Os elementos dos órgãos sociais do Sporting renunciaram, finalmente, ao mandato para que foram eleitos em 27 e Março de 2011. Demasiado tarde, pois tinham-se evitado afirmações despropositadas e contundentes dos principais actores desta infeliz novela.
A partir de quarta-feira continuam a gerir o clube até a realização das eleições marcadas para 23 de Março. Espera-se que este período seja de maior acalmia, substituindo o clima de guerrilha pela paz e respeito, e se ainda conseguirem fazer qualquer coisa de positivo, tanto melhor.
O Sporting dispensava esta página negra que a maioria dos actuais dirigentes inscreveu na sua história.
Justiça é uma palavra caduca, que deveria ser banida do léxico mundial. Nem o futebol escapa às vergonhosas decisões que se tomam sobre possíveis culpados de actos ilícitos.
Jack Walker, vice-presidente da FIFA, era acusado de corrupção por alegado suborno de algumas filiadas da Concacaf a favor de um dos candidatos às recentes eleições do organismo mundial.
Suspenso das funções durante o decorrer de um inquérito, o dirigente fiffeiro demitiu-se agora do cargo e as consequências desta sua "nobre" atitude são de pasmar.
A FIFA informou que o «processo estava encerrado» e mantinha-se «a presunção de inocência». Se tal não bastasse, salienta em comunicado que o trabalho de Jack Walker no futebol caribenho e na Concacaf é «apreciado e reconhecido».
Afinal, a justiça no futebol português não tem nada a aprender com o que se passa no estrangeiro.
Poucos minutos depois do termo da partida em que o Sporting foi humilhado - não pelo número de golos, mas devido à exibição - pelo Paços de Ferreira, o presidente José Eduardo Bettencourt apresentou o pedido de demissão ao dirigente máximo da assembleia geral.
Surpresa? Só se for por tardia.
Desde há muito neste blogue se escreveu que os problemas da equipa de futebol só poderiam resolver-se - ainda haverá tempo para minimizar os danos? - com uma política desportiva diferente. Realista em termos financeiros, mas ambiciosa na capacidade e experiência dos responsáveis contratados para o departamento e como substituto de Carlos Carvalhal.
De imediato, resta uma pergunta: quem tem a coragem de seguir o caminho do presidente? Assumam-se aqueles de quem se esperava mais e melhor.
Cada vez que Carlos Queirós tenta justificar o fracasso da selecção, mais se cria a ideia de estar a viver noutro mundo ou pensar que a maioria das pessoas em Portugal e pelo mundo fora são parvas e ainda acreditam nos seus hilariantes discursos.
Dizer à chegada a Lisboa que a selecção «prestigiou o futebol português» é uma ofensa à mentalidade de milhões de adeptos, milhares de dirigentes e jogadores e centenas de colegas de ofício.
O seleccionador andou a propalar durante meses que a equipa tinha condições para chegar à final e vem agora tecer elogios a uma campanha que chegou a roçar o ridículo desde o início da qualificação.
Carlos Queirós não quer perceber que o ambiente no balneário não era o mais saudável, devido às suas hesitações tácticas. Depois do incidente com Deco, como deve entender-se que, no final do jogo coma Espanha, o jogador tenha respondido à pergunta se o ambiente na comitiva era bom com a simples frase: «...Entre os jogadores era bom.» Como interpreta o reparo de Cristiano Ronaldo, em determinada altura do último desafio, ter chegado à linha lateral e gritado: «Assim não ganhamos, Carlos», como está registado em vídeo.
Estes são apenas alguns dos casos já vindos a público que, aliados a convocações de pasmar os mais identificados com o nosso meio futebolístico e se manteve em silêncio por uma questão corporativa, provam que o seleccionador não reúne condições para continuar a desempenhar o cargo.
Face à intransigência de Carlos Queirós reconhecer não ter atingido os objectivos mínimos, só resta uma atitude à Federação.
Absolutamente, demita-o!
Desta discussão não nascerá a luz.
Os despachos do Conselho Disciplinar da Liga e do Conselho de Justiça da FPF, com interpretações tão antagónicas dos regulamentos - embora nas duas sejam admitidas dúvidas - nunca permitirão compreender castigos tão diferentes.
