Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012
Quem tem Cardozo... tem golos

O Benfica, na visita do Spartak de Moscovo, tinha em jogo muita coisa. Era frustrante ter assegurado um ponto em nove possíveis. O apuramento para a fase de grupos estava, portanto, em grande perigo e apenas uma vitória impediria atirar desde logo a toalha ao chão.

A primeira parte prometeu muito mas deu nada. Jorge Jesus via os seu jogadores quase permanentemente sobre a baliza dos russos, mas o golo, por isto ou por aquilo, e muito por imperícia, era uma miragem.

Afinal, havia outra solução. Chamava-se Cardozo e estava no banco, de onde saiu depois do intervalo. Dez minutos passados, a Luz vibrava com o tento do mal-amado paraguaio. Passados mais 14, Cardozo recebia estrondosos aplausos com o segundo tento. Ainda falhou uma grande penalidade que, concretizada, dava para sair em ombros do relvado.

O Spartak, embora expedito no contra-ataque, ficou rendido ao futebol benfiquista e ao valor do guarda-redes Artur, pelo que as substituições operadas a seguir estavam condenadas ao fracasso.

Diz o povo "não haver bela sem senão": o desejado resultado ficou ensombrado com a derrota do Barcelona em Glasgow, a complicar as contas dos benfiquistas.

«Ainda faltam dois jogos. Vamos ver o que acontece na quinta jornada», exclama, obrigatoriamente confiante, Jesus.



publicado por António Castro às 23:45
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Quarta-feira, 18 de Abril de 2012
Drogba resolve...

O Chelsea aplicou a receita, em dose reforçada, usada há pouco tempo na Luz. A preocupação dos londrinos foi manter o Barcelona enredado numa teia que lhe retirasse eficácia atacante e aproveitar qualquer oportunidade para marcar. Assim começou a cair o Benfica na Liga dos Campeões; assim conseguiu o técnico Roberto di Matteo colocar em causa a imagem de marca dos espanhóis.

O resto foi conseguido por Petr Cech, pelo poste da sua baliza, pela destreza de Ashley Cole a substituir o guarda-redes quase sobre a linha de golo, pela progressiva falta de serenidade do adversário.

E assim, depois de 14 meses, os catalães perderam na Liga dos Campeões com um golo de Drogba, implacável ao segundo minuto dos descontos da primeira parte, após receber inteligente assistência de Ramires.

Nada está decidido. Pep Guardiola já deu a entender que não abdicará dos tradicionais processos: «Devemos criar outras 24 ocasiões e marcar golo. Temos que trabalhar muito para isso. Perdemos com estes números. O Chelsea tem esta virtude que nós não temos.»

O italiano Roberto di Matteo limita-se a dizer: «Os jogadores mostraram coragem. Há 50 por cento de possibilidades de apuramento.»

Muita gente não pensará assim, pois duvida-se que os catalães tenham perdido o domínio do seu "carrossel", mesmo tendo pela frente, no sábado, o Real Madrid, em jogo de título.

 



publicado por António Castro às 23:13
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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011
Mourinho sofre e Falcão rejubila

José Mourinho está a ver a vida a andar para trás no Real Madrid. O ex-portista Falcão, pelo contrário, entusiasma os adeptos do Atlético da capital espanhola.

Depois da derrota frente ao Levante, o treinador português deixou mais dois pontos em Santander, onde o modesto Racing o "presenteou" com um empate a zero. Precisamente na jornada em que o provisório líder Valência, no recinto de Mestalla, apenas consentiu que o Barcelona empatasse (2-2).

As hostes merengues estão agitadas, e o próprio treinador considera que «a situação é preocupante», enquanto o "capitão" e guarda-redes Casillas confessa: «Não estamos ao melhor nível de um Real Madrid». Aliás, a visita aos balneários do presidente Florentino Peréz, supostamente para dar ânimo aos jogadores e um abraço a José Mourinho, é elucidativa do ambiente que se vive no clube.

E a situação não ficou mais complicada porque o Barça, ainda a referência da prova, apesar de estar atrás do Valência, Málaga e Bétis, continua apenas com um ponto de vantagem sobre o eterno rival de Madrid.

