O presidente o Benfica, de maneira subtil, dirigiu mais uma vez um voto de confiança a Jorge Jesus, na mensagem de Natal dirigida aos adeptos.
«Quando se ganha não significa que tudo esteja bem. Também quando se perde não significa que tudo esteja mal. Temos de melhorar no que fizemos mal, temos de persistir no que fizemos bem, mas acima de tudo não podemos deitar fora todo o trabalho que até aqui realizámos», escreve Luís Filipe Vieira no site do clube.
Além de não esconder a «desilusão» pela eliminação da Liga dos Campeões, o dirigente benfiquista considerou: «O ano 2013 acaba para todos nós com um sabor amargo que não deve ser esquecido, o final de época representa uma lição de futuro que não podemos voltar a repetir. É tempo de olhar em frente e de renovar forças para os novos desafios.»
Aquelas palavras podem não agradar a alguns contestatários ao fruto do trabalho do treinador, mas constituem uma atitude inteligente numa altura em que o Benfica ainda pode concretizar alguns objectivos da temporada.
Com a confiança reforçada, Jorge Jesus deverá sentir dupla responsabilidade, e poderá ter necessidade de fazer opções que não estariam no seu horizonte quando entrou na Luz.
A convivência entre Pep Guardiola e José Mourinho nem sempre foi pacífica durante os três anos que o português treinou o Real Madrid. Além disso, a comunicação social espanhola sempre apresentou o técnico do Barcelona como o homem bom em todos os aspectos, incluindo na maneira como fazia a gestão do plantel catalão, ao contrário do que se dizia a certa altura com o exigente Mourinho.
Afinal, foi criado um mito com objectivos obscuros, a avaliar pelas afirmações do espanhol à revista do Bayern de Munique transcritas in A Bola, sem deixar de tecer elogios aos jogadores do clube alemão.
«Seremos melhores quando todos os jogadores estiverem disponíveis. Mas só lutaremos por títulos se cada um dos jogadores aceitar as minhas decisões. Se não aceitarem, teremos problemas. Sou muito amigo dos meus jogadores se eles aceitam o que digo. Apoio a quem aceita as minhas decisões, mas quem não me queira entender ficará na bancada muitas vezes.»
Pep Guardiola mostrou agora a verdadeira face, encoberta durante os anos em que esteve no Barça.
Aconteceu na Bulgária. O técnico que tinha levado um clube quase desconhecido a campeão da época passada, foi contratado pelo LevsKi de Sófia. Trinta adeptos, no entanto, invadiram a sala de imprensa no dia da apresentação de Ivaylo Petev, obrigaram-no a despir a camisola do clube e a abandonar as instalações.
Razão para o despedimento compulsivo por parte dos adeptos: o técnico tinha confessado ser adepto do clube rival, o CSKA de Sófia.
O mundo está louco. Se isto se transmite à política...
Pinto da Costa e Vítor Pereira mantiveram um tabu, com a duração de meses, sobre o futuro responsável dos dragões, e algumas semanas para se saber o destino do mal-amado treinador de muitos portistas e, pelos vistos, também de Pinto da Costa.
Agora que o Al Ahli contratou Vítor Pereira, mantém-se a incógnita sobre o substituto, pois o presidente do FC Porto, apesar de todas as notícias apontarem para o nome de Paulo Fonseca - salta do Paços Ferreira para o campeão -, fixou de quarta-feira como o dia DO (divulgação oficial).
A ideia que se retira desta dupla novela é que houve muito jogo de bastidores, à boa maneira de um dos intérpretes.
O primeiro contacto com o novo treinador do Sporting não defraudou as expectativas. Três temas merecem, em nossa opinião, uma nota positiva.
Franky Vercautern garantiu que, apesar de Oceano Cruz ser um poliglota, pretende aprender rapidamente o português, de molde a facilitar o contacto com os jogadores.
