O encontro de Sub-21 entre Portugal e a Suécia fez cair por terra a teoria dos defensores de encontros decisivos serem efectuados à mesma hora. Com o apuramento dependente do que se passava entre alemães e italianos, a partir de certa altura tornou-se evidente que o empate era um resultado a defender.
Se até certa altura se assistiu a interessante despique entre ibéricos e nórdicos, a seguir ao golo de Gonçalo Paciência os suecos voltaram a intensificar a toada atacante, restabeleceram a igualdade e acabou o espectáculo.
Encontrados os participantes nas meias-finais e garantida a presença nos Jogos Olímpicos do Brasil, os cinco minutos derradeiros, incluindo o tempo de desconto, foram vergonhosos.
A equipa de Rui Jorge jamais ultrapassou a linha do meio-campo, com excessivos passes entre dois jogadores a pouco metros de distância e os restantes a ver. Os suecos mantiveram-se parados, apenas atentos à bola e aos adversários na outra metade do terreno.
Nem tiveram engenho para disfarçar as suas intenções, de tal maneira que o árbitro entendeu acabar com o jogo a alguns segundos de se atingir o terceiro minuto de compensação.
Que tristeza!
«Os treinadores são os que melhoram os seus jogadores e a suas equipas, os "destreinadores" são os que pioram os seus jogadores e as suas equipas, mas será que os "destreinadores" não têm conhecimentos?»
A questão mais interessante que José Mourinho abordou na apresentação da Pós-Graduação em Treino de Alto Rendimento, na qual vai ser docente.
No auditório da Faculdade de Motricidade Humana, o técnico explicou a sua ideia: «Acho que têm e, às vezes, até têm demais, não sabem é gerir o seu próprio conhecimento. Uma coisa é o conhecimento que está ao alcance de todos, outra coisa é a capacidade de produzir o próprio conhecimento.»
O treinador do Chelsea explicou a sua presença: «A razão pela qual aceitei o convite para leccionar no curso é porque vos quero homenagear a vós, porque os formadores são merecedores desse respeito e por isso aqui estou.»
Por fim deu já uma ideia sobre as futuras intervenções ao revelar a sua ideia sobre o perfil de um treinador moderno ao afirmar que «antes de ser um gestor de recursos humanos é um gestor dos seus próprios conhecimentos».
O Special One de há anos apresenta-se agora com outra postura. «O futebol não me tirou a capacidade de ter os pés na terra e de ser mais que os outros», concluiu.
Fernando Santos voltou ao banco com uma vitória. O bracarense Éder marcou o primeiro golo ao serviço da selecção na 18.ª internacionalizações. Portugal quebrou um jejum de vitórias em confrontos com os italianos que se prolongou desde Dezembro de 1976 (39 anos).
Aspectos meramente estatísticos, por vezes de significado relativo, tanto mais quando tudo aconteceu num encontro de particular e em que tanto Antonio Conte como Fernando Santos fizeram muitos testes para os próximos jogos de qualificação do Europeu de França. De salientar que Daniel Carriço, um produto da formação sportinguista e companheiro do guarda-redes Beto no Sevilha, se estreou na equipa nacional.
De qualquer forma, os treinadores fizeram diversas análises. O português garantiu: «Mostrámos que somos uma grande equipa». Quem diria... O italiano considerou que os seus comandados mereciam o empate, enquanto a imprensa transalpina coloca em causa a sua continuidade no comando da Squadra Azurra, pois a Itália ainda não garantiu a presença na fase final do Europeu 2016.
Especulações próprias do futebol.
Fernando Santos sentiu, certamente, inesperados calafrios na zona VIP do estádio de Erevan, lugar em que acompanhou o jogo devido a castigo. Os arménios deram tacticamente uma lição de futebol aos portugueses, que viveu momentos arrepiantes.
Ao seleccionador nacional esperam tempos de reflexão e profundas alterações, tanto na escolha de jogadores como na estratégia.
Os responsáveis e jogadores podem apresentar a conjugação negativa de diversos factores: a insegurança de Rui Patrício, a expulsão de Tiago e a lesão de Ricardo Carvalho. Nada disso disfarça, no entanto, a positiva exibição dos adversários.
A vitória, a primeira desde sempre sobre a Arménia, ficou a dever-se à genialidade de Cristiano Ronaldo. Três golos assinalaram a actuação quase sempre sem bola, devido às ineficazes assistências dos companheiros. Um penalty, incrível lance a aproveitar desentendimento na defesa contrária e um dos seus habituais petardos, tornaram-no no responsável pela vitória.
Aquela que Fernando Santos esperava na caminhada para campeão europeu...
Luís Filipe Vieira anunciou, finalmente, o substituto de Jorge Jesus. As conversações mantidas com o Vitória de Guimarães culminaram na contratação de Rui Vitória por três épocas.
O treinador de 45 anos entrará na à Luz na sequência de quatro épocas no clube minhoto, onde ganhou a Taça de Portugal em 2013, precisamente frente ao Benfica. Antes, no Paços de Ferreira, chegou à final da Taça da Liga.
A personalidade de Rui Vitória agrada aos dirigentes benfiquistas, em especial ao presidente, mas a tarefa não será fácil para o homem nascido em Alverca. Embora se anunciem contratações, o clube lisboeta entrará em período de "vacas menos gordas". A aposta no trabalho desenvolvido na formação está decidida, com o aproveitamento dos melhores valores, em contraste com uma política totalmente oposta no passado recente.
