O Nacional não deixou o Sporting obter a sexta vitória consecutiva, que lhe garantia a liderança isolada na I Liga. Os jogadores de Manuel Machado controlaram os pontos fortes dos leões, e estes não ultrapassaram as virtudes que Leonardo Jardim tinha assinalado aos madeirenses.
Infelizmente, não foram estas questões as analisadas, na maioria dos casos, seguir ao jogo. Bruno Carvalho deu o mote para a discussão até à noite de consoada, talvez por várias semanas.
«Devo dar os parabéns aos presidentes dos clubes que connosco agora estão em primeiro lugar, porque ganharam dois pontos hoje. É isso que faz deles muito bons presidentes e de mim muito mau». Assim inciou a infeliz intervenção o presidente do Sporting, mas não ficou por aqui: «Condicionado estou eu, com dores de garganta. Não faço ideia se o árbitro estava ou não condicionado. Que hoje senti vergonha de pertencer ao mundo do futebol, isso senti.»
Bruno Carvalho, depois do que afirmou, só pode demitir-se do cargo. Também não deve ouvir os jornalistas das rádios e da televisão. Os erros do futebol, incluindo no sector da arbitragem, não podem ser analisados com insinuações a outros dirigentes. Se o presidente de Alvalade está na posse de factos, tem muitas entidades para onde pode recorrer e "lavar-se" da vergonha.
uma parte do discurso de Manuel Machado também causou surpresa - ou sorrisos -, pois viu um falta de um adversário a 70 metros de distância. Ninguém sabia que usava binóculos no banco...
Por fim, a habitual lucidez de Leonardo Jardim: «O Sporting nunca perdeu ou empatou jogos por causa do árbitro. Eles não têm essa capacidade para decidir jogos. O Sporting não fez um dos seus melhores jogos frente a um Nacional competente. Em termos gerais, o Sporting empatou por não ter conseguido concretizar. Não fizemos um jogo ao nosso nível. Temos de dar mérito ao Nacional. Na primeira parte fomos muito pressionados e na segunda colocaram-nos alguns problemas em termos defensivos.»
O técnico de Alvalade limitou-se a acentuar a diferença de critérios do árbitro Manuel Mota:«Depois da entrada que o Jefferson sofreu na primeira parte que nem falta foi, aquele lance [de Slimani] nunca poderá ser falta.»
Saliente-se esta nota de bom senso na mar tempestuoso de Alvalade.
Leonardo Jardim prometeu que o Sporting respeitaria o Alba, a actuar nos campeonatos distritais. Apesar proceder a algumas alterações na plantel não o descaracterizou, e o desfecho foi uma goleada das antigas (8-1), tanto mais que Montero estava lá e acrescentou três golos aos obtidos por Wilson Eduardo, Rojo,Capel, Vítor e Slimani.
Os leões continuam na prova, mas a grande festa em Alvalade pertenceu a Pesquina, pelo tento de honra da equipa de Albergaria.
A I Liga deixou de contar com dois clubes. As vítimas chamam-se Belenenses, que caiu perante a Académica no Restelo, na marcação de grandes penalidades (2-2 e 3-5), e Nacinal da Madeira, ao baquear perante o Santa Maria, do terceiro escalão, por um tento.
Um tomba-gigantes para desconforto do técnico Manuel Machado, que não optou por poupar jogadores.
Aconteceu Taça... no Minho.
Como previramos há dias, a presença das quatro equipas no play-off da Liga Europa foi decepcionante. Pelo caminho ficaram duas com derrotas contundentes para quem pensava que poderia alterar a imagem de inferioridade transmitida dias antes.
Se alguém tinha esperança que o Guimarães poderia superar os dois golos de desvantagem trazidos de Vicente Calderón, cedo teve de render-se à realidade. O Atlético de Madrid marcou logo no primeiro minuto e estava decidida a eliminatória. Manuel Machado e os jogadores vimaranenses ficaram siderados e a equipa nunca mais se encontrou. Pelo contrário, afundou-se de maneira a sofrer quatro golos.
O Nacional confirmou em Inglaterra que o empate a zero na Madeira não oferecia grande margem de manobra. O Birmingham, sem dificuldade, foi aumentando a diferença até aos três tentos.
Leonardo Jardim foi o único técnico que apresentou argumentos para contrariar o favoritismo dos suíços do Young Boys depois do empate a zero em Braga. Conseguiu-o através dos golos marcados fora (2-2), mas os bracarenses continuaram a demonstrar a raça que os conduziu, na época passada, à portuguesa (FC Porto) final da prova em Dublin.