Embora não tenha posto de parte a luta pelos lugares cimeiros do campeonato, demonstrou bom senso ao acentuar: «Temos de acreditar enquanto for possível.»
Ao abordar o rendimento da equipa esta temporada apresentou diversas razões possíveis. «O problema é não estarmos a ganhar», mas untrapassou essa frase banal: «Poderá passar por aspectos técnicos, tácticos, físicos, mas sobretudo mentais, e ai a responsabilidade é do treinador. Nasci habituado a pressão e convivo bem com isso.»
Palavras reforçadas pela convicção de ultrapassar o tempo de permanência no clube. «Quero fazer subir o nível de toda a equipa. Vim para estar num projecto que tenha pernas para andar e seja duradouro», garantiu.
Vercautern era obrigado a endereçar a dirigentes e adeptos uma mensagem medianamente optimista. De bom senso não ter ultrapassado os limites do optimismo.
Resta aguardar pelo futuro, mas ninguém tenha a veleidade de ser no imediato.
O Athletic de Bilbau, depois da eliminar o Sporting das meias-finais da Liga Europa, já se encontra em Bucareste para enfrentar no jogo decisivo os compatriotas do Atlético de Madrid.
A referência a esta final da segunda prova da UEFA reporta-se a um questão alheia ao que pode acontecer no National Arena da capital da Roménia, relacionada com a personalidade de Marcelo Bielsa, treinador dos bilbaínos. O argentino, ao tomar conhecimento de que ficaria instalado num quarto presidencial ao preço de mil euros por noite, recusou ocupar as instalações e fez questão de ser alojado nas mesmas condições dos outros elementos do sector técnico.
Bielsa já demonstrara, por atitudes em Alvalade e conversas antes e depois dos dois jogos com os portugueses, ter uma concepção da vida muito própria, sem vaidade e sobranceria. Agora deu mais um exemplo de acompanhar, de acordo com o seu estatuto, os esforços para reduzir as despesas do clube.
O mundo estaria melhor se tivesse seguidores noutros sectores que passam ao lado da crise.
Vítor Pereira não tem "olho" para Pedro Emanuel. O ex-adjunto de André Villas-Boas no Dragão voltou a fazer estragos no seu ex-clube. Depois de eliminar os portistas da Taça de Portugal, a Académica foi ao estádio dos campeões impor um empate comprometedor na luta pelo título.
A primeira consequência foi a aproximação do Sporting de Braga, vencedor do Leiria. Pior será o Benfica passar em Paços de Ferreira.
O treinador portista, no entanto, mostrou-se realista. Desvalorizou eventuais decisões duvidosas da arbitragem e considerou que o FC Porto deu «45 minutos de vantagem ao adversário», «não foi competente» e fez um alerta aos jogadores: «Não podemos entrar em mais jogo nenhum com esta falta de agressividade.»
De notar um esquecimento importante - o grau de oposição da equipa de Coimbra, bem organizada e ousada na estratégia - e a omissão da própria responsabilidade na exibição da equipa, das opções tácticas e do incómodo empate, conseguido em cima do apito final através de uma grande penalidade de Hulk.
Os desaires toldam, por vezes, o raciocínio.
Os portugueses continuam a ter mercado no estrangeiro, quer sejam jogadores ou treinadores. Seja em clubes europeus de grande prestígio ou de países que procuram melhorar os respectivos rankings.
Dirigentes de paragens mais exóticas começam a descobrir a magia do futebol também são aliciados pelo mercados português e já são centenas os compatriotas espalhados pelos mais diversos continentes.
Fernando Couto acaba de aceitar um repto depois da passagem, com gratas recordações, pelo Sporting de Braga como director desportivo, e rumará à Índia como treinador - função que sempre esteve nos seus planos - de um clube de Calcutá.
Consequência do seu prestígio - campeão como futebolista em vários países, internacional e agora embaixador da selecção nacional - foi "requisitado" por responsáveis do futebol indiano, tal como antigas vedetas aceitaram prolongar as respectivas carreiras como jogadores.
