Análise das questões do desporto e, em especial do futebol, feita por António Castro, agora mais distante dos centros de decisão, ao contrário do que aconteceu durante 40 anos ao serviço do extinto «Mundo Desportivo» e do «Diário de Notícias»
Terça-feira, 31 de Março de 2009
Nada de novo em Lausana

A deslocação à Suíça não ofereceu nada de novo sobre a selecção de Carlos Queirós. Nem a África do Sul constituiu adversário a obrigar exigente aplicação dos portugueses, nem estes ofereceram uma imagem melhorada do confronto com os suecos.

Marcaram-se finalmente golos - dois - e o responsável técnico promoveu mais três futebolistas a internacionais (o lateral direito Nélson, a actuar no Bétis, o defesa esquerdo Gonçalo Brandão, do Siena, e Edinho, avançado do AEK). Qualquer deles transmitiu uma imagem positiva, mas importa ter em atenção as fragilidades dos africanos treinados pelo brasileiro Joel Santana.

Nem sequer o marcação dos golos terá oferecido maio esperança, pois foram ambos obtidos na sequência de cantos de Deco, e no segundo ficou a dúvida se pertenceu ao sul-africano Twala ou a Edinho, embora este garanta direitos de autor.

A velocidade e a criaçãode espaços numa defesa vulnerável voltaram a não surgir, mesmos depois da entrada do desequilibrador Cristiano Ronaldo.

A falta de inspiração - ou de forma - da maioria dos jogadores continua a ser alarmante.



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Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Cristiano Ronaldo precisa de "travão" verbal

Não bastava os maus resultados, agora também Cristiano Ronaldo terá criado mau ambiente entre os companheiros da selecção, ao proferir uma declaração considerada ofensiva, por alguns colegas, da sua dignidade profissional.

A frase proferida pelo jogador do Manchester United, o quarto futebolista mais bem pago do mundo, antes do encontro com a Suécia, foi a reacção a quente por lhe terem perguntado qual a razão de não mostrar na selecção todas as potencialidades patentes ao serviço do campeão inglês.

"Fizessem todos o que eu fiz na selecção e já teríamos sido campeões de mundo", foi a resposta do puto-maravilha, realmente própria de uma pessoa ainda sem maturidade para enfrentar situações mais embaraçosas.

Cristiano Ronaldo talvez seja o menos culpado, pois gravita à sua volta muita gente que fomenta essa tendência para a arrogância, em vez de o aconselhar a ser mais comedido, embora sem descaracterizar a sua personalidade.

Alex Ferguson ainda é o único que consegue colocar o português no seu verdadeiro lugar. 


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Domingo, 29 de Março de 2009
Avançados necessitam de bússola

Os portugueses, por vezes, parecem viver nas nuvens. Depois da selecção deixar escapar  sete pontos em três jogos disputados em casa e mais dois na deslocação à Suécia - apenas venceu na visita a Malta - continuam a expressar, com raras e sensatas excepções, uma confiança cega no apuramento para a fase final do Mundial africano.

A par deste sentimento, Carlos Queirós apresenta argumentos para explicar certos - ou quase todos - os desfechos negativos, como a não marcação de grandes penalidades a favor da selecção das quinas (cita agora o exemplo de uma falta sobre Cristiano Ronaldo, no Dragão, que passou sem reparo à maioria da comunicação social), insinuando a existência de uma campanha para prejudicar Portugal.

Os analistas, entretanto, multiplicam-se em estatísticas e gráficos sobre o elevado número de remates de Cristiano Ronaldo e companheiros nos últimos jogos e o total de golos obtidos:  57 contra zero.

Números que pecam por exactidão, dado que incluem aquelas tentativas sem nexo que levam a bola a bater em adversários antes de chegarem à baliza, "passes" aos guarda-redes, remates desenquadrados com a baliza. Restam aqueles que não conseguem surpreender os guarda-redes contrários por imperícia ou falta de serenidade dos avançados, e ficam a sobrar poucas ocasiões de golo.

Acrescem a estes factores o possível deficiente aproveitamento dos valores existentes num limitado mercado ou a aplicação de inadequado modelo táctico face às características dos

jogadores convocados.

Estes são aspectos que devem merecer especial atenção dos responsáveis. O resto é folclore...



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Sábado, 28 de Março de 2009
Alarme soou na selecção

Longos minutos esteve Gilberto Madaíl, com as mãos poiadas no muro da bancada e de cabeça baixa, quando toda a gente tinha abandonado os lugares. Pinto da Costa acabou por o libertar dessa penosa meditação.

Uma imagem de completa frustração, que viria a confessar, embora adiantasse - "noblesse oblige"  - que o apuramento é ainda possível. Expectativa que começa a ser recusada por alguns - Deco sugere que se pense nos play-off e Tiago admite já o "adeus".