Radamel Falcão está a viver um momento de sonho. A vitória (4-0) do Atlético de Madrid sobre o Sporting Gijón foi construída com dois golos do colombiano, que contabiliza tantos na Liga como Messi e Soldado, e mais um tento do que Cristiano Ronaldo, desta vez sem a tradicional raça de goleador e ao nível do fraco rendimento do conjunto.

Mourinho tem quase sempre dado a volta por cima, mas surge sempre na vida uma hora menos boa.



publicado por António Castro às 23:42
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Sexta-feira, 27 de Maio de 2011
Mourinho e Villas-Boas pairam em Londres

Manchester United e Barcelona concitam as atenções das próximas horas. Falta pouco para se saber qual o campeão europeu de 2011. O favoritismo é concedido em maior percentagem à equipa espanhola, mas os ingleses estão confiantes em fazer a festa no seu novo Wembley.

Ao contrário do que aconteceu em Dublin, com a presença de duas equipas portuguesas e de milhares de compatriotas, Nani será o expoente da presença lusitana, já que não são ainda conhecidos os convocados da equipa britânica.

Fora do relvado estará Eusébio, convidado pela UEFA e ainda um ídolo entre os ingleses. Mas outros nomes portugueses pairam sobre Londres, conforme se constata pelas afirmações de Alex Ferguson e Pep Guardiola.

A élite do futebol mundial poderá nem sempre ser justa para Portugal, mas por vezes é obrigada a render-se aos seus melhores valores.

 



publicado por António Castro às 22:49
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Sexta-feira, 6 de Maio de 2011
Mundo às avessas

José Mourinho foi castigado pela UEFA. A Catalunha rejubila. O Real Madrid admite pedir explicações para a suspensão de cinco jogos, já que não foram revelados os motivos para além da expulsão.

A comunicação social está dividida. A sediada na capital espanhola, reconhecidamente afecta aos merengues, vacila entre as razões do treinador e a maneira de expressar a sua indignação. A próxima do Barcelona estranha: «Só cinco jogos!!!»

Os adeptos do Benfica, que durante a época nunca condicionaram o apoio ao presidente e ao técnico, mesmo nos piores momentos, começam a exigir eleições antecipadas e o despedimento de Jorge Jesus. Razão: perderam quase tudo com que sonharam em noites delirantes.

Se esta gente não consegue tornar a breve passagem por este mundo numa coisa séria e agradável, o melhor é viver como os bichinhos.



publicado por António Castro às 23:26
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Quarta-feira, 4 de Maio de 2011
Manchester United com final em "casa"

O Barcelona já tem adversário - o esperado, aliás - na final da Liga dos Campeões, em Wembley. O Manchester United estará presente no jogo decisivo pela quinta vez (68,99,08,09), e na última foi derrotado precisamente pelos catalães de Pep Guardiola.

Um currículo notável e para o qual muito contribuiu o técnico escocês Alex Ferguson, a verdadeira "jóia" do clube de Old Trafford.

O Schalke 04, já derrotado na Alemanha por dois golos, voltou a perder em Inglaterra, agora por 4-1, sendo os dois últimos golos da autoria do

ex-portita brasileiro Anderson.

O espanhol Jurado ainda marcou o tento de honra e o antigo merengue Raúl ficou em branco, mas promete jogar mais uma temporada no clube de Gelsenkirchen.

O espectáculo dos últimos dias de Maio promete e todas as atenções estarão centradas no duelo entre o tiki-taka catalão e a manobra mais vertical dos ingleses, acrescido da presença do pequeno Messi e do pujante Rooney.

Aliciante acrescido para os portugueses será a esperada presença de Nani.

Este ano será tudo... A compensação virá, espera-se, da Liga Europa.

 

 



publicado por António Castro às 23:29
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Quarta-feira, 27 de Abril de 2011
Mourinho com mais duas batalhas

A "guerra" entre o Real Madrid e o Barcelona desta temporada ainda não terminou e a Liga dos Campeões inclui três batalhas.

A primeira já foi ganha pelos catalães ao vencerem em Santiago Bernabéu o encontro da primeira eliminatória das meias-finais. Messi foi o herói com a marcação de dois golos, mas apenas depois de Pepe se ter tornado no carrasco da própria equipa.

