Anda todos os dias nas bocas do mundo. Sujeito a críticas ou a elogios. José Mourinho assume-se como um dos principais protagonistas do futebol mundial. Durante dois anos, Claudio Ranieri, agora treinador do Inter, multiplicou-se em acusações ao português, quando este treinava a equipa de Milão e o italiano orientava a Roma. Há dias, depois de chegar a acordo com o presidente Moratti, reconheceu que o seu anterior rival era, apesar de tudo, o melhor treinador do mundo.
Na recente assembleia de sócios do Real Madrid, o presidente Florentino Pérez disse apenas isto: «Acreditamos nesta equipa e no melhor treinador do mundo: José Mourinho.» E, para acalmar os adeptos mais críticos, acrescentou: «Assumiu o que significa ser treinador do Real Madrid e tem um enorme grau de compromisso e empatia com o clube.»
Se a nível directivo tudo parece calmo no Madrid, o relacionamento com os jogadores pauta-se por uma empatia desmentida nos últimos tempos. Uma crónica no site de uma publicação desportiva espanhola relata o teor de uma reunião dos jogadores no dia seguinte à derrota dos merengues em Santander e revela serem boatos os problemas entre técnico e as vedetas de Santiago Bernabéu.
Mourinho continua a ser o actor mais mediático do futebol espanhol e, a avaliar pelo que foi escrito, aberto ao diálogo com a equipa sem abdicar de ser o comandante.
Dívidas aos jogadores, incluir no futuro acordo colectivo, que tarda em ser assinado, a obrigação de cederem os direitos de imagem aos clubes e contar como férias os dias em que estejam ao serviço das respectivas selecções são os principais motivos do litígio entre a Liga e a AFE (Associação de Futebolistas Espanhóis).
O diferendo agudizou-se com o anúncio de greve nas duas primeiras jornadas dos campeonatos profissionais (I e II Divisões) feito numa conferência de imprensa em que estiveram presentes alguns dos principais jogadores, casos de Casillas, Xabi Alonso, Fernando Llorente, Albelda, Puyol e Cazorla.
Luis Rubiales, presidente da AFE, revelou que no ano passado os clubes deviam a cem futebolistas cerca de 12 milhões de euros, montante que este ano subiu para 50 milhões, afectando o dobro dos jogadores.
Os dirigentes dos clubes preferem gastar verbas astronómicas com aquisições do que seguir uma política orçamental que permita cumprir os respectivos compromissos financeiros, e ousam retirar direitos desde há muito consagrados nos acordos.
Acabam por imitar, nas coisas más, os políticos deste conturbado mundo.
«Era importante para o Trabzonspor marcar primeiro, mas nós também entrámos no jogo com essa mentalidade. Tivemos a felicidade de o fazer e, a partir daí, a eliminatória tornou-se mais fácil, mesmo sem estar a ganhar. Sabemos que esta é uma equipa perigosa e que a qualquer altura podíamos ser surpreendidos em contra-ataque. Depois do intervalo e da expulsão, o jogo ficou a nosso favor e tivemos várias oportunidades de golo... Tínhamos de o fazer. A eliminatória não estava ganha e não podemos desperdiçar ocasiões para colocar nota artística no jogo, porque isso não é competição. É um problema para falarmos, porque fiquei insatisfeito com essa situação.»
Frases de Jorge Jesus in Maisfutebol
Nolito decidiu cedo a eliminatória, mas o treinador da Luz não gostou, mais uma vez, da exibição, mormente da flagrante ineficácia defensiva. Jorge Jesus parece mais preocupado do que nas épocas transactas, mesmo na última, quando cedeu o título ao FC Porto. Em qualquer dos casos teve de construir uma equipa à sua imagem, mas este ano foram em maior número as alterações do plantel, a reflectir-se no entendimento entre os jogadores. A tarefa não parece fácil, apesar de distribuir elogios por vários jogadores, em jogos menos brilhantes.
Ao cair do pano da I Liga, os jogadores de Alvalade provocaram uma pequena surpresa: ganharem ao Sporting de Braga e garantiram o terceiro lugar. Dada a distância pontual em relação ao FC Porto e ao Benfica pouco significado teve esta vitória e, garantida já a presença na Liga Europa, apenas ficaram com a vantagem de iniciar a preparação da nova época alguns dias mais tarde.
A maneira como os leões escolhidos por José Couceiro disputaram o encontro no Axa - empenho, espírito de luta, velocidade e imaginação -transmitiram a sensação de terem um desempenho ao longo da época abaixo das suas reais possibilidades.
Reconheça-se que o ambiente directivo não ajudou, o técnico Paulo Sérgio nunca mostrou capacidade para inverter o desenrolar dos acontecimentos, mas também é verdade que o plantel, em termos globais, não esteve à altura do mínimo exigível. E não se diga tratar-se de uma opinião sem fundamento, pois as provas ficaram bem patentes em terras minhotas.
Afinal, os futebolistas que vestiram de verde não devem estar agastados com as constantes manifestações de desagrado dos adeptos. São obrigados a reconhecer terem merecido esses "piropos".
