Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»
Sábado, 16 de Janeiro de 2010
FC Porto «amigo» dos «inimigos»

Quem tramou o FC Porto? A arbitragem do jogo com o Paços de Ferreira ao anular, por inexistente fora-de-jogo, a avaliar pelas imagens televisivas, o remate de Falcão que levou a bola ao fundo das redes na fase inicial da partida? A equipa do Dragão que, apesar deste contratempo e do domínio quase total das operações, não teve talento para aproveitar várias situações de golo e consentiu novo empate aos pacenses?

Por muitas razões que Jesualdo Ferreira tenha ao admitir que a anulação daquele lance foi determinante no desenrolar da partida, bem no íntimo deve reconhecer que o seu trabalho ao longo dos últimos meses está longe de dar os frutos colhidos nos anos precedentes em igual período.

A intranquilidade apoderou-se dos jogadores nucleares mantidos no plantel, e os novos continuam a não mostrar as qualidades dos que rumaram para novos horizontes.

O Sporting começou a sofrer, a entrada de Liedson foi excelente calmante para encarar o resto da partida e acabou com alguma tremedeira, que avaliza a determinação e capacidades do Nacional sob o comando interino de Jokanovic.

Carlos Carvalhal pode agradecer ao Levezinho o quinto triunfo consecutivo e pedir-lhe desculpa de só ter visto um dos seus dois golos...

Braga e Benfica têm agora oportunidade - apesar das deslocações à Académica e ao Marítimo, respectivamente - de deixar os dragões mais longe, embora não ferido de morte caso tenham viagens de regresso agradáveis. Ainda faltam muitos quilómetros.



publicado por António Castro às 23:45
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Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010
«Merengue» Raúl num dilema

O nome de Raúl, um ídolo dos adeptos do Real Madrid, volta ao primeiro plano, não pelos golos que fazem vibrar Santiago Bernabéu, mas pela frequente ausência do «capitão» dos relvados, apenas com assídua presença no banco de suplentes do treinador chileno Manuel Pellegrini.

Há dois anos viveu-se no futebol espanhol grande agitação devido ao litígio (sempre desmentido) que opôs o jogador dos merengues ao seleccionador Luis Aragonés. Desde o início da preparação para o Europeu da Suíça/Áustria que o «casmurro» (embora com brilhante palmarés) treinador manteve afastado dos trabalhos o goleador e não cedeu nas suas convicções até à convocatória final. O título europeu conquistado pelos espanhóis fez esquecer o assunto e amenizou o relacionamento entre jogador e técnico.

A continuidade de Raúl no clube de Florentino Perez volta a ser discutida, agora que pupulam as vedetas no plantel, entre as quais Cristiano Ronaldo. A tal ponto que Bernd Schuster, seu treinador na época passada, aconselha o jogador a mudar de ares, caso não pretenda sair pela porta das traseiras de Santiago Bernabéu. E o alemão acrescenta que as suas qualidades e a maneira como geriu a carreira permitem-lhe ainda ser figura em qualquer equipa de topo.

Tanto Raúl como Schuster sabem melhor do que ninguém qual a melhor decisão a tomar numa altura sempre crítica de vida de um futebolista, especialmente quando se atingiu o estrelato. Agora, já muitos escolhem o momento apropriado para a retirada, mas ainda existe quem decida prolongar por demasiado tempo a competição e acaba por abandonar de maneira penosa. Raúl não merece que tal aconteça.

 



publicado por António Castro às 23:52
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Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010
Festa portuguesa em dois continentes

Numa semana em que os portugueses andaram entretidos - força de expressão para a maioria - com a «malfadada» Taça da Liga, desenrolavam-se em Espanha importantes desafios da Taça do Rei.

Com o Real Madrid, arredado escandalosa e prematuramente da prova, o Barcelona constituía o principal pólo de atracção, já que perdera na primeira «mão» em Nou Camp com o Sevilha (2-1). Na visita a Andaluzia, os catalães só conseguiram uma vitória tangencial (0-1, por Xavi), e Pep Guardiola perdeu o seu primeiro título numa carreira curta mas recheada de todos os êxitos, nacionais e internacionais, numa só época (2009/10).