Até este momento, também fatídico para José Mourinho, pois foi para "trás das grades" junto ao relvado, assistira-se a mais do mesmo. O Barça a desenvolver o famoso tiki-taka, cuja única vantagem se manifestava na estatística da posse de bola, e os merengues a explorar com rapidez as mais ocasionais posses de bola para desenvolver velozes contra-ataques. Tudo já demasiado visto, a roçar o enfadonho, com excepção da fenomenal jogada de Messi a fixar o resultado final.

Seguir-se-ão as duas restantes batalhas. Uma, certamente imediata, terá como palco os bastidores da UEFA e "réus" o futebolista Pepe, pela falta que todos os madrilenos dizem não ter cometido, e o treinador português, devido à expulsão e às afirmações proferidas na conferência de imprensa, com ataques subtis  - ou nem tanto - a Pepe Guardiola, ao Barcelona e a certas estruturas da UEFA.

O Nou Camp será o cenário da última batalha, sendo a guerra provavelmente favorável aos catalães, depois dos acontecimentos na capital do País.



publicado por António Castro às 23:03
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Sábado, 16 de Abril de 2011
Clássicos para observadores verem!

Sem atravessar a fronteira entre Portugal e Espanha, graças à televisão, podem ver-se dois clássicos com cerca de 24 horas de intervalo.

No Dragão, tal como aconteceu em Santiago Bernabéu, estarão duas equipas em situações diferentes. O F Porto já ganhou matematicamente o campeonato ao receber uma sombra do Sporting de anos passados. O Real Madrid tem mais uma vez perdido o campeonato espanhol, dado o empate cedido no confronto com o Barcelona e manteve a desvantagem em oito pontos. 

Assistiu-se apenas a um aperitivo para a final da Taça do Rei e as meias-finais da Liga dos Campeões, as oportunidades que restam a José Mourinho para evitar um jejum de títulos em quase dez anos de carreira. Assinale-se, como curiosidade, o facto dos dois golos serem obtido de grande penalidade, marcados por... Messi e Cristiano Ronaldo. 

O FC Porto apenas defende, nesta prova, a invencibilidade, mas André Villas-Boas parece ter atravessado na garganta os dois pontos "oferecidos" aos leões no encontro de Alvalade, e não gostaria de repetir a situação. Além de o afirmar explicitamente, acrescenta: «Os clássicos são para se ganhar.» José Couceiro alheia-se dos 32 pontos que separa as duas equipas e garante: «Temos muitas hipóteses de vencer.»

Quem diria?



publicado por António Castro às 23:35
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Sexta-feira, 15 de Abril de 2011
Silêncio aquece mais "derby" espanhol

O treinador do Real Madrid, presente na conferência de imprensa de antecipação ao primeiro dos próximos embates com o Barcelona (Liga) ao lado do seu adjunto, resolveu ficar calado e dar a palavra a Karanka. Este explicou que Mourinho pretendia com esta decisão não «aquecer o ambiente» em torno do derby, pois as suas declarações normalmente causam certa tensão.

Afinal, o responsável técnico dos merengues conseguiu mais polémica ao ficar em silêncio do que se tivesse respondido às questões dos jornalistas.

A maioria dos representantes da comunicação social de Madrid e alguns estrangeiros decidiram abandonar a sala, e Karanka ficou quase a falar sozinho com alguns catalães e repórteres da rádio.

Situação duplamente desagradável. O português terá aprendido a não hostilizar demasiado os jornalistas em Espanha, pois revelam um espírito de classe inexistente, por exemplo, em Portugal. Por outro lado, foi criada uma situação desagradável ao técnico adjunto que, no entanto, não será tão inocente para admitir que tudo seria pacífico.

Pep Guardiola, do Barcelona, seguiu percurso contrário. Considerou o Madrid favorito, agora «mais forte» do que há meses, e elogiou o colega por saber incutir nos seus jogadores «maneiras de jogar distintas com grande facilidade».

Os objectivos são idênticos, só os processos diferentes. Nem Pep acredita no que disse, nem José ficou calado para preservar a paz.

 

 



publicado por António Castro às 23:33
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Quarta-feira, 13 de Abril de 2011
Mourinho enfrenta maior repto

O Schalke 04 constitui a grande surpresa das meias-finais da Liga dos Campeões. Afastou o Inter, campeão em título, com duas vitórias, a de Milão por números concludentes, mais calculista o encontro disputado na Alemanha. Curiosidade também a presença do espanhol Raúl, a manter a veia goleadora que o celebrizou ao serviço do Real Madrid. No caminho da equipa de Geselkirchen surgirá agora o Manchester United.

