Fernando Santos sentiu, certamente, inesperados calafrios na zona VIP do estádio de Erevan, lugar em que acompanhou o jogo devido a castigo. Os arménios deram tacticamente uma lição de futebol aos portugueses, que viveu momentos arrepiantes.
Ao seleccionador nacional esperam tempos de reflexão e profundas alterações, tanto na escolha de jogadores como na estratégia.
Os responsáveis e jogadores podem apresentar a conjugação negativa de diversos factores: a insegurança de Rui Patrício, a expulsão de Tiago e a lesão de Ricardo Carvalho. Nada disso disfarça, no entanto, a positiva exibição dos adversários.
A vitória, a primeira desde sempre sobre a Arménia, ficou a dever-se à genialidade de Cristiano Ronaldo. Três golos assinalaram a actuação quase sempre sem bola, devido às ineficazes assistências dos companheiros. Um penalty, incrível lance a aproveitar desentendimento na defesa contrária e um dos seus habituais petardos, tornaram-no no responsável pela vitória.
Aquela que Fernando Santos esperava na caminhada para campeão europeu...
Esperar 82 minutos para fazer a viagem à Suécia com um golo de vantagem não significa facilidades. E a selecção de Paulo Bento voltou a revelar as dificuldades dos últimos tempos, embora estivesse em melhor nível do que contra Israel.
Aliás, foram os suecos que se mostraram activos no início da partida, mas ao desaproveitarem duas oportunidades permitiram que a defesa portuguesa ganhasse segurança e acertasse no posicionamento, de tal forma que Ibrahimovic raramente conseguiu livrar-se das amarras de Pepe e Bruno Alves.
Continua notório que a actual equipa de Paulo Bento perdeu velocidade nas transições para o ataque, e só dois ou três companheiros de Cristiano Ronaldo sabem aproveitar as suas constantes movimentações, talvez com excepção de Raul Meireles e João Moutinho que, no entanto, não se mostraram na Luz muito inspirados nesse capítulo.
O treinador da Suécia não foi ingénuo e tentou cortar todos os caminhos para a sua baliza, com o objectivo de sair de Portugal pelo menos com um empate a zero. E só não o conseguiu porque Cristiano Ronaldo consegue estar no sítio onde os adversários não esperam, e fazer aquilo que poucos conseguem - marcar em circunstâncias difíceis.
Não abandonamos o Estádio do Benfica com o optimismo que vimos reflectido em muitos rostos e mais tarde ouvimos da boca de certos comentadores.
Neste capítulo, Paulo Bento foi mais cauteloso: «Na primeira parte houve momentos de algum equilíbrio, a segunda parte só teve um sentido. Falta-nos alguma eficácia em função do volume de jogo que temos».
O único senão é que o técnico não referiu qualquer qualidade dos nórdicos, e em Solna tudo poderá alterar-se. Anular um golo não é assim tão difícil em jogos desta importância.
«Há dez anos, quando o Real Madrid me contratou por 75 milhões, eu disse que não valia esse dinheiro. Hoje em dia penso que nenhum jogador vale isso, ainda mais no clima económico que estamos a passar. Mas o futebol é assim, infelizmente. É incompreensível pagar tanto por um jogador.»
Palavras de Zinedine Zidane, treinador adjunto do Real Madrid, a propósito dos propalados 100 milhões de euros pagos por Florentino Peréz ao Tottenham.
Estas palavras causam alguma surpresa. O francês aproveitou-se da condição de vedeta e não vacilou, na altura, em transferir-se para Santiago Bernabéu. Agora terá de conviver com Gareth Bale e contribuir para o bom ambiente no balneário, embora o treinador principal seja o italiano Carlo Ancelotti.
O futuro dirá se o jogador galês tem estofo para ultrapassar aquela afirmação. Mais um caso para a comunicação social espanhola, que já especula sobre o futuro relacionamento entre Cristiano Ronaldo e a nova vedeta merengue.
Desculpas haverá muitas: golos ilegalmente validados; expulsão de Hélder Postiga, por atitude desnecessária, acrescente-se; arbitragem rigorosa, mas sem critério.
A realidade foi bem diferente, embora um golo de Bruno Alves, a abrir caminho a facilidades no embate com uma aguerrida equipa da Irlanda do Norte, transmitisse a ideia que a vitória estava assegurada.
