Itália e Holanda foram as primeiras selecções europeias a assegurar a presença na fase final do Mundial do Brasil.
Os holandeses, sob a orientação de Louis van Gaal, repetiram o que aconteceu há quatro anos e estarão na gala do futebol pela décima vez.
Cesari Prandelli garantiu, com inesperada facilidade, a 18.ª presença da Itália, com significativos êxitos no historial da prova.
Mais cinco países já tinham conseguido essa situação, e a vitória sobre Israel garantiu praticamente à Rússia a viagem à América do Sul. Portugal perdeu com aquele resultado, certamente, a oportunidade de qualificação directa. Compete-lhe lutar por um lugar no play-off através de resultados que superem algum dos outros candidatos.
História repetida, embora em sentido diferente da selecção holandesa.
Nos últimos dias, o nome de José Mourinho surge em tudo que é jornais, sites e blogues, com os comentários mais diversos - elogios não faltam e também sobram os insultos - sobre a polémica táctica utilizadapara eliminar o poderoso Barcelona.
Muita gente já esqueceu - ou não tem memória - que no futebol italiano, desde os tempos do «mago» Helénio Herrera fez escola o célebre catenaccio, interpretado por jogadores admirados em todo o mundo e que, conjugado com a astúcia de certos avançados, conduziu a inesperadas vitórias.
O Mundial de Espanha (92) foi um dos exemplos. A selecção do Brasil, treinada por Telé Santana, praticava um futebol de encantar, graças a jogadores com a classe dos médios Zico, Falcão e Sócrates, e ainda de Éder, Dirceu, Junior e Cerezo. A Itália orientada por Enzo Bearzot, não conseguiu ganhar qualquer jogo da primeira fase e apareceu na Catalunha destinada a ser o «bombo da festa» numa segunda fase que incluía os canarinhos e a Argentina de Maradona.
Puro engano. O conjunto que tinha como pedras basilares o guarda-redes Buffon, os defesas Baresi (actual adjunto de Mourinho), o rápido e tecnicista extremo Conti e os sagazes Altobelli e, em especial, Paolo Rossi começou, por derrotar a Argentina (2-1), que também perdeu com os brasileiros (3-1). E quando nas ramblas os brasileiros festejavam por antecipação o apuramento, aconteceu a chamada «tragédia de Sarriá» (recinto do Espanhol).
Os italianos ainda deram hipóteses a Sócrates e Falcão de marcar, mas a tradicional astúcia transalpina teve plena expressão nos três golos apontados por Rossi, a grande sensação do campeonato. Depois caíram a Polónia e a Alemanha.
Recordar estes dias vividos em Barcelona, entre Sarriá e Nou Camp, até à final de Madrid, tem por objectivo salientar que o futebol transalpino ainda mantém certa fidelidade à cultura do passado, embora assente num conceito nem sempre praticado por Helénio Herrera («em futebol é a surpresa, a velocidade, e variações inesperadas que abrem os caminhos do golo»). Um técnico que venceu três campeonatos de Itália, duas Taças dos Campeões e duas Taças Intercontinentais, precisamente ao serviço do Inter.
O caminho possível de José Mourinho perante o possante Barça não poderia desviar-se muito daqueles princípios, sob pena de ser humilhado pelo adversário e triturado num país - recorde-se - já campeão do mundo quatro vezes (1934, 1938, 1982 e 2006) e finalista vencido em duas, ambas com o Brasil (1994 e 1970).
Talvez assim se percebam melhor os elogios do seu presidente Massimo Moratti e do conceituado treinador Alex Fergusson.
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