Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»

Sábado, 6 de Agosto de 2011
Benfica dá prenda a Eusébio

«O grande objectivo para este jogo era que servisse de treino com qualidade e intensidade. Disse à equipa que era importante fazer um bom jogo e dar um bom espectáculo. Na primeira parte demos algum espaço aos jogadores do Arsenal, mas com a entrada de jogadores mais rotinados, acabámos por anular essas movimentações... O Benfica tem um lote de jogadores que vão disputar a titularidade numa competição normal e boa para os interesses do clube. Jogou esta equipa de início, contra o Trabzonspor jogou outra e na sexta-feira serão outros.»

 

 

Frases de Jorge Jesus in Maisfutebol

 

 

O Benfica ofereceu na segunda parte da Eusébio Cup um expectáculo mais de acordo com as expectativas. Não admira, portanto, a satisfação do técnico da Luz, que parece ter definido a "sua" equipa, na qual Oscar Cardozo começa a ter menos peso.



publicado por António Castro às 23:16
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Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011
«Tiki-taka» até adormece Barça

O espectáculo do Emirates Stadium, em Londres, correspondeu às expectativas. O Barcelona foi quase igual a si própria até ao intervalo, com excepção da eficácia ofensiva. O Arsenal sentiu enormes dificuldades nesse período, embora nunca transmitisse a sensação de se entregar sem luta ao tão reclamado tiki-taka dos catalães.

A surpresa aconteceu na segunda parte. Os comandados de Pep Guardiola admitiram que as constantes trocas de bola em pequenos espaços fossem suficientes para manter em respeito a equipa de Arsène Wenger. Mas esta toada, por vezes provocar olés dos culés, mas também bocejos entre os espectadores descomprometidos, só funciona se terminar em acelerações repentinas a caminho da finalização e perante um adversário que não esteja disposto a correr o risco do fora-de-jogo.

Aconteceu que, desperdiçadas as oportunidades anteriores, os campeões de Espanha adormeceram com aquele ineficaz tiki-taka e deixaram que algumas vedetas dos gunners mostrassem o seu valor e, mais do que isso, alardeassem agressiva manobra atacante (2-1).

Estão criadas as condições de redobrada expectativa na visita dos ingleses ao Nou Camp. Quanto a prognósticos, nem pensar.

A Roma provou não se encontrar no melhor momento e permitiram uma vantagem tangencial, é certo, aos ucranianos, mas por números (2-3) pouco favoráveis para a visita a Donetsk.

 



publicado por António Castro às 23:41
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Terça-feira, 23 de Novembro de 2010
Sonho continua

O Sporting de Braga conseguiu aquilo em que Domingos Paciência acreditara e fora neste bloque considerado como um estado de espírito demasiado optimista.

Arsenal e minhotos ofereceram durante a maior parte da partida um espectáculo pouco interessante. Os ingleses, mais empreendedores na maior parte do tempo, estavam convencidos que as suas camisolas chegavam para ganhar e preferiram ter a posse da bola nas linhas recuadas e ensaiar lances ofensivos através dos elementos mais velozes. Domingos Paciência não arriscou e à saída para o intervalo não parecia preocupado com o empate e o infrutífero domínio do adversário.

Alguma coisa mudou depois, desde um penalty perdoado ao Braga à atitude mais ambiciosa dos portugueses com o aproximar do final do encontro. Esforço recompensado pela noite inspirada de Matheus, marcador de dois golos, a manter o sonho de continuar na Liga dos Campeões.

Domingos Paciência provou que os seus jogadores podem fazer mais do que se tem visto no campeonato. Quanto ao objectivo final necessita de programar a calculadora para os resultados ideais de última jornada. Neste aspecto mantêm-se as dúvidas.

Jorge de Jesus também espera uma vitória do Benfica em Israel e uma escorregadela do Schalke na visita do Lyon. É sempre problemático fazer conjecturas sobre situações em que não se pode interferir. Por enquanto, apenas deve contar com o comportamento dos seus jogadores e esperar uma exibição ao nível dos melhores dias.



publicado por António Castro às 23:52
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Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010
Braga garante um palco europeu

A segunda montra anual do futebol europeu foi assegurada com a segunda vitória do Sporting de Braga perante os sérvios do Partizan, agora em Belgrado.

Se a presença na Liga Europa permitirá a Domingos Paciência compensar algumas desilusões a nível interno, já se afigura mais difícil concretizar a proeza do apuramento na fase de grupos da Liga dos Campeões. 

Além das pesadas derrotas nas duas primeiras jornadas - no campo do Arsenal (6-0) e na visita do Shakhtar ao AXA (0-3) - aliou-se a vitória dos ucranianos na recepção a um Arsenal desfalcado das principais figuras por opção de  Arsène Wenger. Experiência que os ingleses não vão repetir, certamente, na deslocação a Braga e poderá prejudicar os portugueses.

Naturalmente não terá existido nas opções do treinador francês a intenção de prejudicar os minhotos, necessitados de uma vitória para sonhar... mais alto. Agora será muito mais difícil ultrapassar um Arsenal com mais vedetas e, no último jogo, em Donetsk, ultrapassar os ucranianos.

A UEFA deveria estar atenta a estes problemas. Se é legítimo os clubes gerirem os avanços pontuais, corre-se o risco da verdade desportiva ser desvirtuada por estes expedientes. E há forma de os evitar.  



publicado por António Castro às 23:52
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Segunda-feira, 22 de Março de 2010
O novo amor à camisola

Está na moda. Treinadores e jogadores, sempre que defrontam equipas onde já prestaram serviços, mostram relutância em manifestar com exuberância a sua alegria pelas vitórias ou na marcação dos golos.