Puro engano. A selecção de Paulo Bento, depois daquele lance, não mostrou nada de positivo e entregou-se ao entusiasmo e vontade de um adversário que ainda tinha piores perspectivas de chegar ao Mundial do Brasil.
Cristiano Ronaldo não jogou sozinho, mas foi a sua raça e talento que inverteram o marcador. Três golos pela primeira vez marcados ao serviço da equipa nacional fizeram regressar a esperança de qualificação para os portugueses no Windsor Park.
O CR(3) mereceu receber a bola do jogo pelo milagre que protagonizou em Belfast.
As notícias sobre a transferência de jogadores e mudança de treinadores, tanto em Portugal como no estrangeiro, são um enjoo. Começa pelo jogador divulgar o seu clube de eleição, poucas horas depois surge o empresário a enumerar vários pretendentes, por vezes sem omitir nomes, e, um pouco mais tarde, aparecem alguns desmentidos.
São às centenas os nomes em causa e o de Cristiano Ronaldo figura todos os dias na comunicação social. Desde Florentino Peréz a garantir que o português será uma dos marcos da história do clube, ao eventual interesse do Manchester United recuperar o jogador, até ao "ressuscitado" Mónaco oferecer 100 milhões pelo passe da estrela do Real Madrid, multiplicam-se as notícias.
Cristiano Ronaldo resolveu colocar ponto final naquilo que, por enquanto, se apresentam como complicados jogos de bastidores, e veio a público negar, neste momento, negociações com o clube espanhol.
Declaração demasiado lacónica para evitar futuras especulações. Quanto tempo vai durar o tabu?
O jogo da despedida da época com a Croácia em solo helvético tinha uma responsabilidade diferente do realizado sexta-feira com a Rússia, e por isso Paulo Bento corria o risco de dar um "passo atrás", em termos de confiança, depois da escassa mas importante vitória sobre os russos.
Afinal, eram infundados os receios sobre uma equipa que alinhou de início apenas com quatro titulares da Luz - Bruno Alves, Fábio Coentrão, João Moutinho e Cristiano Ronaldo. Vários factores contribuíram para novo desfecho positivo, embora resumido a um golo e, atendendo às circunstâncias, pode dizer-se que o teste foi positivo.
Começou por Cristiano Ronaldo ter quebrado um jejum de oito jogos ao marcar (36 m) o tento da vitória e de ter mais uma vez a barra como adversário; de alguns companheiros não acusarem a estreia na selecção e, naturalmente, dos croatas também aproveitarem o embate para avaliar alguns elementos menos experientes, entre os quais um jovem prometedor de 16 anos.
Depois do intervalo, as substituições de ambas as equipas alteraram ligeiramente a feição do jogo, assistindo-se a superior agressividade ofensiva da Croácia, tanto mais que a referência do ataque português (Cristiano Ronaldo) ficou no balneário. Teve, no entanto, digno substituto em Vieirinha, a confirmar o acerto da convocatória.
Paulo Bento saiu satisfeito de Genebra, em especial porque as suas escolhas corresponderam, quase em pleno, às expectativas.
Em Setembro inicia-se mais um ciclo decisivo, antecedido de novo "treino" com a Holanda. Um falhanço será a maior frustração do futebol português dos últimos anos, em especial pela ausência em terras onde se fala português.
O Real Madrid voltou a perder (2-1), agora em Vigo para a Taça do Rei. Como esta eliminatória se disputa em duas mãos, os merengues ainda “respiram” porque apareceu o habitual golo de Cristiano Ronaldo, não a abrir o marcador, mas depois dos dois tentos do Celta.
José Mourinho atravessa um período de grande instabilidade. Benzema foi substituído por lesão. Varane terminou o desafio em dificuldade e o treinador, na conversa com os jornalistas, criticou o comportamento de alguns jogadores, embora sem referir nomes. Chegou ao ponto de acusar um que demonstrou pouco interesse no campo porque «estava frio, chovia e era uma partida de… Taça».
Mal continuam as coisas para o treinador português em Chamartin.
Tudo o que seja português incomoda toda a gente ligada ao desporto em Espanha, esteja ou não ligado ao futebol.
