgem Académica de Coimbra, Braga e Vitória de Guimarães; ainda mais atrasados estão Benfica e Olhanense.
Panorama raramente visto por estas bandas, mesmo nesta altura da prova.
Domingos estava quase a perder a paciência com o comportamento dos bracarenses neste início de campeonato, e já ambicionava conquistar o quinto lugar, quando na época passada esteve, até certa altura, em despique pelo título e conseguiu o apuramento para a fase eliminatória da Liga dos Campeões.
O regresso de Mossoró, depois de longa ausência por lesão, contribuiu para o reencontro com as vitórias e concedeu mais confiança a quem trabalha no clube minhoto e alento redobrado aos indefectíveis adeptos.
Que seja o pinto de partida para viver alegrias de tempos recentes, mas convém ter a noção que não será fácil atingir o mesmo patamar, agora com a equipa empenhda em mais frentes, em especial a difícil prova europeia.
Carlos Queirós ganhou mais um round no combate com a FPF: o Tribunal Arbitral do Desporto levantou-lhe a suspensão de seis meses aplicada pelo ADop e o treinador poderá exercer livremente a profissão. Dentro de dois meses se saberá qual a análise que aquela entidade internacional fará do comportamento do técnico no estágio da Covilhã.
Começa a faltar a paciência, entretanto, para aquelas vozes que, mesmo sendo contrárias à contratação de Carlos Queirós, não perdem a oportunidade de zurzir em Gilberto Madaíl e Amândio de Carvalho, responsabilizando-os por todo este processo.
O curioso é que entre os críticos surgem ex-dirigentes que trabalharam com eles, «engoliram» situações idênticas - ou piores - e estiveram calados até rebentar o escândalo na comunicação social após a participação no Mundial da Coreia-Japão.
Nunca os vi, mas dizem que asas só têm os anjos...
«O Conselho de Justiça analisou depois uma eventual convolação do processo, ou seja, o enquadramento noutro ilícito disciplinar. Foi então entendido que o seleccionador (Carlos Queirós) «violou, de forma grosseira e irresponsável, os mais elementares deveres de ordem disciplinar, ética e desportiva, que lhe estavam impostos pelo Regulamento das Selecções Nacionais» (n.º 1 do artigo 103.º do Regulamento Disciplinar), com pena prevista entre um e três meses de suspensão, e multa de 150 a 450 euros (artigo 102.º).»
Transcrição de parte do despacho da última instância disciplinar da FPF, que mais adiante refere: «No entanto, e por se tratar de uma infracção disciplinar leve, o caso prescreve um mês após a ocorrência dos factos.»
Em que ficamos. O ex-seleccionador violou de forma grosseira e irresponsável os mais elementares deveres de ordem disciplinar, ética e desportiva ou tratou-se de uma infracção disciplinar leve?
Não compreendo que as atitudes condenáveis também tenham prazo de validade. O burro sou eu!
Voltou, por enquanto, a serenidade. A apresentação de Paulo Bento como sucessor de Carlos Queirós teve o condão de acalmar, pelo menos nos próximos dias, o ambiente em torno da selecção. Por conveniência ou convicção foram inúmeras as vozes que aprovaram a contratação do ex-treinador do Sporting, já que o séquito do antigo seleccionador se remeteu ao silêncio. Alguns, porventura, à espera das convocatórias para os jogos com a Dinamarca e a Islândia, uma altura sempre boa para fazer ondas...
A apresentação do novo técnico contribuiu para este ambiente, dada a maneira inteligente como dialogou com os jornalistas, sem utilizar lugares comuns e não deixando de vincar a sua personalidade.
A referência a Van Basten, Jurgen Klinsmann e Frank Rijkkaard para responder às críticas sobre a sua falta de experiência destas situações, além de salientar os nomes do espanhol Pep Guardiola e dos portugueses Domingos Paciência e André Villas Boas como prova da propalada incompatibilidade entre juventude e competência, revelam estar atento às possíveis referências ao rápido percurso dos juniores do Sporting à equipa nacional.
Os casos de Varela (FC Porto) e Carlos Martins (Benfica), com passagens discretas e polémicas por Alvalade, e neste momento indiscutíveis nos respectivos clubes também tiveram uma abordagem sensata.
Acreditar ainda na qualificação para a fase final do Europeu 2012 era o mínimo que se exigia ao novo responsável, embora com a ressalva de que Portugal já não depende de si próprio para chegar a Londres.