O ex-defesa do FC Porto continuará certamente a prestigiar o futebol nacional e, por outro lado, será mais um português a emigrar.
O primeiro-ministro ficará agradecido...
O uruguaio Christian Rodríguez, trazido para Portugal pelo Benfica e, passado algum tempo, «pescado» pelo FC Porto, numa transferência polémica que contribuiu para aumentar a tensão existente entre os dois clubes, parece ter-se transformado num caso e não numa solução para os responsáveis portistas.
Os sempre desmentidos problemas no balneário de Vítor Pereira tiveram agora confirmação nas declarações do jogador a um jornal do seu país: «Discuti com o treinador, mas como qualquer outro companheiro, por algo pontual sobre uma partida, não foi uma discussão grave ou uma luta.»
Apesar de tentar minimizar o incidente, o futebolista acabou por revelar não ter sido o único caso - «como qualquer outro companheiro», acentuou - e apenas não revelou que teve origem num reparo do treinador no encontro com o Braga, por Christian se desinteressar de um lance que originou o tento de Lima.
A sua saída parece eminente na abertura do período de transferências, e o balanço ao seu rendimento não terá agradado aos dirigentes, tal como as fracas valias do negócio.
No «vale tudo» do futebol, como noutras actividades, por vezes acontecem estes percalços.
Passou por muitos problemas em Alvalade. Dispunha de um plantel de mediana qualidade, o presidente da altura seguiu uma política de minimizar os custos e a produção da equipa de futebol oscilou em demasia. A um jogo bom sucediam-se dois ou três maus.
Em qualquer circunstância, Paulo Sérgio manteve a serenidade, defendia os jogadores. Até que um dia resolveu não aguentar a falta de apoio de uma organização sem rumo definido e bateu com a porta.
Esta temporada, inesperadamente, foi contratado pelo Hearst, clube escocês que dificimente rivaliza com o Celtic ou o Rangers, mas calmamente o treinador português foi-se impondo à consideração dos dirigentes e dos adeptos, que até lhe dedicaram uma música.
Costuma dizer-se que um homem não é de ferro, e mais uma vez se confirmou a sabedoria popular. Uma derrota em Outubro, frente ao Kilmarnock transtornou o homem calmo. Um golo que deu origem a um pontapé no banco de suplentes e a cinco jogos de castigo aplicados pela Federação da Escócia.
Mais um epísódio na vida de treinador que servirá de ensinamento.«Temos de ter muito cuidado com o que dizemos. Fui expulso por ter pontapeado o banco de suplentes. Não sabia que era proibido fazê-lo. Fi-lo para exteriorizar o que sentia e acho que era bem claro para todos.»
Nem um banco se pode maltratar naquelas paragens britânicas...
As novas gerações já tem ouvido falar de Jaime Pacheco, nomeadamente por ser o treinador que deu o primeiro e único título nacional ao Boavista, numa época em que a equipa do Bessa lutou em pé de igualdade com os chamados grandes. Uma vitória que teve como fundamentos a personalidade de um futebolista de eleição que chegou a vestir a camisola do FC Porto e do Sporting.
Como jogador aliava a qualidade técnica ao espírito de luta. No desempenhoa das funções de treinador, graças a predicados idênticos, galvanizava os seus comandados a tal ponto de, apesar de ter à disposição alguns bons valores, as suas armas residiam na motivação, uma das razões que justificou o «escândalo» de desalojar, na época de 2000/2001, os tubarões do futebol português.
Jaime Pacheco provou agora que, apesar de mais velho, continua a ser o mesmo na longínqua China, onde se encontra há cerca de um ano. Tempo suficiente para ser considerado como o melhor treinador do ano por um jornal de Pequim, embora o "seu" actual clube (Beijing Guo An) se ter classificado em segundo lugar no campeonato.
Aqueles que não viveram os seus tempos, podem aperceber-se da sua personalidade de lutador no vídeo que acompanha a narração desta aventura em terras dos Oriente.