Num lance do recente Real Madrid-Atlético de Madrid, um futebolista dos merengues fez uma corrida que impressionou os observadores e foi explorada pela comunicação social local.
Cristiano Ronaldo correu 96 metros em cerca de10 segundos e acabou por atirar a bola ao poste da baliza dos colchoneros. Seria o seu segundo tento do jogo, mas as atenções centraram-se na corrida do jogador e logo foi associado – indevidamente, claro - ao jamaicano Usain Bolt, recordista mundial em provas de velocidade e detentor de diversas medalhas olímpicas.
Pior do que isso, fizeram comparações com o atleta Angel David Rodríguez, recordista espanhol com o tempo de 10,14 e com duas presenças nos Jogos Olímpicos.
Dito isto, surgiram ataques a Cristiano Ronaldo, inocente na discussão, pois a polémica nasceu dos comentaristas.
Passos Coelho, responsável pela abolição do feriado do 1.º Dezembro, em nada ajudou a crise portuguesa nem ganhou sequer a simpatia dos espanhóis por Portugal.
Parabéns ao primeiro-ministro…
Jorge Mendes, o empresário dos mais cotados jogadores e treinadores portugueses, referiu-se há semanas a Cristiano Ronaldo e mostrou-se na disposição de contribuir para uma nova imagem do jogador, reconhecidamente impreparado para capitalizar a meteórica projecção em todo o mundo.
Após revelação dos três finalistas dos prémios da FIFA surgiu no site do Real Madrid uma mensagem do seguinte teor: «É uma honra e um orgulho para mim ser candidato, tanto à Bola de Ouro como ao onze ideal da FIFA. São dois prémios muito bonitos e penso que estar entre os nomeados é, acima de tudo, o resultado do bom trabalho e da ajuda dos meus colegas, tanto do Real Madrid como da selecção.»
Noutras ocasiões, o jogador português teria um discurso mais sobranceiro, pelo que apostamos já andar aqui o “dedo” do empresário.
Cristiano Ronaldo ainda tem tempo de eliminar alguns anticorpos, que em nada beneficiam a imagem de quem se exige sensatez e bons exemplos, preço a pagar pelas figuras públicas.
Continua o tabu sobre as tristezas de Cristiano Ronaldo, mas confirma-se a conversa entre o jogador e o presidente Florentino Pérez. O diário desportivo espanhol As garante que cumpridos os compromissos da selecção e o regresso do internacional português, o clube deverá pronunciar-se sobre um caso que tomou proporções mundiais. Adianta o periódico existir possibilidade do contrato, que termina em 2005, ser ampliado e aumentado - Cristiano garantiu que não havia qualquer problema de dinheiro, mas o certo é que tanto ele como Messi são vedetas actuais que menos ganham, em especial depois dos "ataques" do Manchester City e dos russos do Anzhi - e seria apreciado o problema do apoio a candidato a Bola de Ouro, aliás uma queixa que implicará alguns colegas da equipa, em especial o guarda-redes Iker Casillas, afinal um guarda-redes de grande categoria, legítimo merecedor de um prémio da FIFA.
De tudo isto é legítimo concluir que as questões financeiras serão também "tristezas" de Cristiano, enquanto as de reconhecimento internacional foram referidas e condizem com a sua personalidade.
Situações destas são comuns em qualquer profissão ou actividade, pelo que "telhados de vidro" são próprios do ser humano.
Importa, para já, que o Azerbaijão não cause qualquer amargo de boca em Braga, e depois haverá tempo para conhecer as verdadeiras razões para tanta inesperada amargura.
Cristiano Ronaldo só entra nas "contas" de Paulo Bento como jogador da selecção e recusa referir-se ao assunto do momento - a tristeza confessada pelo jogador do Real Madrid.
«O problema que o Cristiano Ronaldo teve quando chegou, e que foi aquele que tratámos, era de ordem física. Em relação à outra questão, para mim, temas que são do clube são para tratar no clube, temas que são da selecção são para tratar na selecção nacional», disse o técnico na véspera do encontro de estreia na qualificação para a fase final do Mundial 2014, no Luxemburgo.
Certamente que Paulo Bento será uma das poucas pessoas pelo menos com pistas sobre os problemas que preocupam o CR7, mas pretende que não contagiem a selecção e, por outro lado, não esquece as frustrações do seu antecessor no apuramento do Europeu 2012.