Carlos Queirós, como lhe compete, tem mensagem de confiança, diz que a "qualificação é uma maratona" e recusa o tradicional recurso à calculadora.

Mas o que se viu no Dragão não augura nada de positivo, excluindo o empemho demonstrado pelos jogadores. A defesa ainda passou por algumas aflições, embora sem ter um adversário abertamente lançado no ataque. A composição inicial do meio-campo surpreendeu, mas o trio formado por Pepe, Tiago e, em especial Raul Meireles, desenvolveu lances de mérito. No ataque aconteceu o "apagão". Cristiano Ronaldo, Danny e Simão Sabrosa não tiveram engenho para ultrapassar a segura defesa sueca.

Argumentou-se com o número de remates, mas se pecam por direcção ou não utrapassam o guarda-redes, não permitem vitórias.

Reconheçamos todos que o futebol português está a viver momentos difíceis, apesar de ter muitos elementos a actuar no estrangeiro. Compete aos responsáveis fazer o diagnóstico da situação e tomar as medidas para alterar a situação a curto prazo.

É a hora de agir e não de desculpas ou acreditar em miragens.



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Até sempre, Alfredo Farinha

Dez anos nos separaram no nascimento. Não sei quanto tempo acontecerá com a morte. Mas uma certeza eu tenho: a amizade por Alfredo Farinha nunca esteve nem estará sujeita a questões temporais.

Era para mim o senhor Alfredo Farinha quando comecei a trabalhar no extinto Mundo Desportivo, que já fora a sua casa de trabalho, mas bem cedo obrigou-me a deixar cair o "senhor", acolhendo-me como um igual ao serviço da mesma causa.

Mas era realmente um senhor. Como homem, de grande honestidade moral, sempre disposto a ajudar o companheiro, sem olhar à sua camisola profissional. Como jornalista tinha as virtudes e defeitos próprios de uma paixão: arrebatado, por vezes arrebatador, com convicções fortes e polémicas, alheio às consequências. Em suma, um lutador nato.

Acima de tudo, no entanto, surge o "maestro" da escrita e, também, do verbo, como muitos ainda se recordam.

Alfredo Farinha, obrigado pela sua amizade e exemplo.

Até sempre!

 



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Sexta-feira, 27 de Março de 2009
Portugal tem de evitar "apagão"

A verificar-se o bizarro apagão previsto para a hora do jogo entre Portugal e a Suécia, que não seja da selecção dirigida por Carlos Queirós. Constituiria o ruir de quase todas as esperanças em estar presente, no próximo ano, na África do Sul, embora o seleccionador mantenha que uma derrota não significa o definitivo afastamento, porque ainda há muita qualificação "para jogar".

As possibilidades matemáticas podem, no entanto, ser influenciadas por aspectos psicológicos, e importa reconhecer que nova derrota no Dragão abalaria demasiado alguns jogadores, deixaria os adeptos descrentes e seria inevitável um clima de desconfiança sobre os métodos e opções do treinador.

Por tudo isto, Carlos Queirós não deve confiar em que o conhecido "sonho de José Torres" na qualificação para o México possa repetir-se.

Se houver apagão que seja apenas eléctrico e nunca de inspiração dos jogadores em quem o seleccionador confiar para levar de vencida os suecos.

Caso contrário, teremos mais uma semana de polémica no futebol português.



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Quinta-feira, 26 de Março de 2009
Represália do padre pode recair em Carlos

Serenou, por uns dias, o ambiente no futebol português. O padre do Rato serviu para desanuviar o clima de tensão, dado o o caricato da sua afirmação, embora garantisse tratar-se de uma "brincadeira".

Agora, toda a gente com responsabilidades procura remeter-se ao silêncio, com apelos ao apoio à selecção, em vésperas de um jogo decisivo com a Suécia, pois só uma vitória reabre as portas da qualificação para a fase final do Mundial da África do Sul 2010.

Treinadores, jogadores e o presidente da Federação procuram transmitir uma mensagem de confiança que não parece sensibilizar os adeptos, face ao demasiado número de pontos já desperdiçados com selecções de menor potencial.

Espera-se que Carlos Queirós continue a "ser feliz" no estádio portista, mas se não conseguir os objectivos, surgirá nova situação de crise, apesar de ser conhecida a explicação: interessa acima de tudo construir o futuro.

Só que nestes tempos, o futuro é já amanhã!

E o padre do Rato não perdoa os erros. 



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Quarta-feira, 25 de Março de 2009
Árbitro entra em contradições e nada acontece

A Liga não promete, faz. O seu presidente garantiu, dada a polémica gerada pela final da Taça da Liga, que a partir de agora "a página virou".