José Mourinho terá de novo pela frente o Barcelona, na sequência do golo marcado no campo do Tottenham, ao qual se juntaram os quatros obtidos em Santiago Bernabéu.

O treinador português e Pep Guardiola terão até final da época mais quatro confrontos directos - na Liga espanhola, em Madrid, com o Barça destacado na classificação; decisão da Taça do Rei em Valência; as meias-finais da Liga dos Campeões.

Os catalães são reconhecidos como o conjunto mais forte do mundo na presente época, pelo que atarefa dos merengues não está nada facilitada, apesar da fome de títulos que atormenta Florentino Peréz. Alguns confiam na "magia" do Special One, mas ninguém pode esperar milagres no seu primeiro ano em Espanha. A experiência aponta para a necessidade de trabalhar dois anos seguidos no mesmo clube.

Haverá disposição do Real Madrid, e do próprio Mourinho, face a problemas conhecidos, esperar mais uma temporada?

 

 



publicado por António Castro às 23:43
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Terça-feira, 8 de Março de 2011
Arsenal sem sorte e argumentos para Barça

Antes da entrada em competição das três equipas portugueses participantes na Liga Europa - FC Porto, Benfica e Sporting de Braga - , foi servido um «aperitivo» em Nou Camp, onde o Barcelona recebeu o Arsenal na Liga dos Campeões. O golo de desvantagem da primeira mão da eliminatória em Londres, tal como se previa, não constituiu obstáculo para os catalães, apesar da baixa dos dois centrais titulares, e garantiram a presença nos quartos-de-final.

Alguns acontecimentos, no entanto, apimentaram o despique, mormente a decisão do árbitro suíço Massimo Bussaca ao exagerar na expulsão do Van Pierse, numa altura (58 m) em que o resultado se mantinha empatado a um tento.

Messi foi o herói da noite ao marcar o primeiro golo no início da segunda parte (49 m) e o terceiro - decisivo - de penalty (72 m), antecedidos de um lance infeliz de Busquets (53) ao trair o seu guarda-redes e de remate vitorioso de Xavi (69), que deixou a eliminatória empatada até à marcação do castigo máximo.

O treinador Arsène Wenger, que cedo teve a contrariedade da lesão do guarda-redes titular - afinal apenas a contrariedade de «queimar» uma substituição, já que o substituto Almunia revelou grande segurança -, considerou a expulsão do avançado «uma vergonha» que «acabou com o jogo». A verdade, no entanto, é que os gunners estiveram longe da exibição em Londres e sobraram dedos de uma mão para contar os remates à baliza dos catalães.

O tiki-taka do Barça voltou a funcionar em pleno. Voltou desorientar os adversários e a constituir a rampa de lançamento para a eficácia ofensiva, considerava escassa a avaliar pelo técnico Pep Guardiola: «Merecíamos ter vencido por vantagem mais ampla.» 



publicado por António Castro às 23:02
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Segunda-feira, 12 de Julho de 2010
Cruyff ataca Barça e Holanda

Johan Cruyff não escondeu, há dias, a sua irritação por uma atitude do actual presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e voltou a ser caústico para a «sua» selecção da Holanda.

O anterior responsável catalão, Juan Laporta, tinha atribuída, ao terminar o mandato, a medalha de presidente honorário do Barcelona a Cruyff, figura mítica do clube como futebolista e treinador.

O  novo patrão, chegado ao poder, decidiu que semelhante decisão apenas seria válida após aprovação dos sócios em assembleia, por não estar prevista nos estatutos. O holandês deslocou-se no dia 1 deste mês aos serviços administrativos do clube e devolveu a medalha entregue por Laporta. Além disso, recusou atender diversos telefonemas do actual presidente, por desconhecer as razões e «considerar aquele assunto encerrado».

Agora, a ira de Crujff virou-se contra a selecção laranja, com duras críticas ao treinador e ao comportamento dos jogadores na final com a Espanha, e nos seus comentários não deixa de abordar a eliminação do Barcelona da Liga dos Campeões pelo Inter de José Mourinho.

Antes do início do Mundial, confessara que o coração estava com a Holanda e a razão do lado da Espanha. Na sequência destes incidentes, certamente o coração e a razão perderam os destinatários.