Resta confiar no trabalho de Paulo Bento, no empenho e valor dos jogadores e acreditar que os adeptos aproveitem a saída de Carlos Queirós para se reconciliarem com a selecção.
Vítor Pereira, em atitude inédita, esteve durante uma hora com os jornalistas a fazer o balanço das arbitragens nos encontros das cinco primeiras jornadas da I Liga.
Reconhece-se a utilidade em manter uma atitude dialogante dos dirigentes da arbitragem com os demais agentes do futebol, mas é de estranhar que o presidente do Conselho de Arbitragem da Liga de Clubes se tenha apressado em explicações quando a procissão ainda vai no adro.
Se o pensamento foi acalmar os ânimos ao reconhecer os erros cometidos por Olegário Benquerença no jogo do Benfica em Guimarães - e admitir terem a maioria prejudicado o clube da Luz -, não parece que tenha sido muito feliz por duas razões: 1) Nunca teve semelhante procedimento em ocasiões idênticas; 2) Não contribuiu em nada para evitar futuros caos, pois as análises destes problemas devem ser exercidas directamente junto dos árbitros.
Concluir que o panorama das arbitragens neste reduzido período é comparável ao que se passou na época passada sugere também demasiada benevolência, atendendo à dimensão dos lapsos passados apenas num encontro.
Vítor Pereira, sempre cuidadoso em discutir os casos na praça pública, desta vez daria melhor contributo à causa se ficasse calado.
O FC Porto está a passear neste campeonato e tudo decorre com normalidade, sem a «algazarra» que se ouvia há cerca de um ano, no final da quinta jornada.
A personalidade dos treinadores poderá ser responsável por este ambiente. Jorge Jesus, extrovertido, não está quieto um minuto, gesticula, grita, dá constantes indicações para o relvado. André Villas Boas, embora também nem sempre esteja calmo, mostra-se perante o público mais moderado nos gestos e nas palavras. Neste aspecto não «aprendeu» nada com José Mourinho.
Nem tudo se explicará, no entanto, pelo temperamento dos responsáveis técnicos. A hegemonia dos dragões neste início do campeonato, conjugada com inesperados atrasos pontuais do campeão em título e de outros clubes que sonham alto parecem afectar determinados agentes que gravitam em torno do futebol, com quota parte relevante de certa comunicação social.
A visita ao Nacional da Madeira revelou-se, ao contrário do previsto, uma confirmação dos nortenhos - sem grandes alardes, acrescente-se - e desilusão para os seus perseguidores, perante a olímpica calma de André Villas Boas, sempre com um discurso modesto, como aconselha o facto de apenas estarem disputadas cinco partidas da Liga, embora sem abdicar de certa ironia sobre o desejo de alguns adversários.
E quinze pontos já entraram no bornal azul e branco.
O Sporting sugere-me um elevador. Desce e sobe alternadamente e à mesma cadência. Hoje ganha e dá esperanças aos adeptos, dias passados torna-se presa fácil para os adversários e entrega-lhe pontos de bandeja.
Reconheçamos que Paulo Sérgio arranjou duas equipas: uma para uso externo, até agora a «vencedora»: outra para as competições caseiras que, pelos vistos, pouco representam para o técnico escolhido pelo competente director desportivo Costinha. Não venham agora dizer que as nove alterações de Lille para a Luz obedeceram a critérios da famigerada gestão do plantel, pois ninguém acredita.
Nem defrontar o Benfica já motiva os jogadores leoninos escolhidos para jogar em Portugal. Amorfos, sem chama, uns sem classe outros em nítida baixa de forma - alguém tem argumentos para justificar o jejum goleador de Liedson e continuar a apostar nele como titular?
Era previsível que Jorge Jesus encarava este jogo como uma das oportunidades de não hipotecar de imediato a renovação do título, e os jogadores entrariam em campo com un andamento semelhante -nem foi preciso tanto - semelhante ao dos melhores momentos do ano passado.
Será que Paulo Sérgio esperaria outra coisa? É legítimo pensar tudo de quem diz que a sua equipa teve tantas oportunidades de marcar como os encarnados. Alguém viu?
O desejo da Federação Portuguesa de Futebol em ter José Mourinho como responsável pela selecção nos próximos dois jogos esteve rodeado de equívocos.
Gilberto Madaíl, antes de falar com o treinador, deveria ter contactado o Real Madrid e saber da receptividade dos dirigentes à dispensa durante alguns dias de um funcionário a quem paga milhões de euros. Depois de estar em Espanha, e apesar de não ter rerelado um procedimento ético, ficou confrontado com o «desprezo»dos merengues, que nem sequer deram hipóteses do assessor de Florentino Perez receber o dirigente português, mesmo que tivesse de deslocar-se a San Sebastián.