Compreende-se o aviso: «Ninguém ganha por antecipação. O adversário vai jogar num bloco muito baixo, com densidade defensiva muito elevada. Entregará o domínio do jogo para tentar sair em contra-ataque.»
Ainda há quem se lembre que a selecção luxemburguesa já venceu Portugal num jogo marcado pela estreia Eusébio na equipa nacional. E os números não foram muito agradáveis (4-2).
A selecção portuguesa não pode estar tranquila. Nem o treinador nem os jogadores, pois os "palhaços" que fizeram manchetes durante semanas - tinham necessidade profissional de aparecer, certamente - voltarão à carga logo que Cristiano Ronaldo e companheiros tenham um rendimento menos positivo.
A exibição e os resultados nos jogos de preparação com a Macedónia e a Turquia foram o rastilho que alguns despeitados lançaram na fogueira das críticas e, já no Europeu, a estratégia frente à Alemanha.
A vitória sobre a Dinamarca suspendeu as hostilidades e a vitória sobre a Holanda, curiosamente o adversário mais fraco do grupo, emudeceu os experts da treta.
Como é hábito na nossa gente, os extremos tocaram-se em meia dúzia de dias. Cristiano Ronaldo deixou de ser um empecilho na selecção, e de figurante de um circo passou a imprescindível na mais prestigiada orquestra sinfónica...
Está na forja para essa gente, depois do espectáculo liderado por Cristiano no encontro decisivo do apuramento, o futuro campeão europeu, sentimento já patente antes do pontapé de saída da prova em Varsóvia.
A euforia será um dos inimigos de Portugal. Os críticos de propósitos duvidosos estão de momento silenciosos a preparar a lengalenga dos frustrados, e para isso confiam na equipa checa.
Cristiano Ronaldo, apesar de continuar a ser determinante em muitas vitória do Real Madrid, como aconteceu frente ao Atlético de Madrid - três golos e uma assistência -, continua a não ter a simpatia de muitos espanhóis.
Existem, no entanto, excepções entre gente que vive em Espanha ligado ao mundo do futebol e consegue libertar-se de determinados complexos.
Diego Pablo Simeoni, um argentino que como futebolista passou por diversos clubes de Espanha e Itália, sendo um referência dos colconheros e agora seu treinador, não teve problemas em afirmar depois da goleada (4-1)sofrida perante os merengues: «A genialidade de Cristiano condenou-nos a sofrer dois golos importantes que não vieram de acordo com o que estava a acontecer no jogo.»
Estas palavras deveriam alterar certas atitudes verificadas na maioria dos estádios de Espanha, com assobiadelas sem sentido sempre que a bola está nos pés de Cristiano Ronaldo.
Só mentalidades distorcidas e falta de educação explicam semelhantes reacções.
O terceiro português foi laureado com a Bola de Ouro, prémio instituído desde 1956 pela revista francesa France Football (Eusébio - 1965; Figo - 2000); ao mesmo tempo é o quarto jogador do Manchester United com o mesmo título (Denis Law - 64; Bobby Charlton - 1966; George Best (1968).
Cristiano Ronaldo entra nos anais da história pela porta grande e deve ter a noção que, seja qual for a próxima votação da FIFA, contraiu novas responsabilidades. Pressentiu-se nas declarações publicadas no site e proferidas na TV do clube ingês, que o jogador teve conselheiros para evitar os disparates que, a este propósito, proferiu nos últimos tempos.
Aos 23 anos, pelo que se conhece da sua vida, obriga-se a ter experiência suficiente para evitar atitudes sobranceiras em relação a colegas e contundentes face à reacções menos próprias de adeptos dos adversários.
Ainda bem reconhecer agora serem os "prémios individuais tão importantes como os colectivos" e todos eles se alcançam com o contributo de muita gente - treinadores, colegas de profissão, familiares, amigos e os fãs de todas as horas.
Messi e Torres, segundo e terceiro nesta votação, não podiam dar melhor exemplo ao apresentarem-lhe publicamente os parabéns e reconhecerem o mérito da sua vitória. Que Cristiano Ronaldo nunca esqueça estes exemplos, até nos momentos mais adversos.
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