 

 

 



publicado por António Castro às 23:57
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Terça-feira, 20 de Abril de 2010
Mourinho ganha primeiro «round»

Uma parte está cumprida com distinção por José Mourinho. Em Camp Nou, dentro de oito dias, se verá qual será a reacção de Pep Guardiola e o desfecho desta meia-final da Liga dos Campeões.

Milão assistiu a um grande espectáculo e os campeões italianos cometeram uma proeza fora das previsões mais optimistas. Ninguém esperava que o «grande» Barcelona da época passada tivesse tantas dificuldades para impor o seu futebol, e o Inter conseguisse tal eficácia ofensiva - três golos marcados ao campeão europeu em título, facto que não acontecia desde a entrada do actual técnico.

Os espanhóis queixam-se da arbitragem de Olegário Benquerença; os italianos abordam pequenos casos; os portugueses nem disso falam.

Quem assistiu ao jogo através da televisão não pode dizer que todas as decisões foram acertadas, mas nem sempre prejudicaram os catalães.

Neste primeiro round torna-se indiscutível que José Mourinho deu a receita certa aos seus jogadores para contrariar a «teia» do adversário, e Schneider e companhia complementaram uma exibição quase impecável, através deum contra-ataque rápido e inteligente que entonteceu a defensiva catalã.

Os frutos estão à vista e não podem sofrer contestação. Se serão suficientes, resta esperar.



publicado por António Castro às 23:55
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Terça-feira, 6 de Abril de 2010
Detalhes e «futebol global»

José Mourinho e Pep Guardiola estarão de novo frente-frente na Liga dos Campeões, esta temporada.

O português depois do Inter eliminar os russos do CSKA, com duas vitórias (um golo em cada jogo da eliminatória) e exibição de bom nível em Milão, embora com um ataque perdulário, e outra «económica » em Moscovo, em especial depois do tento de Schneider. A partir desse momento, aliado à expulsão de um jogador, o adversário perdeu todas as ilusões e os italianos limitaram-se a gerir a a vantagem.

O espanhol do Barcelona, na sequência do espectáculo de Messi, autor de quatro golos em Nou Camp que ficarão na história das provas europeias, adicionado ao empate (2-2) no campo do Arsenal. A eliminatória saldou-se por desfecho convincente (6-3) e mais uma demonstração da capacidade do catalães, na linha do que se viu na época passada.

José Mourinho entusiasmado com o facto de levar os italianos às meias-finais, aponta para a final em Santiago Bernabéu. Pep Guardiola parece ter mais argumentos para lá chegar, pois o Barcelona continua a demonstrar um futebol, além de espectacular, demolidor para qualquer adversário, em maior dose se não encontrar antídoto para segurar o argentino Leo Messi.

Neste confronto de tácticas e estratégias tão diferenciadas residirá o grande interesse do confronto entre italianos e espanhóis, ao qual está subjacente o tira-teimas Mourinho-Guardiola.

O português tem defendido que os detalhes são influentes em competições a eliminar, mas fica a dúvida se podem ser tão determinantes perante um «futebol global».

 



publicado por António Castro às 23:51
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Segunda-feira, 22 de Março de 2010
O novo amor à camisola

Está na moda. Treinadores e jogadores, sempre que defrontam equipas onde já prestaram serviços, mostram relutância em manifestar com exuberância a sua alegria pelas vitórias ou na marcação dos golos.

José Mourinho tem sido um caso típico. Aconteceu quando o «seu» Chelsea defrontou o FC Porto e, mais recentemente , o Inter teve como adversário o mesmo clube britânico.

O exemplo mais recente, a roçar o insólito, é o de Thierry Henry ao revelar que não pretende defrontar o Arsenal, onde actuou durante oito anos, nos próximos jogos com o Barcelona, relativos aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Ultrapassados os nostálgicos tempos do amor à camisola surge agora um sentimentalismo de contornos surpreendentes.

Qualquer profissional de futebol considera legítimo mudar de clube sem atender a outras razões que não sejam as de auferir maiores rendimentos ou actuar em equipas mais poderosas.

Agora esquecem comportamentos passados, desprezam compromissos assumidos e relegam para segundo plano os prejuízos que podem causar aos actuais patrões.

Após terem as contas bancárias recheadas, esta gente tornou-se tão sensível. É comovente!!!



publicado por António Castro às 23:56
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