O Atlético de Madrid encontrava-se numa situação ainda mais delicada - perdera em Huelva (3-0) - mas aconteceu uma noite louca em Vicente Calderón. Ao intervalo, os colchoneros tinham anulado a desvantagem - Simão Sabrosa marcou um dos golos - e o festival continuou na segunda parte. Com mais duas assistências para golo, o português colocou a cereja no «bolo da festa» ao marcar o quinto tento de livre (5-1), numa altura em que o Recreativo sonhava com o apuramento ao aproveitar um deslize de Paulo Assunção. 

Dia feliz teve o treinador Manuel José. A selecção de Angola redimiu-se do empate com o Mali depois de estar a ganhar por 4-0, e derrotou a selecção do Malawi (2-0). Um ponto basta aos Palancas Negras, frente à Argélia, para acederem aos quartos-de-final.

Os portugueses continuam a sobressair no futebol de várias latitudes.



publicado por António Castro às 23:54
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Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2010
Taça da Liga a definhar

Se o poder de compra dos portugueses obriga a evitar certas despesas não prioritárias; o receio da pandemia em que se pode transformar «novamente» a Gripe A - para os laboratórios, a avaliar pelas notícias, ela já chegou em termos de euros -; se os clubes aproveitam a Taça da Liga para «dar trabalho» ao excesso de mão-de-obra (atitude de elogiar nos tempos que passam!), não se esperaria mais do que aconteceu numa noite de mais uma jornada para esquecer.

Relvados empapados, na maioria dos casos jogadores de segunda linha e espectadores ausentes das bancadas confirmaram o fracasso da competição nos termos em que está organizada.

Apenas os «pobres» ou os clubes com comportamentos frustrantes ao longo da época, estes na tentativa de salvar as aparências, proporcionam alguma dignidade a um torneio que mais tarde ou mais cedo tem o destino traçado: acabar.

A menos que os responsáveis da Liga se capacitem das realidades do tempo em que vivemos e atendam às necessidades de clubes profissionalizados, com a imposição de regras para melhorar o espectáculo e atrair os adeptos. 



publicado por António Castro às 23:51
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Terça-feira, 12 de Janeiro de 2010
Nuno Gomes é titular de balneário

Nuno Gomes, de 33 anos, com três épocas passadas no Boavista, onde se deu a conhecer ao futebol português, e a perfazer a décima primeira no Benfica, com um intervalo de duas nos italianos da Fiorentina (00/01 e 01/02), tem merecido, nas últimas semanas o interesse de vários clubes estrangeiros, desde a Ásia ao Brasil, passando por emblemas europeus.

Curioso este assédio numa altura em que um dos melhores avançados portugueses dos últimos anos se aproxima do final da carreira e Jorge Jesus tem destinado o banco de suplentes para o acompanhar a maior parte do tempo. Só quando as coisas estão tranquilas ou muito complicadas é que o jogador é utilizado nos minutos finais, e em alguns casos até tem tirado algumas dores de cabeça ao técnico.

Compreende-se que as faculdades de Nuno Gomes não serão as mesmas de há anos, mas tanto dirigentes como o treinador já declararam ser o futebolista «imprescindível no balneário», único local onde é capitão e titular.

Se esse é o seu principal papel na equipa da Luz, e, segundo já foi também noticiado, poderá acompanhar Rui Costa em funções na SAD, seria  justo destinar-lhe logo no princípio da época uma actividade mais digna do que prolongada presença no banco como suplente, com esporádicas «visitas» ao relvado.

Nuno Gomes deve ser considerado, como tantos outros que passaram pela Luz, como uma figura da história do Benfica.



publicado por António Castro às 23:57
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Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010
Vítor Pereira mais receptivo a críticas

A arbitragem em Portugal atravessa novo período de agitação, curiosamente mais por acontecimentos verificados nos túneis de acesso às cabinas do que os relacionados com decisões nos relvados, ou seja, infelizmente prevalecem os actos de indisciplina. Facto que em nada abona a educação de alguns protagonistas do espectáculo.

Vítor Pereira, pela primeira vez nos últimos tempos, reconheceu que nem tudo corre bem no sector e admitiu existirem críticas justificadas de alguns lesados.

Estas palavras, ao contrário do que se possa pensar, apenas dignificam o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga. O facto de o primeiro responsável do sector estar atento aos acontecimentos e não considerar, logo à partida, os reparos de jogadores, treinadores ou dirigentes como expedientes para explicar maus resultados, denuncia uma atitude mais consentânea com as suas funções.