A comunicação social desportiva multiplica-se nos últimos dias em dar notícias sobre as possíveis razões do colapso do Benfica na Taça UEFA. Referem, invariavelmente, já não existir a mesma empatia entre o treinador e alguns jogadores, discordâncias sobre constantes alterações no «onze" e na abordagem estratégica e táctica em diversos encontros.
Tudo isso é negado por Jorge Jesus, mas aqui e além surgem desmentidos sobre algumas das suas afirmações, como aconteceu em Telavive, onde afirmou que nunca se tinha interessado em saber o que se passava no jogo Lyon-Partizan, decisivo para a presença entre campeões ou a despromoção à Liga Europa, e, afinal, até terá avisado os jogadores em campo do empate dos franceses.
Estas «pequenas» coisas e a carreira da equipa na presente temporada, depois dos festejos de um campeão forever, estão nitidamente a transtornar os adeptos e, naturalmente, a preocupar o presidente, apesar de várias manifestação de confiança no trabalho do técnico.
Conjunto de razões que o confrontocom o Sporting de Braga para a Taça de Portugal se apresenta para muitos como a derradeira oportunidade de Jorge Jesus consolidar o lugar.
Longe do topo da I Liga e futuro incerto na Liga Europa, a eliminação da Taça de Portugal seria «sapo» de difícil digestão para todos os benfiquistas. Não é de estranhar, por isso, aparecerem apelos à motivação em sectores que deveriam primar pela neutralidade.
Aconteceu mais um jogo na Luz. Depois da derrota volumosa no Dragão, o Benfica marcou quatro golos à Naval. Sentiu dificuldades devido à boa organização da equipa de Rogério Gonçalves e apenas marcou por Kardec (10 m) antes do intervalo.
Tudo se alterou depois do descanso, graças ao primeiro golo de Gaitán (47 m) - marcaria outro aos 62 m. Os figueirenses admitiram manter o ritmo anterior e segurar o adversário, mas aquele golo afectou a lucidez de alguns elementos. A partir daí, os benfiquistas partiram para uma amostra das cavalgadas do ano passado e resolveram a contenda, ironicamente com um golo de Nuno Gomes, que esta época não fora utilizado nos encontros da Liga efectuados no recinto da Segunda Circular.
Perpassou por muitos espíritos que estava redimido o desaire do Porto. Puro engano. Um coisa é defrontar a equipa com os valores à disposição de André Villas-Boas e outra dirimir forças com uma Naval de orçamento bem mais reduzido.
Aliás, tudo isto faz parte do quotidiano do futebol, repetido ao longo de meses e anos.
O regresso de Nuno Gomes à equipa, a marcação do quarto golo três minutos depois de pisar o relvado, através de uma acção a sugerir a desenvoltura de um jovem e a classe de um fora-se-série, a festa especial dos companheiros a um colega emocionado por razões de ordem familiar, fazem pensar em como a sensibilidade não é coisa que abunde nos responsáveis dos clubes e dos treinadores.
Jorge Jesus, ao puxar pelos galões e declarar «eu é que sei quem está melhor», ao ser confrontrado com o ostracismo votado ao jogador, evidencia não ter sólidos argumentos.
Nuno Gomes deu mais um exemplo de verticalidade e bom senso, aquilo que alguns «mandantes» do Benfica nunca tiveram como lema desde a formação até à idade adulta.
Os responsáveis do Sporting estão no pleno direito de definir regras de comportamento no desempenho das funções dos seus funcionários, com o objectivo de extrair melhor rendimento das suas actividades e, na circunstância, do futebol profissional. Alguns estão legitimados por decisões de assembleias gerais; outros por escolha dos eleitos.
Conhecidas, através das páginas do diário desportivo Record, algumas das decisões determinados pelo «competente» - assim se considerou no momento da posse, e por isso fazemos sempre questão de lembrar - director técnico, será lógico admitir terem como objectivo debelar uma crise de há anos.
Ninguém nos pode impedir, no entanto, de soltar uma gargalhada caso se mantenham algumas medidas anunciadas, pelo ridículo da situação nos tempos em que vivemos. De certeza, a partir de agora ninguém se sentirá feliz em Alvalade a trabalhar.
Pior do que isso, constitui um atestado de incapacidade mental passado aos jogadores e um atentado à liberdade de expressão.
Que alguém os ajude, pois nem sequer podem contar com Jesus...
O clima criado em torno do futebol português está de tal maneira poluído, existe tanta falta de respeito pelas pessoas, insinuações maldosas são tão frequentes, que gente bem intencionada tem receio de assumir determinadas atitudes.
A dúvida que assalta Fábio Faria, defesa do Rio Ave, em participar no último jogo da Liga na Luz, por já estar contratado pelo Benfica para a próxima época, demonstra que o jovem já se apercebeu até que ponto a suspeição germina em certas mentes.
O pai da Flávio, o Chico Faria que conhecemos na selecção nacional de juniores quando actuava no Leixões, jovem alegre e descontraído, também terá aconselhado o filho a pedir dispensa do jogo, não vá acontecer-lhe qualquer percalço que seja entendido como favor ao futuro clube e ponha em causa a sua honestidade.
Compreender o receio do defesa central do Rio Ave e as reticências do meu «amigo» Chico Faria será respeitável, mas não impede que se lamente como o fanatismo de alguns agentes desportivos pode condicionar certos comportamentos.
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