O Sporting continua sem encontraro rumo certo, situação complicada para Domingos Paciência, que já viveu momentos felizes na curta carreira de treinador. Os leões acompanham o Braga na fase de grupos, mas não sentiram menos problemas do que há um ano perante os mesmos modestos adversários dinamarqueses.
Começa a desenhar-se a queda no ranking europeu, pondo em causa o brilhante comportamento de 2010/2011.
O Nacional cumpriu, fazendo mais do que se esperava. O Sporting voltou a desiludir.
Qualquer dos clubes tinha o destino traçado na Liga Europa - o do Funchal eliminado e o de Lisboa apurado -, mas os jogadores madeirenses, agora sob o comando de Predrag Jokanovic, encararam o jogo com o respeito devido ao adversário, aos adeptos e ao clube, e quiseram dar uma prenda a Manuel Machado.
Um goleada que não deixou os austríacos respirar e gozar três dias de férias na Madeira como prometera o treinador em caso de vitória num desafio que também para eles representava apenas uma questão de prestígio e euros.
Quanto ao Sporting, não há volta a dar-lhe... Depois do que escrevemos no blogue anterior poderia ser mal compreendido voltarmos a tecer considerações sobre a maneira como os responsáveis de Alvalade encararam o encontro com o útimo classificado do campeonato alemão. A análise ao jogo de Carlos Carvalhal, que repescámos aqui, é esclarecedora.
Segue-se dentro de horas a recepção do Benfica aos gregos do AEK, também para cumprir calendário. Mas Jorge Jesus já só pensa na visita do FC Porto.
Passaram as emoções da prova principal da UEFA, na qual os portistas cumpriram a sua «obrigação», apesar do autogolo inicial. Mas, como disse Jesualdo Ferreira, a «palavra medo não existe no FC Porto» e a sua equipa foi a «melhor». Opinião perfilhada pelo técnico do APOEl, Ivan Jovanovic: «A partir do empate não conseguimos criar lances de perigo.»
A nova Liga Europa completou a jornada europeia e, no que respeita aos portugueses, salienta-se a nova goleada (5-0) do Benfica, infligida aos ingleses do Everton, na Luz.
Jorge Jesus, sempre preocupado em moderar a euforia criada nos adeptos desde o início da época, não pode furtar-se aos elogios que surgem de vários quadrantes sobre o rendimento da equipa. É certo que o plantel foi reforçado, mas o bom trabalho do treinador deve ser reconhecido. Não só recuperou, nos aspectos tácticos e, até, técnicos, alguns jogadores que se arrastaram na época passada - não esquecer o trabalho do departamento médico -, mas conseguiu uma viragem de 360 graus no rendimento dos encarnados. O seu futebol agora empolga e leva os adeptos ao rubro, os jogadores mostram organização em campo e os golos aparecem.
Algumas desilusões são previsíveis, mas aquilo que o Benfica demonstrou até agora não pode nem deve ser escamoteado.
Tão optimista não estará o Sporting, embora tenha praticamente assegurado o apuramento. A exibição na Letónia voltou a não convencer, ao ponto de Paulo Bento reconhecer: «Não conseguimos a exibição que podíamos fazer.»
O Nacional ainda esteve em vantagem em Bilbau, mas a «falta de maturidade», como disse Manuel Machado, conduziu à derrota e provável afastamento da competição.
Esta é a realidade dos clubes em Portugal. Os aspectos económicos obrigaram a deixar sair alguns bons valores para o estrangeiro e a comprar matéria-prima nem sempre a revelar-se como uma mais-valia.
O balanço da jornada inaugural da fase de grupos da Liga Europa, no que que respeita aos clubes portugueses, correspondeu às expectativas, embora houvesse surpresas na maneira como se desenrolaram os acontecimentos.
Jorge de Jesus resolveu estrear alguns jogadores com dois objectivos: observá-los em competição e gerir o esforço dos mais solicitado nos últimos tempos. É por demais evidente que Nuno Gomes tem um papel especial nesta equipa de Jorge Jesus. Não passa pela plena titularidade, mas constituiu uma referência para os companheiros que o técnico não dispensa. Curiosamente, foi o capitão a abrir o caminho de uma vitória menos empolgante do que as últimas, mas suficiente para os objectivos imediatos.