José Mourinho tem sido um caso típico. Aconteceu quando o «seu» Chelsea defrontou o FC Porto e, mais recentemente , o Inter teve como adversário o mesmo clube britânico.

O exemplo mais recente, a roçar o insólito, é o de Thierry Henry ao revelar que não pretende defrontar o Arsenal, onde actuou durante oito anos, nos próximos jogos com o Barcelona, relativos aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Ultrapassados os nostálgicos tempos do amor à camisola surge agora um sentimentalismo de contornos surpreendentes.

Qualquer profissional de futebol considera legítimo mudar de clube sem atender a outras razões que não sejam as de auferir maiores rendimentos ou actuar em equipas mais poderosas.

Agora esquecem comportamentos passados, desprezam compromissos assumidos e relegam para segundo plano os prejuízos que podem causar aos actuais patrões.

Após terem as contas bancárias recheadas, esta gente tornou-se tão sensível. É comovente!!!



publicado por António Castro às 23:56
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Terça-feira, 9 de Março de 2010
Dragões deixam Europa pela porta pequena

O apuramento dos portistas para os quartos-de-final da Liga dos Campeões estava condicionado, em nossa opinião, à reacção do Arsenal à derrota no Porto (2-1), a eventuais consequências negativas da ausência do espanhol Fabregas e ao regresso a exibições convincentes dos portugueses.

A equipa de Arsène Wenger começou da melhor maneira e, aos 25 minutos,  tinha vantagem na eliminatória (2-0) com golos do dinamarquês Brendter, um quebra-cabeças para a selecção portuguesa na qualificação para a África do Sul. Quanto a Fabregas, viu tranquilamente das bancadas excelente exibição dos companheiros frente a um desorientado conjunto de Jesualdo Ferreira.

Ao técnico serão agora atribuídas todas as responsabilidades pela goleada. Esquecidos estarão os últimos três anos e, em especial, a inspiração dos endiabrados gunners, como o russo Arshavin e o francês Samir Nasri, autor de um golo com direito a figurar na história da competição, além do já referido nórdico, marcador de mais um penalty, todos comandados pela batuta de outro gaulês chamado Diaby.

Alguns cronistas da nossa praça, confessos desconhecedores de tácticas e estratégias, até sugeriram quem deveria pisar o relvado do Emirates Stadium. O técnico, por coincidência, fez-lhes a vontade. Talvez percebam agora que o rendimento de uma equipa de futebol está sujeita a muitos outros factores e não se apressem a colocar no pelourinho a cabeça de Jesualdo Ferreira.

Qualquer que seja a decisão, Pinto da Costa tratará o treinador com quem firmou compromissos com um aperto de mão com a dignidade devida pelo seu trabalho desenvolvido no clube, além do valioso contributo para a sala de troféus.



publicado por António Castro às 23:55
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Domingo, 27 de Dezembro de 2009
Vitória não obriga a correr certos riscos

O Arsenal estava a sentir dificuldades perante o Aston Villa na jornada do Boxing Day e o empate a zero subsistia passados 12 minutos da segunda parte.

O treinador do clube, Arsène Wenger, tinha no banco o espanhol Cesc Fabregas, regressado de uma lesão e ainda não totalmente recuperado, e o francês, já em desespero, decidiu pela sua entrada em campo em substituição de Denilson.

Em boa hora o fez , pois Cesc, graças a magistral exibição durante cerca de 27 minutos, «fabricou» o resultado com a marcação de dois golos (65 e 81 m), e o adversário ficou sem capacidade de reacção.

Em má hora o fez, pois Cesc, logo a seguir à marcação do segundo tento, foi obrigado a sair do campo, ressentindo-se da anterior lesão. A decisão de utilizar um jogador ainda em recuperação é explicada  por Arsène Wenger sem rodeios, mas de duvidoso acerto, já que ninguém pode garantir que a vitória não poderia acontecer sem sacrificar o jogador.

Colocar em risco a integridade de um futebolista surpreende num técnico ponderado e conhecedor dos limites do ser humano.

Exemplos semelhantes tem inúmeros a história do futebol e do desporto em geral, pelo que era desnecessário mais este registado no Emirates Stadium.



publicado por António Castro às 23:58
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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008
Arsenal vulgariza campeão de Portugal

A palavra humilhação andou ontem na boca de muita gente depois do encontro da Liga dos Campeões no Emirates Stadium, entre o Arsenal e o FC Porto. E foi lembrado que aconteceu a última vez no longínquo ano de 1997 uma derrota portista tão expressiva na UEFA, na capital espanhola, frente ao Real Madrid.

O léxico futebolístico desde há muito que utiliza o verbo "humilhar" quando surge um resultado desnivelado entre equipas de topo, mas logo se acrescenta que essas inesperadas diferenças de golos são meros acidentes do jogo.

Será mais correcto dizer que a exibição dos campeões portugueses foi demasiado frustrante, pois não encontrou nenhum argumento para contrariar o jovem conjunto orientado por Arsène Wenger. Sobressaiu, afinal, aquilo que alguns analistas tem salientado sobre o rendimento do FC Porto esta temporada, ainda longe do passado recente.

Como recusamos os "ses", pouco importa que, antes dos arsenalistas marcarem, os portugueses tivessem desperdiçado algumas oportunidades de golo. Os pupilos de Jesualdo Ferreira viram quatro bolas na sua baliza e, além disso, foram autênticas marionetas ao sabor da movimentação dos adversários, em especial nos últimos minutos, facto que até fez sorrir o sisudo técnico francês.

Isso é que foi chocante, como a expressão "vingança" de Lucho Gonzalez marcada para Alvalade. Vingança de quê?

 



publicado por António Castro às 08:00
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