Se importa separar o trigo do joio no que respeita a intenções de certos protestos, Vítor Pereira não pode ter uma atitude corporativa em defesa dos árbitros. Pelo contrário, deverá assumir um comportamento conciliador entre elementos cujas missões são propícias a conflitos de opinião. Se defender os árbitros e reconhecer a razão dos contestatários prestará melhor serviço ao futebol.



publicado por António Castro às 23:55
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Domingo, 10 de Janeiro de 2010
Tudo como dantes...

Sporting de Braga, Benfica, FC Porto. É esta a ordem classificativa no termo da primeira volta da I Liga, panorama inédito e até um pouco surpreendente em relação a anos recentes.

Desde logo sobressai o primeiro lugar ocupado pela equipa orientada por Domingos Paciência, situação parecida com a verificada no Leixões de José Mota, equipa vedeta no ínício da temporada passada.

A diferença entre o Benfica orientado por Quique Flores - aposta de Rui Costa quando se estreou no actual cargo na SAD ao terminar a carreira de futebolista - e a equipa orientada por Jorge de Jesus. Pode dizer-se que Luís Filipe Vieira delineou nova estratégia e reforçou o plantel com melhores valores. Importa reconhecer, no entanto, que o ex-técnico dos bracarenses, além de aproveitar essa valorização, recuperou jogadores que não conseguiram mostrar-se como mais-valias sob a orientação do técnico espanhol.

Terceira surpresa. A intranquilidade do FC Porto (a quatro pontos dos líderes), mais uma vez  demonstrada no confronto com a União de Leiria, apesar da confiança de Jesualdo Ferreira. A venda de unidades fundamentais na conquista do tetra e o facto de ainda não se notar plena integração das aquisições, serão responsáveis pela situação, que poderia ser bem pior caso os leirienses não falhassem um penalty no final do jogo do Dragão.

O nervosismo começa a minar as hostes portistas, e algo estará em vias de mudar nos próximos tempos. Que não se cometam erros antigos.



publicado por António Castro às 23:53
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Sábado, 9 de Janeiro de 2010
Monotonia nos discursos dos treinadores

«É preciso esperar mais cinco ou sete jogos para ver se o Braga se mantém na luta pelo título», disse Domingos Paciência.

«O Benfica foi uma equipa inteligente», considerou Jorge Jesus.

«O Sporting fez a sua melhor exibição», opinião de Carlos Carvalhal.

O treinador do clube minhoto navega entre o sonho já assumido do título e o pesadelo do plantel não ser capaz de manter o ritmo da primeira volta.

O responsável da Luz encontra sempre um elogio para caracterizar o rendimento dos seus jogadores, qualquer que seja o resultado.

O sucessor de Paulo Bento repete a ideia em cada jornada cumprida, e corre-se o risco da equipa de Alvalade atingir em pouco tempo o título da melhor de Portugal, quiçá da Europa.

Que falta de imaginação!

 



publicado por António Castro às 23:55
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Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2010
Conferência de imprensa virtual

A solidariedade que Jesualdo Ferreira entendeu manifestar ao blackout decidido pelos seus jogadores - estes certamente solidários com o patrão que não convém hostilizar - gerou uma conferência de imprensa caricata que demorou cerca de três segundos.

Neste caso entre o FC Porto e A Bola duas soluções se colocam: ou qualquer representante do diário lisboeta deixa de comparecer às conferências de imprensa do clube do Dragão e permite o trabalho aos colegas de profissão, ou os outros jornais apoiam o órgão de comunicação descriminado e deixam Jesualdo Ferreira, os jogadores e os dirigentes a falar com os seus botões.

Se o FC Porto se sente prejudicado com notícias veiculadas pelo jornal em questão, tem legislação para requerer a verdade e eventuais indemnizações por danos. A justiça exerce-se nos tribunais e não através de decisões unilaterais.

Problemas destes tem surgido ao longo dos anos em vários clubes - por curiosa coincidência nas alturas em que as prestações desportivas das respectivas equipas são menos positivas.

Só a subordinação dos patrões da comunicação social e a difícil situação dos jornalistas permite a impunidade destes pretensos arautos da liberdade de expressão. Quando ela é a seu favor, claro.



publicado por António Castro às 23:56
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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010
Pedroto exímio a anular ingleses

O destino deu-me o privilégio de conhecer José Maria Pedroto e, devido a diversos contactos no desempenho da actividade de jornalista, criar recíproca simpatia e respeito. Deixo para outros enaltecer as suas facetas de futebolista e homem, e recordo apenas alguns episódios, um deles vivido em comum.