A renúncia de Hermínio Loureiro à presidência da Liga com o argumento de que a decisão do Conselho Jurisdicional «tem implicações que ultrapassam a justiça desportiva» não esclarece nada. A frase é demasiado enigmática.
O facto dos dirigentes do FC Porto tentarem explicar a carreira esta época - modesto lugar no campeonato, afastamento pelo Arsenal da Liga dos Campeões e perda da final da Taça da Liga - com o facto de não contarem, indevidamente segundo o CJ, com Hulk durante tantos jogos, não convencerá nem o próprio técnico Jesualdo Ferreira.
Os campeões em título têm todo o direito a reagir, solicitar indemnizações e colocar em causa uma das decisões disciplinares.
A questão para o cidadão alheio a qualquer das partes residirá em saber qual delas: a primeira ou a segunda.
Sem esquecer a ligeireza na feitura de um regulamento que dá para os dois lados...
Não é vulgar certos acontecimentos acontecerem no Dragão. Desde há dias já se anunciava a saída de Fernando Gomes da SAD por desacordo com o presidente Pinto da Costa. Segundo aquilo que transpareceu para o exterior, além de defender a contenção de despesas, contrariada pela contratação do madeirense Rúben Micael e o acordo anunciado com o brasileiro Kléber, o responsável pela questão financeira do dos campeões terá sido o último a saber dessas decisões.
Quanto ao brasileiro, depois de comunicada à CMVM a contratação por 5,5 milhões de euros e a cedência de 75% dos direitos ao Cruzeiro sobre o argentino Farias, surge inesperada reviravolta, nada habitual na gestão do FC Porto.
A rotura das negociações foram comunicadas àquela entidade com base em inesperadas exigências do jogador. Nos bastidores, porém, começou a circular a notícia que as razões do desenlace se reportam ao resultado dos testes médicos.
Ambiente inédito nas hostes portistas nos últimos anos e de consequências imprevisíveis. A eliminação do Sporting da Taça de Portugal seria a anestesia ideal para esquecer estas contrariedades.
O Belenenses está em vias de repetir aquilo que aconteceu há anos: descer de divisão. A volumosa derrota infligida pelo Sporting de Braga no Restelo deve ter sentenciado o destino dos "azuis", a menos que aconteça o impensável nas últimas duas jornadas da Liga.
O presidente agora empossado, Viana de Carvalho, encontrou uma equipa sem confiança, com ordenados em atraso e viu-se logo obrigado a tomar uma decisão sempre dolorosa: acertar a demissão imediata com o técnico, substituído por Rui Jorge, responsável dos juniores.
O novo dirigente, que assumirá a liderança da SAD, já apelou ao apoio dos sócios e garantiu estar preparado para enfrentar a provável descida de escalão e ter condições para um rápido regresso e consistente regresso ao primeiro escalão.
Depois do título conquistado no Boavista, a vida de Jaime Pacheco tem sido um pesadelo. A passagem por Málaga e Guimarães também foi para esquecer. O Belenenses representa o terceiro passo em falso de um treinador cujo futuro se previa pleno de sucesso.
O empenho e entusiasmo do lutador técnico - à imagem de uma brilhante carreira de jogador - não chegou para salvar os "azuis", e Jaime Pacheco precisa de mais argumentos para voltar aos tempos de glória.
Multiplicam-se as acusações que colocam em causa a honestidade de alguns agentes do desporto, nomeadamente do futebol.
Determinadas afirmações atingem tal gravidade que os próprios autores se decidem por solicitar a demissão de cargos importantes na hierarquia directiva, por manifesta incompatibilidade com a tomada de posições demasiado radicais. Outros, no entanto, "obviamente" ficam nos seus lugares...
Como se previa, a afluência ao estádios durante a primeira volta da I Liga desceu comparativamente com os números verificados na época passada.
Dir-se-à que a crise mundial tem reflexos em todos os sectores, mas não será de desprezar a agitação dos últimos tempos para justificar o alheamento dos adeptos.
Face a este panorama, estranha-se que não apareçam vozes autorizadas, naturalmente emergentes dos organismos do futebol, a apontar os erros e a implementar as estratégias indispensáveis para inverter o rumo quase catastrófico dos acontecimentos.
Ninguém desconhece a quem compete essa missão - obrigatória até para quem se dispôs a desempenhar certos cargos -, a menos que estejam à espera daquilo que a FIFA e a UEFA recusam: a intervenção dos governantes.
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