Desde o dia em que foi apresentado como treinador do FC Porto, o treinador Vítor Pereira tem demonstrado que a humildade não é uma das suas qualidades.
No momento em que procurou dividir os louros da excelente campanha do clube do Dragão na temporada passada com o responsável principal André Villas-Boas, começou a desenhar-se uma personalidade muito especial.
Na antevisão do encontro em Olhão e depois do desaire com o Apoel surgiu demasiado zangado com o "mundo" - não escondeu o descontentamento pelas críticas de alguns jornalistas, curiosamente com eco no seio do Dragão -, alertou os adeptos para os "inimigos" e fez desnecessário alarde de autoridade na condução da equipa portista, alertando para a sua «coragem para tomar decisões».
Vítor Pereira terá aprendido que para retirar o melhor rendimento de um grupo de trabalho se exige muito mais do que rigor e disciplina. Deve impor-se pelas decisões e consensos e não atingirá os seus objectivos caso se considere infalível.
FC Porto fez o pleno à segunda jornada. A equipa, já sem Facão, continua à procura de uma toada mais consistente. Aquilo que produziu - com ou sem erros da arbitragem - foi suficiente para levar de vencida um Gil Vicente que tinha imposto um empate ao Benfica.
Agora, os barcelenses jogaram no Dragão, onde se esperava sentissem mais dificuldades do que no seu estádio, mas os jogadores treinados por Paulo Alves voltaram a deixar boa impressão.
Precisamente o contrário do vencedor. O ténico Vítor Pereira, além de evitar abordar a ausência do colombiano transferido para o Atlético de Madrid, confia que os resultados serão um tónico para os jogadores e, consequentemente, para a subida de rendimento da equipa.
Se chegará para levar de vencida o Barcelona na Supertaça Europeia, só mais tarde se saberá. Muitos outros tentam desesperadamente contraraiar a supremacia do conjunto de Pep Guardiola e só esporadicamente o conseguem, pelo que não se pode exigir o impossível ao estreante treinador dos dragões.
Nessa altura ficará a ter-se uma ideia se apenas poderá apostar na guerra do «umbigo» de Jorge Jesus, ou tem argumentos para as batalhas europeias, entre as quais sobressai a Liga dos Campeões.
«Tinha dois caminhos para a minha carreira. Podia sair e esperar que aparecesse um clube de dimensão superior, que era o que todos me diziam que poderia acontecer, ou então, como fiz, reconhecer quem me apoiou e ajudou a entrar na Liga. Desliguei-me da parte material e fui atrás da parte emocional. Acho que a estabilidade pesou. Se tiver de treinar num patamar mais elevado acontecerá com naturalidade. E se sair do Paços de Ferreira, então que ambas as partes fiquem favorecidas. Não estou preocupado. Felizmente posso gabar-me de ter chegado à Liga sem ajuda de ninguém.»
Rui Vitória entrevistado por A Bola
Face ao que se está a assistir esta temporada, estamos perante uma avis rara, agradecida pela oportunidade concedida pelos dirigentes do clube pacense. Já no século passado não era frequente.
O presidente do Sporting de Braga terá apresentado agora uma proposta de renovação de contrato (melhorado) a Domingos Paciência, e curiosamente - ou talvez não - estabeleceu um prazo para a resposta, entre segunda e quinta-feira, isto é, depois do jogo com o Beira-Mar e antes do confronto europeu da Liga Europa (Dínamo de Kiev).
O «patrão» dos bracarenses está no legítimo direito de dirigir o clube como entende e proceder de acordo com a sua filosofia de trabalho. Esta notícia, a confirmar-se, revela, no entanto, pouco respeito pelos "funcionários" e permite pensar que outras razões, aliás já ventiladas quando o técnico manifestava o desejo de conhecer a posição de António Salvador sobre o futuro, estão subjacentes ao caso.
Para muita gente será difícil ter paciência para o aturar.
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