Dito e feito. Logo nesse dia, o árbitro Lucílio Baptista confirmou perante a Comissão Disciplinar, segundo noticia A Bola, ter visto o gesto de Paulo Bento a simular "roubo", mas não o valorizou e omitiu-o no relatório. O contrário das declarações feitas em directo na SIC, em que referiu não se ter apercebido dessa atitude do treinador do Sporting. Quanto à "peitada" de Pedro Silva, não podia negar o contacto físico, mas também desvalorizou a incorrecção. 

Estas novas afirmações na Liga impediram, face aos regulamentos, a instauração de um processo sumaríssimo ao técnico e ao defesa de Alvalade.

Não bastavam estes episódios para admitir que nem tudo corre bem na Liga. Sabe-se agora que foi instaurado um inquérito interno ao Departamento de Organização dos Jogos, por alegada troca do delegado ao jogo, negada, no entanto, pelos seus serviços.

A "página virou", mas é tão transparente que deixa ver as anteriores...



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Terça-feira, 24 de Março de 2009
Prova de força de Hermínio Loureiro

O Presidente da Liga de Futebol, depois da reunião de emergência da direcção, apareceu com um discurso inédito, em comparação com o perfil que tem revelado desde que tomou posse do cargo.

Enérgico, duro para alguns dos protagonistas da jornada do Algarve, solidário com o presidente da Comissão de Arbitragem, compreensivo com o erro do árbitro, revelou a grande solução para acabar com casos similares - profissionalização da arbitragem. Dir-se-à tratar-se de novo milagre das rosas...   

Divulgar a instauração de processos disciplinares a elementos de Alvalade, por palavras e actos, aceita-se; manter a confiança em Vítor Poeira é apenas "poético". Deveria anunciar uma avaliação aos métodos e opções da Comissão de Arbitragem.

Mas a informação dos processos disciplinares instaurados ao presidente, ao treinador e a jogadores do Sporting deveria ser simultânea com a sequência sobre os procedimentos em relação ao árbitro. Assim, fica a sensação de uma atitude corporativa.

Se a polémica sobre um "erro normal," como classifica a marcação do penalty, foi empolada, a declaração de Hermínio Loureiro mostra que a página não "virou".

Afinal, o presidente da Liga não deu qualquer exemplo àqueles que tenta levar ao pelourinho...



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Segunda-feira, 23 de Março de 2009
Liga debaixo de fogo

O Sporting, através do presidente Soares Franco, anunciou que abandona a direcção da Liga Profissional de Futebol, por se ter criado uma "situação insustentável" e o contributo do clube no organismo ser "desvalorizado".

Um dos problemas está relacionado com o presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira, com quem Soares Franco se recusa dialogar.

A tempestade começou no Algarve e desloca-se agora para o Norte, pois a atitude do Sporting levou Herminio Loureiro  a convocar uma reunião de emergência da direcção da Liga..

Soares Franco, ainda sobre o penalty mal assinalado na final da Taça da Liga critica o árbitro, que decidiu por "intuição", e o auxiliar que se encontrava mais distante do lance, por "percepção". Aliás, neste caso poder-se-à colocar outra questão: qual o papel do auxiliar do outro lado do campo, de frente para o lance? Se nada viu não exerceu cabalmente as suas funções; caso contrário mentiu.

O futebol português precisa de entrar num clima de paz e diálogo para resolver estes e outros problemas, mas tudo aponta para se adensar a crispação.

Pede-se bom senso depois de tanta tropelia...



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Domingo, 22 de Março de 2009
Dois dias na ribalta é demasiado

Um domingo a olhar para trás.

O FC Porto- Estrela da Amadora, (primeira mão da meia-fnal da Taça de Portugal) - os dragões alcançaram a vantagem de dois golos para a deslocação à Reboleira - era o acontecimento do dia, mas foi totalmente ultrapassado pelos incidentes da véspera no Algarve, na final da Taça da Liga.

O árbitro foi "vedeta" dois dias consecutivos ao deslocar-se aos estúdios da SIC para explicar o inexplicável aos intervenientes do jogo e adeptos em geral.

Lucílio Baptista já tivera o seu dia de "glória" e deveria dispensar-se de participar em novo episódio de uma "telenovela" em que alguns dos outros protagonistas já tinham desempenhado também um papel a rondar - nalguns casos a ultrapassar - os limites do aceitável, a contrariar os "brandos costumes" dos portugueses.

Mais um apito sem justificação. O do inexistente penalty já incendiara em demasia o futebol português.

 



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Sábado, 21 de Março de 2009
Vergonhas no Algarve passíveis de castigo

Os jogadores, técnicos e dirigentes do Sporting insistiram na palavra "vergonha" para qualificar a decisão de assinalar um penalty inexistente a favor do Benfica, a ditar ao recurso regulamentar - curiosamente o mesmo - para definir o vencedor da Taça da Liga.