O novo treinador chega a um clube grande aos 45 anos e 14 de carreira, e nunca foi despedido nos clubes onde trabalhou.Começou por dirigir o Vilafranquense (2002/2003), onde tinha feito grande parte da carreira de jogador. Percurso como médio que terminou aos 32 anos e aproveitou os tempos livres para se formar em Educação Física pela Faculdade de Motricidade Humana.
Passadas duas épocas treinou os juniores do Benfica e em 2006 surgiu-lhe a oportunidade de trabalhar de novo com os seniores do Fátima,onde esteve quatro temporadas com curioso percurso: subiu à II Liga, voltou a descer e repetiu a subir.
Em 2010 abrem-se as portas da I Liga no Paços Ferreira, termina em sétimo lugar e comparece na final da Taça da Liga, perdida com o Benfica. Ainda começa a temporada seguinte, mas muda-se no final para Guimarães, onde se manteve quatro temporadas. Conseguiu também o apuramento para a Europa por duas vezes.
Agora tem pela frente diferentes problemas e exigentes objectivos.
Alvalade não têm descanso. O presidente Bruno Carvalho desde cedo começou a agitar o ambiente. O primeiro alvo foi o treinador Marco Silva, quando os resultados não corresponderam aos do início da época. Assistia aos jogos no banco dos suplentes, festejava os golos como fazia quando incluído numa das claques leoninas, seguia para os balneários ao intervalo e no final dos jogos para dar os seus bitaites, até que o técnico entrou em ruptura com o presidente.
Agora, depois da contratação de Jorge Jesus resolveu, em Alenquer, utilizar mais algumas munições: «Uma prova de inteligência ou de burrice são os inimigos que se escolhem na vida. Este clube sofre de uma auto-mutilação crónica. Para alterarmos isso, o remédio é difícil, mas identificado: há que terminar a auditoria e responsabilizar quem se deve; nunca vergar o clube a quem se alimentou durante décadas; afastar sem hipocrisias quem se alimentou do clube e ser campeão não apenas só de vez em quando, os eternos perdedores e submissos do clube.»
Um discurso que respondia a algumas críticas e provocou outras de ex-notáveis.
«É com profundo desgosto que vejo uma linha que me parece francamente dolorosa e parece que não augura bons caminhos para o Sporting. José Roquete ainda referiu o processo de contratação de Jorge Jesus. Considera que «fica mal na fotografia»" e está preocupado com «a ausência de manifestação do treinador».
Vasco Lourenço, que chegou a dirigir a assembleia geral dos leões, não teve papas na língua: «Bruno de Carvalho é um caso de psiquiatria. Não o apoiei nas eleições e manifestei a preocupação no caso de ser eleito. Agora estava relativamente satisfeito com muitas das acções que tem desenvolvido, mas começo a temer que aquele meu receio venha a ser uma realidade.»
Dias da Cunha foi peremptório: «O presidente do Sporting, para mim, ia para o manicómio. É absolutamente inacreditável. Loucura? Primeiro, o Marco Silva é um excelente treinador e é inadmissível pôr termo ao contrato com ele. Segundo, Jorge Jesus é o quarto ou quinto treinador mais bem pago do mundo. Como é que o Sporting pode pagar aquilo que o Benfica, com uma situação financeira bastante melhor, não pode continuar a pagar?»
Meia dúzia de gatos metidos num saco não fariam mais estragos.
Estava escrito! O Barcelona venceu a Juventus, em Berlim, graças às qualidades que o treinador Luis Enrique, que soube imitar épocas gloriosas do compatriota Pep Guardiola e, eventualmente, potenciar o tradicional futebol dos catalães. Posse de bola, partindo da defesa com certa lentidão, mas rápida mudança de velocidade no assalto à baliza do guarda-redes Buffon (único presente na distante final de 2003) estiveram na base da vitória no Olímpico de Berlim.
Os italianos saíram do relvado com uma exibição personalizada, ao estilo implementado pelo técnico Massimiliano Alegri. Notório, no entanto, que as suas principais vedetas (o guarda-redes, Pilro, Morata e Pogba, entre outros) foram inferiores ao trio maravilha (Messi, Luis Suarez e Neymar), imparável em termos de eficácia atacante.
Quinta vitória na Liga dosCampeões foi a cereja no bolo de uma época triunfante da equipa da Catalunha, devido aos êxitos na Liga de Espanha e na Taça do Rei. Portentoso!
Benfica e Sporting estão de pernas para o ar. Colectividades, no entanto, sem qualquer responsabilidade em insólita situação.
Nesta perspectiva, são os homens que supostamente os servem - ou serviram - a aparecer na crista da onda em mar revolto.
Luís Filipe Vieira ou Bruno Carvalho e Jorge Jesus ou Marco Silva andam nas bocas do mundo. Ainda faltam os "capangas" de um e outro lado. Para manterem os lugares actuam como vozes dos respectivos donos...
Emitir opinião neste momento será prematuro. Ninguém tem dúvidas, contudo, do vergonhoso estado em que caiu o futebol português.
Ao regressar após longa ausência, devido a problemas de pouco interesse para os leitores, não abordarei, a título excepcional, qualquer tema de desporto.
Muito já foi dito sobre o meu chefe Fernando Pires no Diário Notícias, falecido na madrugada no dia 24 do passado mês.
Quero relembrar que o meu amigo de longos anos, com quem muito aprendi profissionalmente, também se estreou como jornalista na área desportiva, no extinto Mundo Desportivo.
Razão porque não posso esquecer que o Chefe, neste dia 3, era o do seu aniversário. Sempre!
Até amanhã.
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