Lembro-me de ter jogado no Lusitano de Vila Real de Santo António quando cumpria a tropa em Tavira, pois os regulamentos permitiam essa possibilidade. Recordo que a sua transferência do Belenenses para o FC Porto surpreendeu os portugueses pela verba envolvida (400 contos).

Já acompanhei a sua passagem pelo Vitória de Setúbal como treinador, onde demonstrou capacidades fora do comum. Além do mais, revelou-se especialista em contrariar o então poderoso futebol britânico.

A falta de imaginação dos jogadores ingleses foi habilmente explorada por José Pedroto em várias ocasiões, e nunca esqueci o desafio particular de Novembro de 74, disputado em Londres entre as selecções de Inglaterra e Portugal.

Os jornais do dia do jogo antecipavam uma goleada (5-0) e ainda no hotel, em troca de impressões com o técnico, duvidava que a selecção tivesse possibilidades de evitar uma derrota, embora menos volumosa. E ouvimos de Pedroto: «Oh, Castro. Não ligue àquilo que eles dizem. Os ingleses são «burros» a jogar. Vamos fazê-los sofrer.»

No antigo Wembley, a sobranceria britânica manifestou-se também à entrada das equipas: os jogadores da Velha Albion olharam lá do alto para os pequenos portugueses.

Octávio, Alves e Vítor Martins, tendo atrás, como trinco - expediente táctico ainda em embrião - o leixonense Teixeira, integrados num grupo em que o saudoso Damas fez uma exibição portentosa, obrigaram os ingleses a abandonar o relvado com um desprestigiante 0-0.

Além do pedido de desculpas pelo meu pessimismo, recebido por José Pedroto com um sorriso, este jogo foi uma lição e revelou-me um treinador de excepção, que o futuro confirmou na segunda vez ao serviço do FC Porto.

Razão para ser uma figura sempre presente no futebol português.

 



publicado por António Castro às 23:54
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Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010
Arbitragem mantêm número de insígnias FIFA

A arbitragem portuguesa, afinal, está de parabéns. As insígnias FIFA de internacionais contemplaram o mesmo número de árbitros do passado, facto que configura para os responsáveis da Comissão da Liga a qualidade juízes e seus auxiliares, muitas vezes posta em causa por clubes e comunicação social.

Neste sector viviamos o melhor momento, não fora Gilberto Madaíl levantar agora um problema que desde há muito deveria ser equacionado. O presidente da FPF considera que não pode haver conselhos de arbitragem bicéfalos, isto é, duas comissões: uma na Liga e outra na Federação.  

Aproveitou a oportunidade da cerimónia da entrega das insígnias aos nove árbitros para lembrar a necessidade da alteração dos estatutos da FPF e voltou a referir-se à introduções das novas tecnologias, agora secundado por Hermínio Loureiro, presidente da Liga.

Farta a imaginação de quem superintende no nosso desporto, mas com o inconveniente das sugestões - ou eventuais propostas - surgirem avulso, a revelar incoerência na linha de actuação.

É o que temos.   



publicado por António Castro às 23:53
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Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010
Petição com morada errada

Que mais poderia acontecer a Jaime Gama nesta entrada do ano. Naturalmente atento às movimentações dos partidos em vésperas da discussão do Orçamento de Estado, e a precisar de tranquilidade para enfrentar um debate que não promete ser pacífico, teve de «aturar» os homens do futebol com um assunto que, segundo admitimos, não constituirá sequer uma prioridade na lista dos seus tempos livres, quanto mais tema para incluir na agenda do exercício das suas funções.

Elementos afectos ao desporto, constituídos num movimento «pela verdade desportiva», nos quais se incluiu Gilberto Madaíl, presidente da FPF, entregaram à segunda figura do Estado uma petição para a introdução das novas tecnologias no futebol.

Documento que será distribuído em data oportuna aos deputados, para análise e posterior discussão em sede própria. E nunca será na Assembleia da República, nem ao  Governo, apesar deste tutelar a actividade desportiva.

Aliás, elementos da UEFA já se mostraram surpreendidos com esta diligência - os regulamentos da FIFA recusam a intromissão do poder político no futebol - e ficaram surpreendidos com a presença de Gilberto Madaíl em representação da Federação, tanto mais que faz parte do Comité Executivo do organismo europeu.