Aquilo que consideramos mais indigno de se ver num campo de futebol não foi propriamente a "invenção" de uma falta - parte-se do princípio que foi apenas um natural erro humano, mas outros acontecimentos. Por exemplo:

1 - O longo tempo que o árbitro e um dos auxiliares perderam ao comunicarem em campo por meios sofisticados, e vários testemunhos garantirem que os dois interlocutores reconheceram não terem visto qualquer falta (pelos vistos o aparelho só atrapalha);

2 - Os repetidos gestos de Paulo Bento a insinuar que se praticara um roubo ao Sporting;

3 - As atitudes de Pedro Silva, primeiro com a "peitada" no árbitro, depois na entrega das medalhas de presença, ao recusar a sua colocação no pescoço e, pior do que isso, atirando-a para o relvado.

4 - A conhecida presunção - e estúpida ironia - de Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, ao dizer que se dirigisse um jogo pela TV "não cometeria qualquer erro".

Espera-se que alguém saiba castigar os responsáveis por tais vergonhas, tanto os activos como os passivos, qualquer que seja o sector em que exercem funções.   



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Sexta-feira, 20 de Março de 2009
Jesualdo "igual" a Mourinho

Quando se soube que Alex Ferguson seria o opositor de José Mourinho nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o treinador português mostrou-se satisfeito, não apenas por defrontar a equipa do amigo a quem oferece garrafas de bom vinho, mas porque o Manchester United era "adversário ideal" para o Inter.

Com ou sem ironia, Jesualdo Ferreira, questionado sobre o facto de ser o mesmo clube inglês o opositor da próxima eliminatória, exclamou: "Esta era a equipa que eu queria como adversária".

Aliás, nesta fase da prova não participam adversários fáceis - apenas uns são menos acessíveis do que outros - e inexistentes as garantias de êxito.

E será muito diferente perder com o detentor dos títulos de campeões da Europa e do Mundo do que fracassar perante uma equipa menos credenciada.

Para escândalos já chegam os jogos protagonizados entre o Sporting e o Bayern de Munique, que deixaram uma imagem deprimente do actual futebol português.



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Quinta-feira, 19 de Março de 2009
Há dias em que não se pode sair de casa

Acabou o sonho do Sporting de Braga na Europa. O empate de Paris (0-0) criou expectativas elevadas e uma vaga de optimismo comprovadamente desadequado no futebol.

Se falhas, falta de inspiração e frieza do adversário se conjugam em sentido negativo no mesmo encontro, acontece o menos previsível.

A carreira sensacional dos minhotos na prova e o trabalho desenvolvido por Jorge de Jesus ao longo de vários meses não fazia prever que os minhotos soçobrassem daquela maneira pouco tempo depois de atingidos os 90 minutos.

As raras oportunidades de golo foram desperdiçadas e o guarda-redes Eduardo, a conferir inteira confiança no passado recente, teve um deslize fatal no momento menos esperado.

Quem já fazia projectos, talvez exagerados, de comparecer na final da Taça UEFA, ficou pelo caminho.

Quem dizia pensar apenas no título francês, ainda ao alcance, mas que três dias antes estava mais acessível, segue em frente.

Cruel final para os portugueses e um prémio para a lucidez dos franceses de Paul Le Guen.


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Quarta-feira, 18 de Março de 2009
UEFA troca campeões por clubes poderosos

Michel Platini instalou a confusão no futebol europeu. Ao admitir a possibilidade de estudar a criação de Ligas, com vários escalões, a nível continental, e manter campeonatos nacionais numa só volta e com apuramento através de play-off, fez ouvir várias opiniões contraditórias.

Os dirigentes dos presumíveis clubes autores da ideia vieram desmentir essa iniciativa, além de apareceram os defensores do actual modelo da Campions League.

Aliás, uma competição já adulterada, pois tem mais clubes que não foram campeões na época anterior do que detentores dos respectivos títulos nacionais. Uma concessão da UEFA por exigências de clubes mais poderosos que, por acidentes de percurso, se viam afastados da prova.

A "morte" da Taça das Taças foi ditada por falta de patrocínios e as sucessivas alterações no modelo escolhido para  a Taça UEFA mostrou-se tão confuso e desinteressante que apresentará outro figurino.

Durante anos sucediam-se as queixas pelo facto dos organismos internacionais serem dirigidos por velhos, demasiado conservadores. Do aparecimento de gente mais jovem, alguma com experiência vivida nos próprios relvados, esperavam-se novas e boas ideias, compatibilizando o aparecimento dos clubes-empresa com princípios básicos do espírito desportivo.

Tudo caminha, no entanto, para a falência total do idealismo, à qual se seguirá, não se tenham dúvidas, uma catástrofe económica e financeira do futebol.



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