Do Sporting todos esperavam, talvez com demasiado optimismo, uma passagem tranquila pelo relvado Heerenveen e a realidade foi muito diferente. Paulo Bento está a sentir dificuldades em construir uma equipa, pelo menos ao nível do que aconteceu nos últimos anos e, logicamente, dar o salto em frente. Os jogadores de Alvalade não evoluem com o passar dos jogos, com reflexos no rendimento da equipa. Não cederam os primeiros pontos na Holanda porque Liedson resolve... Nem sempre, contudo, a sorte atinge semelhantes proporções.
O Nacional ultrapassou aquilo que se esperava de um confronto com o forte representante do futebol alemão. Cedeu dois golos ao Werder Bremen, mas os seus jogadores demonstraram força psicológica para chegar ao empate. Só que o adversário tem um avançado peruano chamado Pizarro que não enjeita qualquer oportunidade de marcar. Os madeirenses não eram obrigados a mais, atendendo à desproporção de argumentos.
O Nacional salvou a «honra do convento» português. É certo que pelas bandas de Alvalade o apuramento da equipa de Manuel Machado não fará esquecer a frustração de 24 horas antes. O futebol nacional, no entanto, continuou com mais um representante nas provas europeias, proeza que não estaria nas previsões da maioria, embora o sonho germinasse entre as hostes madeirenses.
Além disso, o resultado conseguido em Sampetersburgo por um conjunto catalogado de segunda linha demonstra uma personalidade que tem andado arredia de algumas equipas em que sobram os pergaminhos e mingam os atributos indispensáveis para os enriquecer.
O Benfica, com a eliminatória praticamente blindada contra surpresas, levou Jorge de Jesus à Ucrânia e pensar mais no futuro. A gestão de esforço dos jogadores de clubes empenhados em várias competições tornou-se um expediente para contornar o excesso de provas.
A consequência foi uma derrota que, se não afecta o curso dos acontecimentos, inscreve-se na parte negativa da história, tantas vezes apresentada como «atestado de grandeza» E também não ofereceu conclusões positivas em termos de valia de jogadores menos utilizados. Descansaram alguns elementos, mas o treinador ficou, porventura, mais «cansado».
Mais duas equipas portuguesas entram numa campanha europeia que não tem primado por motivos de satisfação.
Com Paços de Ferreira e Sporting de Braga fora da Liga Europa, e o Sporting com um resultado pouco animador para a deslocação a Florença, na tentativa de assegurar um lugar na Liga dos Campeões, existe o receio de Portugal continuar em queda no rankink europeu, com reflexos negativos na presença de clubes nas competições dos próximos anos.
Benfica e Nacional tem agora a palavra. Jorge de Jesus sentiu o primeiro «amargo de boca» na abertura da Liga, mas parece ter adversário mais acessível que os madeirenses. Uma equipa da Ucrânia sem pergaminhos, embora originária de um país onde o futebol está em ascensão. O seu treinador confia no imprevisto e sonha ainda com recente proeza cometida pelos compatriotas do Metallist.
O Nacional terá pela frente os russos do Zenit, onde actuam os portugueses Fernando Meira e Danny (lesionado), equipa que apareceu de repente na ribalta do futebol europeu. Sem «condenar» desde já Manuel Machado e os seus comandados, as perspectivas dos funchalenses não se mostram tão animadoras.
Vejamos se os portugueses apanham, desta vez, o comboio do êxito.
Mais um sonho acabou em pesadelo na Taça de Portugal, mas outro transformou-se em realidade. No futebol, como nos velhos alcatruzes da nora, enquanto uns sobem outros descem irremediavelmente.
O Arcos de Valdevez, a militar na II Divisão B, teve um percurso surpreendente ao atingir os quartos-de-final à custa de adversários com vivência em escalões superiores.
O Nacional deslocou-se a Melgaço com um percurso muito agradável na fase inicial da I Liga e sem nunca ter alcançado as meias-finais da prova.
E que aconteceu? Os minhotos ficaram pelo caminho sem atingir a tal meta vivida há cerca de duas dezenas de anos; os madeirenses chegaram a um patamar nunca antes atingido.
Mas sofreram, e a decisão obrigou ao recurso do desempate por grandes penalidades. Razão por que se compreende que os nortenhos considerem esta participação na prova como facto relevante no historial do modesto clube.
Quanto ao Nacional, regressou à Madeira em festa e na esperança de o sorteio das meias-finais ajude a concretizar outro sonho - a final do Jamor.
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