A insólita iniciativa ultrapassa os limites do razoável. Michel Platini e Joseph Blatter devem pensar que, como diziam Ivone Silva e Camilo de Oliveira num sketch humorístico, «este país é um colosso; está tudo grosso, está tudo grosso».



publicado por António Castro às 23:58
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Segunda-feira, 4 de Janeiro de 2010
Paragem de Natal é apenas uma desculpa

A paragem de dez dias nas provas portuguesas, semelhante ao que aconteceu nos principais campeonatos europeus - excepção na Inglaterra, que destina o dia 26 de Dezembro à festa da família no futebol, e da Itália, cujo campeonato parou mais uma semana - tem originado declarações contraditórias.

Todos são unânimes em considerar que se atenuou o exagero verificado na temporada passada, mas Jorge Jesus, por exemplo, considera que, com tanto tempo sem jogos, «todas as equipas vão perder velocidade» (in A Bola).

O calendário das três competições nacionais, conjugadas com a perspectiva da presença de alguns clubes em provas europeias e da selecção na parte final da qualificação para a África do Sul, e de jogos de preparação, foi objecto de análise na Liga pelos clubes e na altura ninguém apresentou sólidas objecções.

Se os dirigentes não estão sintonizados com as ideias dos treinadores, o problema é outro, e Jorge Jesus deverá pedir responsabilidades aos responsáveis do seu clube, e evitar discordâncias públicas.

A menos que pretenda encontrar atenuantes para exibição menos conseguida frente ao Nacional, e mais uma vez ser o capitão Nuno Gomes, o eterno suplente, com um passe magistral, a colocar Saviola no caminho do golo.

 



publicado por António Castro às 23:35
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Domingo, 3 de Janeiro de 2010
Braga entra ano com passo trocado

O ano abriu com a prova mais confusa do futebol português. A Taça da Liga peca por falta de simplicidade - quase ninguém sabe o que se passou nem o previsto para o futuro - e certas normas de desempate permitem diversas interpretações.

Os dirigentes da Liga copiaram o modelo da Taça UEFA quando já se admitia o fracasso dos regulamentos e profundas alterações, introduzidas esta época na prova agora denominada Liga Europa.

Apesar de tudo, o início da fase de grupos criou alguma expectativa, dado o calendário da primeira jornada poder esclarecer a real capacidade de certas equipas, após duas semanas de folga competitiva.

O líder do campeonato desta vez não conseguiu passar em Alvalade, apesar de tanto o Braga como o Sporting não se mostrarem muito diferentes do ano passado. A melhor arrumação da equipa de Alvalade - ainda sem as novas aquisições - e a inspiração de Miguel Veloso terão conduzido à  vitória. Domingos Paciência defendeu que a sua equipa foi a melhor em campo; Carlos Carvalhal salientou a melhoria de rendimento dos leões.

O Benfica apenas conseguiu um golo frente ao Nacional  e o técnico Jorge Jesus usou o plano B do seu discurso: «Este resultado vale tanto como uma goleada.» Com os bizarros regulamentos desta Taça, talvez não seja bem assim.



publicado por António Castro às 23:55
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Sábado, 2 de Janeiro de 2010
Carvalhal e Paciência acreditam em 2010

Afinal, a tradicional onda de optimismo das passagens de ano ainda exerce influência no ânimo das pessoas. A transição de Dezembro para Janeiro produz certos efeitos psicológicos difíceis de explicar para um leigo na matéria, mas bem patentes em certo tipo de declarações. Mais realismo e acréscimo de ambição são incontestáveis nos discursos de dois treinadores que, curiosamente, se defrontam para a Taça da Liga, em Alvalade.

Carlos Carvalhal veio a público contestar aqueles que pretendem títulos tendo como base equipas assentes nas escolas de formação. Defendeu, portanto, a necessidade de recorrer ao mercado para recrutamento de futebolistas mais experientes. E, com inesperado entusiasmo, considerou que as recentes aquisições do Sporting meteram medo a muita gente.

O ex-futebolista Domingos Paciência, detentor de um palmarés com diversos títulos conquistados no FC Porto, no dia em que festejou 41 anos assumiu a pretensão de ser campeão, agora como treinador do Sporting de Braga.

Será de elogiar esta faceta positiva de encarar a vida revelada pelos dois técnicos.

Apenas ficou uma dúvida. Quem ficou assustado com as novidades dos verdes da Segunda Circular: os adeptos ou os adversários? 

 

 



publicado por António Castro às 23:51
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