O presidente da Juventus lançou um alerta sobre o futuro do futebol em Itália. Andrea Agnelli, de 37 anos, fez uma análise do panorama transalpino e recordou: «Quando eu era miúdo e estudava em Inglaterra, costumávamos ver os jogos da Série A transmitidos em directo pela televisão. A Liga inglesa não era o que é hoje. A Liga alemã está a recolher os frutos do que semeou nos últimos dez anos. A Liga espanhola tem o seu ambiente muito próprio e duas das mais bem sucedidas marcas mundiais – Real Madrid e Barcelona – e a França tem lucrado com investimentos vindos do estrangeiro.»
Esta análise conduziu à seguinte conclusão: «Precisamos de reformas em Itália. Precisamos de olhar para os nossos estádios, que é onde se faz a diferença, nas estratégias de bilhética e de encontrar fontes de rendimento. Se oferecermos um bom espectáculo, em estádios cheios, isso vai interessar a quem transmite os jogos e os rendimentos aumentarão.»
Um assunto para se estudado em profundidade pelos mentores do futebol português, tanto mais que a crise do País está para lavar - ou melhor, sujar - e durar.
A Europa teve uma temporada fora do habitual. Os candidatos às principais vitórias em diversos países não concretizaram os objectivos e saltaram para a ribalta estreantes e outros clubes com tradições sequiosos de troféus.
O caso do Montpellier foi surpreendente, já que os novos campeões franceses não se incluíam entre os favoritos, tanto mais que nunca viveram essa alegria desde a fundação (1974).
Da Inglaterra também surgiram novidades. O Manchester City, que jejuava há 44 anos - tinha apenas dois títulos em longo histórial - aguentou até ao último momento a pressão do rival da cidade, o United de Alex Fergusson, e enriqueceu o seu palmarés e o do técnico italiano Roberto Mancini.
A hegemonia do Barcelona nos últimos quatro anos foi quebrada pelo regresso do Real Madrid ao topo, êxito celebrado por alguns jogadores portugueses ao dispor de José Mourinho que, por sua vez, concretizou a ambição de ser campeão em quatro países diferentes.
Há uma semana, a Juventus voltou à ribalta na Itália depois de lhe ser retirado um campeonato e descido de divisão por "negócios escuros". Regressado ao lote dos grandes, superiorizou-se agora aos rivais Inter e Milan, com precioso contributo do genial veterano Del Piero, muitas vezes contestado pelos adeptos, finalmente rendidos à sua classe no momento de colocar ponto final na carreira.
O Chelsea atingiu o estatuto da vedeta na época menos esperada desde que José Mourinho "deu" dois títulos de Inglaterra a Abramovich, ao conquistar pela primeira vez a Liga dos Campeões. Afastou o Barcelona e, no desempate por grandes penalidades, decidiu a seu favor a final com o Bayern em plena Allianza Arena de Munique.
O futuro promete se a UEFA conseguir impor a regra do fair-play financeiro.
Manifestações de racismo aconteceram no sábado em Turim e o alvo foi Mario Balotelli, a nova coqueluche do Inter. Passado o fim-de- semana, o órgão disciplinar do futebol italiano puniu a Juventus - efectuar o jogo com o Lecce, em 3 de Maio, à porta fechada.
O porta-voz do organismo, além da sanção revelou as 20 vezes (com indicação dos minutos) em que o público foi mais ostensivo para com o jovem italiano de 19 anos.
Que celeridade, meus senhores. Correm o risco, com decisões à velocidade do "vosso" Ferrari, de cometer qualquer injustiça.
Seria avisado trocarem impressões, por exemplo, com responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Futebol Profissional. Evitavam desnecessárias correrias...
O futuro parecia brilhante para o central Jorge Andrade, peça funfamental no FC Porto e, mais tarde, no Deportivo da Corunha, com passagens frequentes pela selecção portuguesa. Até ao dia em que se iniciou um longo calvário que poderá ter agora dramático epílogo em termos de carreira.
Tudo começou em Março de 2006, quando o português, com a camisola do clube da Galiza, contraiu uma luxação e rotura no tendão do joelho esquerdo, frente ao Barcelona. Em Setembro de 2007, já na Juventus, nova paragem prolongada por problemas no mesmo joelho. E o infortúnio voltou a bater-lhe à porta em Março e Julho deste ano.
Os dirigentes da Juve, face à perspectiva de nova ausência sem limite temporal, resolveram colocar termo ao contrato, atitude sempre chocante, embora possa argumentar-se que Jorge Andrade deverá receber 6,8 milhões de euros de indemnização.
A alta competição tem riscos e coube a Jorge Andrade pagar demasiado quinhão que, se nunca minaram a sua força de vontade, afectaram a carreira - ausências importantes nos palcos desportivos, inclusive na selecção a partir do Mundial 2006.
A vida, incluindo a profissional, ainda não terminou, mas nunca terá sido o mundo de sonho que parecia prometido a Jorge Andrade. Importa manter a perseverança dos últimos anos.
Força, Jorge!
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