Depois de observar, via televisão, o encontro entre a Real Sociedad e o Real Madrid, pairou a sensação de que José Mourinho terá ainda muito trabalho a desenvolver para transformar a equipa da capital naquilo que responsáveis e dirigentes pretendem: espectáculo e vitórias. O êxito muito sofrido, como se tornou evidente na tensão do técnico em todo o encontro, foi conseguido, mas a imprensa espanhola logo nessa noite lembrou que o seu antecessor, o chileno Manuel Pellegrini, pelo menos conseguiu que os seus jogadores marcassem golos e dessem espectáculo. Faltou-lhe o resto: títulos.
José Mourinho também se equivocou ao sobrepor os apelos sentimentais ao seu habitual calculismo. A tarefa no Real Madrid é exigente e necessita de um líder apenas concentrado em melhorar o enquadramento das vedetas, portanto liberto de outras preocupações.
Gilberto Madaíl e José Mourinho não tiveram a serenidade suficiente para avaliar as consequências de uma inciativa sem vantagens garantidas.
O presidente da FPF anda com azar. Depois de ser forçado a despedir o seu amigo Carlos Queirós, fez um viagem intempestiva a Madrid, sem o mínimo de precauções éticas. Se pretendia aliciar um funcionário do Real Madrid para o desempenho de uma missão, mesmo temporária, devia falar antecipadamente com as estruturas dirigentes do clube, fossem os responsáveis desportivos ou o presidente.
Gilberto Madaíl, a avaliar pelas declarações conhecidas em Espanha ao preferir primeiro saber da disponibilidade de José Mourinho para o desempenho de um missão suicida, e só depois de conhecer a sua opinião contactar com a entidade patronal, condenou de imediato uma ténue hipótese de acordo.
O treinador, fiel a palavras proferidas há anos, não descartou a possibilidade de dirigir a selecção nos dois próximos jogos de qualificação - sem encargos, frizou - mas remeteu o assunto e a decisão para o patrão Florentino Perez.
Embora se anuncie um encontro entre os dois presidentes para a próxima semana, Gilberto Madaíl não deverá ter sucesso nessa diligência e criou mais um problema, pois nem todos os treinadores disponíveis estarão na disposição de iniciar um trabalho com a certeza de que não merecem a confiança do principal dirigente da federação.
Londres está a ficar cada vez mais longe.
Gilberto Madaíl quer José Mourinho na selecção. O Sporting vence em Lille, para a Liga Europa. O FC Porto derrota, no Dragão, o Rapid de Viena, também na primeira jornada da fase de grupos daquela prova.
O treinador do Real Madrid tem o condão de tornar «menores» as notícias mais importantes do dia.
O Sporting conseguiu em França aquilo que ninguém esperava. O atrevimento de Paulo Sérgio em alterar quase por completo a equipa que empatou com o Olhanense - até Rui Patrício foi substituído por Tiago - resultou em pleno e criou dupla expectativa para o embate com o Benfica: quem jogará na Luz e quais os reflexos da vitória.
O FC Porto atingiu em pouco tempo um andamento de cruzeiro e André Villas Boas só colecciona vitórias (8) em jogos oficiais. Por isso resolveu «admoestar» aqueles que tiveram palavras menos simpáticas para algumas exibições da pré-época. O jovem treinador deve ter em atenção duas coisas: Portugal não voltou ao antes de 25 de Abril, pelo que a opinião continua livre; a sobranceria normalmente não é boa conselheira.
Resta falar no caso da selecção e de... José Mourinho. Sinceramente, torna-se difícil avaliar aquilo que é mais surpreendente: a ideia de Gilberto Madaíl ou a receptividade do técnico em orientar a equipa nacional em dois jogos.
O presidente da federação tinha a obrigação de preservar a tranquilidade do treinador português mais credenciado do momento, empenhado em tarefa muito espinhosa: - pôr a equipa do Real Madrid a dar espectáculo e, ao mesmo tempo, conquistar títulos.
José Mourinho corre dois riscos: ser acusado de desviar as atenções de uma missão paga principescamente e, por outro lado, nada acrescentar de positivo à duvidosa qualificação para a fase final do Euro 2012.
Florentino Perez tem a palavra e espera-se que corresponda à sua lucidez como empresário. Um «não».
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